Baixe a revista em PDF - DECEA
Baixe a revista em PDF - DECEA Baixe a revista em PDF - DECEA
24 AEROESPAÇO Nas páginas anteriores, vimos o quanto as modifi cações implementadas pelo conceito CNS/ATM irão alterar os paradigmas do transporte aéreo como um todo. Os três capítulos abordaram assuntos relativos à evolução das seguintes atividades: Comunicação Aeronáutica; Navegação Aérea e Vigilância Aérea. As três, porém, evoluem ao lado de outro importante campo de atuação que - correlacionando de modo inteligente o exercício das particularidades de cada uma - as reintegra estratégicamente: o ATM. ATM é o acrônimo da expressão inglesa Air Traffi c Management (Gerenciamento de Tráfego Aéreo). Apesar de o termo já ser utilizado há algum tempo, nos últimos anos foram incorporadas a ele características que deram origem à acepção que se traduz na capacidade de gerir o tráfego aéreo com um aproveitamento signifi cativamente expressivo. Muito além do convencional ofício de controle de tráfego aéreo, o ATM representa um conceito organizacional bem mais abrangente. Para que esta nova concepção de gerenciamento tornese realidade, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo vem empregando uma série de medidas visando à harmonização de padrões e de procedimentos de comunicação, navegação e vigilância aérea, adequando-os às necessidades exigidas. Dentre outros objetivos, o ATM assegurará aos operadores de aeronaves a realização dos voos em seus perfi s mais ideais, dinamicamente ajustados para a melhor relação custo/ benefício possível, a fi m de que sejam obtidos os resultados almejados e previstos pelos Sistemas CNS/ATM, conforme claramente expresso pela OACI em seu Plano Mundial. O Sistema convencional Com o crescimento do volume do tráfego, as demandas sobre os provedores de serviços de navegação aérea e do gerenciamento do tráfego aéreo naturalmente se intensifi -
caram. Mantidas as técnicas convencionais e o crescimento dos movimentos, não haveria como evitar uma série de restrições que inegavelmente precarizariam o atendimento aos usuários em todo o mundo. Isto porque o sistema convencional atuava muito mais como um centro de controle tático, destinado a prover a separação entre as aeronaves. Dado o menor número de tráfego do passado, ainda não havia a preocupação, ou mesmo a necessidade, de um centro gestor estratégico para o planejamento e a organização dos fluxos de tráfego. Qualquer intenção mais ousada de gestão esbarraria na dependência da infraestrutura existente e da limitada capacidade de processamento de dados para a tarefa, até então incomum. Assim, prestavam-se os Serviços de Controle de Tráfego Aéreo em aerovias e terminais e os demais serviços afetos à atividade de forma descentralizada. O Gerenciamento de Tráfego Aéreo no conceito CNS/ATM Em 2003, a 11ª Conferência de Navegação Aérea, aprovou o Conceito Operacional ATM Global, elaborado pela OACI. Dentre outras observações, o documento ressaltou a necessidade de uma modificação significativa nos fundamentos do controle do tráfego aéreo, apresentando duas novas demandas: o gerenciamento da informação e a decisão colaborativa. O gerenciamento da informação de forma integrada, utilizando sistemas, recursos e procedimentos inteligentes agilizaria as atividades componentes do ATM Global como um todo. Já o processo de decisão colaborativa substituiria o conceito unilateral de decisão, ampliando a participação dos usuários. No caso brasileiro, o DECEA adiantou-se ao cronograma mundial, criando em 2005 um órgão específico para o gerenciamento estratégico do tráfego aéreo brasileiro: o CGNA Vista parcial do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), no Rio de Janeiro Muito além do convencional ofício de controle de tráfego aéreo, o Gerenciamento de Tráfego Aéreo representa um conceito organizacional bem mais abrangente AEROESPAÇO 25
- Page 1: A aviação do futuro já começou
- Page 4 and 5: 4 AEROESPAÇO Navegação Aérea 16
- Page 6 and 7: 6 AEROESPAÇO O CNS ATM Para frente
- Page 8 and 9: 8 AEROESPAÇO tação do padrão e
- Page 10 and 11: 10 AEROESPAÇO Nos próximos capít
- Page 12 and 13: 12 AEROESPAÇO Introdução As comu
- Page 14 and 15: 14 AEROESPAÇO te por meio de dados
- Page 16 and 17: 16 AEROESPAÇO Imagine viagens mais
- Page 18 and 19: WER 18 AEROESPAÇO THE BIF NIF A Na
- Page 20 and 21: 20 AEROESPAÇO Não há como exerce
- Page 22 and 23: 22 AEROESPAÇO identificação, rad
- Page 26 and 27: 26 AEROESPAÇO (Centro de Gerenciam
- Page 28 and 29: 28 AEROESPAÇO O que signifi ca a
- Page 30 and 31: 30 AEROESPAÇO As atividades de pla
- Page 32: 2001 - 2011 www.decea.gov.br/cnsatm
24<br />
AEROESPAÇO<br />
Nas páginas anteriores, vimos o quanto as modifi cações<br />
impl<strong>em</strong>entadas pelo conceito CNS/ATM irão alterar os paradigmas<br />
do transporte aéreo como um todo. Os três capítulos<br />
abordaram assuntos relativos à evolução das seguintes<br />
atividades: Comunicação Aeronáutica; Navegação Aérea e<br />
Vigilância Aérea.<br />
As três, porém, evolu<strong>em</strong> ao lado de outro importante<br />
campo de atuação que - correlacionando de modo inteligente<br />
o exercício das particularidades de cada uma - as reintegra<br />
estratégicamente: o ATM.<br />
ATM é o acrônimo da expressão inglesa Air Traffi c Manag<strong>em</strong>ent<br />
(Gerenciamento de Tráfego Aéreo). Apesar de o<br />
termo já ser utilizado há algum t<strong>em</strong>po, nos últimos anos foram<br />
incorporadas a ele características que deram orig<strong>em</strong> à<br />
acepção que se traduz na capacidade de gerir o tráfego<br />
aéreo com um aproveitamento signifi cativamente expressivo.<br />
Muito além do convencional ofício de controle de tráfego<br />
aéreo, o ATM representa um conceito organizacional b<strong>em</strong><br />
mais abrangente.<br />
Para que esta nova concepção de gerenciamento tornese<br />
realidade, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo<br />
v<strong>em</strong> <strong>em</strong>pregando uma série de medidas visando à harmonização<br />
de padrões e de procedimentos de comunicação, navegação<br />
e vigilância aérea, adequando-os às necessidades<br />
exigidas.<br />
Dentre outros objetivos, o ATM assegurará aos operadores<br />
de aeronaves a realização dos voos <strong>em</strong> seus perfi s mais<br />
ideais, dinamicamente ajustados para a melhor relação custo/<br />
benefício possível, a fi m de que sejam obtidos os resultados<br />
almejados e previstos pelos Sist<strong>em</strong>as CNS/ATM, conforme<br />
claramente expresso pela OACI <strong>em</strong> seu Plano Mundial.<br />
O Sist<strong>em</strong>a convencional<br />
Com o crescimento do volume do tráfego, as d<strong>em</strong>andas<br />
sobre os provedores de serviços de navegação aérea e do<br />
gerenciamento do tráfego aéreo naturalmente se intensifi -