27.04.2013 Views

FU 336 - PÁG 01 E 16.pmd - Folha - Uniban

FU 336 - PÁG 01 E 16.pmd - Folha - Uniban

FU 336 - PÁG 01 E 16.pmd - Folha - Uniban

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EXEMPLAR GRATUITO<br />

Edição:<br />

<strong>336</strong><br />

Jornal da Universidade Bandeirante de São Paulo • UNIBAN • Ano 11 • de 14 a 20 de maio de 2007<br />

Foto: Tuca Vieira/<strong>Folha</strong> Imagem<br />

ENTREVISTA<br />

O garoto<br />

propaganda da<br />

C&A, Sebastian<br />

(págs. 4 e 5)<br />

GIGANTE<br />

ABANDONADO<br />

O destino do edifício São Vito e de<br />

seus ex-moradores permanece incerto.<br />

Enquanto se discute a viabilidade de<br />

um projeto de revitalização, ou mesmo<br />

a demolição do imóvel, as pessoas que<br />

ali moravam tiveram o benefício do<br />

bolsa-aluguel suspenso pela prefeitura.<br />

A conclusão dessa história parece estar<br />

longe do fim. (págs. 10 e 11)<br />

DIÁRIO OFICIAL UNIBAN<br />

Edição CIX


02<br />

EDITORIAL ÍNDICE<br />

O assunto que a <strong>Folha</strong> Universitária<br />

aborda na editoria Matéria de Capa desta<br />

semana tem relação direta com o déficit<br />

habitacional existente na Região<br />

Metropolitana de São Paulo (RMSP), mais<br />

precisamente na Capital paulista. Trata-se do<br />

imbróglio que se tornou o caso do edifício<br />

São Vito.<br />

Durante a administração petista de Marta<br />

Suplicy o prédio ganhou um plano geral de<br />

edificação para compor o grandioso projeto<br />

de reestruturação do Centro paulistano,<br />

aprovado com financiamento externo. Os<br />

moradores foram retirados do edifício com<br />

a promessa de que voltariam ao final da<br />

reforma. Eles foram beneficiados com o<br />

bolsa-aluguel, para não ficarem na rua.<br />

Em 2005 tomou posse o então prefeito<br />

José Serra, do PSDB. Ele manteve o<br />

benefício, mas mudou os planos que<br />

envolviam o futuro do São Vito. No ano<br />

seguinte, seu vice passou a ser o gestor do<br />

município, o pefelista, agora Democratas,<br />

Gilberto Kassab, em virtude de Serra ter<br />

renunciado em favor da disputa pelo<br />

governo do Estado. Ele foi eleito governador,<br />

mas os moradores tiveram uma péssima<br />

notícia: além da atual administração dizer<br />

que o prédio vai ser demolido, ela ainda<br />

suspendeu o bolsa-aluguel.<br />

A Defensoria Pública do Estado de São<br />

Paulo entrou com ação contra a prefeitura<br />

paulistana questionando a medida que<br />

suspende o pagamento do benefício aos exmoradores<br />

do São Vito. Enfim, o caso ainda<br />

está indefinido aguardando um<br />

posicionamento oficial da Prefeitura<br />

Municipal de São Paulo.<br />

Já a editoria Entrevista traz o artista<br />

Sebastião Aparecido Fonseca, mais<br />

conhecido como Sebastian, o garoto<br />

propaganda da C&A. Ele iniciou sua trajetória<br />

artística aos 12 anos com aulas de balé, na<br />

capital mineira. Faz 17 anos que Sebastian<br />

está vinculado à marca, sendo que já<br />

passaram personagens do quilate de Gisele<br />

Bündchen, Ricky Martin, Daniella Sarahyba,<br />

Marisa Orth e Heloísa Perissé pelos filmes<br />

publicitários da marca. Mas, em todas as<br />

pesquisas feitas com o público, o Sebastian<br />

foi o “campeão”. Isso que é identidade!<br />

Tenham uma ótima leitura!<br />

Nilson Hernandes<br />

Ação Social ............................... 3<br />

ONG estabelece mudanças<br />

Entrevista .......... 4 E 5<br />

Por trás da fama<br />

saúde ............................................. 6<br />

O perigo que está na boca<br />

tecnologia ............... 7<br />

Abecedário do blog<br />

pan-americano ...................... 9<br />

Em busca do saque perfeito<br />

Matéria de Capa .......... 10 E 11<br />

Saudosa maloca<br />

por dentro da uniban ..... 12 E 13<br />

Professor lança livro<br />

de hidroterapia nacional<br />

Alunos de Direito participam<br />

de Audiência Simulada<br />

meio ambiente......1 4<br />

Renctas trabalha<br />

por diagnóstico<br />

CULTURA ...................................... 16<br />

Administração de tempo e projetos<br />

Guia Universitário ........... 17<br />

ESTÁGIOS e CLASSIFICADOS 18<br />

HORÓSCOPO<br />

E preliminares ....... 19<br />

ENTRETENIMENTO ................ 20<br />

Diário Oficial UNIBAN<br />

(encartado)<br />

EDITORIAL<br />

político<br />

O que a visita do papa Bento XVI, o<br />

reajuste de 28,5% nos salários dos 594<br />

congressistas (513 deputados federais e 81<br />

senadores), presidente, o vice e os ministros<br />

de Estado e o choro desenfreado da<br />

parlamentar carioca Cida Diogo (PT) em<br />

plena sessão do plenário têm em comum?<br />

Tudo isso aconteceu entre os dias 9 e 10 deste<br />

mês, curiosamente no período em o que<br />

papa estava em visita ao Brasil para canonizar<br />

o primeiro santo tupiniquim.<br />

E por sinal foi uma semana atribulada pelo<br />

menos para os paulistanos, pois o santo<br />

pontífice chegou à cidade e desorganizou o já<br />

caótico trânsito da Capital. Ele falou sobre o<br />

aborto, o divórcio e os demais temas de<br />

interesse do Vaticano. A mídia fez uma<br />

cobertura digna dos grandes chefes de Estado.<br />

Entretanto, a imprensa reservou um<br />

pequeno espaço para o episódio no mínimo<br />

jocoso envolvendo a discussão dos<br />

parlamentares Clodovil Hernandes (PTC-SP)<br />

e Cida Diogo (PT-RJ), que culminou com um<br />

pedido de cassação do mandato de Clodovil<br />

pelo líder do Partido dos Trabalhadores na<br />

Câmara. A deputada o acusou de tê-la<br />

ofendido. A expressão que causou choro foi<br />

que “ela era feia”.<br />

Já o aumento com base na inflação,<br />

segundo o presidente da Casa, Arlindo<br />

Chinaglia (PT-SP), não foi votado nesta<br />

semana tumultuada por opção, pois se<br />

tratava de uma matéria importante para o<br />

bom funcionamento da Casa e mais cedo<br />

ou mais tarde o seria. E isso não causou muito<br />

alarde entre a população, pois o assunto<br />

quente era a canonização de Frei Galvão, o<br />

primeiro santo brasileiro.<br />

Num país no qual o lema estampado em<br />

sua bandeira é “Ordem e Progresso”, três<br />

episódios inusitados como esses em apenas<br />

dois dias nos faz refletir sobre o porquê de<br />

tudo isso: para os católicos, só Frei Galvão é<br />

que pode restabelecer a ordem. Para os<br />

adeptos da estética corporal, só o primeiro<br />

santo brasileiro pode trazer a resignação<br />

necessária para que os ofendidos possam<br />

enfrentar as adversidades com fé e coragem.<br />

E para quem não é nenhuma coisa e nem<br />

outra e clama por progresso, justiça,<br />

dignidade e principalmente consideração por<br />

parte dos nossos representantes, talvez só Frei<br />

Galvão possa dar um conforto...<br />

Nilson Hernandes<br />

EXPEDIENTE: <strong>Folha</strong> Universitária é uma publicação semanal da Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN - Ano 11. Edição nº <strong>336</strong> de 14 a 20 de maio de 2007.<br />

Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho. Vice-Reitores: Prof. MS Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Pró-Reitor Acadêmico: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (interino). Vice-presidente da<br />

Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior. Diretora e Jornalista responsável: Mariana de Alencar (Mtb 39.663). Direção de Arte, ilustrações, produções gráfica e editorial: Ronaldo Paes<br />

e Ricardo Neves. Editor-chefe: Nilson Hernandes. Editor de Ação Social, Cidades, Pan-Americano e Educação: Cleber Eufrasio. Editor de Entrevista, Capa, Cultura e Saúde: Renato Góes.<br />

Repórteres: Jairo Giovenardi, Manuel Marques e Vivian Costa. Estagiário: Daniel Tenreiro. Diário Oficial UNIBAN: coordenação Francielli Abreu. Impressão: <strong>Folha</strong> Gráfica. Cartas para a redação: Av.<br />

Braz Leme, 3029, Santana, São Paulo, CEP 02022-<strong>01</strong>1. Tel. (11) 6972-9008. e-mail: folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000.


Por Daniel Tenreiro<br />

Criada em 1992 com a proposta de diminuir<br />

o trabalho infantil nas ruas de São Paulo, a ONG<br />

Gotas de Flor com Amor se tornou uma das<br />

entidades de maior respeito na cidade. A idéia<br />

nasceu da presidente da ONG, Denise Robles.<br />

Atualmente, são cerca de 300 pessoas<br />

semanalmente assistidas.<br />

“A oportunidade de fazermos a diferença é<br />

agora, não dá para esperar mais, temos que<br />

descruzar os braços e juntos buscarmos novas<br />

soluções, darmos as mãos para a construção<br />

de um mundo melhor. A ONG procura abrir<br />

esse espaço para que o universitário venha ao<br />

nosso trabalho por meio do voluntariado para<br />

começar a fazer a diferença”, comentou.<br />

Fora o trabalho com as crianças, a entidade<br />

realiza trabalhos de orientação familiar,<br />

acompanhamento escolar e atividades<br />

socioeducativas e profissionalizantes por meio<br />

da Oficina Reciclando para a Vida e do Projeto<br />

Aprendiz Preparando para atuação em<br />

escritórios, distribuídos nas sete unidades hoje<br />

ONG estabelece mudanças<br />

mantidas pela organização.<br />

Mantém ainda o Abrigo Anália Franco, onde<br />

moram sob responsabilidade do Gotas de Flor,<br />

21 crianças vítimas de abusos e violências,<br />

encaminhadas pela Vara da Infância e<br />

Adolescência, mantido em convênio com a<br />

AÇÃO SOCIAL<br />

Gotas de Flor com Amor desenvolve trabalho de acompanhamento familiar,<br />

escolar e atividades socioeducativas<br />

Divulgação<br />

Quase 300 crianças recebem apoio<br />

assitencial. Alguns trabalhos contam<br />

com incentivos da prefeitura, de<br />

empresas e de doadores<br />

Prefeitura Municipal de São Paulo. Um ônibus<br />

Biblioteca, desenvolvido em parceria com o<br />

Instituto C&A e Comporte, empresa do grupo<br />

da Gol Linhas Aéreas, que fica na Praça Friedrich<br />

Nauman, com um acervo de 2.000 livros a<br />

disposição das comunidades atendidas.<br />

O corpo de profissionais envolvidos com os<br />

projetos é composto por 42 funcionários e 140<br />

voluntários que trabalham com a população<br />

de favelas e cortiços da região do Brooklin,<br />

numa ação preventiva que visa preparar desde<br />

a criança ao jovem para que não cheguem a ir<br />

para as ruas. A organização se mantém por<br />

meio de apoio de empresas, instituições do<br />

exterior e programa de apadrinhamento. Cada<br />

criança, a partir de R$ 30,00 por mês, pode<br />

ser apradinhada, sendo que o doador pode<br />

acompanhar seu desenvolvimento pela Internet<br />

ou pessoalmente na entidade.<br />

Mais informações,<br />

www.gotasdeflor.org.br.<br />

03


04<br />

ENTREVISTA<br />

Por trás da fama<br />

O talento de Sebastian, o garoto propaganda C&A, extrapola as telas de TV<br />

Sebastião Aparecido Fonseca, 41 anos,<br />

mineiro de Belo Horizonte, casado, pai de Rudah<br />

e Jade, é extremamente simpático. Em uma<br />

conversa descontraída com a reportagem da<br />

<strong>Folha</strong> Universitária, falou sobre sua vida e os<br />

trabalhos de ator, cantor, bailarino e sapateador.<br />

Falamos de Sebastian, o conhecido garoto<br />

propaganda C&A, que iniciou sua trajetória<br />

artística aos 12 anos com aulas de balé. Há 17<br />

anos com a marca, vivendo entre sets de<br />

filmagens, várias regiões do Brasil e de outros<br />

países, e ainda nas lojas distribuindo autógrafos<br />

durante cerca de seis horas, o “negão” não deixa<br />

de lado suas paixões: dança, música e o lado<br />

humanitário. Fundou em 2003 o Núcleo de<br />

Artes Cênicas Sebastian, em Osasco, com apoio<br />

da C&A e da Secretaria de Municipal de Cultura,<br />

destinado a crianças de 7 a 18 anos, e que hoje<br />

atende um total de 82 alunos. O projeto tem<br />

por objetivo ensinar atividades culturais e<br />

cidadania às crianças com poucos recursos. Veja<br />

a seguir o bate papo.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Você está desde 1990 na<br />

C&A. Como surgiu este trabalho tão<br />

duradouro?<br />

Sebastian – São 17 anos, mas a minha vida é<br />

com a música, a dança e as artes cênicas.<br />

Somando toda a história de carreira, já são 27<br />

anos. O que ocorreu com a C&A foi apenas<br />

conseqüência de uma história de balé e artes<br />

cênicas. Uma empresa se valeu de um<br />

personagem para fortalecer sua marca. O<br />

sucesso foi uma coisa inesperada para<br />

todas as pessoas envolvidas porque o<br />

plano era que tivesse duração de um<br />

ano, mas o personagem passou a ter<br />

força e trouxe para a marca e para<br />

quem consumia coisas que<br />

somos muito carentes.<br />

Espontaneidade, alegria e<br />

surpresa. Todas estas<br />

características fizeram com<br />

que ele fosse adotado pelo<br />

grande público de maneira<br />

muito rápida.<br />

F.U. – Até quando vai seu contrato<br />

com a empresa? Com qual<br />

periodicidade ele é renovado?<br />

S. – Esse contrato é feito, em média, a<br />

cada dois ou três anos. Depende da<br />

ocasião. E, também, quem determina<br />

bastante a perpetuação dele é o grande<br />

público, o responsável pela linha da<br />

comunicação que todas as empresas devem<br />

trilhar. Elas devem se valer da sensibilidade<br />

popular. Meu contrato termina em junho. Ele<br />

durou três anos. Estamos conversando para que<br />

tenhamos oportunidade de continuar esta<br />

relação.<br />

F.U. – Mas é certo que sua imagem é<br />

emblemática. A C&A já usou a de Gisele<br />

Bündchen, Ricky Martin, Daniella Sarahyba,<br />

mas você ainda é a estrela. O mais vendável<br />

para a marca, né?<br />

S. – Você falou de três personalidades recentes,<br />

mas tiveram também nos filmes de Marisa Orth,<br />

Heloísa Perissé e várias outras. Mas o grande<br />

público ainda não consegue imaginar um<br />

rompimento da minha relação.<br />

F.U. – E como foi contracenar com estas<br />

personalidades?<br />

S. – Na verdade elas que contracenaram<br />

comigo. Vieram no ambiente em que eu já<br />

estava atuando há alguns anos. O público<br />

sustentou a relação com outras personalidades<br />

até certo momento, até o lado A. O lado B já<br />

quer manter o negão da C&A. Todos<br />

“Uma das coisas<br />

que posso lhe<br />

dizer com muita<br />

alegria é que eu<br />

me tornei, já há<br />

alguns anos, um<br />

garoto<br />

propaganda<br />

internacional”<br />

perguntam: cadê o negão? Já teve uma ocasião<br />

que surgiu um filme, quando eu estava bastante<br />

afastado, que perguntava: cadê o negão? Ele<br />

se passava em vários lugares, na feira, em<br />

pontos de ônibus, onde várias pessoas do<br />

grande público perguntavam pelo personagem.<br />

Foi quando voltei a atuar com mais ênfase neste<br />

cenário.<br />

F.U. – Você já filmou em diversos lugares e<br />

países. Foram vários filmes ao longo da<br />

carreira. Qual foi o local mais bacana?<br />

S. – Uma das coisas que posso lhe dizer com<br />

muita alegria é que eu me tornei, já há alguns<br />

anos, um garoto propaganda internacional.<br />

Estive filmando em Nova York, Paris, Inglaterra,<br />

Califórnia e Argentina. Todos estes ambientes<br />

me marcaram muito porque me deu a clara<br />

certeza de que não há, fora do Brasil, uma<br />

visão menor do brasileiro. Somos artistas de<br />

grande valor lá fora. Pude perceber que somos<br />

pessoas incríveis pela nossa miscigenação.<br />

Quando nos vêem lá fora, nos percebem como<br />

pessoas flexíveis, criativas e agradáveis.<br />

F.U. – Sem dúvida, este é um trabalho que lhe<br />

rendeu muita visibilidade. Você não tem medo<br />

de criar o estigma de ser apenas o garoto<br />

propaganda C&A, como acontece com o Carlos<br />

Moreno na Bombril?<br />

S. – Isso é mais um desafio. Esse é um personagem<br />

que conseguiu, a partir de uma grande<br />

visibilidade eletrônica, ser percebido. Agora<br />

cabe a mim, no decorrer da minha existência,<br />

apresentar em ambientes e situações diferentes,<br />

possibilidades de enxergar outros personagens.<br />

Coisas que saem da minha história.<br />

Agora estamos conversando<br />

e estou traduzindo um<br />

conceito para você<br />

que não é o<br />

garoto propaganda,<br />

mas sim o<br />

artista, que<br />

por meio do<br />

corpo dá vida<br />

ao personagem. Nessas<br />

oportunidades é que você quebra<br />

os estigmas e cria um leque maior<br />

para que as pessoas possam decorrer de<br />

assuntos vários, por exemplo, de músicas, escolas<br />

de dança de balé, de artes cênicas, diretores<br />

que me influenciam. Eu costumo dizer<br />

que quando as pessoas conhecem o persona-


gem, vêem a ponta de um iceberg, uma coisa<br />

muito superficial perto de toda uma história<br />

que me trouxe até a C&A.<br />

F.U. – Este trabalho compensa financeiramente?<br />

S. – A maior compensação é poder falar com<br />

as pessoas, trazer novidades. Mas depende o<br />

que você fala que é compensador.<br />

F.U. – Falo em viver bem.<br />

S. – Olha, às vezes, o muito é pouco e o pouco<br />

é muito. Grana pode ser uma coisa muito boa<br />

ou muito ruim. O negócio não é o volume, é a<br />

valorização de cada centavo. A questão<br />

financeira está relacionada com atitude. Posso<br />

estar num carro bom, mas isso não é para mim,<br />

é para dramatizar uma situação, chamar a<br />

atenção. Quem está ali dentro? Como é isso?<br />

Quer saber a história? Eu conto. Sucesso,<br />

sempre esteve e sempre estará em suas mãos.<br />

Basta focar, silenciar e caminhar, aí materializa.<br />

F.U. – E há tantos anos fazendo as campanhas<br />

para a marca, você veste C&A?<br />

S. – Algumas coisas eu visto. Esta camiseta que<br />

estou usando hoje (uma preta, estilo baby look)<br />

é C&A. Eu uso roupas básicas. Agora para os<br />

filmes publicitários, como não vendo roupa, e<br />

sim um conceito, quem me veste é o Walter<br />

Rodrigues. Um grande estilista que tenho muita<br />

admiração e respeito.<br />

F.U. – Agora vamos falar um pouco do Sebastian<br />

cantor, ator e bailarino. Como é sua vida<br />

artística fora da C&A? Quando começou cada<br />

coisa?<br />

S. – Creio que as coisas aconteceram meio que<br />

concomitantemente. Porque para que você<br />

possa dançar – comecei com PatDance<br />

(sapateado americano), é preciso ter<br />

musicalidade, não é só bater os pés no chão.<br />

Precisa conhecer também de partitura para<br />

saber o tempo e o andamento musical. Precisa<br />

ainda contar uma história, conhecer sobre artes<br />

cênicas. Quando você dança, desenha seu<br />

corpo no espaço e passa a agregar várias<br />

características para contar uma história com<br />

qualidade. No caso do balé clássico, você precisa<br />

trabalhar grupos musculares, por isso tem que<br />

ter boa saúde e alimentação. Então quer dizer,<br />

a arte é muito sofisticada e não pode ser vista<br />

com simplismo. Ela é uma arquitetura física,<br />

intelectual e sensorial. Você passa a agregar<br />

várias frentes na construção de um conceito.<br />

Depois fiz musical, trabalhei com Oswaldo<br />

Montenegro. Gravei um LP na época. Neste<br />

elenco tinha a Cássia Eller. Eu tinha 14 anos,<br />

comecei com 12.<br />

F.U. – Além dos musicais, o que mais fez?<br />

S. – Entrei num grupo de dança chamado<br />

Camaleão, fazia aula de balé clássico, isso em<br />

Belo Horizonte. Depois fui para o Ballet da<br />

Fotos: Divulgação<br />

Cidade de São Paulo. Fiquei um tempo e depois<br />

fui para o Teatro Guairá, no Paraná, também<br />

como bailarino. Lá pra frente percebi que não<br />

tinham muitas oportunidades para crescer no<br />

balé. Porque a única forma de crescer é<br />

estudando, e estudar balé não é fácil porque<br />

existem pouquíssimos mestres que ensinam a<br />

mecânica, a física, o racional e a musicalidade<br />

do movimento. Eu não posso lhe dizer que<br />

exista um no Brasil que eu conheço. Eu padeci<br />

muito com isso.<br />

F.U. – Foi aí que teve que procurar outros<br />

meios?<br />

S. – Exatamente. Se eu ficasse ali não iria evoluir.<br />

Eu disse, poxa vida! Preciso contar uma história,<br />

ter pra quem falar. Você precisa dançar para<br />

alguém, mas pra isso a pessoa tem que ser<br />

conquistada. E pra conquistar tem que estudar<br />

e melhorar a sua qualidade técnica. E isso não<br />

é possível aqui no Brasil, nem em muitos lugares<br />

do mundo. Então eu migrei para outras formas<br />

de comunicação, mas nunca abandonei minha<br />

origem.<br />

F.U. – Você não gostaria de participar de<br />

novelas?<br />

S. – Montei um centro cultural em Osasco, e lá<br />

as crianças fazem aula de balé clássico, artes<br />

cênicas, música, cultura e cidadania. Eu talvez<br />

não consegui realizar isso em mim, mas crio<br />

ambientes para que essas crianças possam<br />

materializar este sonho que também é meu.<br />

De poder ver as crianças dançando, cantando<br />

e atuando com qualidade. Mas sonho com<br />

cinema. Gosto muito da tela grande. Já faço<br />

cinema há muito tempo por meio dos filmes<br />

publicitários que são captados em película,<br />

porém não de longa-metragem. Estou aberto<br />

a isso.<br />

F.U. – E como surgiu a idéia do núcleo?<br />

S. – Ela veio da carência. Somos muito carentes<br />

de pessoas que depois desçam do palco e sejam<br />

Por Francielli Abreu<br />

como eu ou você. E quando eu o abordar,<br />

não se confunda com o personagem. Porque<br />

eu tenho escutado das pessoas que muitos<br />

artistas famosos se confundem com os<br />

personagens e acham que são o máximo. Na<br />

verdade é um equívoco. O artista só é o que é<br />

graças ao apoio das pessoas que o querem ali.<br />

Então, acho que é importante desenvolver o<br />

sentimento de gratidão. Me incomoda<br />

profundamente quando acho alguém que não<br />

sabe dizer muito obrigado. Quero poder<br />

influenciar estas crianças a dizerem obrigado.<br />

F.U. – Porque em Osasco? Qual sua ligação com<br />

o município?<br />

S. – Uma série de fatores provocou a<br />

necessidade ou a condição de construir lá.<br />

Desde o envolvimento com o público, mais<br />

percepção da necessidade, da boa promoção<br />

daquela região. Lá existem pessoas<br />

maravilhosas, mas muitas vezes, são<br />

bombardeadas e maltratadas pela mídia.<br />

Osasco é uma cidade maravilhosa que tem nos<br />

acolhido, estamos há cinco anos lá. Hoje o<br />

núcleo já é um sucesso. As crianças ficam<br />

conosco durante dez anos, e no final, terão<br />

uma surpresa boa. Estamos construindo um<br />

ambiente para que elas possam atuar<br />

profissionalmente a partir desta vivência.<br />

F.U. – Em relação à música, você lançou o CD<br />

Melada de Nego, em 2005. O que as pessoas<br />

vão ouvir nele? Quais suas influências musicais?<br />

S. – Este CD foi concebido de um universo de<br />

influências musicais. Da bossa nova, do samba,<br />

do hip hop e da música disco. Foi uma coisa<br />

muito saborosa. Com 12 faixas, tem músicas<br />

gentilmente cedidas por Carlinhos Brown. O<br />

nome do CD coloquei em homenagem ao<br />

próprio, por me ceder uma música. Encontro<br />

com grandes artistas e cantores e peço uma<br />

música. Eles olham bem pra mim de cima em<br />

baixo e falam assim: “esse cara aí, garoto da<br />

C&A?”. Diziam para esperar. Eu ia embora e<br />

nem davam atenção. E o Carlinhos Brown não,<br />

ele imediatamente me disse, meu, tem uma<br />

música pra ti. Eu fiquei tão contente e<br />

agradecido pelo crédito, que fiz a homenagem.<br />

Minhas influências vieram assim, vivo no<br />

Nordeste. Vivi na época do congado, música<br />

africana lá de Minas. Tenho influência da boa<br />

música. Cresci ouvindo música clássica, jazz,<br />

Villa Lobos. Pessoas tocando ao meu lado,<br />

enquanto eu fazia aula de balé.<br />

F.U. – E sua vida fora dos sets de gravação?<br />

Como é a relação com a família?<br />

S. – É uma extensão de certo modo da vida<br />

artística. Porque os valores que promovo como<br />

profissional são parecidos com o cidadão. A<br />

busca de promoção da cidadania está dentro<br />

de casa. Se quero melhorar a minha sociedade,<br />

tenho que melhorar a mim mesmo, depois<br />

05


06<br />

saúde<br />

O perigo que está na boca<br />

Pouca vezes lembrado, o câncer bucal atinge níveis alarmantes na população brasileira<br />

O Brasil está em quarto lugar. À frente estão<br />

a República Tcheca, a Eslováquia e a Índia. E<br />

não se trata de assuntos que dão orgulho ao<br />

País como futebol e música. Também não são<br />

outros temas que envergonham a nação como<br />

o elevado índice de violência e o<br />

analfabetismo. É muito pior. Trata-se de uma<br />

patologia, o câncer bucal. Os dados do<br />

Instituto Nacional do Câncer (INCA), tabulados<br />

no fim do ano passado, revelam que só em<br />

2006 foram registradas 36.340 ocorrências,<br />

sendo que São Paulo é o Estado campeão<br />

nesse tipo de incidência: são 3.960 novos<br />

casos por ano. Por mais absurdo que pareça,<br />

milhares de brasileiros têm câncer na boca e<br />

ainda não sabem disso.<br />

Prova é que, de acordo com um<br />

levantamento feito pelo Ministério da Saúde,<br />

cerca de 45% da população brasileira não têm<br />

sequer acesso a escovas de dentes. Muitos<br />

imaginam que têm apenas uma feridinha na<br />

boca mas, na verdade, têm um câncer que<br />

começou a se desenvolver. Esse mal tem<br />

atingido muitos homens, mas principalmente<br />

mulheres. São 176 novos casos em cada 100<br />

mil mulheres contra 42 para o mesmo grupo<br />

de homens. Nos últimos três anos, os óbitos<br />

de mulheres em conseqüência do câncer<br />

bucal aumentaram em 50%.<br />

Mas, o quadro mais drástico é que os<br />

institutos especializados esperam que esse<br />

número aumente ainda mais. A expectativa<br />

é que, somente para este ano, mais 50 mil<br />

casos de câncer bucal devem ser detectados.<br />

Desse número, pelo menos 30 mil serão em<br />

mulheres. De acordo com o Ministério da<br />

Saúde, esse índice é semelhante ao câncer<br />

de mama, a principal causa de morte em<br />

mulheres no Brasil nos últimos 27 anos.<br />

Ailton Rodrigues, vice-presidente do<br />

Samuel Tosta<br />

Conselho Federal de Odontologia (CRO), crê<br />

que a negligência histórica do poder público<br />

no que diz respeito à saúde bucal explica em<br />

parte a razão do crescimento dessa moléstia,<br />

principalmente entre as populações de menor<br />

poder aquisitivo. Outra questão é que se fala<br />

muito de câncer de mama, de colo de útero e<br />

de próstata, mas pouco, ou quase nada, de<br />

câncer de boca. Para ele, essa ignorância é a<br />

principal responsável por levar tantos à morte.<br />

Entretanto, o paciente pode evitar um mal<br />

pior se descobrir essa doença logo no início.<br />

Nesse estágio ainda é possível retirar a lesão<br />

com margem de segurança para evitar a<br />

reincidência. “Todo cuidado é pouco e a<br />

pessoa deve se preocupar se uma<br />

determinada lesão permaneceu na boca por<br />

mais de 15 dias”, alertou o especialista.<br />

O grande problema no Brasil é que as<br />

pessoas, por desinformação, não procuram<br />

atendimento odontológico na fase primária<br />

da moléstia. Que diagnosticado no estágio<br />

inicial da doença, tem as chances de cura de<br />

95%. “O que mais preocupa é que o câncer<br />

Tópicos importantes sobre o câncer bucal<br />

Sintomas: o principal sintoma deste tipo de câncer é o<br />

aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em 15 dias.<br />

Outros sintomas são ulcerações superficiais, muitas vezes indolores<br />

e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa<br />

bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de<br />

emagrecimento acentuado.<br />

Prevenção e diagnóstico: pessoas com mais de 40 anos de idade,<br />

dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas<br />

Por Manuel Marques<br />

“O câncer bucal não só<br />

mata e mutila. Um dos seus<br />

piores efeitos é que ele<br />

afasta as pessoas da<br />

convivência com a sociedade<br />

porque deforma a boca e o<br />

rosto. Tem que se tomar<br />

cuidado com esses fatores<br />

de risco”, comentou o<br />

vice-presidente do CRO,<br />

Ailton Rodrigues<br />

é curável, mas quando detectado em tempo.<br />

Senão ele maltrata, mutila e finalmente mata”,<br />

resumiu.<br />

A maior incidência e mortalidade por<br />

câncer bucal é decorrente da má<br />

higienização e do uso de próteses<br />

desajustadas. O vice-presidente do CRO<br />

destacou que o tabagismo e o alcoolismo<br />

encabeçam a lista de fatores de auto-risco.<br />

Quem fuma tem de sete a oito vezes mais<br />

chances de desenvolver câncer de boca,<br />

enquanto aqueles que consomem bebida<br />

alcoólica têm de três a quatro. “O câncer<br />

bucal não só mata e mutila. Um dos seus<br />

piores efeitos é que ele afasta as pessoas da<br />

convivência com a sociedade porque<br />

deforma a boca e o rosto. Tem que se tomar<br />

cuidado com esses fatores de risco. O maior<br />

ainda é a prevenção. Hoje, até aquele que<br />

não pode freqüentar um profissional particular<br />

pode ir à rede pública. Tem lesões que estão<br />

na boca e não doem e é aí que mora o perigo.<br />

Sempre procure um dentista, pelo menos a<br />

cada semestre”, finalizou.<br />

devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os<br />

dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle duas<br />

vezes ao ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta<br />

saudável, rica em vegetais e frutas.<br />

Auto-exame da boca: todas as regiões da boca devem ser<br />

examinadas. Procure um espelho em um local bem iluminado e<br />

observe lábios, língua (principalmente as bordas e também embaixo),<br />

gengivas, mucosas (a famosa bochecha), céu da boca e amídalas.


Por Daniel Tenreiro<br />

Abecedário do blog<br />

tecnologia<br />

Saiba quais são os principais passos para montar seu blog, em meio a tantas opções na Internet<br />

Blog, flog, fotolog, videolog. São<br />

tantos “log” hoje em dia, que isto acaba<br />

assustando muitas pessoas leigas no<br />

assunto. Portanto, partirmos do seguinte<br />

princípio. A origem da palavra “blog”<br />

vem da junção: “web” e “log”. Web<br />

provém de rede e log de um tipo de<br />

arquivo que fica guardado em seu<br />

computador e que registra tudo o que<br />

você fez naquele dia, assim como num<br />

diário. Portanto, a palavra blog significa<br />

“diário em rede”. A explosão dos tais<br />

weblogers surge logo no início de 1999,<br />

com um cara chamado Peter Meme. Não<br />

é possível afirmar com convicção de que<br />

ele foi o pai do blog. O que podemos<br />

ter certeza é de que a origem da palavra<br />

surgiu de uma de suas manias.<br />

Agora eis a pergunta que não quer calar:<br />

de que forma eu monto e atualizo um blog?<br />

Hoje em dia, a gama de servidores (são os que<br />

armazenam seus dados) e provedores de acesso<br />

(quem faz a hospedagem do seu site) está muito<br />

grande. Podemos citar, por exemplo, o UOL e<br />

seu UOL Blog, a Globo com o famoso blogger,<br />

a Microsoft e o My Space, entre muitos outros.<br />

Todos os casos citados são de provedores pagos.<br />

Já em servidores gratuitos, podemos então<br />

colocar o Wordpress como um dos portais de<br />

blogs mais cult dos novos tempos, além de ser<br />

o mais utilizado pela maioria das pessoas. Isto<br />

sem mencionar flogs como Vibe Flog.<br />

Pois bem, a primeira fase já se concluiu, a<br />

escolha do local de hospedagem de seu blog.<br />

Dentro do portal, as diretrizes a serem seguidas<br />

não são burocráticas, pois lá você deverá apenas<br />

fazer os triviais básicos que são nome do blog,<br />

O jornalista Paulo Miyazawa possui<br />

dois blogs e desde 20<strong>01</strong> mantém-se<br />

blogado no mundo virtual<br />

layout, usuário e senha, a segunda fase. O<br />

terceiro passo do projeto é atualizar um blog.<br />

O processo de atualização pode parecer<br />

brincadeira, mas não é. Antes de qualquer<br />

coisa, um blog é a janela ou cartão de visita<br />

para muitas pessoas. Nele você pode colocar<br />

seu currículo, publicar seus textos, opinar, xingar<br />

e criticar. Porém, para tal coisa, é necessário<br />

que o usuário de um weblog faça um roteiro,<br />

com periodicidade e temas. Este é o modelo<br />

de blog profissional e bem organizado, coisa<br />

que não é vista facilmente pela rede. O tema<br />

de abordagem de um blog também é deveras<br />

importante. Um exemplo: “João das Couves<br />

faz uma análise política todas às segundas-feiras,<br />

“Não temos obrigações e isso<br />

é legal. Daí a irregularidade<br />

nas atualizações: às vezes,<br />

são cinco notícias, outras<br />

vezes duas ou nenhuma. Não<br />

tenho remuneração e faço<br />

tudo por satisfação. Quase<br />

sempre tenho as tardes livres<br />

e visito muitos sites, por isso<br />

a facilidade em arrumar<br />

assunto para as postagens”,<br />

disse Ronny Marinoto<br />

Fotos: Divulgação<br />

ao tempo que nos finais de semana<br />

atualiza o mesmo com matérias que<br />

falam sobre a rodada do campeonato<br />

paulista” e toda a semana é assim. Hoje<br />

em dia é cada vez mais comum pessoas<br />

da mídia atualizarem seus blogs, abrindo<br />

seu diário pessoal e revelar alguns<br />

segredinhos para quem quiser saber.<br />

O próprio editor da revista Rolling<br />

Stone Brasil, Pablo Miyazawa, é um<br />

blogger assíduo. O cara mantém dois<br />

blogs: um pessoal, registrado na<br />

comunidade jornalística denominada<br />

Gardenal.org e um profissional, que é<br />

o Gamer.Br. “Sou blogueiro por<br />

profissão, apesar de ter começado com<br />

isto em 20<strong>01</strong>, e sou muito pouco<br />

blogado. Não ando com saco de visitar<br />

blogs dos outros. Quando o faço, são os do portal<br />

que eu administro. Mas se é pra saber como<br />

andam as pessoas, prefiro conversar diretamente<br />

a ler sobre isso”, comentou.<br />

Já para o ex-editor da revista Nintendo<br />

World, Ronny Marinoto, a linha editorial é o<br />

que menos importa: “Não temos obrigações e<br />

isso é legal. Daí a irregularidade nas<br />

atualizações: às vezes, são cinco notícias, outras<br />

vezes duas ou nenhuma. Não tenho<br />

remuneração e faço tudo por satisfação. Quase<br />

sempre tenho as tardes livres e visito muitos<br />

sites, por isso a facilidade em arrumar assunto<br />

para as postagens. O Ovelha Elétrica possui<br />

poucas regras e que são mais no sentido de<br />

selecionar o tipo de leitores que queremos para<br />

o blog. Não divulgamos pornografia, não<br />

discutimos religião nem futebol, no entanto,<br />

temos muitas postagens esportivas e que tratam<br />

de religião de alguma maneira. Também não<br />

procuramos assunto em blogs nacionais. No<br />

que se refere à linha editorial, vale tudo. Desde<br />

fotos e vídeos, música e quadrinhos, novidades<br />

ou antiguidades”, disse.<br />

Porém, nos dias de hoje, nem todos são<br />

assim disciplinados. Temos como exemplo blogs<br />

que fazem apologias ao nazismo, pedofilia entre<br />

outros. Podemos citar também os blogs<br />

abandonados, que não são atualizados com<br />

freqüência e que poderiam ser muito melhores,<br />

não fosse a falta de atenção. Portanto, se vocês<br />

quiserem ter um blog, a coisa é muito simples:<br />

escolha um servidor, registre um nome e<br />

atualize-o periodicamente. Acreditem, a coisa<br />

é simples, mas para muitas pessoas<br />

conservadoras isto é um bicho de sete cabeças.<br />

Depois de tudo isso, será mesmo?<br />

07


Por Jairo Giovenardi<br />

Você duvida que o vôlei é o esporte<br />

com maior chances de conquistar a<br />

medalha de ouro nos Jogos Panamericanos<br />

Rio 2007? Sobram<br />

elementos para provar essa teoria. A<br />

seleção feminina é a atual vice-campeã<br />

mundial, e a Superliga, campeonato<br />

nacional que reúne as melhores<br />

equipes do País, terminou com sucesso<br />

de público e grandes promessas em<br />

quadra. Já o time masculino, atual<br />

campeão olímpico e mundial, busca a<br />

única medalha que ainda lhe falta sob<br />

o comando de Bernardinho. Na última<br />

edição do Pan, em Santo Domingo/<br />

03, o time ficou apenas com o bronze,<br />

após ser eliminado pela Venezuela nas<br />

semifinais.<br />

O inventor do esporte foi William G. Morgan,<br />

em 1895 nos EUA, que era o professor<br />

responsável pela Associação Cristã<br />

dos Moços (ACM), onde jovens e<br />

executivos concentravam-se para<br />

curtir momentos de recreação. No<br />

período, gostariam de praticar uma<br />

modalidade relaxante. Assim,<br />

Morgan resolveu apropriar-se da<br />

rede que separa dois jogadores no<br />

tênis e buscou uma bola para dar<br />

início às atividades.<br />

O nome volley ball surgiu do<br />

ato de jogar a bola constantemente<br />

em volley, na verdade, voleio,<br />

sobre a rede. O vôlei teve o<br />

incentivo e a divulgação de<br />

soldados americanos que estavam<br />

na Europa no período da II Guerra Mundial,<br />

de 1939 a 1945. Na América do Sul, o primeiro<br />

país a aderí-lo foi o Peru, em 1910. Em 1912<br />

foi a vez da ACM uruguaia dar continuidade à<br />

expansão do vôlei. Já no Brasil, há quem afirme<br />

que tudo começou em Pernambuco, em 1915,<br />

no Colégio Marista do Recife. A hipótese mais<br />

aceita, porém, indica que São Paulo recebeu as<br />

primeiras partidas, também por meio da ACM.<br />

O vôlei começou a ser disputado nos Jogos<br />

Pan-americanos em 1955, na Cidade do<br />

México. As seleções brasileiras conquistaram a<br />

medalha de bronze. Em 1959, em Chicago<br />

(EUA), a equipe feminina colocou o ouro no<br />

peito e os homens, a prata. No Pan do Brasil,<br />

em São Paulo, em 1963, ambos levaram a<br />

medalha de ouro e completaram a festa<br />

brasileira no ano em que o País ficou em<br />

segundo lugar no quadro geral de medalhas. A<br />

jogos pan-americanos<br />

Em busca do saque perfeito<br />

O vôlei feminino brasileiro luta por uma medalha de ouro, pois não conquista desde Winnipeg/99.<br />

Já o time masculino briga por ouro inédito na Era Bernardinho<br />

Seleção masculina, campeã mundial<br />

em 2006, busca o ouro Pan-americano<br />

Divulgação<br />

“Hoje, temos outros<br />

adversários, como<br />

Argentina, Canadá,<br />

República<br />

Dominicana, EUA e<br />

Venezuela. O<br />

panorama é outro.<br />

Embora o Brasil seja<br />

o grande favorito ao<br />

título, a vantagem de<br />

jogar em casa é<br />

relativa”, comentou<br />

Montanaro<br />

equipe feminina voltou a ocupar o lugar mais<br />

alto do pódio em Winnipeg/99, sob o comando<br />

de Bernardinho e com Leila e Virna em quadra,<br />

ao vencer Cuba na decisão, por três sets a dois.<br />

Neste ano, no Rio de Janeiro, há grande<br />

expectativa, já que os times se prepararam<br />

muito bem para chegar ao evento.<br />

O medalhista de prata em Porto Rico/79,<br />

Montanaro, acredita que muita coisa mudou<br />

e que, apesar do favoritismo, o vôlei brasileiro<br />

deve se concentrar para alcançar o principal<br />

objetivo. “Os nossos arqui-rivais eram os<br />

cubanos, mas o cenário é completamente<br />

diferente. Com a queda da União Soviética,<br />

Bernardinho comandou a seleção<br />

feminina de vôlei, ouro em 1999.<br />

Agora, quer repetir o feito com o<br />

time masculino<br />

Arquivo FIVB<br />

Cuba não recebe mais aquele<br />

incentivo e isso prejudica a preparação<br />

da equipe. Hoje, temos outros<br />

adversários, como Argentina, Canadá,<br />

República Dominicana, EUA e<br />

Venezuela. O panorama é outro.<br />

Embora o Brasil seja o grande favorito<br />

ao título, a vantagem de jogar em casa<br />

é relativa”, comentou.<br />

Além disso, ele afirmou que o<br />

favoritismo na briga pela medalha de<br />

ouro pode atrapalhar o desempenho<br />

dos atletas. “É um fator que pesa contra<br />

o Brasil. A expectativa e a cobrança<br />

aumentam e isso deve ser muito bem<br />

administrado pela Comissão Técnica,<br />

para que não seja um peso a mais”,<br />

afirmou. No entanto, Montanaro não poderia<br />

deixar de ressaltar as qualidades do elenco<br />

masculino, o qual conhece muito bem. “É um<br />

time muito experiente, coeso e focado. Saberá<br />

administrar o fator casa para conquistar a<br />

medalha”, disse.<br />

Vôlei de praia: medalha é obrigação<br />

Além do vôlei de quadra, outra modalidade<br />

é destaque nos Jogos: o vôlei de praia. O esporte<br />

começou a se destacar em 1940, quando era<br />

praticado nas praias do sul da Califórnia. No<br />

Brasil, os primeiros torneios amadores foram<br />

disputados exatamente no Rio de Janeiro, nas<br />

praias de Copacabana e Ipanema, nos anos 50.<br />

Em 1986 a Federação Internacional de Vôlei<br />

concedeu estatuto e regras próprias, mas passou<br />

a integrar o calendário do Pan apenas em 1999.<br />

Pelas exibições no Circuito Mundial, os<br />

brasileiros chegam como favoritos. A grande<br />

esperança é a dupla Juliana e Larissa.<br />

Alexandre Arruda/CBV<br />

09


10<br />

MATÉRIA DE CAPA<br />

Saudosa maloca<br />

Representação maior da deterioração do Centro paulistano, o edifício São Vito<br />

e seus ex-moradores permanecem com destino incerto<br />

‘Se o senhor não está lembrado, dá licença<br />

de eu contar’. Os versos que abrem o samba<br />

Saudosa Maloca, obra-prima do compositor<br />

Adoniran Barbosa, servem como metáfora para<br />

a atual situação de um edifício que tem lugar de<br />

destaque no Centro de São Paulo. Só que mesmo<br />

localizado no cruzamento das avenidas do Estado<br />

e Mercúrio e no alto de seus 25 andares, a carcaça<br />

do que era o edifício São Vito já passa<br />

despercebida pelas pessoas que circulam ali. É<br />

que de tão acostumado a conviver com a miséria<br />

e o abandono, o sentimento de indiferença tende<br />

a prevalecer no ser humano. O fato é que desde<br />

a retirada das 387 famílias que habitavam o local,<br />

dentre eles proprietários, inquilinos e ocupantes,<br />

confirmou-se um processo de deterioração que<br />

já vinha de anos.<br />

Construído em 1959, época em que a Capital<br />

já crescia desordenadamente, o edifício tinha uma<br />

proposta bem clara. O arquiteto Roberto Loeb<br />

contou que “ele era muito funcional, pois<br />

pretendia atender uma demanda do Centro de<br />

pessoas vindas do interior, estudantes e<br />

comerciantes que tinham que morar e trabalhar<br />

no entorno. O fato de serem kitchenettes de 25<br />

metros quadrados, tudo era pequeno, mas para<br />

pessoas solteiras e aposentadas era uma solução.<br />

Só que nessa época a administração dos<br />

condomínios era muito precária e deu no que<br />

deu”. Essas administrações permaneceram<br />

precárias com o decorrer dos anos. Com a<br />

decadência do Centro e a falta de zelo de muitos<br />

dos moradores com o local em que viviam, o<br />

caos estava instalado. Muitos proprietários<br />

abandonaram o edifício, pessoas tomaram posse<br />

de apartamentos, inquilinos não pagavam o<br />

aluguel, os “gatos” na fiação elétrica eram comuns,<br />

o condomínio não era pago por todos e o lixo se<br />

acumulava nos porões do São Vito. Isto quando<br />

não era arremessado pelos moradores em plena<br />

avenida.<br />

O estado deplorável culminou em apelidos<br />

jocosos como treme-treme, favela vertical, cortiço<br />

a céu aberto, entre tantos outros que não valem<br />

registro. Todos seus andares foram preenchidos<br />

por cerca de três mil pessoas, que por sua vez<br />

dividiam apenas um elevador, já que os outros<br />

dois viviam quebrados. Nos últimos momentos<br />

do São Vito, a máquina do elevador<br />

remanescente foi vendida para pagamento de<br />

dívidas e eles se viravam com a escada. A fiação<br />

elétrica ficava exposta nos corredores e<br />

aumentava as chances de um possível incêndio,<br />

já que os extintores eram roubados por alguns<br />

dos moradores. Aliás, a sensação de perigo era<br />

Fotos: Renato Góes<br />

De acordo com o arquiteto<br />

Roberto Loeb, criador do<br />

projeto de revitalização,<br />

“é um absurdo numa cidade<br />

tão deficiente quanto à<br />

habitação e uma sociedade<br />

com tanta marginalização<br />

derrubar um prédio só por<br />

que ele o acha feio”<br />

constante, tendo em vista que alguns<br />

apartamentos vazios eram invadidos por<br />

traficantes para esconder drogas ou mesmo fazer<br />

uso delas.<br />

A pernambucana Disã Viana chegou ao São<br />

Vito em 1999. Moradora do último andar, ela<br />

trabalhou no edifício como faxineira e depois na<br />

função de recepcionista. As duas experiências<br />

profissionais lhe fizeram testemunhar inúmeros<br />

acontecimentos no local, muitos até que ela não<br />

gostaria de ter presenciado. “Eu lavava um<br />

corredor, descia para outro e depois voltava para<br />

pegar água. Aí já tinha lixo no corredor. Tinham<br />

moradores que não tinha cuidado nem com o<br />

corredor que ficava o apartamento deles”,<br />

lembrou. O fato de ter trabalhado como<br />

recepcionista do São Vito a colocou em situações<br />

perigosas. “Uma vez veio um cara que queria<br />

porque queria entrar no prédio. Ele estava<br />

transtornado, drogado e me ameaçou dar um<br />

tiro caso não entrasse. O que eu ia fazer? Se ele<br />

não dava valor pra vida dele, imagina a minha”,<br />

contou.<br />

Quanto à criminalidade que existia no prédio,<br />

ela afirmou que viviam lá traficantes e assaltantes,<br />

“mas a maioria eram pessoas do bem”. Aliás, o<br />

preconceito para quem morava ali ficava claro<br />

de várias formas, como em entrevistas de<br />

emprego e na hora de receber entregas de<br />

compras. “As lojas já falavam pra gente retirar lá,<br />

por que não iam entregar no São Vito. É que<br />

quando eles estacionavam em frente e subiam<br />

para levar um sofá, quando voltavam o caminhão<br />

já tinha sido roubado”, disse Disã.<br />

A essa altura, já estava claro que a situação<br />

do São Vito beirava o colapso. A luz no fim de<br />

túnel veio em 2003, quando a prefeitura<br />

anunciou que pretendia revitalizar o edifício. O<br />

projeto, criado pelos arquitetos Roberto Loeb e<br />

Luis Capote, dividia o edifício em duas torres<br />

independentes, com dois elevadores e uma<br />

escada de segurança para cada uma delas. Para<br />

administrar o condomínio, seria reservado um<br />

elevador à parte para manutenção e transporte<br />

do lixo vindo dos apartamentos. O número de<br />

apartamentos também seria reduzido, com cerca<br />

de 375 unidades no total. A fachada seria<br />

restaurada, os mezaninos abrigariam tele-centro,<br />

creche, agência de correios, cabeleireiro,<br />

mercadinhos, entre outros serviços. No topo seria<br />

feito um mirante, ao qual o público teria acesso<br />

por meio de um elevador panorâmico. Nesse local<br />

existiria uma capela em homenagem a São Vito,<br />

padroeiro dos sofredores. Ironicamente, a<br />

exemplo do santo que lhe dá nome, o edifício<br />

iria sofrer anos mais tarde com o abandono.<br />

Primeiro foram os moradores, retirados em<br />

2004 depois da promessa de moradia por parte<br />

da prefeitura. Depois, com a mudança de gestão,<br />

era a vez da prefeitura deixá-lo de lado. Em<br />

outubro de 2006, quando questionado sobre o<br />

São Vito, o secretário de Coordenação das<br />

Subprefeituras, Andrea Matarazzo, disse que “a<br />

solução viável é a demolição”, o que enterraria<br />

de vez a idéia de revitalização. Loeb entende que<br />

a declaração “é um absurdo numa cidade tão<br />

deficiente quanto à habitação e uma sociedade<br />

com tanta marginalização derrubar um prédio<br />

só por que ele o acha feio”. Outra afirmação feita<br />

pelo secretário na época dizia que “não tem como<br />

revitalizar e daqui a seis anos estar igual”. Loeb<br />

questiona. “Por que só com o São Vito? Isso pode<br />

acontecer com qualquer prédio. Se o condomínio<br />

for bem administrado não vai ter problemas”,<br />

rebateu.<br />

Outro argumento da atual gestão é de que<br />

seria gasto cerca de R$ 18 milhões na reforma,<br />

sendo que a demolição custaria cerca de R$ 1,5<br />

milhão. O arquiteto apresentou números<br />

diferentes. Segundo ele, o projeto de revitalização<br />

custaria cerca de R$ 13 milhões. Quanto à<br />

demolição, ele afirma que “custaria algo em torno<br />

de R$ 4 milhões. A pilha de entulhos teria cerca<br />

de oito andares, o que inviabilizaria a vida em


toda a cidade, já que se um caminhão quebra<br />

na marginal já interfere em todo o trânsito.<br />

Imagine na Avenida do Estado”. Outra opção<br />

seria demolir o prédio andar por andar, o que<br />

levaria, segundo Loeb, algo em torno de sete<br />

meses.<br />

Só que, independente da forma de uma<br />

possível demolição, se esqueceram de um<br />

pequeno detalhe. O edifício Mercúrio, que fica<br />

grudado ao São Vito, teria que vir abaixo<br />

também. Inclusive todo o quarteirão em volta<br />

ficaria comprometido, inclusive o Viaduto Popular<br />

que fica ao lado do prédio. Para Loeb, “esse<br />

edifício é um ônus político muito grande. Não<br />

basta demolir. Tem que questionar para onde<br />

vão mandar esse entulho, o que vai ser feito no<br />

local, o transtorno que uma demolição vai causar.<br />

Acho que vão empurrar a situação com a barriga<br />

até a outra gestão”. Procuradas pela reportagem<br />

da <strong>Folha</strong> Universitária, nem a Secretaria Municipal<br />

da Habitação (Sehab) e muito menos a<br />

Subprefeitura da Sé, responsável pela região em<br />

que se encontra o São Vito, responderam as<br />

nossas solicitações de entrevista.<br />

Destino incerto<br />

O edifício São Vito voltou a ser notícia em<br />

março deste ano. Na verdade, seus antigos<br />

moradores é que viraram notícia. É que foi<br />

suspenso de vez o pagamento do bolsa-aluguel,<br />

benefício que lhes foi dado assim que foram<br />

obrigados a se retirarem de seus apartamentos.<br />

Com o valor entre R$ 240,00 e R$ 300,00 o<br />

dinheiro era utilizado por eles no pagamento do<br />

aluguel de imóveis. Sem esse valor, muitos deles<br />

não têm condições de arcar com a dívida e,<br />

portanto, correm o risco de serem despejados.<br />

Dessa forma, a Defensoria Pública do Estado<br />

e o Centro Gaspar Garcia entraram com uma<br />

ação contra a prefeitura que pede a manutenção<br />

do benefício a todos os ex-moradores do São<br />

Vito. De acordo com o dr. Carlos Henrique<br />

Loureiro, da Defensoria Pública do Estado, foi<br />

proposto à prefeitura “manter o programa bolsaaluguel<br />

até que todas essas pessoas recebam um<br />

atendimento habitacional definitivo. Ela tem<br />

convênio com o Estado e por meio dele<br />

poderiam encaminhar essas pessoas para<br />

financiamentos públicos por meio de cartas de<br />

crédito do CDHU. Elas também poderiam ser<br />

encaminhadas para o Programa de Atuação em<br />

Cortiços (PAC) ou então para as pessoas de maior<br />

idade, elas poderiam ser encaminhadas para a<br />

Vila dos Idosos, que é uma locação social. Enfim,<br />

existem alternativas as quais a prefeitura poderia<br />

se valer dessas parcerias com o Estado para<br />

oferecer atendimento a essas pessoas”.<br />

O juiz indeferiu a liminar, mas ressaltou que<br />

poderia reconsiderar essa decisão depois da<br />

“Eu lavava um corredor,<br />

descia para outro e depois<br />

voltava para pegar água.<br />

Aí já tinha lixo no corredor.<br />

Tinham moradores que não<br />

tinha cuidado nem com o<br />

corredor que ficava o<br />

apartamento deles”, afirmou<br />

a pernambucana Disã Viana,<br />

ex-moradora do edifício<br />

“As pessoas gostavam de morar<br />

ali. Era como se elas tivessem<br />

fundido o prédio na vida delas.<br />

Quando elas foram retiradas de<br />

lá, era como se tirasse um<br />

pedaço delas. Derrubar aquele<br />

prédio é uma covardia, com tanta<br />

falta de moradia na cidade”,<br />

disse Esmeralda Carvalho<br />

ex-moradora do São Vito<br />

resposta da prefeitura. Segundo Loureiro, “essa<br />

decisão ficou indefinida para os moradores.<br />

Como alugavam outros imóveis por meio do<br />

bolsa-aluguel, eles deixaram de ser adimplentes.<br />

No momento, eles estão em falta com o<br />

pagamento do aluguel e podem receber ações<br />

de despejo. Isso é um risco e por conta do atraso<br />

essa decisão pode vir tarde demais”. Caso a<br />

justiça interceda a favor dos moradores, o<br />

benefício voltaria a ser pago a eles, inclusive o<br />

valor das parcelas atrasadas. Só que até o<br />

fechamento dessa edição, a prefeitura não havia<br />

se manifestado a respeito da ação feita pela<br />

Defensoria Pública.<br />

Por Renato Góes<br />

Dentro desse contexto, a ex-moradora do<br />

São Vito Esmeralda Carvalho foi sorteada e obteve<br />

uma carta de crédito da CDHU. Pode-se afirmar<br />

que ela teve sorte em meio a tantas famílias que<br />

foram retiradas do edifício. Atualmente mora no<br />

edifício Ana Cintra e sua situação contrasta com<br />

seus antigos vizinhos, o que a deixa a certo ponto<br />

constrangida. “Foram só dez famílias do São Vito<br />

sorteadas. São mais de 145 que estão na fila. Eu<br />

fui felizarda, mas me sinto mal já que estava no<br />

mesmo barco que eles”, confessou. Ela ganhou<br />

destaque entre os moradores ao estar na linha<br />

de frente nas reivindicações mais atuais e quando<br />

a revitalização era dada como certa. Ela afirmou<br />

que “o projeto não atenderia aos moradores do<br />

São Vito, a não ser se houvesse subsídio da<br />

prefeitura, do CDHU e caísse bem o valor. Aí<br />

sim, mas caso contrário, não”. Sobre os anos em<br />

que vivia no São Vito, onde dividia o espaço do<br />

seu apartamento com sua loja, localizada no andar<br />

térreo do edifício, ela disse que “as pessoas<br />

gostavam de morar ali. Era como se elas tivessem<br />

fundido o prédio na vida delas. Quando elas<br />

foram retiradas de lá, era como se tirasse um<br />

pedaço delas. Derrubar aquele prédio é uma<br />

covardia, com tanta falta de moradia na cidade”.<br />

A exemplo dos demais beneficiados, Disã<br />

Viana parou de receber o bolsa-aluguel em<br />

março. De lá para cá, não tem conseguido arcar<br />

com o aluguel da casa onde mora, no bairro da<br />

Brasilândia. O local é dividido com outras 12<br />

famílias também vindas do São Vito. O<br />

proprietário já entrou com uma ação de despejo<br />

e o futuro dela parece incerto. “Como a gente<br />

vai fazer? São R$ 300,00 e nem todo mundo<br />

pode pagar. Não foi mandada uma carta, nem<br />

uma explicação pra gente. A gente recebeu uma<br />

ação de despejo dizendo que temos 30 dias para<br />

sair, senão eles chamam a polícia. Eu mesmo não<br />

posso pagar. A gente pede a Deus que até o fim<br />

do ano seja sorteado com a carta de crédito”,<br />

desabafou. O destino dela e de outros exmoradores<br />

do São Vito é incerto. O único alento,<br />

plagiando novamente Adoniran Barbosa, é que<br />

Deus dá o frio conforme o cobertor.<br />

11


12<br />

POR DENTRO DA UNIBAN<br />

Por Marisa De Lucia, coordenadora do Núcleo de Jornalismo da UNIBAN<br />

Professor lança livro de hidroterapia nacional<br />

Segundo o docente Fabio Jakaitis, o livro é inédito, pois todos os demais<br />

sobre o tema são traduções<br />

O docente de Fisioterapia da UNIBAN<br />

Fabio Jakaitis acaba de lançar um livro de<br />

hidroterapia nacional juntamente com<br />

alguns colaboradores. O livro engloba toda<br />

a reabilitação aquática, desde tratamentos,<br />

princípios físicos, até a natação terapêutica.<br />

Ciente de que não existia ainda um livro<br />

de hidroterapia nacional, Jakaitis sempre teve<br />

o sonho de escrever um que abrangesse não<br />

só a Fisioterapia, mas a área da Saúde e<br />

natação terapêutica.<br />

Intitulado Reabilitação e Terapia Aquática<br />

– Aspectos Clínicos e Práticos, a obra, segundo<br />

o professor, é inédita, pois todos os demais<br />

livros de hidroterapia são traduções e,<br />

portanto, não trazem fotos de pacientes<br />

brasileiros.<br />

O docente se empenhou para escrevêlo<br />

de forma bastante didática, mostrando<br />

várias seqüências de tratamentos com<br />

muitas fotos e linguagem simples para que<br />

o livro seja manuseado com facilidade.<br />

Fabio Jakaitis, professor<br />

de Fisioterapia da UNIBAN<br />

“Para os alunos, tentamos focar numa<br />

linguagem que entendam ainda na época<br />

de faculdade”, disse.<br />

Os capítulos abrangem desde<br />

FOTO DA SEMANA<br />

Por<br />

Marisa De Lucia<br />

princípios físicos da<br />

água, tratamentos e<br />

reabilitação aquática das<br />

diversas patologias neurológicas,<br />

tais como trauma<br />

de crânio encefálico, lesão<br />

medular, Acidente Vascular<br />

Cerebral (AVC) e paralisia<br />

cerebral, entre outras.<br />

O livro mostra também<br />

como construir uma piscina e<br />

a manutenção para seu uso, além de dar<br />

enfoque aos métodos de tratamentos<br />

aquáticos halluwick, bad ragaz e watsu<br />

trazendo conceitos, técnicas e abordagens<br />

terapêuticas com fotos ilustrativas.<br />

O tempo para produzir o livro foi de dois<br />

anos e, com a ajuda dos colaboradores,<br />

Jakaitis conseguiu realizar seu sonho em 14<br />

capítulos dentro de 300 páginas bastante<br />

abrangentes e ilustradas com muitas fotos<br />

explicativas.<br />

Nei Brisotti<br />

O jornalista da TV Record, Britto Jr., esteve no campus Osasco no último dia 24 para um bate-papo com os alunos.<br />

A convite da professora do curso de RTV Cláudia Dominguez, o apresentador conversou com cerca de 400 universitários<br />

dos cursos do Instituto de Comunicação e Artes (ICA). A noite, com direito a autógrafos e fotos, trouxe a experiência do<br />

mercado de trabalho aos futuros profissionais


Fotos: Gisela Lima<br />

Por Gisela Lima, do Núcleo de Jornalismo da UNIBAN<br />

Alunos de Direito participam<br />

de Audiência Simulada<br />

O objetivo foi mostrar as peculiaridades do mundo prático, em<br />

consonância com as teorias aprendidas em sala de aula<br />

O dia 04 de maio de 2007 foi atípico<br />

para os estudantes do curso de Direito do<br />

campus Marte (MR). Sob a coordenação do<br />

prof. Fábio Leandro Guariero, das<br />

disciplinas de Processo do Trabalho e<br />

Civil, alunos dos 4 os e 5 os anos simularam<br />

uma audiência na esfera trabalhista no<br />

auditório, onde totalmente caracterizados<br />

interpretaram os personagens do mundo<br />

jurídico real.<br />

A audiência em questão era de<br />

uma ação trabalhista, na qual uma<br />

ex-funcionária pretendia obter<br />

uma indenização por danos morais<br />

e materiais em decorrência de um<br />

grave acidente sofrido nas<br />

dependências da empresa, que<br />

lhe resultou sérias seqüelas físicas<br />

como queimaduras e deformações<br />

estéticas.<br />

Os alunos interpretaram o juiz, o preposto,<br />

os advogados da reclamada a reclamante e<br />

as testemunhas. Os do 4º ano representaram<br />

os interesses da autora e os do 5º a empresa<br />

reclamada. Durante a audiência situações<br />

inesperadas exigiram dos alunos muito<br />

conhecimento jurídico e raciocínio rápido<br />

para defender as partes. O público adorou e<br />

participou com perguntas aos personagens.<br />

A disputa foi tão acirrada que os professores<br />

Eduardo Pires e Maite Albiach Alonso<br />

interviram para auxiliar os alunos que<br />

representavam os papéis dos advogados.<br />

Prof. Fábio Guariero leciona Processo<br />

Civil na UNIBAN<br />

Acima, sala de<br />

audiência sob a<br />

orientação do Prof.<br />

Fábio e, ao lado,<br />

aluna caracterizou-se<br />

para tornar a<br />

simulação mais real<br />

Após todas as etapas da audiência, o juiz<br />

propôs aos advogados se haveria possibilidade<br />

de conciliação entre as partes. Por conta disso,<br />

cada advogado, com anuência de seus<br />

assistidos, fizeram suas propostas e,<br />

finalmente, chegaram a um acordo onde a<br />

reclamante recebeu parte da indenização<br />

solicitada na petição inicial.<br />

O objetivo da audiência, de acordo com o<br />

prof. Fábio, foi mostrar aos discentes do curso<br />

de Direito as peculiaridades do mundo prático,<br />

em consonância com as teorias aprendidas em<br />

sala de aula. “Pedi aos alunos que cometessem<br />

alguns erros propositadamente para que eu<br />

fizesse as correções necessárias, disse.<br />

A aluna Valquíria Ramos, do 5º ano,<br />

aprovou a iniciativa do docente em aplicar<br />

esse tipo de atividade. Segundo ela, a<br />

audiência possibilitou aos alunos um contato<br />

com a realidade profissional trazendo uma<br />

previsão do futuro.<br />

Na opinião do docente, essa é a melhor<br />

forma de fazer o aluno absorver a regra<br />

processual, dosando teoria e prática. Como<br />

muitos discentes não têm a possibilidade de<br />

fazer um estágio durante o curso, cabe à<br />

instituição promover eventos que possibilitem<br />

o exercício da prática.<br />

TV UNIBAN<br />

Canal Universitário: 11 NET e 71 TVA<br />

(HORÁRIO EXCLUSIVO PARA SÃO PAULO)<br />

Destaques de 14 a 20 de<br />

maio de 2007<br />

Jornal UNIBAN<br />

O mestrado em farmácia<br />

da UNIBAN foi recomendado<br />

pela Coordenação<br />

de Aperfeiçoamento<br />

de Pessoal de Nível<br />

Superior, CAPES. A<br />

professora Aldaísa Spozati, presidente do<br />

Comitê de Pós-Graduação da UNIBAN,<br />

lembrou que há dez anos a universidade vem<br />

com uma equipe de pesquisadores e que os<br />

avanços em pesquisas possibilitaram uma<br />

proposta de mestrado profissional.<br />

Horários: 2ª: 4h, 19h30; 3ª: 16h; 4ª: 7h30;<br />

5ª: 4h, 19h30; 6ª: 7h30; Sáb.:04h, 19h30;<br />

Dom.:16h<br />

Entrevista<br />

Meio ambiente<br />

Preservar para desfrutar.<br />

O consumo consciente<br />

dos recursos naturais do<br />

planeta pode ajudar a<br />

salvar o meio ambiente<br />

do processo de degradação iniciada pelo<br />

homem. A professora do curso de Engenharia<br />

da UNIBAN Adriana Marques dá dicas de<br />

como deve ser o uso racional da água e<br />

reutilização de componentes químicos a partir<br />

de dejetos que seriam lançados nos rios.<br />

Horários: 2ª: 7h30; 3ª: 4h, 19h30; 4ª: 16h;<br />

5ª: 7h30, 23h; 6ª: 16h; Sáb.:7h30; Dom.:04h,<br />

19h30<br />

Mural Eletrônico 7<br />

Quem diria que há<br />

séculos o homem<br />

inventaria objetos tão<br />

indispensáveis aos dias de<br />

hoje. Leonardo da Vinci,<br />

dono de grandes invenções, foi um grande<br />

gênio futurista. Confira as obras que estão em<br />

exposição no Parque do Ibirapuera com o<br />

professor Guilherme Lazarini Ferreira, do<br />

curso de Engenharia da UNIBAN. E ainda a<br />

polêmica exposição do corpo humano<br />

acompanhada pela docente Rosemary Pereira,<br />

do curso de Morfologia Humana da UNIBAN.<br />

Horários: 2ª: 16h; 3ª: 7h30; 4ª: 4h, 19h30;<br />

5ª: 16h 6ª: 4h, 19h30; Sáb.:16h; Dom.:7h30<br />

Texto: Régis Nascimento é aluno do 2º ano<br />

de Jornalismo da UNIBAN<br />

PROGRAMAÇÃO: www.uniban.br<br />

Imagens: TV UNIBAN<br />

13


14<br />

meio ambiente<br />

Renctas trabalha por diagnóstico<br />

ONG desenvolveu um banco de dados para colher informações sobre o tráfico<br />

de animais silvestres e, assim, ajudar a combater este crime<br />

Com a intenção de conhecer o tráfico de<br />

animais silvestres e combater este crime<br />

ambiental, a Rede Nacional de Combate ao<br />

Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) resolveu<br />

abraçar a causa e elaborou o Projeto Diagnóstico<br />

do Tráfico de Animais Silvestres os Corredores<br />

Central e Serra do Mar da Mata Atlântica e a<br />

Implicação dessa atividade para Conservação do<br />

Bioma, que durou dois anos. Segundo a<br />

coordenadora do trabalho, Ângela Maria Branco,<br />

os dados mostram a situação alarmante do tráfico<br />

de animais numa das regiões mais ameaçadas<br />

do País.<br />

A maior dificuldade relatada pela ONG foi a<br />

falta de informações por parte dos órgãos<br />

governamentais. Por isso foi criado o site<br />

www.diagnostico.org.br, no qual as entidades<br />

responsáveis pela apreensão desses animais<br />

poderão alimentar um banco de dados que<br />

ajudará a traçar metas para combater os crimes.<br />

De acordo com ela, muitos órgãos, como<br />

os escritórios do Ibama do Rio de Janeiro e de<br />

Minas Gerais, não responderam ao<br />

questionário sobre autos de infração durante<br />

o desenvolvimento do projeto. Já a polícia<br />

ambiental dos cinco Estados envolvidos<br />

colaborou bastante com a pesquisa mas,<br />

mesmo assim, os dados refletem apenas<br />

movimentos feitos com base em denúncias<br />

recebidas. Ângela Maria Branco disse que o site<br />

resgata os dados de 1999, do<br />

1º Relatório Nacional sobre<br />

Tráfico de Fauna Silvestre.<br />

Ela acredita que para<br />

diminuir o tráfico, as pessoas<br />

precisam ser estimuladas a não<br />

comprar animais silvestres.<br />

Porque uma coisa leva a outra,<br />

já que tendo mercado os<br />

criminosos retiram, os animais da<br />

natureza. Outro problema<br />

provocado pelo tráfico é o<br />

abandono dos animais.<br />

“Quando as pessoas vêem que o animal pode<br />

ser um problema, muitos os entregam para a<br />

polícia”, comentou. Ainda segundo ela, todas<br />

essas situações precisam ser analisadas<br />

independentemente, “mas para isso, é preciso<br />

ter números exatos e com o banco de dados<br />

isso será possível”.<br />

Por isso, na medida em que o banco de dados<br />

for alimentado, será possível direcionar as ações<br />

de inteligência no combate ao tráfico, pois é<br />

necessário um diagnóstico preciso para que o<br />

serviço possa trabalhar. “Com este trabalho será<br />

Fotos: Divulgação<br />

355 espécies de<br />

animais silvestres<br />

que habitam a<br />

Mata Atlântica<br />

estão ameaçadas<br />

possível saber quem são as<br />

pessoas autuadas pelos crimes<br />

contra a fauna”.<br />

Nesse primeiro momento,<br />

Ângela afirmou que alguns<br />

policiais e agentes do Ibama<br />

foram treinados para poderem preencher o<br />

banco de dados. Só poderá alimentá-lo quem<br />

tiver uma senha, que será distribuída pelo<br />

administrador. Segundo ela, a Renctas entende<br />

que esse administrador deve ser do Ibama,<br />

porque é o órgão que executa<br />

a política nacional do meio<br />

ambiente. Ele será o responsável<br />

por administrar o banco de<br />

dados e distribuirá as senhas<br />

No ano passado foram<br />

apreendidas 1598 aves<br />

e 145 animais. Só neste<br />

ano, foram 305 aves e<br />

38 animais<br />

para as instituições. Uma das vantagens é que,<br />

além dos órgãos, qualquer pessoa poderá acessar<br />

as informações no site. E o sistema está pronto.<br />

A Renctas está apenas esperando a definição da<br />

presidência do Ibama para entregar a<br />

administração do banco de dados.<br />

Ela observou que com as informações, as rotas<br />

de tráfico poderão ser traçadas e melhor<br />

patrulhadas. “Com os dados poderemos<br />

entender a dinâmica do tráfico, por onde ele<br />

passa, quais os municípios envolvidos, trechos de<br />

rodovias etc. Porque quando se pergunta a um<br />

policial qual rodovia é mais<br />

crítica, ele responde, por<br />

exemplo, a BR 1<strong>01</strong>. Mas isso não<br />

quer dizer nada, já que<br />

precisamos saber em que ponto<br />

exato isso acontece”.<br />

E com um diagnóstico preciso<br />

e o uso das 11 estratégias<br />

apontadas por órgãos como<br />

Ministério Público e Polícia<br />

Federal, os resultados poderão<br />

ser visualizados. Entre elas estão<br />

os critérios para soltura e<br />

destinação, aparelhamento dos órgãos e<br />

capacitação de pessoal, clareza em relação às<br />

competências das instituições e combate ao<br />

tráfico na origem.<br />

De acordo com a Renctas, 355 espécies de<br />

animais silvestres que habitam os corredores<br />

Central e da Serra do Mar da Mata Atlântica estão<br />

ameaçadas, entre elas 83 aves, 43 mamíferos e<br />

14 répteis.<br />

Combate<br />

Por Vivian Costa<br />

“O combate ao tráfico de animais silvestres<br />

depende de fiscalização e repressão, mas,<br />

principalmente, da mudança de hábitos da<br />

população”, afirmou Marcelo Maiolino, 1º<br />

Tenente Comandante do 1º Pelotão da 2ª<br />

Companhia do 1º Batalhão Ambiental, que é<br />

responsável pela zona Leste da cidade – a região<br />

mais crítica de São Paulo.<br />

Segundo ele, no ano passado foram<br />

apreendidas 1598 aves e 145 animais. Só neste<br />

ano, até o dia do fechamento desta edição, já<br />

foram apreendidas 305 aves e 38 animais. Esse<br />

número diminui porque duas feiras do rolo foram<br />

fechadas na região: a de Guaianazes e a de São<br />

Mateus. “Ainda temos outros dois lugares que é<br />

possível encontrar a comercialização desses<br />

animais, mas estamos trabalhando para que isso<br />

acabe”, finalizou.


16<br />

CULTURA<br />

A noite paulistana oferece várias opções<br />

com música ao vivo. Se o público prestar<br />

atenção é capaz de ir a lugares diferentes, e<br />

se deparar com os mesmos músicos tocando<br />

em bandas distintas. Por isso, a <strong>Folha</strong><br />

Universitária resolveu conversar com a banda<br />

Grooveria Eletroacústica, que conta com<br />

músicos profissionais que atuam na noite para<br />

saber como eles administram o tempo sem<br />

atropelar as notas no palco. E claro, como não<br />

poderia deixar de ser, falar do lado bom e<br />

ruim dessa profissão tão<br />

generalista.<br />

A conversa rolou entre a<br />

passagem do som e o show, com<br />

seis, dos oitos integrantes da banda<br />

que foi criada a partir de um projeto<br />

do vocalista e baterista Tuto Ferraz.<br />

Para ele, que toca em outras duas<br />

bandas, entre elas o Xubacca, um<br />

dos pontos difíceis dessa carreira tão<br />

generalista é se dedicar a um<br />

projeto em que acredita. “Há dois<br />

anos resolvi me dedicar aos meus<br />

pessoais e, conseqüentemente, me<br />

doar igualmente a todos que<br />

abraço”. Mas lembrou que é<br />

preciso dar prioridades para não se<br />

enrolar com o gerenciamento do<br />

tempo e espaço.<br />

A questão financeira também<br />

conta, pois “quando atingimos um<br />

Administração de tempo e projetos<br />

Músicos da Grooveria contam como é gerenciar suas notas em palco, além de relatarem<br />

os lados bons e ruins da profissão<br />

Vivian Costa<br />

patamar, grandes artistas nos chamam para<br />

trabalhar com eles para somarmos e, às vezes,<br />

a vaga é ótima. Nessa hora, é preciso ver o<br />

que é melhor naquele momento: seguir com<br />

o idealismo ou uma satisfação pessoal”.<br />

Para o DJ Tubarão, que discoteca antes e<br />

depois do show, é difícil se dedicar de<br />

maneira igual a todos os projetos. A facilidade<br />

vem quando estamos ali para apenas executar<br />

um trabalho e não colaborar com idéias.<br />

Tubarão trabalha em outros seis projetos,<br />

entre eles o SoulFunk e o Maria Madalena<br />

Trio. Para ele, a vida de músico é ótima porque<br />

não existe rotina. “Mesmo tocando na mesma<br />

casa há anos, o público é diferente a cada<br />

apresentação”.<br />

Na banda desde 2006, vindo diretamente<br />

de Recife, Jota Erre trouxe um vocal forte e<br />

com muito swing. O percussionista transita<br />

em outras duas bandas e ainda toca com Jair<br />

de Oliveira. Segundo o músico é uma loucura<br />

administrar todos esses trabalhos, mas é<br />

preciso ensaiar muito. “Para não me<br />

confundir quando estou em palco, presto<br />

atenção nos colegas. Se vejo o Paulinho<br />

(Norberto) no trombone sei que estou<br />

tocando com a Grooveria”, comenta.<br />

O trombonista, além da banda dá aulas e<br />

toca com Maurício Manieri. Segundo ele, nos<br />

dias de show da Grooveria tenta não marcar<br />

Azeitona, Dudinha Lima, Tuto Ferraz,<br />

DJ Tubarão e Jota Erre em pé. Marcelo<br />

Lima e Paulinho Norberto (sentados)<br />

compõem a banda Grooveria<br />

Eletroacústica<br />

nada, mas se aparecer algo que não dá para<br />

fugir, coloco um substituto.<br />

O guitarrista Marcelo Lima, que já<br />

trabalhou com nada menos do que George<br />

Benson e Toninho Horta, agora tem trabalhado<br />

na produção da cantora Vanessa Falabela,<br />

além de fazer trabalhos de publicidade e<br />

eventos. Com 26 anos de carreira, ele<br />

acredita que a vida de músico é muito<br />

parecida com a de jornalista, pois é preciso<br />

ser generalista. “Temos que estar preparados<br />

para tocar qualquer coisa, por isso precisamos<br />

estudar sempre”, completou. Na opinião<br />

dele, o músico muitas vezes precisa trabalhar<br />

em vários projetos, mas é fundamental ter<br />

Por Vivian Costa<br />

entrosamento com o grupo para o resultado<br />

final. O tímido trompetista Azeitona, que<br />

trabalha em gravações de eventos, também<br />

acha uma tarefa difícil administrar o tempo.<br />

“É preciso se concentrar muito e estudar<br />

sempre”. A banda conta também com<br />

Dudinha Lima, na guitarra e nos vocais, e<br />

Marcelo Maita, também guitarrista com seu<br />

o Fender Rhodes classudo e venerado.<br />

O lado ruim<br />

Mesmo sendo fundamental ter<br />

um substituto, às vezes não é<br />

possível usar essa escapatória.<br />

“Têm vezes que é impossível<br />

chamar, e mesmo assim temos<br />

que executar o trabalho,<br />

lembrando que uma vez o grupo<br />

tocou no Bourbon Street, dois dias<br />

depois da morte do pai do<br />

baterista. Foi uma situação super<br />

difícil, mas nem ele e nem o resto<br />

do grupo podia deixar a peteca<br />

cair”, lembrou Lima.<br />

Tubarão recorda de outra<br />

situação envolvendo também Tuto.<br />

“Estávamos numa cidade longe de<br />

São Paulo, sem nenhuma<br />

possibilidade de substituto, e ele<br />

estava passando mal, mas teve que<br />

tocar, porque havia mais de 50 mil<br />

pessoas esperando o show da dupla Sandy e<br />

Júnior. No final da apresentação fomos direto<br />

para o hospital”.<br />

Outro aspecto ruim da vida de músico é que<br />

muitas vezes não se ganha o que deveria.<br />

“Nunca sabemos quanto vamos ganhar, pois<br />

recebemos proporcionalmente ao público da<br />

noite”, disse Lima. “Mas há épocas que<br />

ganhamos num dia o que geralmente ganhamos<br />

em um mês”, lembrou Tubarão.<br />

O trombonista Paulinho lembrou a<br />

necessidade de ganhar dinheiro, que muitas<br />

vezes levam o músico a tocar o que não gosta.<br />

“Claro que 90% é super delicioso, mas há esses<br />

10%”, comentou. “Nesse momento, a gente<br />

só faz quando o dinheiro compensa”, contestou<br />

Tubarão. Paulinho discorda, e disse que<br />

independente do momento do trabalho é<br />

preciso ser profissional.


GUIA UNIVERSITÁRIO<br />

Clarice Lispector – A hora da Estrela<br />

Charme, inteligência, profissionalismo. Sobram bons argumentos sobre a respeitada e consagrada escritora<br />

Clarice Lispector. Ela nasceu no dia 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, na Ucrânia, e chegou ao<br />

Brasil aos dois meses de idade, naturalizando-se em 1943. Apesar da criação em Recife, foi morar no Rio<br />

de Janeiro, onde se formou em Direito e atuou como jornalista. No primeiro andar do Museu da Língua<br />

Portuguesa, uma curiosidade: entre uma cama e as paredes com frases escritas por ela, há uma sala<br />

especial que mostra todas as cidades e países por onde Clarice passou. Além disso, uma entrevista com a<br />

escritora é exibida num telão para quem quiser acompanhar. O atrativo especial fica por conta das gavetas<br />

instaladas nas paredes com pertences da escritora. Nelas, muitas revelações. Há carteiras de trabalho, de<br />

imprensa, livros e cartas para escritores como Rubem Braga e Carlos Drummond de Andrade. A mostra marca, também, a<br />

comemoração pelos 30 anos do lançamento de um dos maiores sucessos da autora, “A Hora da Estrela”. (J.G.)<br />

Onde: Museu da Língua Portuguesa - Praça da Luz, s/nº - Tel.: 3326-0775.<br />

De ter. a dom., 10h às 17h. R$ 4,00 (sáb., grátis). Até 02/09<br />

Diamante de Sangue<br />

Durante a década de 90, os conflitos armados na África se tornaram comuns. Em<br />

Serra Leoa não foi diferente. No entanto, o combustível para tamanha violência nesse<br />

pequeno país africano eram os diamantes escondidos sob o solo. Dentro desse contexto,<br />

o mercenário Danny Archer (Leonardo DiCaprio) se aproveita do caos instaurado para<br />

procurar o tal “diamante de sangue”, uma pedra preciosa de valor inestimável. Só que<br />

o paradeiro da jóia só é de conhecimento do pescador Solomon Vandy (Djimon<br />

Hounson), que o havia descoberto enquanto trabalhava como minerador para a milícia<br />

que também raptou seu filho e o transformou em soldado, algo que acontece com<br />

várias crianças africanas. Com interesses diferentes, os dois partem numa aventura em companhia da jornalista<br />

Maddy Bowen (Jennifer Connelly). Destaque para as cenas de ação e para os contornos políticos da história. (R.G.)<br />

Lançamento: Warner – Disponível para venda e locação DivulgaçãoDivulgação<br />

17


18<br />

estágios<br />

Os alunos interessados em alguma das vagas abaixo devem entrar em<br />

contato pelo site www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211<br />

Cursos Vagas Menor valor Maior Valor<br />

Administração........................ 40 ..... R$ 500,00 .......R$ 850,00<br />

Adm. de Empresa- COMEX ... 27 ..... R$ 600,00 .......R$ 900,00<br />

Ciências Contabéis................ 24 ..... R$ 500,00 .......R$ 800,00<br />

Ciência da Computação ........ 32 ..... R$ 650,00 .......R$ 950,00<br />

Publicidade Propaganda ........ 30 ..... R$ 350,00 .......R$ 950,00<br />

Direito ................................... 28 ..... R$ 260,00 .......R$ 780,00<br />

Engenharia Civil .................... 35 ..... R$ 650,00 ....R$ 1.000,00<br />

Secretariado Executivo ........... 8 ...... R$ 550,00 .......R$ 900,00<br />

classificados<br />

Vendem-se dois carregadores portáteis de bateria<br />

originais da Nokia. Ótimo estado, São compatíveis com<br />

todos modelos de aparelhos da Nokia. Valor: R$50,00.<br />

Sergio. Tel.: 6256-5389. E-mail. sergiohpg@ig.com.br<br />

Vende-se kombi 85,com doc. ok + equipamentos para<br />

caldo de cana (engenho e acessórios). Valor: R$10 mil.<br />

Ademar. Tel.: 4476-1446 / 4475-2074.<br />

Vende-se estetoscópio BIC. Valor: R$ 90,00. Juliana. Tel.:<br />

7318-0268. E-mail. julianasallessantos@hotmail.com<br />

Ofereço carona à noite, da <strong>Uniban</strong>, campus ABC, até o<br />

bairro Jardim das Orquideas, em SBC. Cristiano. Tel.:<br />

4<strong>336</strong>-3235. E-mail. cristiano@nitropoint.com.br<br />

Vende-se guitarra Condor Rocky, um ano de uso, com<br />

captador duplo+bag+cabo+book Gun´s and Roses.<br />

Valor: R$250,00. Amanda. Tel.: 9340-7130. E-mail.<br />

mandastar_2733@yahoo.com.br<br />

Vende-se Atlas de anatomia humana colorido<br />

fotográfico. Autor: Walter Tiel. Valor: R$ 100,00. Sandra.<br />

Tel.: 8188-2064/ 3085-8993. E-mail.<br />

sandrocasouza@hotmail.com<br />

Vende-se violão elétrico Eagle Folk - modelo CH 888,<br />

com afinador e capa. Bom estado de conservação.<br />

Daniel. Tel.: 6256-5675 / 8135-0470.<br />

Vende-se kadett cinza 94, 1.8 álcool, gls, freios a disco<br />

4 rodas, susp. regulável, trava mult-lock e alarme<br />

positron. Valor: R$ 5.000. Charles. Tel.: 81513776 /<br />

59275250. E-mail. charles10real@bol.com.br<br />

Vende-se Monza classic 87, som piooner 6 telas +2<br />

fal./10" + 2 cornetas + 2 super twuither + 2 modolos,<br />

alarme, rodas esportivas, insufilm, ar cond., vidros, trava,<br />

desemb.; retro elet.; com manual, segundo dono. Valor:<br />

R$ 7 mil ou R$ 6 mil, sem o som. Ricardo. Tel.: 9877-<br />

2158. E-mail. ricardo-jf@ig.com.br<br />

Vende-se Ford kA, azul 97-98, bem conservado, trio,<br />

doc.; IPVA 2007 ok. Valor: R$ 12.300,00. Nanci. Tel.:<br />

9448-7077. E-mail. omarnanci@ig.com.br<br />

Vende-se Uno mille 95, 4 portas, completo (ar<br />

condicionado, vidro elétrico e trava elétrica mult lock)<br />

Ricardo. Tel.: 3592-1560 / 9376-3974. E-mail.<br />

josericardo_22@yahoo.com.br<br />

Vende-se moto modelo Bros 2007. Adriano. Tel.: 8333-<br />

3289. E-mail. adrianomarinho@globo.com<br />

Vende-se Suzuki Intruder 125cc, 2007, preta, 2500<br />

km (alarme positron, sissy-bar, mata-cachorro, alforjes<br />

e capa de tanque em couro, escapamento esportivo<br />

estalador), na garantia, doc ok. Valor: R$ 5.300,00.<br />

Ronaldo. Tel.: 6232-4776 / 6233-3646 ou 7220-1593.<br />

Procura-se casa para alugar com 2 quartos e garagem<br />

(preferencialmente no Campo Limpo) direto do<br />

proprietário. Claudio. Tel.: 7181-6968. E-mail.<br />

claudioedu.leite@hotmail.com<br />

Vende-se Pálio 99/00, cinza 2 portas, c/ limp. des. tras.<br />

+ doc. ok + IPVA pago com trava elét. + alarme + cd.<br />

Valor: R$ 13.700,00. Tel.: 4066-4708 / 8486-0570.<br />

E-mail . careca_gomes76@yahoo.com.br<br />

658 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />

Os serviços para o estudante são GRATUITOS. Caso você tenha interesse em<br />

alguma das vagas abaixo ligue para (11) 3154-7686 e informe o código OE.<br />

Curso Semestre Bolsa Auxílio OE<br />

Eng. da Computação ...... 5° ao 7° sem. ............... R$ 1.000,00............ 42548<br />

Direito ............................ 7° ao 9° sem. ............... R$ 700,00 ............... 42542<br />

Ensino Médio ................. 1° e 2° ano ................... R$ 400,00 ............... 42546<br />

Ciências Contábeis ......... 5° ao 7° sem. ............... R$ 1.000,00............ 42545<br />

Comércio Exterior ........... 3° ao 7° sem. ............... R$ 800,00 ............... 39692<br />

Engenharia Civil .............. 7° ao 9° sem. ............... R$ 6,00 p/hora........ 40020<br />

Pedagogia ....................... 3° ao 7° sem. ............... R$ 500,00 ............... 41891<br />

Adm. de Empresas ........... 4° ao 7° sem. ............... R$ 6,60 p/hora........ 41060<br />

Tec. em Qualidade ......... Concl. 2° sem. 2009 .... R$ 1.000,00............ 42532<br />

Adm. Financeira ............. 4° ao 7° sem. ............... R$ 6,60 p/hora........ 41061<br />

Ciências Contábeis ......... 3° ao 9° sem. ............... R$ 900,00 ............... 42537<br />

Outras oportunidades no site www.nube.com.br<br />

classificados@uniban.br<br />

Mande seu anúncio com<br />

nome, telefone, RA (aluno),<br />

RGF (funcionário) e e-mail<br />

Vende-se computador Pentium 500 mhz, 512 de<br />

memoria, hd de 20gb, teclado e mouse s/ monitor<br />

pronto para Internet. Valor: R$480,00. Tel.: 3966-<br />

746 / 94614208. Marco Antonio. E-mail.<br />

marco.msilva@hotmail.com<br />

Vendem-se duas camisetas do Palmeiras, Diadora,<br />

branca. Valor: R$ 100,00 ou apenas uma por R$ 60,00.<br />

Paulo Morel. Tel.: 9385-4992<br />

Vende-se calculadora científica HP48G. Valor:<br />

R$320,00, com manual em portugues. Alexandre. Tel.:<br />

9940-5331. E-mail. alexandre.silva@timken.com<br />

Vende-se celular Siemens black SL55, em ótimo estado<br />

/ sem carregador. Valor: R$ 150,00. Marilda. Tel.: 3984-<br />

4075. E-mail. mary_teen872hotmail.com<br />

Vende-se Meriva CD 2004/2004 flexpower, 29.000 km,<br />

trio elétrico, hidráulico, rodas, ar condicionado. Único<br />

dono (bege). Tel.: 8152 -7844. Eduardo.<br />

Vende-se computador AMD Sempron 2.8, placa mãe<br />

off-board, 512mb ram, hd 80gb, placa de vídeo g-force<br />

4 fx5200 128mb, gravador de dvd, monitor de 17plg<br />

“tela plana” LG, toda preta. Lucas. Tel.: 9669-1486.<br />

Vende-se Corsa /98 1.6 - 4 portas hatche. completo:<br />

v.e.,t.e., suspensão de rosca, direção didráulica, ar<br />

condicionado, roda aro 15 (branco). Valor: R$<br />

14.800.00. Renata. Tel.: 8322-3068. E-mail.<br />

ataner199@ig.com.br<br />

classificados@uniban.br<br />

CLASSIFICADOS<br />

CLASSIFICADOS


Áries – 21/03 a 20/04<br />

A vida a dois ficará cada vez mais<br />

emocionante. Deixe rolar. Passará<br />

momentos agradáveis junto aos bons<br />

e velhos amigos. No setor profissional não espere<br />

que os outros decidam o destino da sua vida. Dica<br />

da semana: excessos de energias poderão atrapalhar<br />

a sua semana. Evite pensamentos negativos.<br />

Touro – 21/04 a 20/05<br />

Longas conversas com a pessoa amada<br />

poderão ajudar o relacionamento. Trate<br />

as pessoas com delicadeza e, assim,<br />

terá momentos de muita felicidade junto aos<br />

familiares e colegas de trabalho. Dica da semana:<br />

cuide do seu lado espiritual para não desperdiçar<br />

energia com coisas fúteis.<br />

Gêmeos – 21/05 a 20/06<br />

As aventuras amorosas deixam a vida<br />

mais agitada, mas cuidado para não<br />

pecar pelo excesso. Chegou o<br />

momento de solucionar alguns problemas dentro<br />

do ambiente de trabalho. Não perca a oportunidade<br />

de agir corretamente. Dica da semana: seja mais<br />

coerente nas suas atividades rotineiras.<br />

Câncer – 21/06 a 21/07<br />

Cuidado com o ciúme, pois a pessoa<br />

amada poderá ficar irritada com as suas<br />

implicações. Leve o trabalho mais a<br />

sério evitando, desta forma, algum tipo de<br />

desconforto financeiro. Dica da semana: as decisões<br />

importantes da vida devem ser bem analisadas antes<br />

de serem colocadas em prática. Pense bem.<br />

Leão – 22/07 a 22/08<br />

O ciúme sem motivo poderá levar a<br />

pessoa amada a pedir as contas da<br />

relação. No ambiente de trabalho terá<br />

a chance de se envolver com projetos de grande<br />

visão comercial. Expresse as suas opiniões com<br />

firmeza e bom senso. Dica da semana: não espere<br />

as coisas caírem do céu. Seja mais ousado.<br />

Virgem – 23/08 a 22/09<br />

Terá o apoio da pessoa amada para suas<br />

atividades rotineiras. As vitórias dentro<br />

do ambiente de trabalho deverão ser<br />

entretenimento<br />

horóscopo<br />

festejadas com muito prestígio. Dica da semana:<br />

se mantiver a paciência e o bom senso poderá ter<br />

grandes chances de sucesso em coisas materiais.<br />

Libra – 23/09 a 22/10<br />

O clima de romance irá proporcionar<br />

momentos ardentes com o seu par.<br />

As parcerias que venham acontecer<br />

no ambiente de trabalho beneficiarão todas as<br />

partes envolvidas. Esteja presente nas<br />

negociações. Dica da semana: problemas antigos<br />

poderão ser resolvidos se você continuar<br />

esbanjando otimismo.<br />

Escorpião – 23/10 a 21/11<br />

Estará cheio de planos para o futuro ao<br />

lado da pessoa querida. No ambiente<br />

de trabalho procure fazer as atividades<br />

diárias com muito amor e dedicação. Dica da<br />

semana: o orçamento doméstico deverá ser bem<br />

organizado para não se endividar.<br />

Sagitário – 22/11 a 21/12<br />

A pessoa amada irá proporcionar<br />

momentos de intenso prazer na vida<br />

íntima. Retribua a altura. Empenhe-se<br />

nas atividades rotineiras no ambiente de trabalho,<br />

mas cuidado para não agir sem pensar. Dica da<br />

semana: dê uma chance para as pessoas se<br />

aproximarem. Amigos novos poderão trazer muitas<br />

felicidades.<br />

Capricórnio – 22/12 a 20/<strong>01</strong><br />

Os bons momentos ao lado da<br />

pessoa amada deverão ser guardados<br />

a sete chaves. As inconveniências<br />

causadas por colegas de trabalho deverão ser<br />

tratadas com certa indiferença. Não leve essas<br />

coisas a sério. Dica da semana: comente os seus<br />

planos somente com pessoas de extrema<br />

confiança.<br />

Aquário – 21/<strong>01</strong> a 19/02<br />

As mágoas do passado deverão ser<br />

esquecidas. Com relação ao amor, a<br />

obrigação é manter o otimismo. Os<br />

problemas no setor profissional deverão ser<br />

encarados com muita paciência e senso crítico.<br />

Dica da semana: Não pare diante das dificuldades.<br />

Mantenha a cabeça sempre erguida.<br />

Peixes – 20/02 a 20/03<br />

Período de muita sorte no setor<br />

amoroso. Não deixe de investir<br />

nesta relação. Os projetos a serem<br />

desenvolvidos junto aos colegas de trabalho<br />

deverão ser bem planejados antes de<br />

colocados em prática. Dica da semana:<br />

Aproveite esta maré de sorte e faça tudo o<br />

que está protelando.<br />

PRELIMINARES<br />

Por que este e não aquele?<br />

Uma das perguntas que permeiam o<br />

imaginário das pessoas com relação ao sexo<br />

é: o que faz alguém se sentir atraído por<br />

essa ou aquela pessoa? Filósofos, psicólogos,<br />

poetas, médicos etc., tentam buscar a<br />

resposta. E são de áreas diferentes porque a<br />

atração sexual, a paixão, o amor, em suas<br />

diversas facetas são determinados (se é que<br />

podemos usar essa palavra) por diversos<br />

fatores. Claro que falar de atração sexual e<br />

de amor não é a mesma coisa e essa é a<br />

primeira dificuldade para se buscar<br />

definições.<br />

Acredita-se que muitos fatores entram<br />

em campo quando o assunto é a escolha<br />

amorosa. Primeiro vem o que popularmente<br />

chamamos de “química”. Essa sensação<br />

quase visceral, sem qualquer explicação<br />

lógica que faz com que nos interessemos por<br />

uma pessoa e não por outra. Aqui, o padrão<br />

físico é importante. Não é beleza social, é<br />

gosto individual. E o gosto tem relação direta<br />

com os padrões que a pessoa tem. Esses<br />

padrões têm uma parte consciente e outra,<br />

inconsciente.<br />

Os conscientes são aqueles mais fáceis de<br />

verbalizarmos, tipos físicos que interessam,<br />

jeitos de ser que achamos mais atraentes etc.<br />

O mais difícil de descobrir são nossos<br />

padrões inconscientes. Quem nunca se<br />

sentiu atraído por alguém que não tinha nada<br />

a ver com seu modelo racional que atire a<br />

primeira pedra! Nossas idealizações, nossos<br />

desejos de completude, nossas dificuldades<br />

de enxergar o outro de verdade (sem vermos<br />

só aquilo que nos interessa), são algumas<br />

das possíveis motivações inconscientes que<br />

regem essa atração.<br />

Quando o contato é mais duradouro,<br />

aquele outro imaginado vai se tornando mais<br />

e mais real. O inconsciente continua tendo<br />

um papel importante, mas, agora, seus<br />

padrões serão testados e, só deste modo, é<br />

que se poderá construir uma relação de base<br />

mais sólida.<br />

Texto elaborado pelo GAPSI – Grupo de<br />

Atendimento Psicológico.<br />

Site: www.gapsi.com.br / Central de<br />

Atendimento: (11) 3063-5912. Se você tiver<br />

alguma questão relacionada a sexo ou<br />

relacionamento é só enviar um e-mail para:<br />

folha_universitaria@uniban.br.<br />

19


20<br />

entretenimento<br />

CHARGE PALAVRAS CRUZADAS<br />

Promoção<br />

Concorra ao livro Inocência, de Visconde<br />

de Taunay. Basta mandar um e-mail para<br />

folha_universitaria@uniban.br com<br />

nome, RA (alunos) ou RGF (funcionários),<br />

curso e campus, além da resposta correta<br />

da seguinte pergunta:<br />

Visconde de Taunay foi um dos<br />

fundadores da Academia Brasileira de<br />

Letras e criou uma das cadeiras da<br />

entidade. Qual o número dessa cadeira?<br />

O nome do ganhador(a) sai na próxima edição da <strong>Folha</strong><br />

Universitária.<br />

Resultado da Promoção<br />

A pergunta da semana passada foi a seguinte: Em qual cidade<br />

alemã nasceu Kant? Acertou quem escreveu Königsberg. Quem<br />

leva o livro Crítica da Razão Prática é Luanda Eloy, do curso de<br />

Psicologia do campus MB II. O prêmio pode ser retirado a partir<br />

de quinta-feira na secretaria de campus.<br />

Quem quiser receber a <strong>Folha</strong> Universitária pelo<br />

correio, basta enviar nome e endereço completo<br />

ao e-mail: folha_universitaria@uniban.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!