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– 11.<br />
Português<br />
CADERNO<br />
DEAPOIO<br />
AOPROFESSOR<br />
o ANO<br />
FILOMENA MARTINS • GRAÇA MOURA<br />
∫ Apresentação do projeto<br />
∫ Proposta <strong>de</strong> planificação<br />
∫ Fichas <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong><br />
∫ Propostas <strong>de</strong> correção<br />
∫ Materiais auxiliares <strong>de</strong> apoio
ÍNDICE<br />
INTRODUÇÃO ............................................................................. 2<br />
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA EDUCATIVO PORTUGUÊS,<br />
por PAULO FEYTOR PINTO ............................................................ 3<br />
O PROJETO ................................................................................ 7<br />
PLANIFICAÇÃO ANUAL ................................................................ 11<br />
FICHAS DE AVALIAÇÃO ................................................................ 14<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação – Sequência 1 .............................................. 14<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação – Sequência 2 .............................................. 18<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação – Sequência 3 .............................................. 22<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação – Sequência 4 .............................................. 26<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação – Sequência 5 .............................................. 30<br />
SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO .......................................... 34<br />
REGISTOS ÁUDIO – ORALIDADE – COMPREENSÃO ORAL ..................... 36<br />
PROPOSTAS DE CORREÇÃO DE ALGUMAS ATIVIDADES DO MANUAL..... 41<br />
MATERIAIS DE APOIO................................................................... 48<br />
Grelha <strong>de</strong> observação da expressão oral .................................. 48<br />
Ficha <strong>de</strong> visionamento <strong>de</strong> um documento ví<strong>de</strong>o ........................ 49<br />
Cine-<strong>ficha</strong> (apreciação <strong>de</strong> filmes) ........................................... 50<br />
Documento-guia <strong>de</strong> observação/audição <strong>de</strong> uma reportagem ...... 51<br />
Guião <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate ................................................. 52<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relatório <strong>de</strong> visita <strong>de</strong> estudo ................................... 53<br />
Contrato <strong>de</strong> leitura .............................................................. 55<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Ficha <strong>de</strong> leitura I ................................................... 56<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Ficha <strong>de</strong> leitura II .................................................. 58<br />
A oficina <strong>de</strong> escrita .............................................................. 60<br />
A ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO SEGUNDO O PROGRAMA ................ 61<br />
1
2<br />
INTRODUÇÃO<br />
Estimados colegas<br />
Agra<strong>de</strong>cemos o privilégio <strong>de</strong> contar com a vossa atenção para, mais uma vez, po<strong>de</strong>rmos sujeitar o nosso trabalho<br />
à vossa cuidada consi<strong>de</strong>ração e experiência profissional.<br />
Des<strong>de</strong> 2003, ano do lançamento do primeiro projeto Página Seguinte, procurámos concretizar o espírito do<br />
Programa <strong>de</strong> Português, relativamente às competências nucleares aí enunciadas, entrecruzando-as com recursos<br />
scripto-áudio-visuais variados e diversos.<br />
Assim, à semelhança dos anteriores, este novo projeto concretiza <strong>de</strong> forma equilibrada e harmoniosa as competências<br />
nucleares do Programa, <strong>de</strong>senvolvendo-as pertinentemente.<br />
Elementos constituintes do projeto Página Seguinte 11. o ano<br />
Para o(a) Professor(a) Para o(a) Aluno(a)<br />
Manual do Professor Manual<br />
Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Apoio ao Professor Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s<br />
Planos <strong>de</strong> Aula (Obras Literárias) (CD-Rom e On-line)<br />
O Dicionário Terminológico e o Programa <strong>de</strong> Secundário Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt<br />
(CD-Rom e On-line)<br />
Apoio Internet www.paginaseguinte11.te.pt
O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO NO SISTEMA<br />
EDUCATIVO PORTUGUÊS<br />
Principais alterações, por Paulo Feytor Pinto<br />
A ortografia da língua portuguesa, tal como a própria língua, tem sofrido alterações ao longo do tempo. Em<br />
2011, com a entrada em vigor da nova ortografia que aqui se apresenta, chega ao fim um período <strong>de</strong> 100 anos<br />
durante o qual a língua portuguesa teve duas ortografias oficiais distintas. Este facto foi provocado pelos portugueses<br />
que, em 1911, adotaram uma nova ortografia, tornaram-na oficial e não consultaram os brasileiros.<br />
Apesar <strong>de</strong> a nova ortografia comum ter provocado alterações tanto na ortografia portuguesa como na brasileira,<br />
aqui apresentam-se apenas as regras que alteram a ortografia a utilizar no sistema educativo português.<br />
Todas as regras ortográficas que não são referidas mantêm-se, portanto, inalteradas. Também a terminologia<br />
utilizada nesta brochura é a adotada no ensino básico e secundário e não a do texto legal.<br />
As alterações introduzidas na ortografia são as seguintes:<br />
1. Introdução das letras k, w e y no alfabeto (Base I).<br />
2. Obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> inicial minúscula em alguns nomes próprios e formas <strong>de</strong> cortesia (Base XIX).<br />
3. Supressão das letras c e p em sequências <strong>de</strong> consoantes (Base IV).<br />
4. Supressão <strong>de</strong> acento em palavras graves (Base IX).<br />
5. Supressão e/ou substituição do hífen em palavras compostas e <strong>de</strong>rivadas, formas verbais e locuções (Bases<br />
XV-XVII).<br />
A consulta <strong>de</strong>ste texto po<strong>de</strong> ser complementada com a leitura do diploma legal que aprova a nova ortografia,<br />
em especial das bases ou regras acima i<strong>de</strong>ntificadas e das respetivas notas explicativas. A Resolução da<br />
Assembleia da República, <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1991, está permanentemente disponível em:<br />
http://dre.pt/pdf1sdip/1991/08/193A00/43704388.pdf<br />
A Resolução do Conselho <strong>de</strong> Ministros que <strong>de</strong>termina a entrada em vigor da nova ortografia, <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2011,<br />
adotou também o Vocabulário Ortográfico do Português e o conversor Lince <strong>de</strong>senvolvidos pelo Instituto <strong>de</strong><br />
Linguística Teórica e Computacional, com financiamento público do Fundo da Língua Portuguesa. Uma vez que o<br />
texto legal que <strong>de</strong>screve a nova ortografia prevê exceções e não é exaustivo na exemplificação, estas duas ferramentas<br />
são muito úteis para esclarecer as inevitáveis dúvidas e estão disponíveis gratuitamente no sítio:<br />
www.portaldalinguaportuguesa.org<br />
3
4<br />
ALFABETO<br />
k w y<br />
As letras k, w e y fazem parte do alfabeto da língua portuguesa. Apesar <strong>de</strong>sta novida<strong>de</strong>, as regras <strong>de</strong> utilização<br />
mantêm-se as mesmas. Estas três letras po<strong>de</strong>m, por exemplo, ser utilizadas em palavras originárias <strong>de</strong> outras línguas<br />
e seus <strong>de</strong>rivados ou em siglas, símbolos e unida<strong>de</strong>s internacionais <strong>de</strong> medida, como darwinismo, Kuwait, km<br />
ou watt.<br />
A posição <strong>de</strong>stas três letras no alfabeto é a seguinte: …j, k, l… …v, w, x, y, z.<br />
MINÚSCULAS<br />
sábado agosto<br />
verão sul<br />
senhor Silva<br />
A letra minúscula inicial é obrigatória nos:<br />
– nomes dos dias: sábado, domingo, segunda-feira, terça-feira, quarta-feira…<br />
– nomes dos meses: agosto, setembro, outubro, novembro, <strong>de</strong>zembro, janeiro…<br />
– nomes das estações do ano: verão, outono, inverno, primavera…<br />
– nomes dos pontos car<strong>de</strong>ais ou equivalentes, mas não quando eles referem regiões: sul, leste, oriente e oci<strong>de</strong>nte<br />
europeu, mas o Oci<strong>de</strong>nte.<br />
A letra minúscula inicial é obrigatória também nas formas <strong>de</strong> tratamento ou cortesia: senhor Silva, car<strong>de</strong>al<br />
Santos…<br />
A letra inicial tanto po<strong>de</strong> ser maiúscula como minúscula em:<br />
– títulos <strong>de</strong> livros, exceto na primeira palavra: Amor <strong>de</strong> perdição ou Amor <strong>de</strong> Perdição.<br />
– nomes que <strong>de</strong>signam cursos e disciplinas: matemática ou Matemática.<br />
– <strong>de</strong>signações <strong>de</strong> arruamentos: rua da Liberda<strong>de</strong> ou Rua da Liberda<strong>de</strong>.<br />
– <strong>de</strong>signações <strong>de</strong> edifícios: igreja do Bonfim ou Igreja do Bonfim.<br />
C & P<br />
ação facto<br />
ótimo apto<br />
As letras c e p são suprimidas sempre que não são pronunciadas pelos falantes mais instruídos, como acontece<br />
em algumas sequências <strong>de</strong> consoantes: ação, ótimo, ata, ator, adjetivo, antártico, atração, coletânea, conceção,<br />
letivo, noturno, perentório, sintático…<br />
As letras c e p mantêm-se apenas nos casos em que são pronunciadas: facto, apto, a<strong>de</strong>pto, compacto, contacto,<br />
corrupção, estupefacto, eucalipto, faccioso, fricção, núpcias, pacto, sumptuoso…
Assim, tal como na oralida<strong>de</strong>, na escrita temos Egito e egípcio.<br />
Aceita-se a dupla grafia quando se verifica oscilação na pronúncia culta, como em sector e setor. Já existiam<br />
em português outras palavras com mais <strong>de</strong> uma grafia, como febra, fevra e fêvera.<br />
As letras b, g e m mantêm-se na escrita em português europeu padrão <strong>de</strong> sequências idênticas <strong>de</strong> consoantes:<br />
subtil, súbdito, amígdala, amnistia, omnipresente…<br />
A letra h mantém-se tanto no início e no fim <strong>de</strong> palavra como nos dígrafos ch, lh e nh: homem, oh, chega,<br />
mulher, vinho.<br />
ACENTO<br />
joia heroico<br />
leem veem<br />
pera para<br />
O acento agudo é suprimido das palavras graves cuja sílaba tónica contém o ditongo oi. Generaliza-se portanto<br />
a regra já aplicada em <strong>de</strong>zoito e comboio. Assim, passamos a ter: joia, heroico, boia, lambisgoia, alcaloi<strong>de</strong>,<br />
paranoico…<br />
O acento circunflexo é suprimido das formas verbais graves, da terceira pessoa do plural, terminadas em<br />
eem. Assim, passamos a ter: leem, veem, creem, <strong>de</strong>em, preveem…<br />
O acento gráfico, agudo ou circunflexo, é suprimido das palavras graves que não têm homógrafas da<br />
mesma classe <strong>de</strong> palavras. Assim, para po<strong>de</strong> ser uma preposição ou uma forma do verbo parar, tal como acordo já<br />
podia ser um nome ou uma forma do verbo acordar. Outros exemplos são: acerto (verbo ou nome), coro (verbo ou<br />
nome), fora (verbo ou advérbio)…<br />
O acento agudo mantém-se na escrita em português europeu padrão das formas verbais da primeira pessoa<br />
do plural, do pretérito perfeito do indicativo, dos verbos da primeira conjugação: gostámos, levámos, entregámos,<br />
andámos, comprámos…<br />
HÍFEN<br />
auto<strong>avaliação</strong> paraquedas<br />
semirrígido suprassumo<br />
fim <strong>de</strong> semana hei <strong>de</strong><br />
O hífen é suprimido das palavras <strong>de</strong>rivadas em que a última letra do primeiro elemento – o elemento não<br />
autónomo – é diferente da primeira letra do segundo elemento: auto<strong>avaliação</strong>, autoestrada, agroindústria, antiamericano,<br />
bioalimentar, extraescolar, neoi<strong>de</strong>alismo…<br />
5
6<br />
O hífen mantém-se nas <strong>de</strong>rivadas começadas por ex, vice, pré, pós, pró, circum seguido <strong>de</strong> vogal ou n, pan<br />
seguido <strong>de</strong> vogal ou m, ou ab, ad, ob, sob ou sub seguido <strong>de</strong> consoante igual, b ou r. Assim, continuamos a ter:<br />
pós-graduação, pan-americano, sub-região…<br />
O hífen mantém-se nas <strong>de</strong>rivadas em que o segundo elemento começa por h, r ou s. No primeiro caso, mantém-se<br />
a regra anteriormente em vigor: anti-herói, pan-helénico…<br />
O hífen é suprimido <strong>de</strong> palavras cuja noção <strong>de</strong> composição se per<strong>de</strong>u, tal como já tinha acontecido com pontapé.<br />
Assim, passamos a ter: paraquedas, mandachuva…<br />
O hífen é substituído por r ou s, duplicando-o, nas palavras <strong>de</strong>rivadas e compostas acima referidas em que a<br />
última letra do primeiro elemento é uma vogal e a primeira letra do segundo elemento é um r ou um s: semirrígido,<br />
suprassumo, antirroubo, antissemita, girassol, madressilva, ultrassecreto…<br />
O hífen é substituído por um espaço em branco nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,<br />
prepositivas ou conjuncionais: fim <strong>de</strong> semana, cão <strong>de</strong> guarda, cor <strong>de</strong> vinho…<br />
O hífen é substituído por um espaço em branco nas quatro formas monossilábicas do verbo haver seguidas<br />
da preposição <strong>de</strong>: hei <strong>de</strong>, hás <strong>de</strong>, há <strong>de</strong> e hão <strong>de</strong>.<br />
Mantém-se a ortografia em exceções pontuais tais como <strong>de</strong>sumano, cor-<strong>de</strong>-rosa, coocorrência.<br />
O hífen mantém-se em todos os restantes casos:<br />
– generalida<strong>de</strong> das compostas: cobra-capelo, ervilha-<strong>de</strong>-cheiro, mal-estar, tenente-coronel…<br />
– <strong>de</strong>rivadas em que a última letra do primeiro elemento é igual à primeira letra do segundo elemento: anti-<br />
-ibérico, hiper-realista…<br />
– formas verbais seguidas <strong>de</strong> pronome pessoal <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte: disse-lhe, disse-o, dir-te-ei…<br />
– enca<strong>de</strong>amentos vocabulares: estrada Lisboa-Porto, ponte Rio-Niteroi…
O PROJETO<br />
O MANUAL<br />
O Manual está estruturado em sete partes e apresenta cinco sequências <strong>de</strong> acordo com o programa.<br />
SEQUÊNCIAS CONTEÚDOS<br />
Diagnose Ficha <strong>de</strong> recuperação <strong>de</strong> saberes nas competências: oralida<strong>de</strong>, leitura (<strong>de</strong> texto e<br />
<strong>de</strong> imagem), funcionamento da língua e escrita.<br />
Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem 1 Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigo científico; Artigo técnico;<br />
Funcionamento da língua; Leitura <strong>de</strong> imagem.<br />
Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem 2 Discurso político; Padre António Vieira, Sermão <strong>de</strong> Santo António aos Peixes<br />
(excertos); Textos expositivo-argumentativos; Ilustrações para exploração;<br />
Leitura <strong>de</strong> imagem; Funcionamento da língua.<br />
Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem 3 Drama; Almeida Garrett, Frei Luís <strong>de</strong> Sousa; Textos argumentativos, expositivo-<br />
-argumentativos; Resumo; Leitura <strong>de</strong> imagem; Funcionamento da língua;<br />
Ilustrações.<br />
Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem 4 Eça <strong>de</strong> Queirós, Os Maias; Quadros sinópticos; Ficha <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> Leitura;<br />
Caricatura; Desenho humorístico; Debate; Síntese; Funcionamento da língua;<br />
Ilustrações.<br />
Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem 5 Editorial; Poesia <strong>de</strong> Cesário Ver<strong>de</strong>; Ficha <strong>de</strong> Controlo <strong>de</strong> Leitura; Leitura <strong>de</strong> imagem;<br />
Publicida<strong>de</strong>; Artigo <strong>de</strong> apreciação crítica; Funcionamento da língua.<br />
INFORMAÇÃO Funcionamento da língua; Oralida<strong>de</strong>, Escrita, Leitura <strong>de</strong> imagem; Enciclopédia<br />
Literária e Glossário <strong>de</strong> Símbolos.<br />
7
8<br />
Estrutura <strong>de</strong> cada Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem<br />
Cada Sequência <strong>de</strong> Aprendizagem explora as competências nucleares enunciadas no Programa e está estruturada<br />
do seguinte modo:<br />
PREVIAMENTE… Apresentação <strong>de</strong> conceitos relativos aos conteúdos da sequência.<br />
ORALIDADE Exercícios <strong>de</strong> Compreensão e Expressão oral.<br />
LEITURA Leitura e análise <strong>de</strong> textos das tipologias textuais propostas pelo Programa.<br />
FUNCIONAMENTO<br />
DA LÍNGUA<br />
Exercícios diversificados dos conteúdos potenciais e previsíveis – <strong>de</strong> acordo com o Dicionário<br />
Terminológico.<br />
ESCRITA Elaboração <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> diferentes tipologias.<br />
APRENDER Sistematização esquematizada dos conteúdos.<br />
SABER MAIS... Aprofundamento <strong>de</strong> conhecimentos – conteúdos do Programa.<br />
FICHA FORMATIVA Treino e preparação para a <strong>avaliação</strong> escrita.<br />
OFICINA DE ESCRITA Trabalho <strong>de</strong> escrita – aplicação das regras da textualida<strong>de</strong>.<br />
CONTRATO DE LEITURA Sinopses e propostas <strong>de</strong> obras para cumprimento do C.L.<br />
CIDADANIA ATIVA Textos informativos para envolver ativamente o aluno-cidadão.<br />
A PROPÓSITO... Textos complementares e esclarecedores dos temas explorados.<br />
CARTAZ Filmes e documentários aconselhados.<br />
VISITA DE ESTUDO Propostas <strong>de</strong> visita <strong>de</strong> estudo (com e sem guião).<br />
REMISSÕES Para Informação do Manual, especificando o conteúdo e a página.<br />
FICHAS DE CONTROLO<br />
DE LEITURA<br />
Na 4. a e 5. a sequências <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
ILUSTRAÇÕES Para interpretação da linguagem icónica.<br />
CARICATURA E<br />
DESENHO HUMORÍSTICO<br />
BANDAS LATERAIS<br />
(só Manual do Professor)<br />
Com propostas <strong>de</strong> trabalho.<br />
Propostas <strong>de</strong> soluções para a Oralida<strong>de</strong>, para a Orientação <strong>de</strong> Leitura e para o Funcionamento<br />
da Língua. Remissões para a Aula Digital – Áudio, Ví<strong>de</strong>o, Link Internet, PowerPoint.
AULA DIGITAL<br />
A Aula Digital possibilita a fácil exploração do projeto Página Seguinte, através das novas tecnologias em sala<br />
<strong>de</strong> aula. É uma ferramenta inovadora que permitirá tirar o melhor partido <strong>de</strong>ste projeto escolar, simplificando o<br />
trabalho diário do docente.<br />
Na Aula Digital, são disponibilizadas as páginas do manual que o docente po<strong>de</strong>rá projetar e explorar na sala <strong>de</strong><br />
aula, e a partir das quais po<strong>de</strong>rá ace<strong>de</strong>r a um conjunto <strong>de</strong> conteúdos multimédia integrados no manual, para tornar<br />
a aula mais dinâmica:<br />
• Ví<strong>de</strong>os – suportes multimédia que permitem a exploração <strong>de</strong> diferentes conteúdos programáticos. Assim,<br />
<strong>de</strong> acordo com o programa, encontramos no manual remissões para os seguintes ví<strong>de</strong>os: tomada <strong>de</strong> posse<br />
do Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia da República na XI legislatura; entrevista ao Padre Hugo Ventura; Almeida<br />
Garrett; Os Maias ; Gato Fedorento, Bombeiros <strong>de</strong> Mafamu<strong>de</strong> e outros.<br />
• Áudios – gravações <strong>de</strong> diversos textos do manual como oralida<strong>de</strong> – compreensão oral; leituras expressivas;<br />
dramatizações; ciclo Eça; pregões; <strong>de</strong>clamações e anúncios publicitários e outros.<br />
• Apresentações em PowerPoint – recurso didático que visa expor e/ou sintetizar conteúdos tais como:<br />
Da ciência à tecnologia; A Assembleia da República; O discurso político; O Barroco; O teatro; O Romantismo;<br />
A educação n’ Os Maias ; Rafael Bordalo Pinheiro; Cesário, poeta pintor e a Força da imagem na publicida<strong>de</strong>.<br />
• Testes Interativos – extenso banco <strong>de</strong> testes interativos, personalizáveis e organizados pelos diversos<br />
temas do manual.<br />
• Links internet – en<strong>de</strong>reços para páginas na internet <strong>de</strong> apoio às matérias, para a obtenção <strong>de</strong> mais informação.<br />
A Aula Digital simplifica a preparação <strong>de</strong> aulas com as novas tecnologias. O docente po<strong>de</strong> preparar facilmente<br />
sequências planeadas e personalizadas <strong>de</strong> recursos digitais, para exploração com projetor simples ou Quadro<br />
Interativo.<br />
Para po<strong>de</strong>r avaliar facilmente os seus alunos, po<strong>de</strong>rá:<br />
• Utilizar os testes pré-<strong>de</strong>finidos ou criar um teste à medida da turma, a partir <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 300<br />
questões.<br />
• Imprimir os testes para distribuir, projetar em sala <strong>de</strong> aula ou enviar aos alunos com correção automática.<br />
• Acompanhar o progresso dos alunos através <strong>de</strong> relatórios <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> <strong>de</strong>talhados.<br />
Para po<strong>de</strong>r comunicar mais facilmente com os seus alunos, a Aula Digital permite ao docente e alunos a<br />
troca <strong>de</strong> mensagens e a partilha <strong>de</strong> recursos.<br />
• Banco <strong>de</strong> imagens– imagens para exploração.<br />
• Textos teóricos / Fichas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s.<br />
CADERNO DE ATIVIDADES<br />
Esquemas e tabelas – sistematização <strong>de</strong> conceitos teóricos.<br />
Fichas (verda<strong>de</strong>iro/falso).<br />
9
10<br />
Fichas formativas (estrutura idêntica às do Manual).<br />
Fichas <strong>de</strong> Funcionamento da Língua.<br />
Produção escrita: resumo/síntese.<br />
Soluções.<br />
CADERNO DE APOIO AO PROFESSOR<br />
Planificação Anual a longo e a médio prazo; Principais alterações relativas ao Novo Acordo Ortográfico no<br />
sistema educativo português, por Paulo Feytor Pinto; Fichas <strong>de</strong> Avaliação; Registo escrito dos textos para<br />
Oralida<strong>de</strong> – Compreensão oral; Propostas <strong>de</strong> correção; quadros e esquemas (propostas <strong>de</strong> solução <strong>de</strong> exercícios<br />
do Manual); sugestões metodológicas para organização <strong>de</strong> portefólio e cumprimento <strong>de</strong> contrato <strong>de</strong> leitura; grelhas,<br />
<strong>ficha</strong>s e guiões.<br />
PLANOS DE AULA (OBRAS LITERÁRIAS)<br />
Propostas <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> aula a <strong>de</strong>senvolver pelo docente, <strong>de</strong> acordo com as características específicas das<br />
turmas.
PLANIFICAÇÃO ANUAL<br />
1. o<br />
Período<br />
Conteúdos Suportes Sequência/Blocos<br />
Comunicado; Reclamação/Protesto; Artigos científicos e técnicos<br />
• Textos informativos diversos e dos domínios transacional e educativo<br />
• Documentários <strong>de</strong> índole científica<br />
Funcionamento da Língua<br />
• Texto (continuida<strong>de</strong>; progressão; coesão; coerência)<br />
• Tipologia textual (protótipos textuais)<br />
• Estruturas lexicais<br />
• Neologia<br />
• Sintaxe: estrutura das combinações livres <strong>de</strong> palavras<br />
• Funções sintáticas e or<strong>de</strong>m das palavras<br />
• Consolidação dos itens <strong>de</strong> Semântica lexical e frásica<br />
e <strong>de</strong> Pragmática e Linguística textual do 10. o ano<br />
Discurso político; P e . António Vieira, Sermão <strong>de</strong> Santo António<br />
aos Peixes (excertos); exposição e outros textos expositivo-<br />
-argumentativos<br />
• Documentários; Sermão <strong>de</strong> Santo António aos Peixes em CD<br />
• Filme Palavra e Utopia, outros<br />
• Exposição<br />
• Textos expositivo-argumentativos; textos <strong>de</strong> apreciação crítica<br />
Funcionamento da Língua<br />
• Processos fonológicos<br />
• Interação discursiva (força ilocutória)<br />
• Texto (continuida<strong>de</strong>; progressão; coesão; coerência)<br />
• Tipologia textual (protótipos textuais)<br />
• Processos interpretativos inferenciais (figuras)<br />
• Tempo e aspeto; modalida<strong>de</strong><br />
• Sintaxe: estrutura das combinações livres <strong>de</strong> palavras, figuras<br />
<strong>de</strong> sintaxe, funções sintáticas e or<strong>de</strong>m das palavras<br />
• Consolidação dos itens <strong>de</strong> Semântica lexical e frásica<br />
e <strong>de</strong> Pragmática e Linguística textual do 10. o ano<br />
Manual<br />
CD Áudio<br />
Aula Digital<br />
Avaliação<br />
interativa<br />
Manual<br />
CD Áudio<br />
Aula Digital<br />
Avaliação<br />
interativa<br />
Planos<br />
<strong>de</strong> aula<br />
Diagnose<br />
1 bloco<br />
Sequência 1<br />
8 blocos<br />
Sequência 2<br />
15 blocos<br />
AVALIAÇÃO<br />
FORMAL<br />
4 blocos<br />
Total = 28 blocos<br />
11
12<br />
2. o<br />
Período<br />
Drama; Frei Luís <strong>de</strong> Sousa, Almeida Garrett (leitura integral);<br />
textos argumentativos, expositivo-argumentativos e resumo<br />
• Filme Frei Luís <strong>de</strong> Sousa; documentários sobre Garrett,<br />
o Romantismo e outros<br />
• Dramatização<br />
• Escrita: Textos argumentativos e expositivo-argumentativos;<br />
resumo <strong>de</strong> textos expositivo-argumentativos<br />
Funcionamento da Língua<br />
• Texto (continuida<strong>de</strong>; progressão; coesão; coerência)<br />
• Tipologia textual (protótipos textuais)<br />
• Tempo e aspeto; modalida<strong>de</strong><br />
• Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> palavras; função sintática<br />
• Sintaxe: estrutura das combinações livres <strong>de</strong> palavras, funções<br />
sintáticas e or<strong>de</strong>m das palavras<br />
• Consolidação dos itens <strong>de</strong> Semântica lexical e frásica<br />
e <strong>de</strong> Pragmática e Linguística textual do 10. o ano<br />
Romance <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós, Os Maias; <strong>de</strong>bate; síntese;<br />
caricatura, <strong>de</strong>senho humorístico (função crítica da imagem)<br />
• Documentários sobre vida e obra do autor<br />
• Excertos <strong>de</strong> filmes e séries baseados na obra do autor<br />
• Programas áudio e audiovisuais humorísticos<br />
• Debate (participação)<br />
• Síntese <strong>de</strong> textos expositivo-argumentativos<br />
Funcionamento da Língua<br />
• Texto (continuida<strong>de</strong>; progressão; coesão; coerência)<br />
• Tipologia textual (protótipos textuais)<br />
• Processos interpretativos inferenciais<br />
• Tempo e aspeto; modalida<strong>de</strong><br />
• Sintaxe: estrutura das combinações livres <strong>de</strong> palavras, funções<br />
sintáticas e or<strong>de</strong>m das palavras<br />
• Consolidação dos itens <strong>de</strong> Semântica lexical e frásica<br />
e <strong>de</strong> Pragmática e Linguística textual do 10. o ano<br />
Manual<br />
CD Áudio<br />
Aula Digital<br />
Avaliação<br />
interativa<br />
Planos<br />
<strong>de</strong> aula<br />
Manual<br />
CD Áudio<br />
Aula Digital<br />
Avaliação<br />
interativa<br />
Planos<br />
<strong>de</strong> aula<br />
Sequência 3<br />
12 blocos<br />
Sequência 4<br />
15 blocos<br />
AVALIAÇÃO<br />
FORMAL<br />
4 blocos<br />
Total = 31 blocos
3. o<br />
Período<br />
Editorial; Textos líricos <strong>de</strong> Cesário Ver<strong>de</strong>; Textos publicitários;<br />
Artigos <strong>de</strong> apreciação crítica<br />
• Textos dos média: editorial, artigos <strong>de</strong> apreciação crítica; imagens<br />
(função argumentativa) e textos publicitários<br />
• Cesário Ver<strong>de</strong><br />
• Produções áudio e audiovisuais diversas<br />
• Textos publicitários (orais e audiovisuais)<br />
• Artigos <strong>de</strong> apreciação crítica; textos publicitários<br />
Funcionamento da Língua<br />
• Texto (continuida<strong>de</strong>; progressão; coesão; coerência)<br />
• Tipologia textual (protótipos textuais)<br />
• Paratextos<br />
• Expressões nominais<br />
• Sintaxe: estrutura das combinações livres <strong>de</strong> palavras, funções<br />
sintáticas e or<strong>de</strong>m das palavras<br />
• Consolidação dos itens <strong>de</strong> Semântica lexical e frásica<br />
e <strong>de</strong> Pragmática e Linguística textual do 10. o ano<br />
Manual<br />
CD Áudio<br />
Aula Digital<br />
Avaliação<br />
interativa<br />
Sequência 5<br />
14 blocos<br />
AVALIAÇÃO<br />
FORMAL<br />
4 blocos<br />
Total = 18 blocos<br />
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14<br />
5<br />
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15<br />
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FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1<br />
Lê atentamente o texto.<br />
GRUPO I<br />
Os gran<strong>de</strong>s avanços da ciência são, em geral, feitos por jovens.<br />
Em 1905, há cem anos, o jovem Einstein – tinha apenas 26 anos – mudava as nossas i<strong>de</strong>ias sobre a natureza da<br />
luz, sobre a constituição do mundo, sobre as proprieda<strong>de</strong>s do espaço e do tempo e ainda sobre a natureza da<br />
matéria e da energia. Foi um vendaval <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias revolucionárias que a experiência veio confirmar! Mas, tendo em<br />
jovem sido o pai da teoria quântica, Einstein viria a distanciar-se <strong>de</strong>la. Foi ultrapassado por novos jovens: em 1925,<br />
um pequeno grupo on<strong>de</strong> pontificavam Heisenberg, com 24 anos, e Schröedinger, com 28 anos, estabeleceu a<br />
Física Quântica que tem vindo a <strong>de</strong>screver corretamente o mundo atómico e que nos trouxe, entre outros, o computador<br />
e a Internet. Fizeram-no «subindo aos ombros» <strong>de</strong> Bohr, nessa altura com 40 anos, mas que tinha proposto<br />
o seu mo<strong>de</strong>lo do átomo com apenas 28 anos. Bohr propôs a alguns dos seus alunos que tentassem compreen<strong>de</strong>r o<br />
que era a vida. Foi a origem da Biologia Molecular, que logo se revelou uma nova fronteira da ciência e que veio<br />
mudar as nossas vidas. Crick tinha 37 anos em 1953 quando i<strong>de</strong>ntificou a estrutura molecular do DNA, juntamente<br />
com o seu amigo Watson, então com 25 anos. Não é só na Física, na Química e na Biologia que ser jovem é um<br />
trunfo: também o é em Matemática. Em 1993, Wiles, então com 40 anos, anunciou que tinha <strong>de</strong>monstrado o<br />
famosíssimo «último teorema <strong>de</strong> Fermat». Foi por pouco que não ganhou a medalha Fields, a maior distinção em<br />
Matemática, dada apenas a matemáticos com menos <strong>de</strong> 40...<br />
Os jovens são, na ciência, uma inesgotável fonte <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong>. São eles os autores <strong>de</strong> novas i<strong>de</strong>ias e feitores<br />
<strong>de</strong> novas obras, os permanentes construtores do futuro. Em todo o mundo e também, obviamente, entre nós. (…)<br />
O principal recurso <strong>de</strong> um país em busca do <strong>de</strong>senvolvimento é a sua massa cinzenta. Felizmente, como mostra<br />
este ca<strong>de</strong>rno, isso não nos falta. Falta-nos acarinhá-la mais. (…) Nos dias <strong>de</strong> hoje, em que a riqueza provém do<br />
conhecimento, incentivar e apoiar a profissão <strong>de</strong> cientista é uma obrigação nacional.<br />
A ciência po<strong>de</strong>rá ser cara, mas a ausência <strong>de</strong> ciência é muito mais cara. Atrasar ou interromper o caminho<br />
que estes jovens estão a traçar significaria atrasar ou interromper o futuro. Eles estão em trânsito – e nós com<br />
eles – em direção ao futuro.<br />
Respon<strong>de</strong> ao questionário <strong>de</strong> modo estruturado e conciso.<br />
1. Delimita os momentos do texto, sintetizando cada um <strong>de</strong>les numa frase.<br />
2. Caracteriza os jovens cientistas.<br />
Profissão: Cientista – Retratos <strong>de</strong> uma geração em trânsito (Carlos Fiolhais)<br />
http://viveraciencia.org<br />
3. Consi<strong>de</strong>rando que «O principal recurso <strong>de</strong> um país em busca do <strong>de</strong>senvolvimento é a sua massa cinzenta»<br />
(l. 18), refere o que <strong>de</strong>ve fazer Portugal, <strong>de</strong> acordo com a opinião do autor.<br />
4. Explica o significado da expressão: «Atrasar ou interromper o caminho que estes jovens estão a traçar<br />
significaria atrasar ou interromper o futuro.» (ls. 21 e 22)<br />
5. I<strong>de</strong>ntifica a temática do texto e algumas características do discurso.
5<br />
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20<br />
COMUNICADO DE IMPRENSA<br />
GRUPO II<br />
Juntos pelas crianças.<br />
UNICEF mobiliza pessoal e ajuda para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s causadas pela instabilida<strong>de</strong><br />
2 março 2011 – Preocupada com o aumento do número <strong>de</strong> retornados e trabalhadores migrantes que estão a<br />
chegar à Tunísia, a UNICEF está a mobilizar recursos humanos e ajuda humanitária para as fronteiras leste da<br />
Líbia.<br />
O responsável pelas Operações <strong>de</strong> Emergência da UNICEF, Louis-Georges Arsenault, chegou quarta-feira passada<br />
à Tunísia para se encontrar com membros do governo, agências da ONU e o Crescente Vermelho a fim <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntificarem as necessida<strong>de</strong>s humanitárias resultantes da instabilida<strong>de</strong> na Líbia.<br />
Nos próximos dias, está prevista a chegada <strong>de</strong> aviões fretados pela UNICEF às duas capitais vizinhas, transportando<br />
mais <strong>de</strong> 160 toneladas <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> primeira necessida<strong>de</strong> para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s mais urgentes<br />
nas fronteiras egípcias e tunisinas, e estão a ser pré-posicionados stocks para uma possível intervenção no interior<br />
da Líbia.<br />
Nesta fase inicial está a ser dada priorida<strong>de</strong> a bens como kits <strong>de</strong> higiene, produtos nutritivos, e artigos recreativos<br />
e para apoio psicossocial. Embora os dados reportados sobre o número <strong>de</strong> famílias que tem vindo a atravessar<br />
as fronteiras possam ser inferiores à realida<strong>de</strong>, a UNICEF está muito preocupada com as crianças e mulheres<br />
que no interior da Líbia foram seriamente afetadas pela instabilida<strong>de</strong>.<br />
A UNICEF lançou ontem um apelo no total <strong>de</strong> 7,2 milhões <strong>de</strong> dólares a fim <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s imediatas<br />
das crianças e das mulheres afetadas pela crise. Este documento será integrado no Apelo Conjunto das<br />
várias agências da ONU que será divulgado nos próximos dias.<br />
Os fundos <strong>de</strong>stinam-se a financiar o reforço das operações nas regiões fronteiriças da Tunísia e Egito para<br />
on<strong>de</strong> foram já enviadas equipas a fim <strong>de</strong> fazerem o levantamento das necessida<strong>de</strong>s mais prementes dos retornados<br />
e trabalhadores migrantes que fugiram da Líbia.<br />
Em ambas as fronteiras a UNICEF está a trabalhar com o apoio do ACNUR1 , da OIM2 e em colaboração com as<br />
Socieda<strong>de</strong>s do Crescente Vermelho egípcia e tunisina.<br />
1 ACNUR – Agência da ONU para Refugiados.<br />
2 OIM – Organização Internacional para a Migração.<br />
Seleciona a alínea que completa, <strong>de</strong> forma correta, cada um dos seguintes itens.<br />
1. A UNICEF é uma organização <strong>de</strong> caráter:<br />
a) social.<br />
b) solidário.<br />
c) económico.<br />
d) caridoso.<br />
http://www.unicef.pt<br />
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16<br />
2. A intervenção da UNICEF relativa ao presente comunicado faz-se sentir:<br />
a) no continente asiático.<br />
b) no continente americano.<br />
c) nos países árabes.<br />
d) nos Países Baixos.<br />
3. A UNICEF intervém:<br />
a) <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte.<br />
b) <strong>de</strong> forma concertada.<br />
c) <strong>de</strong> forma isolada.<br />
d) <strong>de</strong> forma irregular.<br />
4. Para apoiar os cidadãos dos países com necessida<strong>de</strong>s:<br />
a) utiliza fundos próprios.<br />
b) utiliza empréstimos bancários.<br />
c) utiliza fundos cedidos.<br />
d) utiliza fundos negociados.<br />
5. Este comunicado <strong>de</strong> imprensa tem como objetivo divulgar:<br />
a) uma reportagem.<br />
b) um acontecimento.<br />
c) um produto.<br />
d) um serviço.<br />
6. No presente comunicado, a informação mais relevante encontra-se:<br />
a) no segundo parágrafo.<br />
b) no terceiro parágrafo.<br />
c) no primeiro parágrafo.<br />
d) no último parágrafo.<br />
7. A estrutura do comunicado pressupõe a apresentação da matéria:<br />
a) do geral para o particular.<br />
b) do particular para o geral.<br />
c) do fundamental para o acessório.<br />
d) do acessório para o fundamental.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.<br />
Coluna A Coluna B<br />
1. A expressão «que estão a chegar à Tunísia» (ls. 1 e 2) tem um valor aspetual a) acrónimo.<br />
2. «UNICEF» é uma palavra formada por letras <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> palavras. Designa-se b) temporal.<br />
3. A expressão «para se encontrar com» (l. 5) tem sentido c) coesão.<br />
4. A expressão «Nesta fase inicial» (l. 11) tem referenciação <strong>de</strong>ítica d) durativo.<br />
5. A repetição da palavra «UNICEF» ao longo do texto tem como objetivo assegurar,<br />
no texto, a<br />
GRUPO III<br />
Elabora um texto <strong>de</strong> opinião, <strong>de</strong> cento e vinte a duzentas palavras, sobre o tema Ciência.<br />
Tópicos a <strong>de</strong>senvolver (escolhe dois ou mais):<br />
• Definir o conceito <strong>de</strong> Ciência.<br />
• Dialogar, comunicar Ciência é promover a sua aproximação com o cidadão comum.<br />
• Apoiar os cientistas é incrementar o <strong>de</strong>senvolvimento do país.<br />
• O conhecimento da Ciência tem / não tem limites.<br />
e) final.<br />
f) imperfetivo.<br />
g) causal.<br />
h) sigla.<br />
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25<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2<br />
Lê atentamente o texto.<br />
GRUPO I<br />
Nesta viagem, <strong>de</strong> que fiz menção, e em todas as que passei a Linha Equinocial, vi <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong>la, o que muitas<br />
vezes tinha visto e notado nos homens, e me admirou que se houvesse estendido esta ronha1 e pegado também<br />
aos peixes. Pegadores se chamam estes <strong>de</strong> que agora falo, e com gran<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>, porque sendo pequenos,<br />
não só se chegam a outros maiores, mas <strong>de</strong> tal sorte se lhe pegam aos costados, que jamais os <strong>de</strong>sferram. De<br />
alguns animais <strong>de</strong> menos força e indústria se conta, que vão seguindo <strong>de</strong> longe aos Leões na caça, para se sustentarem<br />
do que a eles sobeja. O mesmo fazem estes Pegadores, tão seguros ao perto como aqueles ao longe; porque<br />
o peixe gran<strong>de</strong> não po<strong>de</strong> dobrar a cabeça, nem voltar a boca sobre os que traz às costas, e assim lhes sustenta o<br />
peso e mais a fome. Este modo <strong>de</strong> vida, mais astuto que generoso, se acaso se passou e pegou <strong>de</strong> um elemento a<br />
outro, sem dúvida que o apren<strong>de</strong>ram os peixes do alto2 , <strong>de</strong>pois que os nossos Portugueses o navegaram; porque<br />
não parte Vice-Rei ou Governador para as Conquistas, que não vá ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> Pegadores3 , os quais se arrimam a<br />
eles, para que cá lhe matem a fome, <strong>de</strong> que lá não tinham remédio. Os menos ignorantes <strong>de</strong>senganados da experiência,<br />
<strong>de</strong>spegam-se e buscam a vida por outra via; mas os que se <strong>de</strong>ixam estar pegados à mercê e fortuna dos<br />
maiores, vem-lhe a suce<strong>de</strong>r no fim o que aos Pegadores do mar.<br />
Ro<strong>de</strong> a a Nau o Tubarão nas calmarias da Linha com os seus Pegadores às costas, tão cerzidos com a pele,<br />
que mais parecem remendos ou manchas naturais, que os hóspe<strong>de</strong>s ou companheiros. Lançam-lhe um anzol <strong>de</strong><br />
ca<strong>de</strong>ia com a ração4 <strong>de</strong> quatro Soldados, arremessa-se furiosamente à presa, engole tudo <strong>de</strong> um bocado, e fica<br />
preso. Corre mais companha5 a alá-lo6 acima, bate fortemente o convés com os últimos arrancos; enfim, morre o<br />
Tubarão, e morrem com ele os Pegadores. Parece-me que estou ouvindo a S. Mateus, sem ser Apóstolo pescador,<br />
<strong>de</strong>screvendo isto mesmo na terra. Morto Hero<strong>de</strong>s, diz o Evangelista, apareceu o Anjo a José no Egipto, e disse-lhe,<br />
que já se podia tornar para a pátria; porque eram mortos todos aqueles que queriam tirar a vida ao Menino:<br />
Defuncti sunt enim qui quaerebant animam Pueri 7 Os que queriam tirar a vida a Cristo Menino, eram Hero<strong>de</strong>s e<br />
todos os seus, toda a sua família, todos os seus a<strong>de</strong>rentes, todos os que seguiam e pendiam da sua fortuna. Pois é<br />
possível que todos estes morressem juntamente com Hero<strong>de</strong>s? Sim: porque em morrendo o Tubarão, morrem<br />
também com ele os Pegadores: Defuncto Hero<strong>de</strong>, <strong>de</strong>functi sunt qui quaerebant animam Pueri. Eis aqui, peixezinhos<br />
ignorantes e miseráveis, quão errado e enganoso é este modo <strong>de</strong> vida que escolhestes. Tomai o exemplo nos<br />
homens, pois eles o não tomam em vós, nem seguem, como <strong>de</strong>veram, o <strong>de</strong> Santo António.<br />
Padre António Vieira, Sermão <strong>de</strong> Santo António aos Peixes<br />
1 2 3 4 5 Malícia. Peixes do mar alto. Oportunistas. Peixe abundante na costa noroeste que os pescadores usam como isco. Tripulação <strong>de</strong> uma<br />
embarcação. 6 Puxar para cima. 7 (Mateus 2, 20).<br />
Respon<strong>de</strong> ao questionário <strong>de</strong> modo estruturado e conciso.<br />
1. Situa o trecho na estrutura externa e interna do Sermão.<br />
2. Caracteriza os Pegadores.
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
3. O orador explica o modo <strong>de</strong> vida dos Pegadores ao mesmo tempo que faz uma crítica direta aos<br />
Portugueses. Justifica a afirmação.<br />
3.1 I<strong>de</strong>ntifica os recursos estilísticos, referindo o seu valor expressivo, nas frases transcritas «para que cá<br />
lhe matem a fome, <strong>de</strong> que lá não tinham remédio» (l. 11).<br />
4. Mostra que a consequência do modo <strong>de</strong> vida dos oportunistas é exemplificada alegoricamente.<br />
5. Interpreta o argumento <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> a que o orador recorre para confirmar a sua tese.<br />
GRUPO II<br />
Alguns jornais acusam-nos, gravemente – <strong>de</strong> sermos hostis e violentos com a realeza e a família real: e dão<br />
ligeiramente a enten<strong>de</strong>r que nós estamos comprados pela <strong>de</strong>magogia para atacar a coroa.<br />
Outros jornais acusam-nos severamente – <strong>de</strong> sermos hostis e violentos com todo o facto e toda a instituição –<br />
e sermos pelo contrário benevolamente cortesãos com a realeza e a família real: e dão infamemente a perceber,<br />
que nós estamos comprados pela coroa – para vergastar a <strong>de</strong>magogia.<br />
Fundam-se os primeiros em que nós fomos menos amoráveis com sua majesta<strong>de</strong> a rainha, – contando a história<br />
patética do mendigo preso.<br />
Fundam-se os segundos em que nós fomos vassalamente aduladores com sua majesta<strong>de</strong> el-rei, – dizendo que<br />
ele espalhava no lugar da Ajuda seis contos <strong>de</strong> reis <strong>de</strong> esmolas.<br />
As pessoas imparciais compreen<strong>de</strong>m <strong>de</strong>certo o nosso embaraço cheio <strong>de</strong> rubor.<br />
Queríamos dizer palavras pungentes à coroa, para eficazmente provar que não estamos comprados – pelo<br />
seu oiro! – Mas então, patentemente se percebia que o que nos inspirava a prosa amarga – eram as bolsas <strong>de</strong><br />
dinheiro, que nos atirara a pálida <strong>de</strong>magogia.<br />
Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o po<strong>de</strong>r dos tesouros<br />
<strong>de</strong>magógicos: – mas então abertamente se via que se falávamos com um som tão meigo – era sob a influência<br />
dissolvente dos cofres da coroa! Lívida colisão!<br />
De tal sorte que resolvemos imprimir as duas seguintes cartas, pedindo a rápida justificação da nossa honra:<br />
Ao rei <strong>de</strong> Portugal Senhor. – Alguns malévolos, nossos comuns inimigos, espalham subtilmente que vossa<br />
majesta<strong>de</strong> nos sacia <strong>de</strong> oiro, para que as Farpas tenham para vossa majesta<strong>de</strong> um tom amoroso a untuoso.<br />
Rogamos a vossa majesta<strong>de</strong> <strong>de</strong>clare se já <strong>de</strong>ixou cair na nossa mão estendida – o corruptor metal! Vossa majesta<strong>de</strong>,<br />
com mal disfarçado <strong>de</strong>speito o dizemos, nem sequer é assinante <strong>de</strong> As Farpas! (…)<br />
À Hibra da anarquia<br />
Tendo alguns jornais dado a enten<strong>de</strong>r, que nós atacávamos a realeza porque estávamos para isso pagos pela<br />
Hidra da anarquia – pedimos ao dito bicho – <strong>de</strong>clare a falsida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta asserção imunda.<br />
Seleciona a alínea que completa, <strong>de</strong> forma correta, cada um dos seguintes itens.<br />
1. A redação <strong>de</strong> «As Farpas» é acusada por jornais <strong>de</strong> diferentes orientações políticas <strong>de</strong>:<br />
a) imparcialida<strong>de</strong>.<br />
b) cinismo.<br />
c) difamação.<br />
d) venalida<strong>de</strong>.<br />
Eça <strong>de</strong> Queirós, Ramalho Ortigão; As Farpas<br />
19
20<br />
2. Os jornais das diferentes fações <strong>de</strong>monstram as suas teses:<br />
a) com exemplificação.<br />
b) com citações.<br />
c) com argumentos <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong>.<br />
d) com argumentos «ad terrorem».<br />
3. O jornal «As Farpas», acusado <strong>de</strong> ser a favor da realeza e contra a mesma, encontra-se com dificulda<strong>de</strong>:<br />
a) em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r as duas teses.<br />
b) em refutar uma tese.<br />
c) em contra-argumentar.<br />
d) manter a sua posição.<br />
4. Na frase «Queríamos oferecer períodos perfumados à coroa, para convencer que não nos acorrentam o<br />
po<strong>de</strong>r dos tesouros <strong>de</strong>magógicos» (ls. 14 e 15), o sujeito da enunciação recorre a:<br />
a) analogias.<br />
b) metáforas.<br />
c) personificações.<br />
d) paralelismos.<br />
5. A frase nominal e expressiva «Lívida colisão!» (l. 16) visa:<br />
a) enca<strong>de</strong>ar logicamente os argumentos.<br />
b) <strong>de</strong>stacar as contradições dos adversários.<br />
c) utilizar uma linguagem precisa.<br />
d) explorar as emoções do auditório/leitor.<br />
6. A síntese do discurso <strong>de</strong> «As Farpas» consiste num pedido <strong>de</strong> reposição da verda<strong>de</strong>:<br />
a) às entida<strong>de</strong>s acusatórias.<br />
b) aos cidadãos em geral.<br />
c) ao po<strong>de</strong>r político instituído.<br />
d) ao po<strong>de</strong>r e ao contrapo<strong>de</strong>r.<br />
7. Este discurso está estruturado <strong>de</strong> forma:<br />
a) indutiva.<br />
b) <strong>de</strong>dutiva.<br />
c) antitética.<br />
d) falaciosa.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.<br />
Coluna A Coluna B<br />
1. A expressão «pela <strong>de</strong>magogia» (l. 2) <strong>de</strong>sempenha a função sintática <strong>de</strong> a) diretivo.<br />
2. « os primeiros» (l. 6) e «os segundos»(l. 8) são marcadores discursivos com função <strong>de</strong> b) <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>.<br />
3. Na expressão «pálida <strong>de</strong>magogia» (l. 13), o adjetivo tem valor c) consequência.<br />
4. A expressão «De tal sorte que» (l. 17) exprime a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> d) agente da passiva.<br />
5. O ato ilocutório presente em «Rogamos a vossa majesta<strong>de</strong>» é e) complemento direto.<br />
GRUPO III<br />
f) restritivo.<br />
g) explicação.<br />
h) or<strong>de</strong>nadores.<br />
Escreve um texto expositivo-argumentativo, <strong>de</strong> cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre a<br />
atualida<strong>de</strong> do Sermão <strong>de</strong> Santo António aos Peixes.<br />
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5<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3<br />
Lê atentamente o texto.<br />
GRUPO I<br />
CENA XI<br />
Manuel <strong>de</strong> Sousa, Miranda e os outros criados<br />
Manuel – Meu pai morreu <strong>de</strong>sastrosamente caindo sobre a sua própria espada. Quem sabe se eu morrerei nas<br />
chamas ateadas por minhas mãos? Seja. Mas fique-se apren<strong>de</strong>ndo em Portugal como um homem <strong>de</strong> honra e<br />
coração, por mais po<strong>de</strong>rosa que seja a tirania, sempre lhe po<strong>de</strong> resistir, em per<strong>de</strong>ndo o amor a coisas tão vis e precárias<br />
como são esses haveres que duas faíscas <strong>de</strong>stroem num momento… como é esta vida miserável que um<br />
sopro po<strong>de</strong> apagar em menos tempo ainda! (Arrebata duas tochas das mãos dos criados, corre à porta da esquerda,<br />
atira com uma para <strong>de</strong>ntro; e vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a outra tocha; e suce<strong>de</strong> o<br />
mesmo. Ouve-se alarido <strong>de</strong> fora.)<br />
CENA XII<br />
Manuel <strong>de</strong> Sousa e criados: Madalena, Maria, Jorge e Telmo, acudindo.<br />
Madalena – Que fazes?… que fizeste? – Que é isto, oh meu Deus!<br />
Manuel (tranquilamente.) – Ilumino a minha casa para receber os muito po<strong>de</strong>rosos e excelentes senhores<br />
governadores <strong>de</strong>stes reinos. Suas excelências po<strong>de</strong>m vir, quando quiserem.<br />
Madalena – Meu Deus, meu Deus!… Ai, e o retrato <strong>de</strong> meu marido!… Salvem-me aquele retrato! (Miranda e os<br />
outros criados vão para tirar o painel; uma coluna <strong>de</strong> fogo salta nas tapeçarias e os afugenta.)<br />
Manuel – Parti! parti! As matérias inflamáveis que eu tinha disposto vão-se ateando com espantosa velocida<strong>de</strong>.<br />
Fugi!<br />
Madalena (cingindo-se ao braço do marido.) – Sim, sim, fujamos.<br />
Maria (tomando-o do outro braço.) – Meu pai, nós não fugimos sem vós.<br />
Todos – Fujamos, fujamos... (Redobram os gritos <strong>de</strong> fora, ouve-se rebate <strong>de</strong> sinos; cai o pano.)<br />
Respon<strong>de</strong> ao questionário <strong>de</strong> modo estruturado e conciso.<br />
1. Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.<br />
2. Atenta na Cena XI.<br />
2.1 Classifica a modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discurso na fala <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho.<br />
2.2 I<strong>de</strong>ntifica os sentimentos que dominam a personagem.<br />
3. Discrimina as indicações cénicas presentes na didascália.<br />
Almeida Garrett, Frei Luís <strong>de</strong> Sousa
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
4. Relê a Cena XII.<br />
4.1 Interpreta a simbologia da <strong>de</strong>struição do retrato <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho.<br />
4.2 Denomina o recurso estilístico presente na resposta <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho a D. Madalena<br />
(fala 2), referindo o seu valor expressivo.<br />
4.3 Designa este momento, <strong>de</strong> acordo com a tragédia clássica. Justifica a resposta.<br />
GRUPO II<br />
Tortsov começou a aula <strong>de</strong> hoje com as seguintes observações:<br />
– Dostoievski foi impelido a escrever Os irmãos Karamazov pela preocupação que lhe ocupou a vida inteira: a<br />
procura <strong>de</strong> Deus. Tolstoi passou a existência lutando pelo aperfeiçoamento <strong>de</strong> si mesmo. Anton Tchekhov combateu<br />
a trivialida<strong>de</strong> da vida burguesa, e esse foi o leitmotiv da maior parte da sua produção literária.<br />
«Vocês são capazes <strong>de</strong> sentir como estes propósitos mais amplos, vitais, dos gran<strong>de</strong>s escritores têm o po<strong>de</strong>r<br />
<strong>de</strong> atrair todas as faculda<strong>de</strong>s criadoras do ator e <strong>de</strong> absorver todos os <strong>de</strong>talhes e unida<strong>de</strong>s menores <strong>de</strong> uma peça<br />
ou um papel?»<br />
Numa peça, toda a corrente dos objetivos individuais, menores, todos os pensamentos imaginativos, sentimentos<br />
e ações do ator <strong>de</strong>vem convergir para a execução do superobjetivo da trama. O elo comum <strong>de</strong>ve ser tão<br />
forte que até mesmo o <strong>de</strong>talhe mais insignificante, se não tiver relação com o superobjetivo, salientar-se-á, como<br />
supérfluo ou errado.<br />
E também esse impulso em direção ao superobjetivo <strong>de</strong>ve ser contínuo durante toda a peça. Quando a sua origem<br />
é teatral ou superficial, dará à peça uma orientação apenas mais ou menos certa. Quando é origem humana<br />
e se dirige para a consumação do propósito básico da peça, será como uma artéria principal, levando alimento e<br />
vida tanto a ela como aos atores.<br />
Naturalmente, também, quanto maior é a obra literária, maior é o magnetismo do seu superobjetivo.<br />
– Mas… e se faltar à peça o toque do génio?<br />
– Então o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> atração será visivelmente mais fraco.<br />
– E numa peça ruim?<br />
Aí o ator terá <strong>de</strong> indicar, ele mesmo, o superobjetivo, terá <strong>de</strong> torná-lo mais profundo e penetrante. Ao fazê-lo,<br />
o nome que lhe <strong>de</strong>r será extremamente significativo.<br />
Constantin Stanislavski, A preparação do ator, Civilização Brasileira, Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2008, págs. 323-324<br />
Seleciona a alínea que completa, <strong>de</strong> forma correta, cada um dos seguintes itens.<br />
1. Tortsov iniciou o seu discurso, referenciando três gran<strong>de</strong>s autores com o objetivo <strong>de</strong> mostrar:<br />
a) a importância da produção literária <strong>de</strong>sses escritores.<br />
b) a intemporalida<strong>de</strong> das suas obras literárias.<br />
c) as forças subjacentes ao seu trabalho artístico.<br />
d) as relações existentes entre os seus trabalhos.<br />
23
24<br />
2. Tortsov diz aos seus alunos que todas as suas forças interiores e exteriores <strong>de</strong>vem:<br />
a) convergir para o gran<strong>de</strong> objetivo da representação.<br />
b) ser guardadas para o gran<strong>de</strong> momento da representação.<br />
c) ser usadas em prol do trabalho da equipa <strong>de</strong> atores.<br />
d) convergir para o gran<strong>de</strong> objetivo da encenação da peça.<br />
3. Segundo Tortsov, a qualida<strong>de</strong> da peça intervém:<br />
a) na qualida<strong>de</strong> da representação.<br />
b) na força que norteia o ator.<br />
c) na qualida<strong>de</strong> dos ensaios.<br />
d) na força que anima o autor.<br />
4. Se a peça não tiver a força magnética <strong>de</strong> atrair o ator, este:<br />
a) terá <strong>de</strong> rejeitar o papel.<br />
b) terá <strong>de</strong> modificar o texto.<br />
c) terá <strong>de</strong> a criar por si.<br />
d) terá <strong>de</strong> dar-lhe outro título.<br />
5. O texto apresentado tem um objetivo:<br />
a) crítico.<br />
b) didático.<br />
c) divulgador.<br />
d) político.<br />
6. O modo <strong>de</strong> expressão utilizado é:<br />
a) o monólogo.<br />
b) o discurso indireto.<br />
c) o diálogo.<br />
d) o discurso direto livre.<br />
7. Quanto à tipologia, o texto é:<br />
a) narrativo.<br />
b) <strong>de</strong>scritivo.<br />
c) argumentativo.<br />
d) instrucional.
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.<br />
Coluna A Coluna B<br />
1. «pela preocupação» (l. 2) <strong>de</strong>sempenha a função sintática <strong>de</strong> a) meronímia/holonímia.<br />
2. Entre as unida<strong>de</strong>s lexicais «<strong>de</strong>talhe» e «peça» (ls. 10 e 13) há uma relação <strong>de</strong><br />
hierarquia semântica <strong>de</strong>signada<br />
b) pertinência.<br />
3. «humana» (l. 13) é correferente <strong>de</strong> c) complemento oblíquo.<br />
4. «Naturalmente, também» (ls. 12 e 16) são marcadores discursivos que se<br />
<strong>de</strong>signam respetivamente<br />
5. Na resposta «– Então o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> atração será visivelmente mais fraco.» (l. 18)<br />
está presente o princípio da<br />
Grupo III<br />
d) hiponímia/hiperonímia.<br />
e) origem.<br />
f) peça.<br />
g) operador e conetor.<br />
h) conetor e operador.<br />
Elabora um texto argumentativo, <strong>de</strong> cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo e/ou<br />
rejeitando a seguinte tese:<br />
O teatro é fundamental na formação cultural do cidadão.<br />
25
26<br />
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
25<br />
30<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4<br />
Lê atentamente o texto.<br />
GRUPO I<br />
Subitamente, por sobre o novo silêncio da sala, um vozeirão mais forte que o do Rufino fez retumbar os gran<strong>de</strong>s<br />
nomes <strong>de</strong> D. João <strong>de</strong> Castro e <strong>de</strong> Afonso <strong>de</strong> Albuquerque... (…)<br />
– É patriotismo, disse o Ega. Fujamos!<br />
Mas o marquês reteve-os, gostando também <strong>de</strong> um bocado <strong>de</strong> Quinas. E foi o pobre marquês que o patriota<br />
pareceu interpelar, alçando na ponta dos botins o corpanzil rotundo, aos urros. Quem havia agora aí, que, agarrando<br />
numa das mãos a espada e na outra a cruz, saltasse para o convés duma caravela a ir levar o nome português<br />
através dos mares <strong>de</strong>sconhecidos? Quem havia aí, heróico bastante, para imitar o gran<strong>de</strong> João <strong>de</strong> Castro,<br />
que na sua quinta <strong>de</strong> Sintra arrancara todas as árvores <strong>de</strong> fruto, tal era a isenção da sua alma <strong>de</strong> poeta?...<br />
– Aquele miserável quer-nos privar da sobremesa! – exclamou Ega.<br />
Em torno correram risos alegres. O marquês virou costas, enojado com aquela patriotice reles. Outros bocejavam<br />
por trás da mão, num tédio completo <strong>de</strong> «todas as nossas glórias». E Carlos, enervado, preso ali pelo <strong>de</strong>ver <strong>de</strong><br />
aplaudir o Alencar, chamava o Ega para irem abaixo ao botequim espairecer a impaciência – quando viu o<br />
Eusebiozinho que <strong>de</strong>scia a escada, enfiando à pressa um paletó alvadio. Não o encontrara mais <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infâmia da<br />
Corneta, em que ele fora «embaixador». E a cólera que tivera contra ele, nesse dia, reviveu logo num <strong>de</strong>sejo irresistível<br />
<strong>de</strong> o espancar. Disse ao Ega:<br />
– Vou aproveitar o tempo, enquanto esperamos pelo Alencar, a arrancar as orelhas àquele maroto!<br />
– Deixa lá, – acudiu Ega, – é um irresponsável!<br />
Mas já Carlos corria pelas escadas: Ega seguiu atrás, inquieto, temendo uma violência. Quando chegaram à<br />
porta, Eusébio metera para os lados do Carmo. E alcançaram-no no largo da Abegoaria, àquela hora <strong>de</strong>serto,<br />
mudo, com dois bicos <strong>de</strong> gás mortiços. Ao ver Carlos fen<strong>de</strong>r assim sobre ele, sem paletó, <strong>de</strong> peitilho claro na noite<br />
escura, o Eusébio, encolhido, balbuciou atarantadamente: «Olá, por aqui...»<br />
– Ouve cá, estupor! – rugiu Carlos, baixo. – Então também andaste metido nessa maroteira da Corneta? Eu<br />
<strong>de</strong>via rachar-te os ossos um a um!<br />
Agarrara-lhe o braço, ainda sem ódio. Mas, apenas sentiu na sua mão <strong>de</strong> forte aquela carne molenga e trémula,<br />
ressurgiu nele essa aversão nunca apagada – que já em pequeno o fazia saltar sobre o Eusebiozinho, esfrangalhá-lo,<br />
sempre que as Silveiras o traziam à quinta. E então abanou-o, como outrora, furiosamente, gozando o seu<br />
furor. O pobre viúvo, no meio das lunetas negras que lhe voavam, do chapéu coberto <strong>de</strong> luto que lhe rolara nas<br />
lajes, dançava, escanifrado e <strong>de</strong>sengonçado. Por fim Carlos atirou-o contra a porta duma cocheira.<br />
– Acudam! Aqui d' El-Rei, polícia! – rouquejou o <strong>de</strong>sgraçado.<br />
Já a mão <strong>de</strong> Carlos lhe empolgara as guelas. Mas Ega interveio:<br />
– Alto! Basta! O nosso querido amigo já recebeu a sua dose...<br />
Ele mesmo lhe apanhou o chapéu. Tremendo, arquejando, <strong>de</strong> bruços, Eusebiozinho procurava ainda o guarda -<br />
-chuva. E, para findar, a bota <strong>de</strong> Carlos atirada com nojo, estatelou-o nas pedras, para cima duma sarjeta on<strong>de</strong><br />
restavam imundícies e humida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cavalo.<br />
Eça <strong>de</strong> Queirós, Os Maias
5<br />
10<br />
15<br />
20<br />
Respon<strong>de</strong> ao questionário <strong>de</strong> modo estruturado e conciso.<br />
1. Situa o trecho na estrutura externa e interna da obra.<br />
2. Classifica o ponto <strong>de</strong> vista presente na apreciação do «patriota» (l. 4) observado. Justifica.<br />
3. Refere os sentimentos <strong>de</strong> Carlos, ao ver Eusebiozinho, explicitando o motivo que os provoca.<br />
4. Consi<strong>de</strong>ra o inci<strong>de</strong>nte entre Carlos e Eusebiozinho e retira conclusões sobre o <strong>de</strong>sfecho do mesmo.<br />
4.1 I<strong>de</strong>ntifica as figuras <strong>de</strong> estilo presentes nas expressões transcritas e explica o significado da segunda – b).<br />
a) «carne molenga e trémula» (ls. 24 e 25)<br />
b) «esfrangalhá-lo» (ls. 25 e 26)<br />
GRUPO II<br />
Em Portugal, o humor, como representação do grotesco, da crítica moral e social, teve a sua expressão mais<br />
comum através da palavra escrita, quer sob a forma das cantigas <strong>de</strong> escárnio e maldizer quer sob a forma <strong>de</strong> teatro<br />
que Gil Vicente tão acutilantemente revelou. A Inquisição surgiu como censora da liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> expressão,<br />
remetendo para a representação iconográfica nas artes populares.<br />
Como menciona Osvaldo <strong>de</strong> Sousa, o humor, expresso através do <strong>de</strong>senho associado à palavra impressa, é<br />
referido em Portugal já nos séculos XVII e XVIII (sobretudo <strong>de</strong> origem estrangeira) mas com maior incidência no<br />
século XIX, no contexto da Guerra Peninsular. No entanto, só em meados <strong>de</strong>sse século é que emerge, com regularida<strong>de</strong>,<br />
na imprensa a publicação <strong>de</strong> caricaturas e <strong>de</strong>senhos satíricos produzidos por autores portugueses que<br />
refletem a política nacional ou a crítica <strong>de</strong> costumes. Este tipo <strong>de</strong> humor passa a funcionar como uma forma <strong>de</strong><br />
oposição ao po<strong>de</strong>r instituído.<br />
Nas décadas <strong>de</strong> 60 e 70 do século XIX, nomes como Manuel Macedo, Manuel Maria Bordalo Pinheiro e sobretudo<br />
Raphael Bordalo Pinheiro, inseridos na corrente naturalista, irão marcar uma nova visão da caricatura e do<br />
humor em Portugal. A publicação dos seus trabalhos, bem como <strong>de</strong> outros artistas, era divulgada através <strong>de</strong><br />
periódicos como «A Berlinda», «O Binóculo», «O Sorvete», «O Charivari» ou o «Pontos nos ii» entre outros. Dos<br />
temas tratados, com mais ironia, <strong>de</strong>stacava-se a política monárquica, <strong>de</strong>notando-se a tendência republicana <strong>de</strong><br />
muitos caricaturistas que se acentuará no final <strong>de</strong>sse século. Ao nível do <strong>de</strong>senho um grupo <strong>de</strong> novos artistas <strong>de</strong><br />
Coimbra introduz, na caricatura e nos cartoons, um <strong>de</strong>puramento do traço <strong>de</strong> influência mo<strong>de</strong>rnista.<br />
A implantação da República e os tempos conturbados que se lhe seguiram, assim como o facto <strong>de</strong> aquela não<br />
ser afinal a <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>ira solução para o país, tornaram-na alvo da sátira e da pena dos humoristas.<br />
A partir <strong>de</strong> 1926 o Estado Novo veio refrear a crítica política, condicionando os caricaturistas a abordarem<br />
sobretudo temas <strong>de</strong> crítica social e <strong>de</strong> costumes. Apesar dos constrangimentos da censura, é por essa altura que<br />
surge, no contexto das publicações humorísticas <strong>de</strong> caráter periódico, um dos jornais <strong>de</strong> referência da ironia em<br />
Portugal no século XX, o «Sempre fixe», publicado até 1962. Os seus colaboradores zombavam dos acontecimentos<br />
ou astutamente tratavam os temas políticos.<br />
http://www.exercito.pt<br />
27
28<br />
Seleciona a alínea que completa, <strong>de</strong> forma correta, cada um dos seguintes itens.<br />
1. O autor afirma que o humor, em Portugal, remonta:<br />
a) à Ida<strong>de</strong> Média.<br />
b) ao Renascimento.<br />
c) ao Período Barroco.<br />
d) ao Neoclassicismo.<br />
2. A sátira foi reprimida por causa da:<br />
a) censura exercida pela realeza.<br />
b) censura exercida pelo clero.<br />
c) censura exercida pela burguesia.<br />
d) censura exercida pelos juízes.<br />
3. A publicação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos satíricos <strong>de</strong> autores portugueses surge na imprensa da segunda meta<strong>de</strong> do<br />
século XIX com o objetivo <strong>de</strong>:<br />
a) satirizar a religiosida<strong>de</strong> da época.<br />
b) opor-se aos a<strong>de</strong>ptos da República.<br />
c) satirizar os <strong>de</strong>fensores da Monarquia.<br />
d) opor-se ao po<strong>de</strong>r vigente.<br />
4. A maior parte dos caricaturistas era a<strong>de</strong>pta da:<br />
a) Monarquia.<br />
b) República.<br />
c) Regeneração.<br />
d) Maçonaria.<br />
5. Depois <strong>de</strong> 1910, os <strong>de</strong>senhadores humorísticos ridicularizaram:<br />
a) a República.<br />
b) a Monarquia.<br />
c) o clero.<br />
d) a censura.
6. O regime salazarista condicionou o trabalho artístico dos humoristas, pelo que os temas proibidos eram<br />
tratados:<br />
a) <strong>de</strong>ficientemente. c) convenientemente.<br />
b) ardilosamente. d) escassamente.<br />
7. O texto apresentado, quanto à tipologia, é:<br />
a) narrativo. c) expositivo.<br />
b) <strong>de</strong>scritivo. d) argumentativo.<br />
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.<br />
Coluna A Coluna B<br />
1. «o riso e a ironia» são correferentes lexicais <strong>de</strong> «humor» porque<br />
estabelecem entre si uma relação <strong>de</strong><br />
2. «mas» (l. 6), «No entanto» (l. 7) têm, nas frases, a função <strong>de</strong> estabelecer<br />
a coesão<br />
a) sinonímia.<br />
3. «que se acentuará no final <strong>de</strong>sse século» (l. 16) é uma oração subordinada c) advérbios.<br />
b) adjetiva relativa restritiva.<br />
4. «humorísticas» (l. 22) é uma palavra <strong>de</strong>rivada por d) adjetiva relativa explicativa.<br />
5. «astutamente» (l. 24) pertence à classe dos e) lexical.<br />
GRUPO III<br />
f) antonímia.<br />
g) interfrásica.<br />
h) sufixação.<br />
Escreve um texto expositivo-argumentativo, <strong>de</strong> cento e cinquenta a duzentas e cinquenta palavras, sobre o<br />
romance Os Maias, escolhendo um episódio revelador da socieda<strong>de</strong> portuguesa da segunda meta<strong>de</strong> do século XIX.<br />
Desenvolve os tópicos seguintes:<br />
• Crítica e <strong>de</strong>núncia <strong>de</strong> vícios.<br />
• Personagem(ns) caricaturada (s) – traços caracterizadores.<br />
• Comparação com a atualida<strong>de</strong> do país.<br />
29
30<br />
5<br />
10<br />
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20<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5<br />
Lê atentamente o texto.<br />
Foi quando em dois verões, seguidamente, a Febre<br />
E a Cólera também andaram na cida<strong>de</strong>,<br />
Que esta população, com um terror <strong>de</strong> lebre,<br />
Fugiu da capital como da tempesta<strong>de</strong>.<br />
Ora, meu pai, <strong>de</strong>pois das nossas vidas salvas<br />
(Até então nós só tivéramos sarampo),<br />
Tanto nos viu crescer entre uns montões <strong>de</strong> malvas<br />
Que ele ganhou por isso um gran<strong>de</strong> amor ao campo!<br />
Se acaso o conta, ainda a fronte se lhe enruga:<br />
O que se ouvia sempre era o dobrar dos sinos;<br />
Mesmo no nosso prédio, os outros inquilinos<br />
Morreram todos. Nós salvámo-nos na fuga.<br />
Na parte mercantil, foco da epi<strong>de</strong>mia,<br />
Um pânico! Nem um navio entrava a barra,<br />
A alfân<strong>de</strong>ga parou, nenhuma loja abria,<br />
E os turbulentos cais cessaram a algazarra.<br />
Pela manhã, em vez dos trens dos batizados,<br />
Rodavam sem cessar as seges dos enterros.<br />
Que triste a sucessão dos armazéns fechados!<br />
Como um domingo inglês na city, que <strong>de</strong>sterros!<br />
GRUPO I<br />
Nós (Parte I 1 )<br />
Sem canalização, em muitos burgos ermos<br />
Secavam <strong>de</strong>jeções cobertas <strong>de</strong> mosqueiros,<br />
E os médicos, ao pé dos padres e coveiros,<br />
Os últimos fiéis, tremiam dos enfermos!<br />
Uma iluminação a azeite <strong>de</strong> purgueira,<br />
De noite amarelava os prédios macilentos.<br />
Barricas <strong>de</strong> alcatrão ardiam; <strong>de</strong> maneira<br />
Que tinham tons <strong>de</strong> inferno outros arruamentos<br />
(…)<br />
Por isso, o chefe antigo e bom da nossa casa,<br />
Triste <strong>de</strong> ouvir falar em órfãos e em viúvas,<br />
E em permanência olhando o horizonte em brasa,<br />
Não quis voltar senão <strong>de</strong>pois das gran<strong>de</strong>s chuvas.<br />
Ele, dum lado, via os filhos achacados,<br />
Um lívido flagelo e uma moléstia horrenda!<br />
E via, do outro lado, eiras, lezírias, prados,<br />
E um salutar refúgio e um lucro na vivenda!<br />
E o campo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, segundo o que me lembro,<br />
É todo o meu amor <strong>de</strong> todos estes anos!<br />
Nós vamos para lá; somos provincianos,<br />
Des<strong>de</strong> o calor <strong>de</strong> maio aos frios <strong>de</strong> novembro!<br />
Cesário Ver<strong>de</strong>, O Livro <strong>de</strong> Cesário Ver<strong>de</strong><br />
1 O poema «Nós» é constituído por três partes num total <strong>de</strong> 128 estrofes. Na parte I (12 estrofes),o poeta evoca os acontecimentos trágicos<br />
ocorridos na capital e suas consequências Lembra que, nessa época, seu pai salvara a família, levando-a para o campo.<br />
25<br />
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25<br />
Respon<strong>de</strong> ao questionário <strong>de</strong> modo estruturado e conciso.<br />
1. O eu poético evoca o passado.<br />
1.1 Caracteriza a capital nesse tempo.<br />
1.2 Explica a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do pai do sujeito poético perante essa realida<strong>de</strong>.<br />
2. Refere os traços caracterizadores do espaço campestre.<br />
2.1 I<strong>de</strong>ntifica o recurso estilístico presente na expressão «somos provincianos» (v. 39), explicitando o seu<br />
significado.<br />
3. O poema contém referências <strong>de</strong> natureza autobiográfica. Justifica a afirmação, exemplificando.<br />
GRUPO II<br />
A arquitetura paisagista é essencialmente uma arte e quem a pratica é um artista, pelo que na formação<br />
<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvido o sentido da proporção e do equilíbrio que conduzem, através da criativida<strong>de</strong>, ao belo.<br />
Bela arte, fundamentalmente social, porque se <strong>de</strong>stina a ser vivida intrinsecamente pelas pessoas a quem se dirige<br />
e a ser, sobretudo, concretizada pelo uso. A arquitetura paisagista <strong>de</strong>ve ter da paisagem que cria ou transforma<br />
uma conceção no espaço e no tempo, porque estando sujeita à dinâmica da vida, nunca está terminada. (…)<br />
O funcionamento global da paisagem, em cada momento, traduz-se sempre pela procura <strong>de</strong> um equilíbrio<br />
dinâmico e <strong>de</strong> uma estabilida<strong>de</strong> temporal.<br />
A presença ativa <strong>de</strong> cada um dos seus elementos ten<strong>de</strong>rá sempre a contribuir para esse equilíbrio e estabilida<strong>de</strong>,<br />
mesmo que corresponda a uma menor riqueza biológica.<br />
A ação do homem po<strong>de</strong>rá então <strong>de</strong>terminar um caminho mais consentâneo com os seus interesses no sentido<br />
da diversida<strong>de</strong> biológica e <strong>de</strong> um maior potencial genético e <strong>de</strong> vida. (…)<br />
O or<strong>de</strong>namento do território <strong>de</strong>verá ter como princípios e conceitos eficazes <strong>de</strong> intervenção os da arquitetura<br />
paisagista, porque esta é uma arte que coopera com a natureza, posta à disposição do Homem para a realização<br />
dos seus fins.<br />
A arquitetura paisagista encontra as suas mais remotas origens no ofício <strong>de</strong> jardineiro, cujos objetivos são,<br />
num espaço limitado, manter o grau <strong>de</strong> fertilida<strong>de</strong>, intensificar e dar continuida<strong>de</strong> ao aproveitamento e melhorar<br />
as plantas utilizadas. Bem <strong>de</strong>pressa esse espaço limitado se transformou num lugar idílico <strong>de</strong> estar e simbólico<br />
da fertilida<strong>de</strong>. (...)<br />
A realização da paisagem humanizada não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a vonta<strong>de</strong> latente nas populações <strong>de</strong> se<br />
recriar o É<strong>de</strong>n, também presente no subconsciente das camadas mais <strong>de</strong>senvolvidas, necessida<strong>de</strong> cada vez mais<br />
imposta pela sistemática <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> paisagens equilibradas e belas a que hoje assistimos, pela <strong>de</strong>gradação, a<br />
uma escala nunca antes vista, dos recursos naturais <strong>de</strong> que a humanida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, pela alienação que representa<br />
o consumismo exorbitante das socieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas.<br />
A construção da paisagem tem <strong>de</strong> ter em consi<strong>de</strong>ração o <strong>de</strong>senrolar do processo civilizacional iniciado a partir<br />
da organização dos espaços com o fim <strong>de</strong> satisfazer as necessida<strong>de</strong>s primárias da socieda<strong>de</strong>; criaram-se gradualmente<br />
laços <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong> humana e solidarieda<strong>de</strong> ecológica e <strong>de</strong>senvolveram-se culturas, que ainda hoje subsistem<br />
nas socieda<strong>de</strong>s mais primitivas ou mesmo nas rurais mais afastadas das vias egoístas do chamado «progresso».<br />
Prefácio da 1. a edição dos Fundamentos da Arq. Paisagista, Gonçalo Ribeiro Telles, Prof. Cat. Jubilado e Arq. o Paisagista<br />
31
32<br />
Seleciona a alínea que completa, <strong>de</strong> forma correta, cada um dos seguintes itens.<br />
1. Segundo o autor, a arquitetura paisagista é um arte que tem como objetivo:<br />
a) ser observada.<br />
b) ser vivenciada.<br />
c) ser protegida.<br />
d) ser apreciada.<br />
2. Uma intervenção da arquitetura paisagista nunca está terminada, porque tem <strong>de</strong> procurar a estabilida<strong>de</strong><br />
e o equilíbrio:<br />
a) no tempo <strong>de</strong> concretização.<br />
b) no espaço em que se insere.<br />
c) nas espécies selecionadas.<br />
d) na dinâmica da vida.<br />
3. A arquitetura paisagista é <strong>de</strong> uma importância fundamental:<br />
a) na preservação da natureza.<br />
b) no equilíbrio ecológico.<br />
c) no or<strong>de</strong>namento do território.<br />
d) na reabilitação dos jardins.<br />
4. A <strong>de</strong>struição da natureza tem levado as pessoas a <strong>de</strong>sejarem a recriação:<br />
a) <strong>de</strong> espaços <strong>de</strong> lazer.<br />
b) <strong>de</strong> espaços ajardinados.<br />
c) <strong>de</strong> espaços paradisíacos.<br />
d) <strong>de</strong> espaços funcionais.<br />
5. A preservação da natureza e do equilíbrio ecológico ainda permanece em lugares afastados:<br />
a) da mo<strong>de</strong>rna civilização.<br />
b) da construção em altura.<br />
c) dos espaços <strong>de</strong>sabitados.<br />
d) do interior do país.
6. O texto constitui-se como uma apologia ao trabalho dos arquitetos paisagistas, enquanto promotores:<br />
a) da beleza dos antigos jardins.<br />
b) do equilíbrio paisagístico.<br />
c) do equilíbrio ecológico.<br />
d) da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
7. O texto, quanto à sua tipologia, é:<br />
a) narrativo.<br />
b) argumentativo.<br />
c) <strong>de</strong>scritivo.<br />
d) preditivo.<br />
8. Estabelece a correspondência correta entre a coluna A e a coluna B.<br />
Coluna A Coluna B<br />
1. Na expressão «<strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>senvolvido» (l. 2) o verbo <strong>de</strong>ver tem uma função a) correferência.<br />
2. A oração «estando sujeita à dinâmica da vida» é (l. 5) b) lugar.<br />
3. «arquitetura paisagista» e «esta» (ls. 12 e 13) estabelecem, entre si, uma relação <strong>de</strong> c) modalizadora.<br />
4. «paisagem» (l. 19) e «espaços» (l. 25) são palavras do mesmo campo d) tempo.<br />
5. «hoje» (l. 26) tem um valor <strong>de</strong>ítico <strong>de</strong> e) não finita.<br />
GRUPO III<br />
f) finita.<br />
g) lexical.<br />
h) semântico.<br />
Elabora um texto <strong>de</strong> apreciação crítica, <strong>de</strong> cento e vinte a duzentas palavras, sobre um filme ou livro que<br />
tenhas apreciado particularmente.<br />
33
34<br />
SOLUÇÕES DAS FICHAS DE AVALIAÇÃO<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 1<br />
GRUPO I<br />
1. Primeiro momento – primeiro parágrafo: «Os gran<strong>de</strong>s avanços da<br />
ciência são, em geral, feitos por jovens.» (Introdução, l. 1)<br />
Segundo momento – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> «Em 1905» (l. 2) até «obrigação nacional»<br />
(l. 20): O emissor apresenta exemplos <strong>de</strong> cientistas e <strong>de</strong> teorias<br />
que propiciaram avanços surpreen<strong>de</strong>ntes da ciência e<br />
caracteriza os jovens cientistas. (Desenvolvimento)<br />
Terceiro momento – último parágrafo: o emissor apresenta as<br />
consequências negativas do não apoio aos jovens cientistas.<br />
(Conclusão)<br />
2. Os jovens cientistas são criativos, empreen<strong>de</strong>dores e visionários.<br />
3. O país <strong>de</strong>ve criar condições para apoiar e incrementar o trabalho<br />
<strong>de</strong>senvolvido pelos jovens cientistas.<br />
4. Não criar condições <strong>de</strong> apoio ao trabalho dos jovens cientistas terá<br />
consequências negativas para o <strong>de</strong>senvolvimento futuro do país.<br />
5. A temática do texto é a Ciência. A linguagem é predominantemente<br />
objetiva, usa termos científicos (técnicos), língua padrão,<br />
frases curtas e utiliza a 3. a pessoa.<br />
GRUPO II<br />
1. b); 2. c); 3. b); 4. c); 5. b); 6. c); 7. c).<br />
8: 1. f); 2. h); 3. e); 4. b); 5. c).<br />
GRUPO III<br />
Aplicação das regras da textualida<strong>de</strong> específicas da tipologia textual<br />
solicitada pelo enunciado.<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 2<br />
GRUPO I<br />
1. O trecho situa-se no Capítulo V, na segunda parte – Exposição<br />
seguida <strong>de</strong> Confirmação –, on<strong>de</strong> o orador apresenta as repreensões<br />
em particular, neste caso, dirigidas aos Pegadores.<br />
2. Os Pegadores são peixes pequenos que vivem agarrados às costas<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s peixes que lhes suportam o peso e os alimentam.<br />
Segundo o orador, são peixes «ignorantes e miseráveis».<br />
3. O Padre António Vieira afirma que os Pegadores apren<strong>de</strong>ram<br />
com os Portugueses este modo <strong>de</strong> vista oportunista, porquanto<br />
os Portugueses, que partiam para as viagens ultramarinas, com<br />
cargos importantes, iam sempre acompanhados <strong>de</strong> «Pegadores»,<br />
pessoas astutas e oportunistas que apenas <strong>de</strong>sejavam beneficiar<br />
da importância económica e social daqueles.<br />
3.1 Antítese: «cá» / «lá»; metáfora: «matem a fome (…) não tinham<br />
remédio». Os Portugueses oportunistas partiam para «cá»,<br />
para o Brasil, para enriquecerem, pois em Portugal «lá»seriam<br />
sempre pobres.<br />
4. Quando o Tubarão é pescado pelos pescadores, morre e com ele<br />
morrem os Pegadores (os que sobrevivem à sua custa). Assim, o<br />
Tubarão simboliza os homens importantes e os Pegadores aqueles<br />
que vivem à sua custa.<br />
Quando o Tubarão – o homem socialmente importante – per<strong>de</strong><br />
os seus cargos elevados, as suas fortunas, os «Pegadores» ficam<br />
reduzidos à miséria, porque daqueles <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m. Deste modo, o<br />
orador ilustra o vício do oportunismo, recorrendo ao exemplo do<br />
Tubarão e dos Pegadores.<br />
5. O Padre António Vieira utiliza as palavras <strong>de</strong> S. Mateus para provar<br />
a sua tese. Apela, pois, ao sentimento <strong>de</strong> respeito pelo<br />
Evangelista para mostrar no exemplo concreto <strong>de</strong> Hero<strong>de</strong>s e<br />
seus apoiantes o vício do oportunismo.<br />
GRUPO II<br />
1. d); 2. a); 3. c); 4. b); 5. b); 6. d); 7. c).<br />
8: 1. d); 2. h); 3. b); 4. c); 5. a).<br />
GRUPO III<br />
Aplicação das regras da textualida<strong>de</strong> específicas da tipologia textual<br />
solicitada pelo enunciado.<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 3<br />
GRUPO I<br />
1. O trecho situa-se no Ato I (Cenas XI e XII), no Conflito, quando<br />
Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho ateia fogo ao seu próprio palácio, pois<br />
não quer hospedar nele os governadores do Reino (representantes<br />
do domínio filipino).<br />
2.1 Trata-se <strong>de</strong> um monólogo.<br />
2.2 Revolta, fúria (contra os governadores do Reino) e patriotismo<br />
(amor à pátria).<br />
3. Movimentação rápida <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho, atitu<strong>de</strong>s<br />
reveladoras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> precipitação e exaltação; iluminação, ex.:<br />
«vê-se atear logo uma labareda imensa. Vai ao fundo, atira a<br />
outra tocha; e suce<strong>de</strong> o mesmo.»; ruído, ex.: «Ouve-se alarido <strong>de</strong><br />
fora».<br />
4.1 A <strong>de</strong>struição do retrato constitui um indício trágico que po<strong>de</strong><br />
ser interpretado como a antecipação/revelação do futuro <strong>de</strong><br />
Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho.<br />
Ao mudar <strong>de</strong> espaço (do seu palácio para o <strong>de</strong> D. João <strong>de</strong><br />
Portugal), Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho não voltará a viver<br />
uma vida normal, pois o seu casamento será anulado pelo<br />
regresso do primeiro marido <strong>de</strong> D. Madalena. Tal acontecimento<br />
<strong>de</strong>terminará a sua «morte» para o mundo profano e a<br />
sua entrada no Convento <strong>de</strong> S. Domingos, em Benfica,<br />
ingressando na Or<strong>de</strong>m dos Domínicos, como Frei Luís <strong>de</strong><br />
Sousa.
4.2 É a ironia. Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho <strong>de</strong>struía pelo fogo o<br />
seu palácio para que os governadores do Reino não pu<strong>de</strong>ssem<br />
hospedar-se no seu palácio.<br />
4.3 É o <strong>de</strong>safio («hybris»). Manuel <strong>de</strong> Sousa Coutinho, o herói,<br />
<strong>de</strong>safia o po<strong>de</strong>r político.<br />
GRUPO II<br />
1. c); 2. a); 3. b); 4. c); 5. b); 6. c); 7. c).<br />
8: 1. c); 2. a); 3. e); 4. g); 5. b).<br />
GRUPO III<br />
Aplicação das regras da textualida<strong>de</strong> específicas da tipologia textual<br />
solicitada pelo enunciado.<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 4<br />
GRUPO I<br />
1. O trecho situa-se no Capítulo XVI, no episódio Sarau no Teatro da<br />
Trinda<strong>de</strong>, quando Carlos e Ega vão assistir a esse evento cultural<br />
para apoiar os amigos Alencar e Cruges.<br />
2. Trata-se <strong>de</strong> uma focalização interna. É pelo olhar <strong>de</strong> Ega, <strong>de</strong><br />
Carlos e do marquês que o narrador dá a conhecer ao leitor o<br />
ridículo e provinciano conceito <strong>de</strong> patriotismo, patenteado no<br />
discurso proferido pelo também ridículo <strong>de</strong>clamador.<br />
3. Ao ver Eusebiozinho, Carlos fica dominado pela fúria e <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />
vingança. O motivo <strong>de</strong>sses sentimentos tão intensos justificava-se<br />
pela interferência que Eusebiozinho tivera a favor <strong>de</strong> Dâmaso.<br />
Eusebiozinho tinha pedido a Palma Cavalão para publicar, no jornal<br />
em que este era diretor, a Corneta do Diabo, uma notícia<br />
escandalosa, escrita por Dâmaso, difamando Carlos e Maria<br />
Eduarda.<br />
4. Na obra, Carlos e Eusebiozinho representam dois sistemas educacionais<br />
opostos, o inglês e o português, respetivamente.<br />
Neste inci<strong>de</strong>nte, a superiorida<strong>de</strong> física <strong>de</strong> Carlos é evi<strong>de</strong>nte, a<br />
vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> sovar o Silveirinha vinha da sua infância, sentindo por<br />
este um profundo <strong>de</strong>sprezo. Eusebiozinho revela a sua fragilida<strong>de</strong><br />
física e o seu caráter notoriamente covar<strong>de</strong>.<br />
Assim, po<strong>de</strong> concluir-se que, neste inci<strong>de</strong>nte, o sistema educacional<br />
inglês é valorizado, sobretudo no aspeto físico, sendo possível<br />
inferir que o sistema educacional português criava<br />
indivíduos fracos, covar<strong>de</strong>s e medíocres.<br />
4.1 a) Adjetivação expressiva (dupla adjetivação).<br />
b) Metáfora. Carlos tinha uma gran<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> bater violentamente<br />
em Eusebiozinho.<br />
GRUPO II<br />
1. a); 2. b); 3. d); 4. b); 5. a); 6. b); 7. c).<br />
8: 1. a); 2. e); 3. b); 4. b); 5. c).<br />
GRUPO III<br />
Aplicação das regras da textualida<strong>de</strong> específicas da tipologia textual<br />
solicitada pelo enunciado.<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO – SEQUÊNCIA 5<br />
GRUPO I<br />
1.1 Lisboa é caracterizada como um espaço <strong>de</strong>: doença, epi<strong>de</strong>mias<br />
(febre amarela e cólera), morte, isolamento, tristeza,<br />
condições <strong>de</strong> higiene <strong>de</strong>ploráveis, mau cheiro e poluição.<br />
1.2 O pai do sujeito poético <strong>de</strong>cidiu levar a família para o campo<br />
para a salvar das epi<strong>de</strong>mias.<br />
2. O campo é o espaço amplo on<strong>de</strong> a vida é possível. Espaço <strong>de</strong> salvação,<br />
<strong>de</strong> ar puro, <strong>de</strong> abundância e <strong>de</strong> riqueza.<br />
2.1 Metáfora. O eu poético afirma que ele e os elementos da sua<br />
família têm um profundo carinho pelo campo. Apesar <strong>de</strong> viverem<br />
na cida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>dicam um gran<strong>de</strong> amor ao campo, indo<br />
habitar, voluntariamente, esse espaço <strong>de</strong> maio a novembro,<br />
como se regressassem às suas origens.<br />
3. Presença <strong>de</strong>: <strong>de</strong>terminantes possessivos, exs.: «meu pai», «nossas<br />
vidas salvas»; pronomes pessoais (1. a pessoa), exs.: «nós só<br />
tivéramos sarampo», «nos viu crescer»; me lembro»; formas verbais<br />
(1. a pessoa), exs.: «Nós vamos para lá; somos provincianos».<br />
GRUPO II<br />
1. b); 2. d); 3. c); 4. c); 5. a); 6. b); 7. b).<br />
8: 1. c); 2. e); 3. a); 4. h); 5. d).<br />
GRUPO III<br />
Aplicação das regras da textualida<strong>de</strong> específicas da tipologia textual<br />
solicitada pelo enunciado.<br />
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Registos Áudio<br />
Diários <strong>de</strong> Viagem (página 10 do Manual)<br />
Geografia das Amiza<strong>de</strong>s, por Gonçalo Cadilhe<br />
Um souvenir do Camboja<br />
Dispenso guia e mapa, alugo bicicleta e compro um guarda-chuva para me proteger: não sei se vai chover,<br />
mas sei que vai fazer sol, e nada melhor que um guarda-chuva para me proteger <strong>de</strong> mais um dia brutal <strong>de</strong> humida<strong>de</strong><br />
e calor na selva do Camboja, na orla do passado, nessa varanda <strong>de</strong>bruçada sobre o fantasma do cosmos que<br />
é o reino perdido <strong>de</strong> Angkor.<br />
O meu <strong>de</strong>slumbramento é previsto. Primeiro, porque já conhecia os templos <strong>de</strong> Angkor, aliás, da outra vez<br />
que os visitei segui à risca as explicações dos guias, as sugestões dos manuais, os itinerários dos mapas. Acor<strong>de</strong>i<br />
cedo, cedo; vinte minutos antes do nascer do Sol estava nas portas do maior templo do conjunto monumental,<br />
Angkor Wat, estrategicamente posicionado para ver o espetáculo inevitável da explosão quotidiana <strong>de</strong> cores e<br />
rumores, som e luz, <strong>de</strong> cada amanhecer nos trópicos; contratei um guia e a respetiva motoreta e passámos o dia a<br />
saltar <strong>de</strong> edifício em edifício, são centenas <strong>de</strong> templos espalhados por uma área <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> quilómetros, escolhi<br />
apenas os mais importantes e imponentes.<br />
Ouvi com atenção o que me explicava o mr. Khumi, profissional e paciente como todos os guias em Angkor, as<br />
fachadas <strong>de</strong>cifradas, os relevos incompreendidos, o mistério dos rituais religiosos que se per<strong>de</strong>ram nos séculos.<br />
Tirei fotografias com cuidado, escolhendo as perspetivas que mais me comoviam. Comovi-me. Várias vezes.<br />
Assim foi a primeira visita, há uns sete ou oito anos.<br />
Desta segunda vez nem guia, nem máquina, nem mapa, nem nada. Apenas uma bicicleta, um guarda-chuva.<br />
As bicicletas são como os diamantes, são para sempre. Talvez porque com elas, o vento na cara e o coração acelerado,<br />
chegas longe não apenas no espaço mas também no tempo, à época da tua vida em que eras um cowboy,<br />
um viking, um guerreiro das estepes, a bicicleta era o teu cavalo e a tua vida era simples e feliz.<br />
Assim me sinto, simples e feliz, na minha segunda visita a Angkor, um dos lugares fundamentais da Humani -<br />
da<strong>de</strong>.<br />
(...) Foi portanto em piloto automático que a vista reparou na pequenina boutique Bloom, entrincheirada<br />
entre lojas <strong>de</strong> quinquilharias e bares <strong>de</strong> turistas. Voltei atrás dois passos para reparar melhor. Entrei. E conheci<br />
assim a Diana.<br />
A Bloom ven<strong>de</strong> sacos <strong>de</strong> ração <strong>de</strong> peixe e <strong>de</strong> frango transformados em bolsas <strong>de</strong> senhora, porta-documentos,<br />
bases <strong>de</strong> copo, toalhetes individuais, talvez ainda chinelos <strong>de</strong> quarto e aventais, já não me lembro <strong>de</strong> todos os<br />
objetos que estão à venda na Bloom a partir dos sacos <strong>de</strong> ração <strong>de</strong> peixe e da imaginação <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> mães<br />
solteiras do Camboja. A i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> criar a boutique cooperativa Bloom veio a partir <strong>de</strong> umas férias que a Diana e o<br />
marido Alan passaram em Angkor há seis anos. Uns amigos do casal estavam a trabalhar em Phnom Penh, na<br />
organização Riverkids, e <strong>de</strong> conversa em conversa a Diana tomou conhecimento <strong>de</strong> várias situações <strong>de</strong> miséria<br />
<strong>de</strong>sesperada das favelas da capital do Camboja. A que a impressionou mais foi a <strong>de</strong> mães que vendiam os filhos à<br />
nascença, para adoção no Oci<strong>de</strong>nte.<br />
«Não vou regressar para casa», <strong>de</strong>clarou a Diana ao Alan. «Vou ficar aqui a lutar contra isto, a aliviar esta<br />
pobreza.» (...) O marido concordou com a mudança. (…)
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Para ser feliz num dos lugares fundamentais da Humanida<strong>de</strong> não é preciso muito, basta uma bicicleta ao<br />
vento e um olhar seletivo sobre os souvenirs autênticos à venda pelo meio <strong>de</strong> tantos milhões <strong>de</strong> turistas, tanta<br />
vulgarida<strong>de</strong> e tanta indiferença à miséria.<br />
http://aeiou.visao.pt/diarios<strong>de</strong>viagem<br />
A União Europeia e os cidadãos: re<strong>de</strong>s e centros <strong>de</strong> informação<br />
(página 15 do Manual)<br />
«A comunicação é um elemento essencial <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>mocracia e a União Europeia não é exceção. Os cidadãos<br />
têm o direito <strong>de</strong> saber o que a UE está a fazer, por que razão o está a fazer e em que medida isso os irá afetar.<br />
Têm também o direito <strong>de</strong> participar no processo político, através <strong>de</strong> um diálogo eficaz com a UE e as suas instituições».<br />
In Contacto com a União Europeia<br />
Para facilitar este processo há um conjunto <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s e centros <strong>de</strong> informação apoiados pela Comissão<br />
Europeia, e por outras instituições, as quais são supervisionadas pela Direção-Geral <strong>de</strong> Comunicação da Comissão<br />
Europeia – os Centros <strong>de</strong> Informação EUROPE DIRECT, os Centros <strong>de</strong> Documentação Europeia, o Team Europe e o<br />
Euro-JUS, ou sujeitas à supervisão <strong>de</strong> outros serviços da Comissão Europeia, trata-se da REDE EURES, da Re<strong>de</strong><br />
SOLVIT, da Re<strong>de</strong> dos Centros Europeus do Consumidor, etc.<br />
Há ainda dois casos especiais em Portugal: o Espaço Europa, recentemente criado pela Representação da<br />
Comissão Europeia e pelo Gabinete do Parlamento Europeu, que está aberto no piso térreo, do n. o 1, do Largo Jean<br />
Monet (edifício que alberga também aquelas instituições); e o Centro <strong>de</strong> Informação Europeu Jacques Delors,<br />
situado no Palacete do Relógio, no Cais do Sodré.<br />
Às re<strong>de</strong>s e fontes <strong>de</strong> informação junta-se o esforço <strong>de</strong>senvolvido por cidadãos e pelos diferentes órgãos <strong>de</strong><br />
informação que se preocupam em comunicar a temática europeia: é o caso do jornal «Região <strong>de</strong> Pegões» que tem<br />
a informação sobre a Europa como uma das suas principais priorida<strong>de</strong>s editoriais.<br />
Este boletim contém informação sobre as re<strong>de</strong>s e fontes <strong>de</strong> informação europeias, em particular das que são da<br />
responsabilida<strong>de</strong> da Representação da Comissão Europeia em Portugal (da Direcção-Geral <strong>de</strong> Comunicação da CE).<br />
O Teatro Grego (página 93 do Manual)<br />
europedirect.psetubal.draplvt.min-agricultura.pt<br />
O teatro tem a sua origem na Grécia, no século VII a.C, aquando da realização dos festivais religiosos, em honra<br />
do <strong>de</strong>us Dionisío (<strong>de</strong>us da fertilida<strong>de</strong> e do vinho).<br />
Os teatros gregos eram auditórios ao ar livre, <strong>de</strong> forma circular, construídos em terra batida. Estes largos<br />
espaços recebiam milhares <strong>de</strong> pessoas (20 000). Os atores representavam diante do público, usavam máscaras<br />
que, acusticamente, ampliavam a voz e calçavam coturnos (botas <strong>de</strong> salto alto), que alongavam a sua estatura.<br />
Os atores eram todos homens, estando também os papéis femininos a seu cargo.<br />
No teatro grego, as máscaras chamavam-se personna (daqui <strong>de</strong>riva a palavra personagem para a figura representada),<br />
tapavam a totalida<strong>de</strong> da cabeça e eram feitas <strong>de</strong> linho enrijecido. A mesma pessoa podia usar máscaras<br />
diferentes, assim, era possível <strong>de</strong>sempenhar vários papéis, porquanto as peças tinham um número reduzido <strong>de</strong><br />
atores.<br />
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O espetáculo dramático começava ao alvorecer. Os cidadãos consi<strong>de</strong>ravam o teatro uma importante parte da<br />
sua educação. Em Atenas, durante os festivais teatrais, todos podiam assistir às peças, espetáculos gratuitos para<br />
os que não tinham meios para pagar.<br />
Para os gregos, a tragédia era a manifestação artística mais elevada e eram-lhe <strong>de</strong>dicados os meses <strong>de</strong> março<br />
e <strong>de</strong> abril.<br />
A tragédia grega era uma obra dramática em verso, <strong>de</strong> caráter grandioso. As personagens <strong>de</strong> estirpe socialmente<br />
elevada, personalida<strong>de</strong>s ilustres ou heróicas, <strong>de</strong>safiavam os <strong>de</strong>uses, com as suas ações, sendo, por isso, aniquiladas<br />
pelo <strong>de</strong>stino, sofrendo as consequências funestas dos seus atos, infundindo nos espetadores os<br />
sentimentos <strong>de</strong> terror e <strong>de</strong> pieda<strong>de</strong>.<br />
Sófocles, Ésquilo e Eurípe<strong>de</strong>s foram os gran<strong>de</strong>s mestres da tragédia grega.<br />
O Teatro Grego projeta e reflete a evolução do pensamento da socieda<strong>de</strong> helénica, por isso as manifestações<br />
dramáticas permitem observar a riqueza e alto valor <strong>de</strong>sta civilização que, não obstante ter sido dominada<br />
pelos Romanos, serviu <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo aos vencedores em múltiplos âmbitos culturais dos quais se evi<strong>de</strong>ncia o<br />
teatro.<br />
O ator / O encenador (página 101 do Manual)<br />
A ativida<strong>de</strong> central dos atores consiste em criar e interpretar personagens em representações teatrais, cinematográficas,<br />
televisivas e, mais raramente, radiofónicas, com o objetivo <strong>de</strong> entreter e comunicar com públicos.<br />
As suas interpretações po<strong>de</strong>m ser apenas vocais ou corporais (mímica, pantomima e outras), mas incluem, geralmente,<br />
estes dois tipos <strong>de</strong> expressão. Alguns atores são encenadores e, nessa condição, são responsáveis pela planificação<br />
e conceção <strong>de</strong> espetáculos (sobretudo teatrais), cabendo-lhes <strong>de</strong>terminar o seu estilo e ritmo, através<br />
da marcação <strong>de</strong> movimentos, da direção <strong>de</strong> atores e figurantes, da implantação <strong>de</strong> cenas e da supervisão <strong>de</strong> cenários,<br />
vestuário, iluminação e sonoplastia.<br />
Para a interpretação <strong>de</strong> uma personagem, os atores iniciam, normalmente, o seu trabalho com o estudo da<br />
obra que vai ser posta em cena ou produzida, analisando os elementos que lhes permitem perceber a época e o<br />
ambiente em que a ação se <strong>de</strong>senvolve e o espírito da personagem que vão interpretar. A memorização do guião –<br />
on<strong>de</strong> constam as ações, os diálogos e as instruções para a representação – e a realização <strong>de</strong> ensaios são as tarefas<br />
seguintes, às quais <strong>de</strong>dicam a maior parte do seu tempo <strong>de</strong> trabalho. Durante os ensaios, estes profissionais<br />
criam e <strong>de</strong>finem a interpretação para o papel que irão <strong>de</strong>sempenhar. Nalguns casos, é um processo solitário,<br />
como em certos monólogos, recitais, sketches, performances, animações ou espetáculos <strong>de</strong> mímica. Na maioria<br />
dos casos, porém, o seu processo criativo é <strong>de</strong>senvolvido em colaboração com o encenador, realizador <strong>de</strong> cinema,<br />
<strong>de</strong> televisão, <strong>de</strong> rádio, diretor <strong>de</strong> dobragem ou outro responsável artístico. As indicações que recebem <strong>de</strong>stes responsáveis<br />
po<strong>de</strong>m incidir na sua movimentação no cenário, estúdio ou palco, bem como nas suas atitu<strong>de</strong>s, gestos,<br />
entradas, saídas, modos <strong>de</strong> dicção e outros elementos dos quais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> o ritmo geral da sua atuação. No caso do<br />
teatro, uma vez terminados os ensaios, a peça é estreada. Isto nem sempre se verifica quando se trata <strong>de</strong> um<br />
filme, ví<strong>de</strong>o ou programa televisivo, pois, muitas vezes, os ensaios são intercalados com as filmagens ou gravações:<br />
ensaia-se uma cena e grava-se, ensaia-se outra e grava-se, etc.<br />
O campo <strong>de</strong> atuação dos atores é diversificado: se alguns trabalham apenas em teatro clássico, outros especializam-se<br />
em representações <strong>de</strong>stinadas ao público infantil, marionetas, espetáculos cómicos ou <strong>de</strong> animação<br />
cultural, por exemplo. Além <strong>de</strong> representarem, alguns <strong>de</strong>senvolvem ativida<strong>de</strong>s como a participação em promoções<br />
comerciais, a dobragem <strong>de</strong> filmes e programas televisivos e a atuação em espetáculos musicais on<strong>de</strong> também<br />
cantam e/ou dançam.
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Os encenadores, sendo integralmente responsáveis pelo conjunto das operações artísticas e técnicas <strong>de</strong> um<br />
espetáculo, intervêm, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início, na sua realização, das formas mais diversas. Uma vez escolhida ou aceite a<br />
encomenda <strong>de</strong> uma obra, os encenadores começam por <strong>de</strong>cidir – em conjunto com outros responsáveis <strong>de</strong> produção<br />
envolvidos – datas, locais <strong>de</strong> ensaio e <strong>de</strong> representação e outros elementos consi<strong>de</strong>rados básicos para a realização<br />
do espetáculo. Em seguida, leem e interpretam a obra, analisando o ambiente e a época em que a ação se<br />
<strong>de</strong>senvolve, e selecionam ou colaboram na seleção <strong>de</strong> atores e na respetiva distribuição <strong>de</strong> papéis, <strong>de</strong> acordo com<br />
o argumento e a personalida<strong>de</strong> dos intérpretes. O passo imediato consiste em dar informações e distribuir trabalho<br />
aos restantes profissionais envolvidos na produção, tais como cenógrafos e figurinistas, no que se refere aos<br />
cenários e ao vestuário e adornos dos atores, respetivamente.<br />
A conceção dos efeitos <strong>de</strong> som e luz, em colaboração com sonoplastas e operadores <strong>de</strong> iluminação, é outra das<br />
ativida<strong>de</strong>s dos encenadores. A eles também cabe dirigir os ensaios dos atores e fixar a marcação <strong>de</strong> cena, inflexões,<br />
modos <strong>de</strong> dizer e quaisquer outros elementos que interfiram no tipo <strong>de</strong> representação pretendido. Uma vez preparada<br />
a peça e concluído o seu trabalho criativo, o encenador termina as suas funções e o espetáculo estreia. A partir<br />
daí, caberá ao diretor <strong>de</strong> cena coor<strong>de</strong>nar a atuação dos artistas e a articulação conjunta do pessoal técnico, responsabilizando-se<br />
por garantir que as representações do espetáculo se mantenham fiéis ao <strong>de</strong>finido pelo encenador.<br />
O trabalho dos atores e dos encenadores é, portanto, um trabalho <strong>de</strong> equipa, pois na produção <strong>de</strong> um filme,<br />
programa ou peça <strong>de</strong> teatro estão sempre envolvidas muitas pessoas, das mais diversas áreas profissionais.<br />
Conflito <strong>de</strong> gerações (página 185 do Manual)<br />
http://www01.ma<strong>de</strong>ira-edu.pt/dre/ges/docs/actor.doc<br />
Se pesquisarmos um pouco, perceberemos que em todos os tempos da história da humanida<strong>de</strong>, entre os<br />
homens <strong>de</strong> uma época e a geração seguinte sempre houve divergências que culminaram em incompreensão e<br />
intolerância , originando os conflitos entre novos e velhos.<br />
O conflito <strong>de</strong> gerações continuará a existir, e sempre será proporcionalmente maior quanto mais as pessoas<br />
se mantêm apegadas a um tempo, a um lugar, a um modo <strong>de</strong> viver, a i<strong>de</strong>ias, a conceitos e a preconceitos.<br />
O conflito baseia-se na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o indivíduo, na maioria das vezes, pertencer a um grupo, a algo maior<br />
do que ele mesmo e, muitas vezes, esse grupo é i<strong>de</strong>ntificado não pelo que é, mas justamente pelo que não é, pelas<br />
coisas com as quais não concorda, isto é, por negação e não por afirmação, outras vezes é i<strong>de</strong>ntificado pelo aspeto<br />
e não pelas i<strong>de</strong>ias.<br />
Na realida<strong>de</strong> o que ocorre é a procura da geração seguinte, do seu espaço, da sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>, dos seus símbolos<br />
num mundo governado pela geração anterior. Ela luta em busca das suas bases e valores e é nesta caminhada<br />
que ocorrem os atritos, pois uma não admite ter os seus valores questionados pela outra. O diálogo extingue-se e<br />
com ele a aprendizagem <strong>de</strong> ambas as partes po<strong>de</strong> ser comprometida.<br />
Não se iluda, pois este processo é generalizado, inclui família, religião, socieda<strong>de</strong> e organizações.<br />
Veja-se, por exemplo, como, historicamente, os profissionais <strong>de</strong> diferentes gerações norte-americanas e disseminadas<br />
pelo mundo lidam com a carreira:<br />
Para os chamados Baby Boomers, geração que nasceu <strong>de</strong> 1946 a 1964, a empresa vem em primeiro lugar e a<br />
realização profissional está atrelada a empregos duradouros, as pessoas estão acostumadas a trabalhar em equipa,<br />
acreditam no po<strong>de</strong>r da hierarquia e seguem, à risca, as políticas corporativas.<br />
Já a chamada Geração «X», (pessoas que vieram ao mundo entre 1965 e 1980) testemunhou, na família, o<br />
impacto <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r o emprego no qual planeara ficar a vida inteira. Esta passou a repudiar o estilo «viver para trabalhar»<br />
e começou a valorizar a vida pessoal. Foi essa a geração da Paz e Amor do Festival Woodstock.<br />
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No caso da Geração «Y» , os nascidos a partir <strong>de</strong> 1981, que cresceram na época da globalização e da internet ,<br />
influenciados pelos yuppies, trabalham individualmente com foco nos resultados, processam informações rapidamente,<br />
são flexíveis, individualistas, competitivos, acostumados a fazer escolhas, e fazem questão <strong>de</strong> produzir<br />
conteúdo, não apenas recebê-lo pronto, por isso adquiriram uma atitu<strong>de</strong> questionadora que acaba colidindo com<br />
o mo<strong>de</strong>lo tradicional <strong>de</strong> hierarquia.<br />
Com essa diversida<strong>de</strong> cultural, dificilmente é possível evitar o conflito, se não houver flexibilida<strong>de</strong> e diálogo <strong>de</strong><br />
ambas as partes. O mesmo ocorre com as diferentes nações perante o <strong>de</strong>safio da globalização. Mas lembrem-se<br />
<strong>de</strong> que todo o processo <strong>de</strong> mudança começa em cada um <strong>de</strong> nós.<br />
O conflito <strong>de</strong> gerações é normal e a geração que está sendo substituída tenta sempre diminuir as capacida<strong>de</strong>s<br />
da que está ascen<strong>de</strong>ndo. Porém, toda a Juventu<strong>de</strong> tem po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> transformação, e <strong>de</strong>ve usá-lo para criar socieda<strong>de</strong>s<br />
mais justas.<br />
Cida<strong>de</strong>s do futuro (página 269 do Manual)<br />
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/conflito-<strong>de</strong>-geracoes (adaptado)<br />
Há 100 anos, apenas 10% da população mundial vivia em cida<strong>de</strong>s. Atualmente, somos mais <strong>de</strong> 50%, e até 2050,<br />
seremos mais <strong>de</strong> 75%. A cida<strong>de</strong> é o lugar on<strong>de</strong> são feitas todas as trocas, dos gran<strong>de</strong>s e pequenos negócios à interação<br />
social e cultural. (…) E é também o palco <strong>de</strong> transformações dramáticas que fizeram emergir as megacida<strong>de</strong>s<br />
do século XXI: as cida<strong>de</strong>s com mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>z milhões <strong>de</strong> habitantes já reúnem 10% da população mundial.<br />
A maioria <strong>de</strong>las tem concentração <strong>de</strong> pobreza e graves problemas socioambientais, <strong>de</strong>correntes da falta <strong>de</strong> maciços<br />
investimentos em infraestrutura e saneamento. A sua importância na economia nacional e global é <strong>de</strong>sproporcionalmente<br />
elevada. Segundo a Unesco, no futuro, teremos muitas megacida<strong>de</strong>s e localizadas em novos<br />
en<strong>de</strong>reços – das <strong>de</strong>zasseis existentes em 1996, passarão a vinte e cinco em 2025, muitas <strong>de</strong>las fora dos países<br />
<strong>de</strong>senvolvidos. Ao mesmo tempo, emergem novas configurações territoriais, como as megarregiões: a<br />
BosWashstretch (faixa que vai <strong>de</strong> Boston até Washington, passando por Nova Iorque), Chonqing, na China, ou a<br />
megarregião SaoRio (São Paulo-Rio), conforme recente estudo instigante <strong>de</strong> Richard Florida, o economista-guru<br />
da classe criativa. Richard <strong>de</strong>monstra que nas próximas décadas o planeta global concentrará crescimento e inovação<br />
espetaculares em apenas alguns lugares <strong>de</strong> pico <strong>de</strong> excelência (...).<br />
O prémio Nobel Paul Krugman prevê que o crescimento das cida<strong>de</strong>s será o mo<strong>de</strong>lo económico <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />
no futuro. Isso porque é nas megacida<strong>de</strong>s que acontecem as maiores transformações, gerando uma<br />
<strong>de</strong>manda inédita por serviços públicos, matérias-primas, produtos, habitações, transportes e empregos. Trata-se<br />
<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio para os governos e para a socieda<strong>de</strong> civil, que exige mudanças na gestão pública e nas formas<br />
<strong>de</strong> governo, obrigando o mundo a rever padrões <strong>de</strong> conforto típicos da vida urbana – do uso excessivo do<br />
carro à emissão <strong>de</strong> gases. Mas os maiores <strong>de</strong>safios ainda estão por vir, já que nas próximas duas décadas as cida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> países em <strong>de</strong>senvolvimento concentrarão 80% da população urbana do planeta. A realida<strong>de</strong> já sinaliza<br />
esse boom – Lagos, na Nigéria, por exemplo, teve um aumento populacional <strong>de</strong> 3.000% <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1950. Ou seja: contrariando<br />
todas as apostas do final do século XX, as cida<strong>de</strong>s não morreram nem entraram em <strong>de</strong>clínio. (…)<br />
Num planeta cada vez mais digital e virtual, nunca se buscou tanto o encontro físico, nunca as cida<strong>de</strong>s foram<br />
tão atrativas. Quanto mais avançam as inovações <strong>de</strong> tecnologia <strong>de</strong> informação e as conexões à distância mais as<br />
cida<strong>de</strong>s ganham atrativida<strong>de</strong>.<br />
www.revistaan.com.br/urbanismo.br
PROPOSTAS DE CORREÇÃO DE ALGUMAS<br />
ATIVIDADES DO MANUAL<br />
Página 68 do Manual – Sermão <strong>de</strong> Santo António aos Peixes (Cap. III)<br />
Orientação <strong>de</strong> leitura<br />
1.1<br />
Peixes Virtu<strong>de</strong>s Comparação<br />
Peixe <strong>de</strong> Tobias<br />
(Sagrada Escritura)<br />
Rémora<br />
(História Natural)<br />
Torpedo<br />
(História Natural)<br />
Quatro-Olhos<br />
(História Natural)<br />
O seu «fel era bom para curar a cegueira, e o<br />
coração para lançar fora os Demónios»: o fel<br />
curou a cegueira do Pai <strong>de</strong> Tobias e o coração<br />
afastou os <strong>de</strong>mónios da casa <strong>de</strong> Sara.<br />
«Apesar <strong>de</strong> pequena no tamanho, é gran<strong>de</strong><br />
na força e no po<strong>de</strong>r, pois pega-se ao leme <strong>de</strong><br />
uma nau e amarra-a <strong>de</strong> modo a não po<strong>de</strong>r<br />
mover-se.»<br />
Faz tremer o braço do pescador, não lhe<br />
permitindo pescar.<br />
«A natureza fê-lo <strong>de</strong> modo a <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r-se dos<br />
outros peixes e também das aves.»<br />
Com Santo António que pretendia tirar<br />
as cegueiras aos homens e livrá-los dos<br />
<strong>de</strong>mónios.<br />
Com a língua <strong>de</strong> Santo António que foi leme<br />
da natureza humana ao «domar e parar a fúria<br />
das paixões humanas», nomeadamente a<br />
soberba, a vingança, a cobiça e a sensualida<strong>de</strong>.<br />
Com a língua (as palavras) <strong>de</strong> Santo António que<br />
fizeram tremer vinte e dois pescadores (pecadores)<br />
que mudaram <strong>de</strong> vida e converteram-se.<br />
Com o pregador, Padre António Vieira. Este<br />
peixe ensinou-o a consi<strong>de</strong>rar a existência do<br />
Céu e do Inferno.<br />
41
42<br />
Página 77 do Manual – Sermão <strong>de</strong> Santo António aos Peixes (Cap. V)<br />
Orientação <strong>de</strong> leitura<br />
1.<br />
Peixes<br />
Roncadores<br />
Pegadores<br />
Defeitos/<br />
Vícios<br />
Arrogância<br />
Parasitismo<br />
Adulação<br />
Ignorância<br />
Argumentos<br />
■ «peixinhos pequenos»,<br />
mas «as roncas do mar» <br />
muita arrogância pouca<br />
firmeza<br />
■ vivem na <strong>de</strong>pendência dos<br />
gran<strong>de</strong>s morrem com<br />
eles<br />
Homens/<br />
Exemplos<br />
Pedro<br />
Golias<br />
Caifás<br />
Pilatos<br />
Vice-rei ou<br />
Governador<br />
Mateus<br />
Famosa<br />
árvore –<br />
Nabucodonosor<br />
Adão e Eva<br />
Exemplos-Argumentos<br />
■ Sozinho avançou para o exército romano<br />
■ Se todos fraquejassem, só ele permaneceria<br />
até à morte só ele fraquejou<br />
■ Cristo pediu-lhe que estivesse atento no<br />
horto encontrou-o dormindo<br />
■ Quarenta dias consecutivos esteve armado<br />
no campo bastou um pastorzinho com um<br />
cajado e uma funda para o aniquilar<br />
■ «roncava <strong>de</strong> saber»<br />
■ «roncava <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r»<br />
■ Parte para as conquistas<br />
■ Ro<strong>de</strong>ado <strong>de</strong> Pegadores para que cá lhe<br />
matem a fome acontece-lhes o mesmo que<br />
aos Pegadores do mar<br />
■ Morto Hero<strong>de</strong>s morreu toda a família<br />
■ Todas as aves <strong>de</strong>scansavam<br />
■ Todos os animais da terra usufruíam da sua<br />
sombra<br />
■ Ambos se sustentavam dos seus frutos <br />
Cortada a árvore, todos se foram embora<br />
■ Homens <strong>de</strong>sgraçados outrem comeu<br />
e nós pagamos mas limpamo-nos do<br />
pecado original com água
Voadores<br />
Polvo<br />
Presunção<br />
Ambição<br />
Traição<br />
Mimetismo<br />
■ Pescados como peixes<br />
e caçados como aves<br />
■ Morrem queimados<br />
■ Aparência <strong>de</strong> mansidão <br />
ataca com malícia<br />
■ O seu mimetismo permite-lhe<br />
atacar <strong>de</strong> emboscada<br />
Simão Mago<br />
S. Máximo<br />
Judas<br />
■ Arte mágica pela qual havia <strong>de</strong> subir ao céu<br />
■ Começou a voar muito alto caindo quebrou os<br />
pés. «quem tem pés para andar, e quer asas<br />
para voar, justo é que perca as asas, e mais os<br />
pés.»<br />
■ Abraçou Cristo, mas os outros pren<strong>de</strong>ram-no<br />
o Polvo abraça e pren<strong>de</strong><br />
■ Com os braços fez o sinal o polvo dos<br />
braços faz as cordas<br />
■ Planeou a traição às escuras, mas executou-a<br />
às claras o polvo planeia e executa às<br />
escuras as traições<br />
43
44<br />
Pág. 199 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. IV<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Carlos ia formar-se em Medicina<br />
• A vocação <strong>de</strong> Carlos para Medicina manifesta-se na infância<br />
• No liceu confirma a sua vocação<br />
• Carlos matricula-se na Universida<strong>de</strong><br />
• Reuniões <strong>de</strong> intelectuais à volta <strong>de</strong> Carlos e prática <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s variadas<br />
• O caráter diletante <strong>de</strong> Carlos manifesta-se<br />
• Afonso confraterniza com os amigos <strong>de</strong> Carlos<br />
• Carlos ocupa as férias em viagens<br />
• Carlos leva consigo Ega<br />
• Carlos vive uma aventura romântica com uma mulher casada – Hermengarda<br />
• Carlos leva <strong>de</strong> Lisboa uma espanhola (Encarnacion) e instala-a numa casa<br />
• Festa <strong>de</strong> formatura <strong>de</strong> Carlos<br />
• Carlos parte para uma viagem<br />
• Afonso instala-se no Ramalhete<br />
• Carlos chega do estrangeiro no paquete Royal Mail<br />
• Jantar em honra <strong>de</strong> Carlos<br />
• Carlos tem dificulda<strong>de</strong> em iniciar qualquer plano<br />
• Vilaça aluga um primeiro andar para o consultório <strong>de</strong> Carlos<br />
• Carlos mobila o consultório com requintado luxo<br />
• Carlos não tem doentes<br />
• Ega visita Carlos e os amigos falam dos seus projetos<br />
• Carlos conta como se passa o tempo no Ramalhete e quem o frequenta<br />
• Ega propõe a organização <strong>de</strong> um cenáculo<br />
• Ega elogia Craft<br />
• Ega diz a Carlos que vai publicar o seu livro «Memórias <strong>de</strong> um Átomo»<br />
Coimbra<br />
Santa Olávia<br />
Coimbra<br />
Coimbra<br />
Paços <strong>de</strong> Celas<br />
Lisboa, Paris, Londres<br />
Santa Olávia<br />
Coimbra<br />
Ao pé <strong>de</strong> Celas<br />
Paços <strong>de</strong> Celas<br />
Europa<br />
Lisboa<br />
Ramalhete<br />
Rossio –Lisboa<br />
Agosto<br />
Outono <strong>de</strong> 1875<br />
À noite<br />
Passam semanas<br />
De manhã
Pág. 207 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. VIII<br />
• Ida <strong>de</strong> Carlos a Sintra, acompanhado <strong>de</strong> Cruges<br />
• Apreciação do percurso geográfico<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Carlos procura Maria Eduarda<br />
• Encontro com Eusebiozinho e Palma «Cavalão» acompanhados por<br />
prostitutas espanholas<br />
• Deslumbramento perante aquela paisagem<br />
• Encontro com Alencar<br />
• Carlos, Cruges e Alencar visitam Seteais<br />
• Regresso ao Lawrence<br />
• Desilusão <strong>de</strong> Carlos ao ver frustrado o objetivo <strong>de</strong> encontrar Maria<br />
Eduarda<br />
• Monólogo interior <strong>de</strong> Carlos<br />
• Regresso a Lisboa<br />
Pág. 209 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. IX<br />
• Dâmaso leva Carlos a consultar Rosicler<br />
• Carlos observa os objetos pessoais <strong>de</strong> Maria Eduarda<br />
Benfica, Porcalhota,<br />
Ramalhão, Sintra<br />
Sintra<br />
Sintra – Hotel Nunes<br />
Junto ao Hotel Lawrence<br />
Seteais<br />
8 horas da manhã<br />
9 horas da noite<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Carlos conhece Rosicler e Miss Sara<br />
• Cohen expulsa Ega <strong>de</strong> sua casa no dia do baile <strong>de</strong> máscaras<br />
• Carlos e Ega vão à quinta <strong>de</strong> Craft<br />
• Carlos e Craft aconselham Ega a esperar o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> Cohen<br />
• Carlos e Ega aguardam o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> Cohen<br />
• A senhora Adélia (criada dos Cohen) traz notícias<br />
• Raquel Cohen leva uma tareia do marido e <strong>de</strong>pois reconcilia-se com ele.<br />
• Adélia é <strong>de</strong>spedida e o casal vai para Inglaterra<br />
• Ega <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> partir para Celorico <strong>de</strong>vido aos comentários sobre o seu caso<br />
com a Cohen<br />
• Carlos reflete sobre o falhanço dos projetos <strong>de</strong> Ega e dos seus<br />
• Carlos toma chá em casa dos Gouvarinho<br />
• As senhoras dialogam sobre a instrução<br />
• Carlos envolve-se com a Con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong> Gouvarinho<br />
• O Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gouvarinho é caracterizado na sua intervenção parlamentar<br />
em <strong>de</strong>fesa da educação religiosa<br />
Lisboa – Hotel Central<br />
Gabinete <strong>de</strong> toilette<br />
<strong>de</strong> Maria Eduarda<br />
Olivais<br />
Vila Balzac<br />
Lisboa<br />
Casa dos Con<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Gouvarinho – sala<br />
Gabinete on<strong>de</strong> se encontra<br />
um busto do Con<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Gouvarinho<br />
Sala da casa dos Con<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> Gouvarinho<br />
No outro dia<br />
À tar<strong>de</strong><br />
45
46<br />
Pág. 216 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. XI<br />
• Carlos conhece Maria Eduarda<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Carlos consulta Miss Sara<br />
• Carlos conversa com Maria Eduarda<br />
• Carlos vai a Santa Apolónia para se encontrar com a Con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong><br />
Gouvarinho<br />
• Carlos encontra-se com Dâmaso que parte para Penafiel, <strong>de</strong>vido à morte <strong>de</strong><br />
um tio<br />
• Carlos é «salvo» pelo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Gouvarinho que acompanha a mulher ao<br />
Porto<br />
• Carlos convive com Maria Eduarda<br />
• Maria Eduarda afirma que Dâmaso é «insuportável» e que conhece o seu tio<br />
Guimarães<br />
• Dâmaso regressa <strong>de</strong> Penafiel e visita Maria Eduarda, que o recebe friamente<br />
• Dâmaso fica muito admirado ao ver Carlos em casa <strong>de</strong> Maria Eduarda e,<br />
amuado, pe<strong>de</strong> explicações a Carlos<br />
Pág. 220 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. XIV<br />
Rua <strong>de</strong> S. Francisco –<br />
na sala<br />
no quarto<br />
na sala<br />
Estação <strong>de</strong> Santa<br />
Apolónia<br />
Rua <strong>de</strong> S. Francisco –<br />
na sala<br />
Na manhã<br />
seguinte<br />
À noite<br />
Todos os dias,<br />
durante a semana<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Afonso parte para Santa Olávia<br />
• Maria Eduarda instala-se nos Olivais<br />
• Ega parte para Sintra<br />
• Carlos encontra Alencar, que <strong>de</strong>seja apresentar-lhe Guimarães<br />
• Carlos remete esse conhecimento para outra ocasião.<br />
• Carlos visita Maria Eduarda e os dois refugiam-se no quiosque japonês<br />
• Maria Eduarda teme a crítica <strong>de</strong> Miss Sara e Carlos aluga uma casita nos<br />
arredores da Toca<br />
• Carlos escandaliza-se, ao surpreen<strong>de</strong>r o envolvimento <strong>de</strong> Miss Sara com<br />
um jornaleiro<br />
• Maria Eduarda visita o Ramalhete e fala <strong>de</strong> sua mãe<br />
• Ega regressa <strong>de</strong> Sintra<br />
• Carlos visita o avô<br />
• Castro Gomes «visita» Carlos e informa-o <strong>de</strong> que Maria Eduarda não é sua<br />
mulher, nem Rosicler sua filha<br />
• Carlos, perturbado, vai à Toca com intenção <strong>de</strong> humilhar Maria Eduarda<br />
• Maria Eduarda dá explicações a Carlos<br />
• Carlos pe<strong>de</strong> Maria Eduarda em casamento, perdoando-lhe a mentira<br />
Olivais<br />
Lisboa<br />
Olivais<br />
Ramalhete<br />
Santa Olávia<br />
Ramalhete<br />
Olivais – Toca<br />
Sábado<br />
Sábado<br />
Domingo<br />
Todos os dias<br />
À noite<br />
Sábado<br />
Durante uma<br />
semana<br />
Sábado, <strong>de</strong> tar<strong>de</strong>
Pág. 225 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. XVI<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Maria Eduarda regressa a Lisboa<br />
Episódio do Sarau <strong>de</strong> Teatro da Trinda<strong>de</strong><br />
• Ega e Carlos vão assistir ao Sarau do Teatro da Trinda<strong>de</strong>:<br />
– a oratória <strong>de</strong> Rufino<br />
– a <strong>de</strong>clamação <strong>de</strong> Alencar<br />
– o recital <strong>de</strong> Cruges<br />
• Guimarães interpela Ega, pedindo explicações sobre a carta do sobrinho<br />
Dâmaso<br />
• Carlos dá uma tareia a Eusebiozinho<br />
• Guimarães entrega o cofre <strong>de</strong> Maria Monforte a Ega para este o dar<br />
a Carlos ou à irmã (Maria Eduarda)<br />
Pág. 227 do Manual – Os Maias<br />
Quadro sinóptico do Cap. XVII<br />
Rua <strong>de</strong> S. Francisco<br />
Teatro da Trinda<strong>de</strong><br />
Largo da Albegoaria<br />
Pelourinho (Hotel Paris)<br />
Noite <strong>de</strong> inverno<br />
A história Espaço Tempo<br />
• Ega procura Vilaça para este abrir o cofre<br />
• Vilaça revela a Carlos o conteúdo da carta <strong>de</strong> Maria Monforte<br />
• Carlos questiona o avô sobre a irmã<br />
• Afonso vacila e diz que não conhece a verda<strong>de</strong><br />
• Carlos comete incesto voluntariamente<br />
• Afonso morre <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgosto<br />
• Ega informa Maria Eduarda sobre os acontecimentos<br />
• Maria Eduarda parte para Paris<br />
Rua da Prata<br />
Ramalhete<br />
Lisboa<br />
Lisboa<br />
Rua <strong>de</strong> S. Francisco<br />
Ramalhete (recanto do quintal)<br />
Rua <strong>de</strong> S. Francisco<br />
Estação <strong>de</strong> Santa Apolónia<br />
Quase onze horas<br />
No dia seguinte<br />
De manhã<br />
No dia seguinte<br />
No dia seguinte<br />
47
48<br />
GRELHA DE OBSERVAÇÃO DA EXPRESSÃO ORAL<br />
Conteúdo<br />
Domínio da temática<br />
Sequencialização<br />
lógica das i<strong>de</strong>ias<br />
Clareza<br />
Rigor<br />
Capacida<strong>de</strong><br />
argumentativa*<br />
Processos discursivos<br />
a<strong>de</strong>quados<br />
Criativida<strong>de</strong><br />
Muito fraco Fraco Razoável Bom Muito bom<br />
* Nota: A observação <strong>de</strong>ste aspeto tem <strong>de</strong> ter em conta a especificação e a a<strong>de</strong>quação da temática a apresentar e/ou a <strong>de</strong>senvolver.<br />
Expressão<br />
linguística<br />
Interação<br />
discursiva<br />
Riqueza vocabular<br />
Proprieda<strong>de</strong> vocabular<br />
Estrutura sintática<br />
Enca<strong>de</strong>amento frásico<br />
Expressivida<strong>de</strong><br />
linguística<br />
Fluência<br />
Pertinência das<br />
intervenções<br />
Entoação apropriada<br />
Autodomínio<br />
Disciplina<br />
Expressão corporal<br />
a<strong>de</strong>quada
FICHA DE VISIONAMENTO DE UM DOCUMENTO VÍDEO<br />
Título: ____________________________________________________________________________________<br />
Tema: _____________________________________________ Subtemas: _____________________________<br />
I – Conteúdo: i<strong>de</strong>ntificação, <strong>de</strong>scrição e caracterização<br />
1. Os agentes (intervenientes / participantes)<br />
Sexo Masculino Feminino<br />
Ida<strong>de</strong> Crianças Adolescentes Adultos<br />
2. As ações dos agentes (discriminadas, através <strong>de</strong> verbos no infinitivo) ________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
3. Os espaços<br />
Litoral Interior Urbano Rural Aberto Fechado Outro(s)<br />
II – Elementos constituintes do ví<strong>de</strong>o<br />
1. Imagem<br />
• Observação da(s) imagem(ns)<br />
Fixa(s) Em movimento Fixa(s) e em movimento<br />
• Função do cromatismo (cores presentes)<br />
Representar a realida<strong>de</strong><br />
• Elemento dominante<br />
Transfigurar a realida<strong>de</strong> Representar e transfigurar a realida<strong>de</strong><br />
Natural (paisagem)<br />
• Planos apresentados<br />
Humano * Outro<br />
Geral De pormenor Geral e <strong>de</strong> pormenor *Outro(s)<br />
• Objetivo(s) da(s) imagem(ns)<br />
Captar o real Ensinar Divertir Sensibilizar Exprimir e/ou <strong>de</strong>spertar sentimentos<br />
2. Som<br />
• Caracterização do(s) som(ns)<br />
Natural Exterior Natural e exterior Música <strong>de</strong> fundo (banda sonora)<br />
• Banda(s) sonora(s)<br />
A<strong>de</strong>quada Ina<strong>de</strong>quada<br />
• Presença <strong>de</strong> voz off<br />
Texto informativo Texto <strong>de</strong>clamado *Outro(s)<br />
III – Apreciação crítica<br />
Consi<strong>de</strong>ro / Não consi<strong>de</strong>ro pertinente o visionamento do ví<strong>de</strong>o, no âmbito da aprendizagem do conteúdo<br />
____________________ , pelas seguintes razões (enunciar três): _______________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
* Nota: Esta opção <strong>de</strong>ve ser sempre especificada.<br />
49
50<br />
CINE-FICHA (APRECIAÇÃO DE FILMES)<br />
Nome do aluno: _________________________________________________________________________________________________________________<br />
N.°: ____________ Ano: ____________ Turma: ____________<br />
Título: ____________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Realizador: ______________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Argumentista: __________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Atores principais: _____________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Atores secundários: __________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Contextualização histórica, política e social: ______________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Espaço(s) da ação: ____________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Breve resumo: __________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Aspetos que mais apreciei: __________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Aspetos que menos apreciei: _______________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Balanço crítico: _________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________
GUIÃO DE OBSERVAÇÃO/AUDIÇÃO DE UMA REPORTAGEM<br />
Título da reportagem: _________________________________________________________________________________________________________<br />
Nome do(s) jornalista(s): ______________________________________________________________________________________________________<br />
Nome do(s) técnico(s) <strong>de</strong> imagem e / ou som: _____________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Local e hora da cobertura do acontecimento: ____________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Acontecimento-objeto da reportagem: ___________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Resumo dos factos ocorridos: ________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Intervenção <strong>de</strong> testemunhos: ________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Apreciações subjetivas do jornalista: ___________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Linguagem utilizada: __________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
A tua opinião sobre o que viste e ouviste: ______________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
(Data) , <strong>de</strong> <strong>de</strong> 201<br />
Assinatura<br />
51
52<br />
GUIÃO DE ATIVIDADE DE DEBATE<br />
Objetivos:<br />
• problematizar temáticas;<br />
• formular juízos críticos / argumentar;<br />
• enriquecer os conhecimentos;<br />
• refletir sobre opiniões diversas;<br />
• sintetizar i<strong>de</strong>ias.<br />
Ação preliminar:<br />
1.° Escolher o tema:<br />
• refletir sobre o interesse e a pertinência do tema em discussão;<br />
• preparar, investigando, o conteúdo teórico subjacente ao tema-fonte;<br />
• apetrechar-se <strong>de</strong> opiniões sobre o assunto para po<strong>de</strong>r intervir;<br />
• estruturar a argumentação, validando a sua intervenção.<br />
2.° Selecionar um mo<strong>de</strong>rador, dois secretários e dois observadores.<br />
3.° Refletir sobre a forma <strong>de</strong> constituir grupos que <strong>de</strong>fendam posições diferentes face ao tema:<br />
• na sala <strong>de</strong> aula: dividir os alunos em dois grupos <strong>de</strong> posições distintas;<br />
• ao nível da escola: convidar outras turmas para fazerem intervenções pertinentes, geradoras <strong>de</strong> dinamismo<br />
no <strong>de</strong>bate.<br />
Dinâmica do <strong>de</strong>bate:<br />
Funções do mo<strong>de</strong>rador Funções dos secretários<br />
• esclarecer <strong>de</strong> forma sucinta a temática a ser discutida;<br />
• iniciar o <strong>de</strong>bate;<br />
• dar a palavra aos intervenientes, seguindo a or<strong>de</strong>m<br />
dos registos apontados pelos observadores;<br />
• fazer o ponto da situação, através <strong>de</strong> pequenas<br />
sínteses parcelares;<br />
• clarificar i<strong>de</strong>ias;<br />
• evitar o ataque pessoal e a agressivida<strong>de</strong>;<br />
• apresentar as conclusões.<br />
Nota: O mo<strong>de</strong>rador <strong>de</strong>ve atuar <strong>de</strong> modo imparcial e rigoroso.<br />
• registar o nome dos que <strong>de</strong>sejam intervir, segundo<br />
a or<strong>de</strong>m do pedido da palavra;<br />
• fazer o relato do <strong>de</strong>bate.
MODELO DE RELATÓRIO DE VISITA DE ESTUDO<br />
Escola: ________________________________________ ___ ___ _ ___ _____ ___________________________ ___ _______________ _ ___ ______ ___ ___ ______ ______<br />
Aluno(s) autor(es) do relatório:<br />
Nome: ____________________________________________________________ ____ ___ ___ ___ _________ ________ N.º: ___________ Turma: ___________<br />
Nome: ____________________________________________________________ ____ ___ ___ ___ _________ ________ N.º: ___________ Turma: ___________<br />
Nome: ____________________________________________________________ ____ ___ ___ ___ _________ ________ N.º: ___________ Turma: ___________<br />
Visita <strong>de</strong> estudo realizada no âmbito da(s) disciplinas(s) <strong>de</strong>: __________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Local: _________________________________________________________________________________________________ Data: _______ / _______ / ______<br />
Objetivo(s): _____________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Material <strong>de</strong> apoio: _____________________________________________________________________________________________________________________<br />
Organizador(es): _______________________________________________________________________________________________________________________<br />
Data do relatório: ______________________________________________________________________________________________________________________<br />
SUMÁRIO (sob a forma <strong>de</strong> índice):<br />
• Diferentes momentos da visita: _________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Locais visitados: ______________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
INTRODUÇÃO:<br />
• Temática da visita: __________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Conteúdos programáticos abrangidos: _________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
53
54<br />
PARTE CENTRAL:<br />
• Apresentação dos factos ocorridos e seu enquadramento geográfico, histórico e sócio-cultural:<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Circunstâncias em que <strong>de</strong>correu a visita: ______________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• O que mais apreciaram e porquê: ________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• O que menos apreciaram e porquê: _____________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Cumprimento / Incumprimento dos objetivos da visita e suas causas: ________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Formulação <strong>de</strong> propostas para valorizar futuras visitas: ___________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
CONCLUSÃO:<br />
• Balanço sintético dos conhecimentos adquiridos: ___________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Importância da visita em termos <strong>de</strong> relações humanas (atitu<strong>de</strong>s e comportamentos dos elementos do<br />
grupo; enriquecimento resultante da interação dos participantes na visita): ________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
CONTRATO DE LEITURA<br />
«No contrato <strong>de</strong> leitura cabe a ambas as partes – professor e aluno – estabelecer as regras fundamentais para<br />
a gestão da leitura individual, procurando fatores <strong>de</strong> motivação para que esta aconteça. Para além da leitura individual,<br />
o contrato po<strong>de</strong> estipular a agregação por pequenos grupos <strong>de</strong> alunos que manifestem interesse por um<br />
mesmo texto. O professor <strong>de</strong>ve constituir-se como entida<strong>de</strong> facilitadora <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> leitura, oferecendo aos<br />
alunos a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontro com textos interessantes e motivadores, procurando, contudo, suscitar respostas<br />
por parte dos leitores durante e após a leitura <strong>de</strong>sses textos. Estas respostas po<strong>de</strong>rão traduzir-se, por<br />
exemplo, nas seguintes ativida<strong>de</strong>s: apresentação oral dos textos lidos à turma, elaboração <strong>de</strong> <strong>ficha</strong>s <strong>de</strong> leitura e<br />
<strong>ficha</strong>s biobibliográficas <strong>de</strong> autores, bases <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> personagens, propostas <strong>de</strong> temas para <strong>de</strong>bates em aula,<br />
elaboração <strong>de</strong> ficheiros temáticos.»<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Contrato <strong>de</strong> Leitura<br />
Programa <strong>de</strong> Português, Departamento <strong>de</strong> Ensino Secundário, Ministério da Educação, 2001<br />
Entre o primeiro contraente _______________________________________ (nome), Professor(a) <strong>de</strong> Português, e o segundo<br />
contraente ________________________________________________________________ (nome), aluno(a) n. o_______________, da turma<br />
___________________ do 11. o ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, estabelece-se o presente Contrato <strong>de</strong> Leitura, acordando-se as<br />
seguintes cláusulas:<br />
1. o O primeiro contraente coor<strong>de</strong>na as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas no âmbito <strong>de</strong>ste contrato.<br />
2. o O segundo contraente compromete-se a ler um livro, por mês / por período letivo.<br />
3. o O segundo contraente compromete-se a preencher a Ficha <strong>de</strong> Leitura, criada para o efeito.<br />
4. o O primeiro contraente observa criticamente o trabalho do segundo contraente com o objetivo <strong>de</strong><br />
apoiar a prática <strong>de</strong> leitura.<br />
5. o O segundo contraente apresenta a sua auto<strong>avaliação</strong>, no final <strong>de</strong> cada trimestre, respeitante às suas<br />
ativida<strong>de</strong>s no âmbito <strong>de</strong>ste contrato.<br />
6. o O primeiro contraente avalia qualitativamente a ativida<strong>de</strong> realizada pelo segundo contraente.<br />
7. o Se, por motivos imputáveis ao segundo contraente, não forem cumpridas as cláusulas 2. a , 3. a e 5. a ,<br />
po<strong>de</strong>rão ser redigidas cláusulas <strong>de</strong> salvaguarda, apresentadas pelo primeiro contraente.<br />
8. o Este contrato foi feito em duplicado e vai ser assinado pelos contraentes, <strong>de</strong>stinando-se um exemplar<br />
ao(à) professor(a) <strong>de</strong> Português e outro ao(à) aluno(a).<br />
(Local e data) _______________________ , _____ <strong>de</strong> ___________________ <strong>de</strong> 201___<br />
O(A) professor(a) <strong>de</strong> Português<br />
____________________________________<br />
O(A) aluno(a)<br />
____________________________________<br />
55
56<br />
MODELO DE FICHA DE LEITURA [I]<br />
Escola Secundária ___________________________________________________________________________________________________________________<br />
Nome: __________________________________________________________________________________________ N. o : ____________ Turma: ____________<br />
Título da obra: _________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Tempo <strong>de</strong> leitura: _______________________________________ Local <strong>de</strong> leitura: _______________________________________________________<br />
• Nome: ________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Referência bibliográfica: _______________________________________________________________________________________________________<br />
• Dados biográficos:<br />
Nascimento: _______________________________________________________________ (data) _______________________________________ (local)<br />
Morte: _______________________________________________________________________ (data) _______________________________________ (local)<br />
Ocupações: ________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Outras obras: _____________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Texto:<br />
literário não literário <br />
• Género literário:<br />
narrativo dramático poético <br />
• Tema:<br />
atual <strong>de</strong> outra época <br />
• Parte mais interessante: _____________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
• Parte menos interessante: ___________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________
• Linguagem:<br />
– Privilégio:<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>notação <strong>de</strong> conotação <br />
– Vocabulário:<br />
fácil e acessível rebuscado e difícil <br />
– Construção sintática:<br />
simples complexa <br />
– Uso predominante da:<br />
coor<strong>de</strong>nação subordinação <br />
– Utilização <strong>de</strong>:<br />
A) narração B) discurso direto <br />
<strong>de</strong>scrição discurso indireto <br />
discurso indireto livre <br />
A) Seleção <strong>de</strong> cinco palavras <strong>de</strong>sconhecidas: ________________________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
B) Seleção <strong>de</strong> cinco palavras (que consi<strong>de</strong>res) belas: ___________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
C) Registo <strong>de</strong> duas frases marcantes: _________________________________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
D) Valeu a pena ler esta obra porque: __________________________________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Não apreciei a leitura <strong>de</strong>sta obra porque: __________________________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
E) Esta obra fez-me refletir sobre: ______________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
57
58<br />
MODELO DE FICHA DE LEITURA [II]<br />
Escola Secundária ___________________________________________________________________________________________________________________<br />
Nome: _______________________________________________________________________________________________ N. o : __________ Turma: __________<br />
Título da obra: ________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Tempo <strong>de</strong> leitura: ___________________________________________ Local <strong>de</strong> leitura: ___________________________________________________<br />
I • O autor<br />
Nome: ______________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Referência bibliográfica: _______________________________________________________________________________________________________<br />
Dados biográficos<br />
Nascimento: ______________________________________________ (data) _______________________________________________________ (local)<br />
Morte: ______________________________________________________ (data) _______________________________________________________ (local)<br />
Ocupações: _______________________________________________________________________________________________________________________<br />
Outras obras: _____________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
II • A obra<br />
1. Elementos presentes:<br />
a) na capa: ____________________________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
b) na contracapa: ____________________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
c) na lombada: _______________________________________________________________________________________________________________<br />
________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
2. Título: ___________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Apreciação: ___________________________________________________________________________________________________________________<br />
___________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
3. a) Índice: Presente<br />
Ausente<br />
b) Prefácio: Presente – escrito pelo autor<br />
– escrito por alguém conhecedor da obra<br />
Ausente<br />
c) Posfácio: Presente<br />
Ausente<br />
d) Nota(s)<br />
<strong>de</strong> rodapé: Presente(s)<br />
Ausente(s)<br />
e) Glossário: Presente<br />
Ausente
4. Estrutura:<br />
Caracterização da estrutura externa: _______________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Síntese <strong>de</strong>:<br />
Introdução: _____________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Desenvolvimento: ___________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
Conclusão: __________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
5. Opinião justificada do(a) leitor(a):<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
____________________________________________________________________________________________________________________________________<br />
59
60<br />
A OFICINA DE ESCRITA<br />
«Quanto à expressão escrita, preten<strong>de</strong>-se que seja instituída uma oficina <strong>de</strong> escrita, em que sejam trabalhadas<br />
as tipologias textuais previstas, a partir das quais se <strong>de</strong>senvolverão as competências naturalmente envolvidas<br />
neste tipo <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>. Propõe-se que esta oficina seja entendida como um trabalho laboratorial, constituindo<br />
um espaço curricular em que a aprendizagem e a sistematização <strong>de</strong> conhecimentos sobre a língua e os seus usos<br />
se inscrevem como componentes privilegiadas.<br />
Ao caráter complexo que esta competência envolve, causa possível <strong>de</strong> muitas dificulda<strong>de</strong>s, acrescenta-se o<br />
facto <strong>de</strong> a escrita, como ativida<strong>de</strong> transversal ao curriculum, <strong>de</strong>sempenhar também uma função relevante na ativação<br />
<strong>de</strong> processos cognitivos, facilitando toda a aprendizagem. É, pois, necessário promover, nas aulas <strong>de</strong><br />
Português, uma oficina <strong>de</strong> escrita que integre a reflexão sobre a língua e que, em interação com as outras competências<br />
nucleares, favoreça, numa progressão diferenciada, a produção, o alargamento, a redução e a transformação<br />
do texto, bem como uma gestão pedagógica do erro.<br />
A prática da oficina <strong>de</strong> escrita visa possibilitar a interação e a interajuda, permitindo ao professor um acompanhamento<br />
individualizado dos alunos, agindo sobre as suas dificulda<strong>de</strong>s, assessorando o seu trabalho <strong>de</strong> um<br />
modo planificado e sistemático. A oficina <strong>de</strong> escrita implica um papel ativo por parte <strong>de</strong> professores e alunos que,<br />
através do diálogo e da reflexão sobre o funcionamento da língua, se empenham num processo <strong>de</strong> reescrita contínua,<br />
ten<strong>de</strong>nte ao aperfeiçoamento textual e ao reforço da consciência crítica.»<br />
Programa <strong>de</strong> Português, Departamento <strong>de</strong> Ensino Secundário, Ministério da Educação, 2001
A ORGANIZAÇÃO DO PORTEFÓLIO SEGUNDO<br />
O PROGRAMA<br />
«(...) o aluno, sob orientação do professor, organiza um portefólio <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong>, que <strong>de</strong>verá incluir um conjunto<br />
variado <strong>de</strong> trabalhos datados e comentados. Entre esses elementos <strong>de</strong>verão constar relatórios, textos escritos,<br />
registos áudio, ví<strong>de</strong>o e outro software, trabalhos <strong>de</strong> pesquisa, comentários <strong>de</strong> texto, <strong>ficha</strong>s <strong>de</strong> leitura, trabalhos realizados<br />
fora da sala <strong>de</strong> aula, listas <strong>de</strong> verificação, escalas <strong>de</strong> classificação, grelhas <strong>de</strong> observação, grelhas <strong>de</strong> auto e<br />
co<strong>avaliação</strong>, testes e outros. Estes <strong>de</strong>verão constituir uma amostra significativa do seu trabalho, fornecendo uma<br />
visão dos seus esforços, dos seus progressos e do seu <strong>de</strong>sempenho ao longo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo.»<br />
Proposta <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> portefólio<br />
Programa <strong>de</strong> Português, Departamento <strong>de</strong> Ensino Secundário, Ministério da Educação, 2001<br />
O portefólio é um conjunto <strong>de</strong> trabalhos, realizados pelo aluno, representativos do seu esforço e da sua evolução<br />
em <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo estipulado pelo professor ou acordado entre o docente e os discentes. O portefólio<br />
<strong>de</strong> aprendizagens é um instrumento dinâmico que permite ao aluno refletir sobre os seus <strong>de</strong>sempenhos,<br />
melhorando-os, reformulando-os, segundo a orientação metodológica do professor, <strong>de</strong>tetadas as dificulda<strong>de</strong>s e<br />
propostas as estratégias <strong>de</strong> recuperação.<br />
O portefólio é um procedimento <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong> que permite aos alunos envolverem-se na formulação dos objetivos<br />
e estratégias da sua aprendizagem e avaliar o seu progresso. Eles são, portanto, participantes ativos da <strong>avaliação</strong>,<br />
po<strong>de</strong>ndo selecionar todas ou apenas as melhores amostras <strong>de</strong> seu trabalho para incluir no Portefólio.<br />
Estrutura<br />
1. I<strong>de</strong>ntificação (capa): Escola, nome do aluno, número, turma, ano <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>, período (letivo ou <strong>de</strong><br />
tempo estipulado), ano letivo, título.<br />
2. Índice<br />
3. Tipologia textual em estudo<br />
3.1 Textos trabalhados na aula (escritos/icónicos)<br />
3.2 Pesquisas do aluno<br />
3.3 Trabalhos relativos à compreensão e expressão oral<br />
3.4 Exercícios <strong>de</strong> escrita<br />
3.5 Exercícios <strong>de</strong> Funcionamento da língua<br />
3.6 Correção/reescrita dos trabalhos<br />
3.7 Reflexão sobre as aprendizagens<br />
3.8 Recuperação <strong>de</strong> saberes: <strong>ficha</strong>s do Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s/Ativida<strong>de</strong>s da Aula Digital/Fichas<br />
Formativas<br />
61
62<br />
4. Fichas <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong><br />
4.1 Enunciado<br />
4.2 Prova <strong>de</strong> <strong>avaliação</strong><br />
4.3 Correção da prova<br />
4.4 Reflexão sobre a prova<br />
5. Intervenções orais formais<br />
5.1 Registos<br />
5.2 Reformulações<br />
6. Memória <strong>de</strong>scritiva<br />
7. Avaliação<br />
7.1 Ficha <strong>de</strong> auto<strong>avaliação</strong><br />
7.2 Ficha <strong>de</strong> hetero<strong>avaliação</strong><br />
Nota: Os trabalhos <strong>de</strong>vem ser datados, <strong>de</strong> modo a que os alunos possam verifcar a evolução da sua aprendizagem.