Livro em PDF - Racionalismo Cristão

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espiritualidade permitiram que Luiz de Mattos codifi casse a doutrina racionalista cristã. Luiz Thomaz tinha personalidade diferente do inseparável amigo Luiz de Mattos, pois foi homem mais ligado a assuntos de ordem econômica e fi nanceira. Todavia, possuidor já de grande espiritualidade, valeu-se de sua capacidade como fi nancista para arquitetar e poder fi ncar os alicerces materiais com que o Racionalismo Cristão foi edifi cado na Terra, pois sabemos que uma instituição como esta não pode vicejar nem progredir dentro da sociedade se não possuir um arcabouço fi nanceiro mínimo para sua sustentação. Já Antonio Cottas, em mais de meio século de atividades profícuas e incansáveis, conseguiu consolidar o grande legado espiritualista de Luiz de Mattos e Luiz Thomaz. E, decorrente da consolidação desse legado também histórico, nosso Antonio Cottas deixou-nos como seu continuador, bem como aos futuros continuadores, a responsabilidade de divulgar a Doutrina e expandir sua faina espiritualizadora. Por isso, sempre repetimos, os três grandes mestres racionalistas cristãos encarnaram no planeta com atribuições distintas e adequadas à personalidade de cada um. Luiz de Mattos para escrever um conjunto de princípios espiritualistas estabelecido em um código de conduta denominado Racionalismo Cristão. Luiz Thomaz para viabilizar o arcabouço material de sua sustentação e Antonio Cottas para tornar sólida e segura a prática dessa fi losofi a, que a torna única e inconfundível perante as demais doutrinas fi losófi cas existentes. Essa é a grande realidade espiritualista e material que destacamos como própria da nossa Doutrina. Nós, racionalistas cristãos, temos por obrigação de, desprovidos de presunção ou vaidade, encarar essa realidade. As inúmeras fi losofi as espiritualistas que existem há séculos e outras novas que vão surgindo apontam caminhos sempre de natureza extremada. Observamos nelas o fanatismo sectário, que procura incutir em seus seguidores a somente pensar nos seus dogmas. De maneira fanática, como elas ensinam, obrigam seus adeptos a fi car o dia inteiro meditando, sem nada produzir de objeti- vo, de concreto, sem voltar o pensamento para um sentido altamente positivo. De que adiantam as mentalizações feitas por místicos que fi cam dias, meses e anos só meditando, sem nada fazer? De que adianta a concepção materialista de certas fi losofi as que não admitem a existência e imortalidade da alma? Que não admitem a lei das reencarnações nem os postulados que caracterizam uma fi losofi a espiritualista, que dizem praticar. Por outro lado, os materialistas não admitem que existe algo de superior além da matéria que é palpável, que por eles é vista fi sicamente. E o Racionalismo Cristão? No seu patamar de elevada concepção espiritualista, a Doutrina nos mostra o verdadeiro caminho da evolução. Pela racionalidade, demonstra que não podemos degenerar para conceitos fi losófi cos extremados. O Racionalismo Cristão nos ensina que devemos seguir paralelamente a vida espiritual e a física, pois somos espíritos encarnados. Seguindo seus princípios, os seres humanos têm condições de saber viver as duas vidas, sem as confundir. Eis um dos mais frisantes preceitos doutrinários: saber viver a vida física e a vida espiritual, sem se deixar envolver pelos sentimentos materializados, sem degenerar para os extremismos do misticismo e do sectarismo. O Racionalismo Cristão mostra o caminho da evolução espiritual e existe para os que querem raciocinar. Aprendemos seus ensinamentos com a leitura dos livros editados e sentimos sua vibração espiritual com a prática realizada em nossas Casas, tanto nas reuniões públicas como nas particulares de desdobramento. O estudo da Doutrina e sua prática possibilitam aos seus seguidores conquistar a felicidade relativa que está nas mãos de cada um, através de pensamentos elevados e do exercício do livre-arbítrio voltado para o bem. Perante a elevada magnitude espiritual com que o Racionalismo Cristão se faz presente, podemos entender a limitação da mente humana para alcançar a grandeza do Universo, mas que é sufi ciente para nos direcionar no caminho do bem. A luta do bem contra o mal ainda existirá por muitos séculos na face da Terra. A concepção do erro e do acerto varia de acordo com o grau de espiritualidade do agente que o pratica. Por isso, os 28 RACIONALISMO CRISTÃO RACIONALISMO CRISTÃO 29

acionalistas cristãos sabem distinguir o bem do mal. A Doutrina ensina o ser humano a discernir sobre tudo isso, mostra a verdade espiritual. Como dissemos, o Racionalismo Cristão nos permite conquistar a felicidade relativa que este mundo oferece, porque a felicidade total só é conseguida quando o espírito ascende aos planos superiores da evolução, rompendo de vez os grilhões que o prendiam a este planeta. Que bela Doutrina que nos ensina tudo isso! Muitas outras falam algo semelhante, mas não chegam à concepção exata, correta, apurada, do que seja a verdadeira espiritualidade. Nossa Doutrina não foi implantada à semelhança de outras tantas que existem por aí, não para enganar a humanidade, mas para lhe mostrar a realidade. Se assim não fosse, poderíamos, como elas, ditar palavras melosas ao sabor da mística humana, dizer palavras ilusórias, enganosas, cheias de fantasias. Mas, basta analisar o signifi cado de cada palavra de nossas irradiações para nos convencermos da realidade espiritual que o Racionalismo Cristão demonstra, realidade concebida dentro da racionalidade. Portanto, vamos amar com grandeza d’alma tudo que nos é ensinado, tudo que nos foi legado por esses três grandes mestres que acabamos de citar e que também foram citados por nosso ilustre presidente, Dr Madeira Pina. Vamos benefi ciar a humanidade com princípios salutares. Mas para isso é preciso que primeiramente saibamos nos aprimorar, aperfeiçoando a personalidade, educando o temperamento, aprimorando nossa espiritualidade, tendo assim condição moral e exemplar para transmitir esses ensinamentos a todos que chegam às casas racionalistas cristãs. É o que nossa querida Doutrina quer de cada um. Reiteramos agora nosso agradecimento pelas palavras amáveis do ilustre amigo Dr. Madeira Pina e pela atenção, ternura e afeto espiritual demonstrados em todos os recantos da terra lusa desde o primeiro dia que aqui chegamos. Esta nossa alegria serve para nos conscientizar do papel de racionalistas cristãos que devemos desempenhar, e que alguns se ufanam de proclamar. Muitos que freqüentam o meio racionalista cristão dizem que o são, mas não colocam em prática o que dizem. Não basta irradiar às horas certas e ter freqüência assídua em nossas Casas. Ser racionalista cristão é pôr em prática os princípios doutrinários em todos os momentos da vida quotidiana, na luta que cada um empreende neste mundo. É o que o Racionalismo Cristão quer das criaturas. Para isso foi implantado na Terra. Como frisamos reiteradas vezes no meio racionalista cristão, num ambiente de alta espiritualidade e de elevado psiquismo como este, é necessário que as pessoas saibam compreender-se, saibam tolerar-se, pois não existe o ser infalível, não existe o gênero humano perfeito. A Doutrina é intocável e seus princípios imutáveis, como as próprias leis naturais. Mas nós, seus instrumentos, somos falíveis. Então, é necessário que o militante saiba se vigiar, faça sua autocrítica, se analise, para que consiga de fato projetar-se no meio racionalista cristão com exemplos dignifi cantes. Quem assim procede não se deixa dominar por vaidades ou pelo encantamento ilusório do cargo que ocupa em nossas Casas. Não se deixa dominar pela incompreensão ou pela intolerância, sabe, portanto, compreender e tolerar o semelhante, dentro dos limites da racionalidade. Não podemos permitir, contudo, as falhas ditas imperdoáveis, como o vício e a maledicência, que tanto prejuízo traz ao próprio agente. Mas, como sempre ressaltamos, existem as pequeninas falhas, as arestas que precisam ser aparadas dentro de cada um. No meio racionalista cristão, saibamos efetivamente cultivar a mais alta capacidade de compreensão e tolerância, para que, de fato, viceje e prossiga disseminando princípios com exemplos dignifi cantes por parte de seus militantes. O assistente deve observar dignidade, moral e elevação de sentimentos em cada colaborador presente em nossas Casas. Não nos cansaremos de enfatizar esses exemplos superiores entre os militantes racionalistas cristãos de todo o mundo, para que as gerações futuras, nos séculos vindouros, prossigam no esclarecimento total da humanidade, através da prática do nosso espiritualismo. Esta é a mensagem que trazemos da Casa-Chefe para a Casa pioneira de nossa querida Doutrina em Portugal, neste dia solene. Há sessenta anos, Diamantino Correia dos Reis, o grande precursor, 30 RACIONALISMO CRISTÃO RACIONALISMO CRISTÃO 31

espiritualidade permitiram que Luiz de Mattos codifi casse a doutrina<br />

racionalista cristã.<br />

Luiz Thomaz tinha personalidade diferente do inseparável<br />

amigo Luiz de Mattos, pois foi hom<strong>em</strong> mais ligado a assuntos de<br />

ord<strong>em</strong> econômica e fi nanceira. Todavia, possuidor já de grande<br />

espiritualidade, valeu-se de sua capacidade como fi nancista para<br />

arquitetar e poder fi ncar os alicerces materiais com que o <strong>Racionalismo</strong><br />

<strong>Cristão</strong> foi edifi cado na Terra, pois sab<strong>em</strong>os que uma<br />

instituição como esta não pode vicejar n<strong>em</strong> progredir dentro da<br />

sociedade se não possuir um arcabouço fi nanceiro mínimo para<br />

sua sustentação.<br />

Já Antonio Cottas, <strong>em</strong> mais de meio século de atividades profícuas<br />

e incansáveis, conseguiu consolidar o grande legado espiritualista<br />

de Luiz de Mattos e Luiz Thomaz. E, decorrente da consolidação<br />

desse legado também histórico, nosso Antonio Cottas<br />

deixou-nos como seu continuador, b<strong>em</strong> como aos futuros continuadores,<br />

a responsabilidade de divulgar a Doutrina e expandir sua<br />

faina espiritualizadora.<br />

Por isso, s<strong>em</strong>pre repetimos, os três grandes mestres racionalistas<br />

cristãos encarnaram no planeta com atribuições distintas<br />

e adequadas à personalidade de cada um. Luiz de Mattos para escrever<br />

um conjunto de princípios espiritualistas estabelecido <strong>em</strong><br />

um código de conduta denominado <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>. Luiz<br />

Thomaz para viabilizar o arcabouço material de sua sustentação e<br />

Antonio Cottas para tornar sólida e segura a prática dessa fi losofi<br />

a, que a torna única e inconfundível perante as d<strong>em</strong>ais doutrinas<br />

fi losófi cas existentes.<br />

Essa é a grande realidade espiritualista e material que destacamos<br />

como própria da nossa Doutrina. Nós, racionalistas cristãos, t<strong>em</strong>os<br />

por obrigação de, desprovidos de presunção ou vaidade, encarar<br />

essa realidade. As inúmeras fi losofi as espiritualistas que exist<strong>em</strong><br />

há séculos e outras novas que vão surgindo apontam caminhos s<strong>em</strong>pre<br />

de natureza extr<strong>em</strong>ada. Observamos nelas o fanatismo sectário,<br />

que procura incutir <strong>em</strong> seus seguidores a somente pensar nos seus<br />

dogmas. De maneira fanática, como elas ensinam, obrigam seus<br />

adeptos a fi car o dia inteiro meditando, s<strong>em</strong> nada produzir de objeti-<br />

vo, de concreto, s<strong>em</strong> voltar o pensamento para um sentido altamente<br />

positivo. De que adiantam as mentalizações feitas por místicos<br />

que fi cam dias, meses e anos só meditando, s<strong>em</strong> nada fazer? De que<br />

adianta a concepção materialista de certas fi losofi as que não admit<strong>em</strong><br />

a existência e imortalidade da alma? Que não admit<strong>em</strong> a lei das<br />

reencarnações n<strong>em</strong> os postulados que caracterizam uma fi losofi a<br />

espiritualista, que diz<strong>em</strong> praticar. Por outro lado, os materialistas<br />

não admit<strong>em</strong> que existe algo de superior além da matéria que é palpável,<br />

que por eles é vista fi sicamente.<br />

E o <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong>?<br />

No seu patamar de elevada concepção espiritualista, a Doutrina<br />

nos mostra o verdadeiro caminho da evolução. Pela racionalidade,<br />

d<strong>em</strong>onstra que não pod<strong>em</strong>os degenerar para conceitos<br />

fi losófi cos extr<strong>em</strong>ados. O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> nos ensina que dev<strong>em</strong>os<br />

seguir paralelamente a vida espiritual e a física, pois somos<br />

espíritos encarnados. Seguindo seus princípios, os seres humanos<br />

têm condições de saber viver as duas vidas, s<strong>em</strong> as confundir. Eis<br />

um dos mais frisantes preceitos doutrinários: saber viver a vida<br />

física e a vida espiritual, s<strong>em</strong> se deixar envolver pelos sentimentos<br />

materializados, s<strong>em</strong> degenerar para os extr<strong>em</strong>ismos do misticismo<br />

e do sectarismo.<br />

O <strong>Racionalismo</strong> <strong>Cristão</strong> mostra o caminho da evolução espiritual<br />

e existe para os que quer<strong>em</strong> raciocinar. Aprend<strong>em</strong>os seus ensinamentos<br />

com a leitura dos livros editados e sentimos sua vibração<br />

espiritual com a prática realizada <strong>em</strong> nossas Casas, tanto nas reuniões<br />

públicas como nas particulares de desdobramento. O estudo da<br />

Doutrina e sua prática possibilitam aos seus seguidores conquistar<br />

a felicidade relativa que está nas mãos de cada um, através de pensamentos<br />

elevados e do exercício do livre-arbítrio voltado para o b<strong>em</strong>.<br />

Perante a elevada magnitude espiritual com que o <strong>Racionalismo</strong><br />

<strong>Cristão</strong> se faz presente, pod<strong>em</strong>os entender a limitação da<br />

mente humana para alcançar a grandeza do Universo, mas que é<br />

sufi ciente para nos direcionar no caminho do b<strong>em</strong>.<br />

A luta do b<strong>em</strong> contra o mal ainda existirá por muitos séculos<br />

na face da Terra. A concepção do erro e do acerto varia de acordo<br />

com o grau de espiritualidade do agente que o pratica. Por isso, os<br />

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