Baixe a revista em PDF - DECEA

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26 AEROESPAÇO (Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea). O trabalho do CGNA visa à harmonização do gerencia- mento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das demais atividades relacionadas à navegação aérea, proporcionando a gestão operacional das ações correntes do SISCEAB e a efetiva supervisão de todos os serviços prestados. Atuando estrategicamente, na fase de planejamento dos voos regulares, e taticamente, durante as operações diárias, o CGNA busca minimizar impactos decorrentes do desequilíbrio entre capacidade e demanda, a fim de garantir a segurança das operações, a regularidade e a pontualidade dos voos. A implementação do ATM A partir de observações, análises e da busca pelas alternativas adequadas à nova concepção de gerenciamento, o DECEA passou a por em prática um planejamento de implementação. Nele, há uma série de iniciativas que já estão em curso, ou serão adotadas a curto, médio ou longo prazo, de modo a consolidar efetivamente a estrutura brasileira ATM até o ano de 2020. Veja algumas delas: 1- Nova estrutura do espaço aéreo brasileiro Será criada uma nova rede de rotas – primeiramente, para o espaço aéreo superior; num segundo momento, para os demais - adequada aos novos perfis de voo viabilizados pelo conceito CNS/ATM. O planejamento de aproximação e saída das terminais brasileiras de maior movimento também será aprimorado. 2- Tratamento centralizado para os planejamentos de voo O gerenciamento de todo o SISCEAB passa a ser exercido de uma forma homogênea, abarcando as informações de todos os órgãos regionais. O sistema convencional de planejamento descentralizado, efetuado pelos CINDAC- TAs dá vez, portanto, a um órgão que enxerga o espaço aéreo brasileiro como um todo. 3 - Ferramenta de sequênciamento de aproximação Com o sequenciamento, um software propõe, a partir da observação e análise dos movimentos aéreos, a ordem ideal de aeronaves para aproximação, de modo a não gerar desacelerações desnecessárias nas aeronaves, aproveitando os chamados perfis ótimos. 4 - Catálogos de rotas alternativas Com este recurso, as aeronaves, diante de alguma condição adversa em suas rotas regulares, terão mais flexibilidade para reformulação de seus trajetos de voo. Um catálogo de rotas alternativas, certificadas previamente, proporcionará aos usuários do sistema mais opções para os trajetos de voo. 5 - Ferramentas de modelagem e simulação ATC Softwares especificamente desenvolvidos para a atividade permitirão, após análises automatizadas, definir a melhor configuração do espaço aéreo para então simular os cenários, sugerindo as estratégias que melhor se adaptam a um determinado contexto pesquisado. Um bom exemplo de ferramenta do gênero é o TAAM - "Total Airspace and Airport Modeler" (em português Modelador Total de Espaço Aéreo e Aeroportos). O software é capaz de criar um modelo simulado, para, a partir dele, propiciar estudos de cenários, antecedendo-se assim às futuras demandas. Desse modo, circunstâncias particulares de tráfego aéreo e movimentação de aeronaves no solo e nas adjacências

Simulador de Torre 3 D do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA). O equipamento permite ao operador acompanhar a evolução das aeronaves por meio de uma reprodução em 3D da visualização de torres de controle de aeródromos reais, tais como as dos aeroportos Santos Dummont, de Congonhas e de Guarulhos. voos em seus perfis mais eficazes, dinamicamente ajustados para a melhor relação custo/benefício possível dos aeroportos podem ser criadas tal qual num contexto real. Trata-se de uma ferramenta adequada para aplicações como, por exemplo: planejamento, simulação de operações, visualização e análise dos resultados de simulação. 6 - Ferramentas e processos para previsão da demanda de tráfego aéreo A partir da observação e do cruzamento de dados dos movimentos aéreos e outras informações, softwares conseguirão prever com antecedência a demanda de tráfego aéreo, auxiliando a organização gestora da atividade em seu planejamento estratégico. 7 - Rotas aleatórias Com a precisão proporcionada pelos novos conceitos da Navegação Baseada em Performance, as aeronaves poderão perfazer as chamadas rotas aleatórias nas fases de voo em rota. Desse modo, nos estágios finais da implantação do conceito CNS/ATM, as aeronaves terão mais flexibilidade operacional para voar no espaço aéreo superior. Conclusão Naturalmente, a evolução dos sistemas de Gerenciamento de Tráfego Aéreo ocorrerá de maneira gradual e coordenada, sempre capitaneada pelo DECEA. A gestão estratégica do transporte aéreo brasileiro, somada ao desenvolvimento tecnológico dos equipamentos de bordo das aeronaves, à utilização de sistemas de navegação e à automação dos sistemas permitirão melhorias significativas para a atividade. Assim, o Brasil, por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, antecipa-se às futuras demandas, para atender ao grande crescimento previsto nos movimentos aéreos das próximas décadas. Com a modernização do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, o País pode, de fato, planejar e seguir seu curso rumo ao desenvolvimento, dispondo do que há de mais eficaz para a atividade em toda a comunidade aérea internacional. AEROESPAÇO 27

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(Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea).<br />

O trabalho do CGNA visa à harmonização do gerencia-<br />

mento do fluxo de tráfego aéreo, do espaço aéreo e das d<strong>em</strong>ais<br />

atividades relacionadas à navegação aérea, proporcionando<br />

a gestão operacional das ações correntes do SISCEAB<br />

e a efetiva supervisão de todos os serviços prestados.<br />

Atuando estrategicamente, na fase de planejamento dos<br />

voos regulares, e taticamente, durante as operações diárias, o<br />

CGNA busca minimizar impactos decorrentes do desequilíbrio<br />

entre capacidade e d<strong>em</strong>anda, a fim de garantir a segurança<br />

das operações, a regularidade e a pontualidade dos voos.<br />

A impl<strong>em</strong>entação do ATM<br />

A partir de observações, análises e da busca pelas alternativas<br />

adequadas à nova concepção de gerenciamento, o<br />

<strong>DECEA</strong> passou a por <strong>em</strong> prática um planejamento de impl<strong>em</strong>entação.<br />

Nele, há uma série de iniciativas que já estão <strong>em</strong><br />

curso, ou serão adotadas a curto, médio ou longo prazo, de<br />

modo a consolidar efetivamente a estrutura brasileira ATM<br />

até o ano de 2020. Veja algumas delas:<br />

1- Nova estrutura do espaço aéreo brasileiro<br />

Será criada uma nova rede de rotas – primeiramente,<br />

para o espaço aéreo superior; num segundo momento,<br />

para os d<strong>em</strong>ais - adequada aos novos perfis de voo viabilizados<br />

pelo conceito CNS/ATM. O planejamento de<br />

aproximação e saída das terminais brasileiras de maior<br />

movimento também será aprimorado.<br />

2- Tratamento centralizado<br />

para os planejamentos de voo<br />

O gerenciamento de todo o SISCEAB passa a ser exercido<br />

de uma forma homogênea, abarcando as informações<br />

de todos os órgãos regionais. O sist<strong>em</strong>a convencional de<br />

planejamento descentralizado, efetuado pelos CINDAC-<br />

TAs dá vez, portanto, a um órgão que enxerga o espaço<br />

aéreo brasileiro como um todo.<br />

3 - Ferramenta de sequênciamento de aproximação<br />

Com o sequenciamento, um software propõe, a partir da<br />

observação e análise dos movimentos aéreos, a ord<strong>em</strong><br />

ideal de aeronaves para aproximação, de modo a não gerar<br />

desacelerações desnecessárias nas aeronaves, aproveitando<br />

os chamados perfis ótimos.<br />

4 - Catálogos de rotas alternativas<br />

Com este recurso, as aeronaves, diante de alguma condição<br />

adversa <strong>em</strong> suas rotas regulares, terão mais flexibilidade<br />

para reformulação de seus trajetos de voo. Um<br />

catálogo de rotas alternativas, certificadas previamente,<br />

proporcionará aos usuários do sist<strong>em</strong>a mais opções para<br />

os trajetos de voo.<br />

5 - Ferramentas de modelag<strong>em</strong> e simulação ATC<br />

Softwares especificamente desenvolvidos para a atividade<br />

permitirão, após análises automatizadas, definir a<br />

melhor configuração do espaço aéreo para então simular<br />

os cenários, sugerindo as estratégias que melhor se<br />

adaptam a um determinado contexto pesquisado.<br />

Um bom ex<strong>em</strong>plo de ferramenta do gênero é o TAAM<br />

- "Total Airspace and Airport Modeler" (<strong>em</strong> português Modelador<br />

Total de Espaço Aéreo e Aeroportos). O software<br />

é capaz de criar um modelo simulado, para, a partir dele,<br />

propiciar estudos de cenários, antecedendo-se assim às<br />

futuras d<strong>em</strong>andas.<br />

Desse modo, circunstâncias particulares de tráfego aéreo<br />

e movimentação de aeronaves no solo e nas adjacências

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