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DESBRAVADOR NATO - Pilatus Aircraft

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PREVIEW<br />

<strong>DESBRAVADOR</strong> <strong>NATO</strong><br />

CHEGA AO BRASIL O PILATUS PC-6 TURBO PORTER,<br />

MONOTURBOÉLICE CAPAZ DE OPERAR EM PISTAS ONDE NENHUMA<br />

OUTRA AERONAVE SE ARRISCARIA POR GIULIANO AGMONT • FOTOS PILATUS<br />

24 • AERO MAGAZINE • JUNHO • 2010<br />

Um avião parrudo, capaz de cumprir as mais críticas missões e de pousar<br />

e decolar em pistas impraticáveis para qualquer outra aeronave.<br />

Esse é o <strong>Pilatus</strong> PC-6 Turbo Porter, monoturboélice suíço que começa<br />

a ser distribuído com exclusividade no Brasil, a partir de 2011, pela<br />

Premier Táxi Aéreo. Terra, grama, cascalho, pedra, neve, areia, capim...<br />

Nenhum terreno é obstáculo para este genuíno desbravador, que levanta voo<br />

com até 11 ocupantes a bordo, ou uma tonelada de carga paga, em clareiras improvisadas<br />

de menos de 100 metros de comprimento em locais tão diversos como Canadá,<br />

Suíça, África do Sul e Nepal, para citar alguns dos países em que ele opera. “Com oito<br />

pessoas a bordo, decolamos em 90 metros, e pousamos em 50 metros, nos Alpes suíços”,<br />

conta David Worcman, diretor comercial da Premier. Fabricado desde a década<br />

de 1950, o PC-6 é um avião experimentado. Embora seja novidade no Brasil, já existem<br />

pelo menos 900 unidades voando mundo afora. O perfil de suas missões varia bastante,<br />

com um leque amplo de possibilidades. Em comum, somente os ambientes inóspitos.<br />

“Os pneus grandes e de baixa densidade, o sistema de suspensão mais robusto, as<br />

asas altas e a hélice distante do solo permitem ao Porter operar em áreas remotas, sem<br />

qualquer infraestrutura aeroportuária”, assegura Worcman. “Soma-se a isso a confiabilidade<br />

e a facilidade de manutenção do motor Pratt&Whitney PT6A, o turboélice mais<br />

fabricado da história da aviação”.<br />

JUNHO • 2010 • AERO MAGAZINE • 25


PREVIEW PILATUS PC-6 TURBO PORTER<br />

Com vocação de utilitário, o <strong>Pilatus</strong> PC-6 mira também<br />

novos mercados no Brasil, como os segmentos<br />

aeromédico, de aerofotogrametria e de serviços pára-públicos.<br />

O avião chegará com preço em torno de<br />

US$ 1,83 milhão (FOB) e oferece aviônica de última<br />

geração, com glass cockpit Garmin. Seu painel de fábrica<br />

é o G-950, que garante ao piloto plena adequação<br />

às novas tecnologias digitais de navegação, comunicação<br />

e vigilância, além de fornecer em duas telas de alta<br />

definição informações primárias de voo, tráfego, tipologia, clima<br />

e dados do motor. “É um avião fácil de operar, barato, versátil e<br />

sem frescura, que funciona como excelente ferramenta de trabalho<br />

para diversos tipos de uso. Como chega aos mais impensáveis<br />

lugares, o Porter provê vários tipos de solução. Além disso, pode<br />

26 • AERO MAGAZINE • JUNHO • 2010<br />

W<br />

Q<br />

E<br />

R<br />

No painel do Porter, aviônicos glass<br />

cockpit da linha G950 Q; câmeras<br />

instaladas sob o assoalho na versão<br />

para aerofotogrametria W; os nove<br />

assentos da cabine podem ser<br />

removidos em poucos minutos E; com<br />

capacidade para levar até 1 tonelada de<br />

carga, a cabine comporta um volume<br />

superior a 3 m 3 R<br />

ser usado sem dó, como os jipes 4x4 que<br />

sobem até parede”, avalia o diretor da Premier,<br />

que espera vender no Brasil de cinco<br />

a oito unidades do PC-6 por ano, a partir<br />

de 2013. A configuração interna básica<br />

é de um piloto mais sete passageiros, todos<br />

em assentos individuais. Porém, existe<br />

uma configuração de alta densidade com<br />

dois pilotos e até nove passageiros, mas,<br />

nesse caso, é instalado um assento triplo.<br />

O representante brasileiro decidiu trazer<br />

o PC-6 Porter para o Brasil, porque enxergou<br />

nichos pouco, ou nada, explorados no<br />

mercado nacional com bom potencial para<br />

o monomotor. A começar pelo agribusiness,<br />

um dos setores que mais cresce no<br />

País. Na visão da Premier, existe bastante<br />

mercado para o Porter em estados como<br />

Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,<br />

que têm pistas de difícil operação para outros<br />

turboélices e que são importantes para<br />

o transporte de pessoas ou carga. Empresas<br />

da área de construção são outros<br />

clientes em potencial do avião da <strong>Pilatus</strong>.<br />

Com a expectativa de se proliferarem os<br />

canteiros de obras pelo País nos próximos<br />

anos, muitas vezes em locais desabitados<br />

ou de acesso muito restrito, o PC-6 pode<br />

ser a única opção de acesso a algumas regiões.<br />

Uma das vantagens do PC-6 para essas<br />

missões, segundo David Worcman, é a<br />

possibilidade de reconfigurar o interior do<br />

avião em pouco tempo. “Em cinco minutos,<br />

duas pessoas conseguem desmontar<br />

os nove assentos da aeronave e guardá-los<br />

em um compartimento exclusivo para isso,<br />

sem comprometer o espaço interno.<br />

Ou seja, pode-se desembarcar passageiros<br />

e embarcar carga ou vice-versa, com rapidez<br />

e praticidade”, destaca o diretor comercial<br />

da Premier.<br />

A missão de busca e salvamento é outra<br />

aplicação para o PC-6. No serviço aeromédico,<br />

para socorro em pistas remotas, a<br />

aeronave pode ser configurada com duas<br />

macas e quatro assentos, dois para os pilotos<br />

e dois para médico e enfermeiro. A<br />

vantagem do avião sobre o helicóptero neste<br />

tipo de missão é que o avião tem alcan-<br />

ce maior, voa mais rápido e tem custo operacional mais baixo,<br />

chegando a US$ 350,00 por hora no caso do <strong>Pilatus</strong> PC-6. A estabilidade<br />

durante o voo e a naturalidade diante de condições adversas<br />

também contribuem para esse tipo de operação. O transporte<br />

de malote em regiões de acesso restrito representa mais um<br />

nicho para o monoturboélice da <strong>Pilatus</strong>. “Hoje, é bastante comum<br />

o avião deixar o malote em um aeroporto próximo do destino final,<br />

pois a distribuição é feita com automóvel. Com o PC-6, o malote<br />

pode chegar exatamente no destino”, assegura Worcman. Fotografias<br />

aéreas, filmagens e aerofotogrametria compõem outras<br />

aplicações para o Porter, que conta com um compartimento próprio<br />

para instalação de aparelhagem ótica sob o assoalho. A abertura<br />

e o fechamento da portinhola dessa área são comandados<br />

automaticamente pelo piloto, evitando danos aos equipamentos<br />

durante pousos ou decolagens. Nesse caso, o avião recebe configuração<br />

com área dedicada para um ocupante operar a captação<br />

de imagem. Além disso, o escape sai de fábrica em versão alongada<br />

para que resíduos não danifiquem as lentes das câmeras. Segundo<br />

a <strong>Pilatus</strong>, o PC-6 consegue realizar sobrevoos a baixas ve-<br />

>> PILATUS PC-6 TURBO PORTER<br />

Fabricante <strong>Pilatus</strong> <strong>Aircraft</strong> Preço básico US$ 1,83 milhão<br />

Motor Pratt & Whitney Canada´s PT6A-27 Potência 650 shp<br />

Capacidade 1 piloto + 7 pax (2 pilotos + 9 pax)<br />

Comprimento 10,90 m Envergadura 15,87 m Altura 3,20 m<br />

Carga útil 1.080 kg<br />

Velocidade máxima de cruzeiro 232 km/h Velocidade de STOL 107 km/h<br />

Distância de decolagem (com obstáculo de 50 pés) 440 m<br />

Distância de pouso (com obstáculo de 50 pés) 315 m<br />

Alcance 926 km Teto operacional 25.000 pés<br />

locidades, de até 50 nós, o que favorece<br />

a filmagem. “Existem<br />

emissoras de TV fora do Brasil que<br />

já usam o avião”, conta David<br />

Worcman, da Premier.<br />

Também há mercado para ex-<br />

O PC-6 possui um robusto<br />

conjunto de trens de pouso fixos<br />

que permitem ao turboélice<br />

suíço operar em pistas curtas e<br />

não preparadas<br />

plorar aplicações governamentais e missões policiais. No exterior,<br />

existem unidades utilizadas tanto para fazer monitoramento aéreo<br />

de fronteiras e abordagens em regiões de difícil acesso quanto<br />

transporte de autoridades e técnicos para áreas remotas. “Um<br />

aspecto importante da aeronave é a relação peso-potência. Em algumas<br />

circunstâncias, é possível usar o reverso da turbina para literalmente<br />

dar marcha à ré, pois em lugares ermos, não há trator<br />

para rebocar a aeronave, e empurrá-la pode ser uma tarefa difícil<br />

em aclives ou terrenos muito acidentados”, explica o representante<br />

David Worcman. Uma das características que tornam o PC-6<br />

Porter um bom avião cargueiro é o desenho das portas da cabine,<br />

de grandes dimensões (1 metro x 1,5 metro). Elas deslizam e facilitam<br />

o embarque de todo tipo de material. Justamente por esta<br />

facilidade, o monoturbina da <strong>Pilatus</strong> é uma aeronave bastante utilizada<br />

por equipes de paraquedistas. Ainda considerando o uso do<br />

turboélice para o transporte de carga, a <strong>Pilatus</strong> garante que a cabine<br />

comporta um volume superior a três metros cúbicos de caixas,<br />

sacos ou o que quer que se queira transportar. Ou seja, um<br />

verdadeiro jipão voador.<br />

JUNHO • 2010 • AERO MAGAZINE • 27

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