Leia toda a entrevista na edição impressa disponível para ... - Lux - Iol
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Four Seasons... Tinha uma vida<br />
profi ssio<strong>na</strong>l estável, não valia a<br />
pe<strong>na</strong> deixar tudo <strong>para</strong> mergulhar<br />
no vazio. Mas, ao mesmo tempo,<br />
como já era independente,<br />
achei que era a altura certa <strong>para</strong><br />
tentar concretizar este sonho.<br />
<strong>Lux</strong> – E partiu sozinha, sem <strong>na</strong>da<br />
em vista?<br />
C.P.P. – Sim, não conhecia absolutamente<br />
ninguém. Cheguei<br />
cá, andava com o meu curriculum<br />
debaixo do braço (licenciei-me em<br />
Relações Públicas e Marketing)<br />
e fui entregá-lo em mão aos<br />
hotéis que considerava serem os<br />
melhores de Nova Iorque (cerca<br />
de 70). Falava quatro línguas<br />
(inglês, francês, espanhol e português)<br />
e tinha uma experiência<br />
no Four Seasons, que é muito<br />
reconhecido a nível inter<strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l.<br />
Tive muitas <strong>entrevista</strong>s, mas<br />
ninguém me dava a hipótese de<br />
ter um visto de trabalho. Até que<br />
o Thompson Hotel me selecionou,<br />
entre dois mil e tal candidatos<br />
norte-americanos. Faltava<br />
uma sema<strong>na</strong> <strong>para</strong> eu voltar <strong>para</strong><br />
Portugal quando me fizeram<br />
uma proposta de trabalho.<br />
Fiquei lá durante dois anos como<br />
front offi ce of the ma<strong>na</strong>ger, nº 3<br />
a nível das operações do hotel.<br />
Ia fazer 28 anos...<br />
<strong>Lux</strong> – E como é que surgiu a ideia<br />
de criar a Perso<strong>na</strong>l Concierge<br />
Services?<br />
C.P.P. – Durante aquele tempo,<br />
dei-me conta de uma lacu<strong>na</strong>. Muitos<br />
amigos me ligavam a pedir<br />
conselhos sobre que hotéis é que<br />
deviam escolher, quais os restaurantes<br />
mais giros – muitas vezes<br />
nem atendem os telefones –, e<br />
como sabiam que eu tinha uma<br />
boa rede de contactos, era mais<br />
fácil terem acesso a essas coisas.<br />
Fiz isto durante nove meses de<br />
graça até que, às tantas, vi que<br />
estava a perder uma oportunidade<br />
de negócio e decidi avançar com<br />
o projeto. Tenho clientes em<br />
Itália, Angola, Inglaterra, Japão<br />
e Portugal e a ideia é mostrar-lhes<br />
Nova Iorque não da perspetiva<br />
de um simples turista. Ainda por<br />
cima, é uma cidade que está<br />
em constante mudança, sempre<br />
com espaços novos a abrir.<br />
É uma ideia simples mas funcio<strong>na</strong>l,<br />
<strong>na</strong> qual os meus contactos são<br />
uma mais-valia.<br />
“Conheci o Hugh Grant, que esteve à conversa<br />
comigo aí umas três horas num bar„<br />
“É preciso persistência e um pouco de lata <strong>para</strong> chegar a um hotel com um CV e pedir-lhes<br />
cinco minutos do seu tempo porque tinha vindo de muito longe. E depois, desculpe-me,<br />
mas é preciso ser-se bom no que se faz!”, confessa Catari<strong>na</strong> Perestrelo Pinto