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CULTURA
HERÓIS NÃO MORREM
Projetista acompanha o funcionamento
do aparelho de 16 milímetros responsável
pelas noites de pipoca do Cineclube Ipiranga.
Na tela um velho sucesso de Charles Bronson
Após uma década de abandono,
cineclubes tentam rearticulação no
País; movimento, que já foi fonte de
resistência e gerou bons cineastas,
é contraponto ao cinema comercial
Por Moacir Assunção
Fotos de Jailton Garcia
NO ESCURINHO DO
CINECLUBE
Aos poucos, depois de uma década
de total paralisação, eles
voltam, ainda que timidamente,
à cena cultural brasileira.
Sensação do cinema alternativo
até a década de 90,
bairro do mesmo nome; as sessões no
Sesc Itaquera; o Assunção Hernandes, em
Diadema, e o Idade do Ouro, em Osasco,
são provas da revitalização destes espaços
culturais voltados à formação de
público para o cinema e à divulgação de
mais de 30 anos com certeza vai se lembrar
dos cineclubes do Bixiga, na Bela Vista;
Oscarito, na Praça Rooselvet, e o do
Sindicato dos Jornalistas – considerado
uma espécie de ‘pai´ de todos eles e que
deve retornar à atividade no segundo se-
quando foram quase extintos em pleno produções de qualidade em contraponto mestre. Nestes espaços era possível assis-
governo Collor (que também acabou com às comerciais.
tir a clássicos como Ben Hur e, entre mui-
a Empresa Brasileira de Filmes, a Embra- Se hoje paulistanos mais jovens só potos outros, aos politizados Greve e O Hofilme),
os cineclubes começaram nos úldem conviver com as caras e padronizamem que virou Suco, ambos de autoria
timos meses a recuperar ao menos pardas salas dos shoppings e com cada vez do cineasta João Batista de Andrade,
te do terreno perdido. O Ipiranga, no mais raros cinemas de rua, quem tem oriundo do movimento cineclubista. Ou-
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