avaliação da resistência insulínica na síndrome de turner ...

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27.04.2013 Views

geneticamente programado. A recuperação geralmente ocorre nos primeiros 2 anos de idade, sendo mais pronunciada no primeiros 6 meses após o nascimento. A criança com BPN que não recuperou o crescimento até 3 anos de idade provavelmente não mais o fará, e apresentará baixa estatura na vida adulta 82 . Assim, por volta de 2 anos de idade, apenas 10% destas crianças permanecem com altura abaixo de - 2 desvios-padrão (DP) 83 . Ibánez e cols. evidenciaram, inclusive, que meninas com BPN evoluem com pubarca e menarca precoces quando comparadas com meninas com peso de nascimento normal 84,85 . O processo de recuperação acelerada do crescimento é controlado via supressão termogênica, e acompanha-se por hiperinsulinemia, RI no músculo esquelético e aumento da SI no tecido adiposo, com aceleração da taxa de estoque de gordura corporal, mesmo na presença de dieta balanceada e pobre em gorduras. Estes eventos precedem o aparecimento de dislipidemia, aumento de triglicerídeo intramuscular, obesidade visceral, DM2 e doença cardiovascular. Desta forma, a taxa de restabelecimento da massa gorda é desproporcionalmente mais rápida do que a de massa magra 86 . Vários estudos evidenciaram a relação entre BPN e o risco aumentado de desenvolvimento de RI, dislipidemia, hipertensão arterial e DM2 87-92 . Estudos epidemiológicos ao longo dos últimos 15 anos têm mostrado que o tamanho ao nascimento, a recuperação de crescimento pós-natal precoce e o excesso de ganho de peso na infância estão associados a um risco aumentado de doenças cardiovasculares e DM2 na vida adulta. O BPN associa-se a uma maior proporção de massa gorda para massa magra, maior acúmulo de gordura visceral e maior RI, ao contrário do que ocorre em crianças nascidas com maior peso 93 . Loos e cols. demonstraram que adultos que nasceram com peso menor apresentavam pregas cutâneas e RCQ maiores quando comparados àqueles que nasceram com peso maior 94,95 . 26 26

Gale e cols. avaliaram homens e mulheres de 70-75 anos através de densitometria de corpo total e mostraram que o BPN associa-se especificamente à diminuição da massa magra e que tal anormalidade na composição corporal é somatizada quando o BPN é acompanhado de um rápido ganho de peso pós-natal 96 . 27 27

geneticamente programado. A recuperação geralmente ocorre nos primeiros 2 anos <strong>de</strong><br />

i<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo mais pronuncia<strong>da</strong> no primeiros 6 meses após o <strong>na</strong>scimento. A criança com<br />

BPN que não recuperou o crescimento até 3 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> provavelmente não mais o<br />

fará, e apresentará baixa estatura <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> adulta 82 . Assim, por volta <strong>de</strong> 2 anos <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

ape<strong>na</strong>s 10% <strong>de</strong>stas crianças permanecem com altura abaixo <strong>de</strong> - 2 <strong>de</strong>svios-padrão<br />

(DP) 83 . Ibánez e cols. evi<strong>de</strong>nciaram, inclusive, que meni<strong>na</strong>s com BPN evoluem com<br />

pubarca e me<strong>na</strong>rca precoces quando compara<strong>da</strong>s com meni<strong>na</strong>s com peso <strong>de</strong><br />

<strong>na</strong>scimento normal 84,85 .<br />

O processo <strong>de</strong> recuperação acelera<strong>da</strong> do crescimento é controlado via supressão<br />

termogênica, e acompanha-se por hiperinsulinemia, RI no músculo esquelético e<br />

aumento <strong>da</strong> SI no tecido adiposo, com aceleração <strong>da</strong> taxa <strong>de</strong> estoque <strong>de</strong> gordura<br />

corporal, mesmo <strong>na</strong> presença <strong>de</strong> dieta balancea<strong>da</strong> e pobre em gorduras. Estes eventos<br />

prece<strong>de</strong>m o aparecimento <strong>de</strong> dislipi<strong>de</strong>mia, aumento <strong>de</strong> triglicerí<strong>de</strong>o intramuscular,<br />

obesi<strong>da</strong><strong>de</strong> visceral, DM2 e doença cardiovascular. Desta forma, a taxa <strong>de</strong><br />

restabelecimento <strong>da</strong> massa gor<strong>da</strong> é <strong>de</strong>sproporcio<strong>na</strong>lmente mais rápi<strong>da</strong> do que a <strong>de</strong><br />

massa magra 86 .<br />

Vários estudos evi<strong>de</strong>nciaram a relação entre BPN e o risco aumentado <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> RI, dislipi<strong>de</strong>mia, hipertensão arterial e DM2 87-92 . Estudos<br />

epi<strong>de</strong>miológicos ao longo dos últimos 15 anos têm mostrado que o tamanho ao<br />

<strong>na</strong>scimento, a recuperação <strong>de</strong> crescimento pós-<strong>na</strong>tal precoce e o excesso <strong>de</strong> ganho <strong>de</strong><br />

peso <strong>na</strong> infância estão associados a um risco aumentado <strong>de</strong> doenças cardiovasculares e<br />

DM2 <strong>na</strong> vi<strong>da</strong> adulta. O BPN associa-se a uma maior proporção <strong>de</strong> massa gor<strong>da</strong> para<br />

massa magra, maior acúmulo <strong>de</strong> gordura visceral e maior RI, ao contrário do que ocorre<br />

em crianças <strong>na</strong>sci<strong>da</strong>s com maior peso 93 .<br />

Loos e cols. <strong>de</strong>monstraram que adultos que <strong>na</strong>sceram com peso menor<br />

apresentavam pregas cutâneas e RCQ maiores quando comparados àqueles que<br />

<strong>na</strong>sceram com peso maior 94,95 .<br />

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