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Conheça agora algumas das novas ferramentas<br />
de comunicação aeronáutica:<br />
CPDLC (Comunicações entre Piloto e Controlador via<br />
Enlaces de Dados):<br />
O CPDLC é a ferramenta utilizada para a comunicação de dados<br />
entre piloto e controlador.<br />
Por meio de sua interface, pilotos passam a fazer requisições e<br />
informes, por ex<strong>em</strong>plo, através de comandos de texto, correspondentes<br />
a fraseologia convencional, que fi cam já dispostos numa<br />
tela como palavras-chave. O mesmo ocorre com as orientações,<br />
liberações e informações <strong>em</strong>itidas pelo controlador na tela da interface<br />
do CPDLC à sua frente.<br />
Além dos comandos pré-convencionados o equipamento<br />
também viabiliza a inscrição de "texto livre", <strong>em</strong> caso de necessidade<br />
de uma interlocução não conforme aos comandos de texto<br />
pré-defi nidos.<br />
O CPDLC dispensa os canais saturados da comunicação por<br />
voz e diminui consideravelmente os probl<strong>em</strong>as advindos da má<br />
qualidade de áudio, de barreiras linguísticas e de probl<strong>em</strong>as de<br />
propagação de sinal.<br />
VHF Data Link (VDL):<br />
Os rádios VHF convencionais disponíveis hoje <strong>em</strong> dia não são<br />
compatíveis com as necessidades do VHF Data Link (o VDL), que<br />
requer um rádio VHF digital, e, por isso, d<strong>em</strong>anda aprimoramentos<br />
na infraestrutura de rede para ser utilizado.<br />
O VDL é essencial para a consolidação da comunicação por<br />
enlace de dados e, mesmo, da própria rede ATN. Ele especifi ca um<br />
protocolo de entrega de pacote de dados entre os equipamentos<br />
da aeronave e os sist<strong>em</strong>as de solo, de forma similar à realizada pelo<br />
sist<strong>em</strong>a de comunicação digital ACARS (sigla inglesa para Sist<strong>em</strong>a<br />
de Comunicações e Relatórios de Aeronaves). Há, no entanto, uma<br />
diferença: a capacidade de fornecimento de informação do VDL<br />
chega a ser dez vezes maior.<br />
Há diversos tipos de VDL <strong>em</strong> operação e testes no mundo. A<br />
princípio, o adotado pelo Brasil é o VDL Modo 2. Uma versão aprimorada<br />
do primeiro modo, que <strong>em</strong>prega um canal dedicado para<br />
a transmissão de dados com disponibilização limitada para serviços<br />
comerciais.<br />
HF Data Link (HFDL):<br />
O HF Data Link é um excelente substituto <strong>em</strong> caso de falha ou<br />
<strong>em</strong>ergência por parte do Serviço Móvel Aeronáutico por Satélite<br />
(AMSS) nas travessias oceânicas ou de áreas r<strong>em</strong>otas, onde o VHF<br />
Data Link não alcança. Tal como a transmissão de voz por meio<br />
de HF, o HFDL usa a sua frequência também para a transmissão<br />
de dados. A viabilidade da utilização de links de comunicação<br />
de dados por HF t<strong>em</strong> sido continuamente ratifi cada. Apesar da<br />
conhecida precariedade na qualidade de sinal, a propagação de<br />
anomalias de sinal raramente afetam toda a faixa de frequências<br />
do HF Data Link.<br />
Assim, com estações <strong>em</strong> terra efi cient<strong>em</strong>ente conectadas à<br />
banda disponível, o ajuste da melhor frequência para o intercâmbio<br />
de pacotes de dados propicia a sua transmissão de qualquer<br />
lugar e a qualquer hora.<br />
MODE–S Data Link<br />
De certo modo, pod<strong>em</strong>os dizer que o MODE-S Data Link, o<br />
modo estendido, é uma evolução da troca de informações que já<br />
ocorria entre uma aeronave e um radar secundário. Nele, no entanto,<br />
o pulso é aumentado, ou <strong>em</strong> outras palavras estendido, dando<br />
marg<strong>em</strong> à troca de muito mais informações na mesma frequência,<br />
s<strong>em</strong> a necessidade de arcar com os altos custos de um radar.<br />
Ao contrário, pequenas antenas, de custo b<strong>em</strong> inferior, pod<strong>em</strong><br />
ser instaladas no solo para atender a frequência do MODE-S e receber<br />
os dados <strong>em</strong>itidos - com informações diversas como posição<br />
de voo, localização, estimativas, etc. – provenientes dos respectivos<br />
transponders das aeronaves <strong>em</strong> contato. O MODE-S é particularmente<br />
indicado para áreas de alta densidade de tráfego aéreo.<br />
AMSS (Serviço Móvel Aeronáutico por Satélite)<br />
Apesar da efi cácia, o sist<strong>em</strong>a de vigilância por radar e os<br />
equipamentos de comunicação VDL são recursos de alcance restritos<br />
a um determinado espaço geográfi co. Não alcançam áreas<br />
r<strong>em</strong>otas como as oceânicas, por ex<strong>em</strong>plo, e depend<strong>em</strong> também<br />
de uma grande infraestrutura de apoio.<br />
A comunicação por HF, por outro lado, não é tão clara como<br />
a VHF, dada a sua precariedade e a baixa qualidade de seu sinal.<br />
Independent<strong>em</strong>ente do tipo de espaço aéreo envolvido, os<br />
satélites, a um só t<strong>em</strong>po, provê<strong>em</strong> uma cobertura extr<strong>em</strong>amente<br />
ampla e de alta qualidade. Assim, o AMSS fornece serviços<br />
de comunicação através de satélites geoestacionários para os<br />
usuários do transporte aéreo numa cobertura global, tanto para<br />
voz, como para canais de dados. Operando nas partes móveis<br />
do serviço de satélites, funciona como mais uma sub-rede ATN,<br />
e também dá suporte a mensagens ACARS – utilizadas no sist<strong>em</strong>a<br />
atual.<br />
AEROESPAÇO<br />
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