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6<br />
AEROESPAÇO<br />
O CNS ATM<br />
Para frente é que se voa!<br />
Contratado para evitar colisões entre aeronaves na pista<br />
do pequeno Aeroporto de Saint Louis, no Estado do Missouri,<br />
Estados Unidos, o jov<strong>em</strong> Archie William League saiu-se com<br />
uma regra de orientação básica às aeronaves que por lá evoluíam.<br />
Sua ferramenta de "controle de tráfego aeronáutico" era<br />
simples: quando <strong>em</strong>punhada, a bandeira vermelha mandava<br />
a aeronave parar; já a quadriculada, orientava o piloto a seguir.<br />
Era 1929 e o "hom<strong>em</strong> das bandeiras" – controlador de tráfego<br />
do aeroporto – certamente tinha consciência de que no<br />
primeiro momento <strong>em</strong> que alguns<br />
aviões a mais resolvess<strong>em</strong><br />
taxiar sobre a pista ao mesmo t<strong>em</strong>po<br />
seu sist<strong>em</strong>a provavelmente entraria <strong>em</strong> colapso.<br />
Mas o que ele não conseguiria sequer supor do alto de sua<br />
torre de controle improvisada – que consistia numa cadeira de<br />
praia sob um guarda-sol, afi xado a um carrinho de mão para<br />
aliviar o calor do verão – é até que ponto chegaria a magnitude<br />
de abrangência da então incipiente prestação dos serviços<br />
de navegação aérea. Atividade, ainda hoje desconhecida de<br />
muitos, mas que esconde <strong>em</strong> sua intangibilidade uma complexa<br />
síntese de especializações, pesquisas, conhecimentos,<br />
tecnologias e estratégias.<br />
Oitenta anos depois, o provimento dos chamados "serviços<br />
de navegação aérea" mudou muito. Tornou-se um imperativo<br />
estratégico de tal amplitude que é hoje absolutamente indispensável<br />
a qualquer Estado nacional, alcançando um grau de<br />
infl uência socioeconômica, de certo modo, incomensurável.<br />
Não havia como ser diferente. De lá para cá, o número de<br />
movimentos aéreos se multiplicou <strong>em</strong> todo o globo. Atualmente,<br />
só no Brasil, mais de 60 milhões de passageiros cruzam<br />
os céus do País por ano <strong>em</strong> voos regulares; quando somados à<br />
aviação de transporte de carga e à aviação militar, esses números<br />
dão orig<strong>em</strong> a registros ainda mais expressivos. Segundo<br />
dados do Anuário de Transporte Aéreo de 2009, editado pela