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Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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Voltando a falar sobre Luiz de Mattos e Luiz Thomaz, esclarec<strong>em</strong>os<br />

que antes de viajar para Santos, pesquisando arquivos da Casa-<br />

Chefe, encontramos um relatório de 1913 do tesoureiro desta Filial, <strong>em</strong><br />

que está patenteado, de modo dignifi cante, o papel de relevo que Luiz<br />

Thomaz representou para seu grande amigo Luiz de Mattos, cada um<br />

na sua seara, cada um no des<strong>em</strong>penho dos respectivos encargos, mas<br />

igualmente amigos inseparáveis e incondicionais. Um não exigia do<br />

outro prestações de contas. Luiz de Mattos, preocupado com as bases<br />

fi losófi cas da Doutrina, jamais exigia contas de Luiz Thomaz, e<br />

delas n<strong>em</strong> queria saber. Por sua vez, Luiz Thomaz também não pedia<br />

satisfações sobre a parte espiritual, que cabia a Luiz de Mattos. Que<br />

ex<strong>em</strong>plo grandioso para a história do <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>!<br />

Vamos ler um parágrafo do relatório <strong>em</strong> que é patenteado o<br />

mérito de Luiz Thomaz na construção deste edifício <strong>em</strong> 1912:<br />

“Em 9 de abril de 1911, Luiz Thomaz, que já tinha doado ao <strong>Racionalismo</strong><br />

<strong>Cristão</strong> um terreno de 16 metros de frente por 50 de fundos<br />

na Avenida Ana Costa, <strong>em</strong> Santos, colocou à disposição a quantia<br />

necessária para a construção de um edifício no referido terreno,<br />

destinado aos trabalhos da Doutrina.”<br />

Aceita a proposta, foi assinado o respectivo contrato de construção<br />

com a fi rma Domingos Pinto e Cia. pela quantia de quarenta<br />

contos de réis, de acordo com a planta apresentada. Mas, no<br />

transcorrer da obra, Luiz Thomaz resolveu modifi car a planta e<br />

ampliar o <strong>em</strong>preendimento. Essa modifi cação não só elevou o custo<br />

do prédio como retardou sua inauguração. Com os acréscimos<br />

extracontratuais, o valor fi nal foi de 125 contos de réis. O total da<br />

construção ascendia soma que pod<strong>em</strong>os classifi car como fabulosa,<br />

sendo tudo patrocinado por Luiz Thomaz naquela ocasião.<br />

Prosseguindo a leitura do relatório de 1913:<br />

“Em 28 de julho de 1912, conforme consta da ata da reunião então<br />

realizada, Luiz Thomaz declarou que fazia doação ao <strong>Racionalismo</strong><br />

<strong>Cristão</strong> dessa importância, doravante constituindo seu patrimônio.”<br />

O gesto de fi lantropia seria digno dos mais justos encômios,<br />

se esse grande colaborador não fosse a modéstia personifi cada e<br />

não praticasse o ato de ben<strong>em</strong>erência pela satisfação de o fazer,<br />

com os rasgos de dedicação que nossos companheiros conhec<strong>em</strong>.<br />

Assim, <strong>em</strong> razão da generosidade de Luiz Thomaz, a Casa de Santos<br />

foi construída, obteve sua manutenção e se tornou perene e<br />

próspera. Essa é uma página indelével, que deverá fi gurar para<br />

s<strong>em</strong>pre na história do <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>.<br />

Nas solenidades <strong>em</strong> outras casas racionalistas cristãs de que<br />

t<strong>em</strong>os participado, <strong>em</strong> todas há a marca da passag<strong>em</strong> de Antonio<br />

Cottas por elas. Foram Casas que inaugurou ou visitou <strong>em</strong> datas<br />

festivas. Por isso, nas reuniões cívico-espiritualistas que presidimos,<br />

sentimo-nos na obrigação de citar algum trecho de discurso<br />

proferido por essa grande fi gura, por ocasião do seu comparecimento<br />

nessas festividades.<br />

Hoje, estamos numa Casa que, <strong>em</strong>bora visitada inúmeras<br />

vezes por Antonio Cottas, não teve sua presença na inauguração,<br />

porque ainda não militava no <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>. Assim sendo,<br />

neste momento, ao invés de citação de algum trecho de discurso de<br />

Antonio Cottas aqui proferido, vamos recordar a palavra sapiente<br />

do fundador Luiz de Mattos. A inauguração deste prédio foi presidida<br />

pelo mestre querido <strong>em</strong> junho de 1912. No mesmo ano, no<br />

mês de dez<strong>em</strong>bro, portanto 6 meses após, ele inaugurava edifício<br />

idêntico, <strong>em</strong> Vila Isabel, no Rio de Janeiro, agora o Solar Luiz de<br />

Mattos, destinado a amparar a velhice.<br />

A seguir, ter<strong>em</strong>os a honra de ler trecho do discurso do mestre<br />

Luiz de Mattos. Choramos de <strong>em</strong>oção quando rel<strong>em</strong>os esse discurso<br />

dias atrás, pronunciamento que é verdadeira aula. Naquela época,<br />

havia mais t<strong>em</strong>po disponível para se proferir discursos longos, o<br />

que a vida moderna difi culta. Luiz de Mattos, com sua eloqüência<br />

exuberante, pronunciou extenso discurso. Era um texto substancioso,<br />

e nos pareceu estar lendo uma de suas notáveis conferências.<br />

Nos relatos históricos que pesquisamos, há a descrição inicial<br />

da solenidade de inauguração deste prédio, que também vale<br />

a pena recordar:<br />

14 RACIONALISMO CRISTÃO<br />

RACIONALISMO CRISTÃO 15

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