O Planeta Terra - Apontamentos - Universidade da Madeira
O Planeta Terra - Apontamentos - Universidade da Madeira
O Planeta Terra - Apontamentos - Universidade da Madeira
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
activi<strong>da</strong>de sísmica. Ver-se-á, quando se tratar <strong>da</strong> tectónica de placas, que representam<br />
papel importante na expansão dos fundos oceânicos.<br />
3) As planícies abissais são vastas extensões, mais ou menos planas, que ladeiam<br />
as cristas médio-oceânicas e se estendem até junto <strong>da</strong>s fossas oceânicas. A<br />
profundi<strong>da</strong>de média é de 4 000 m. São constituí<strong>da</strong>s por relevos vulcânicos, podendo<br />
alguns deles ter 900m acima do chão e designam-se por colinas abissais. As planícies,<br />
quanto mais próximas se situarem dos continentes mais regular terão o chão, devido à<br />
cobertura de sedimentos que vai entulhando o relevo original.<br />
4) Os montes oceânicos são edifícios vulcânicos isolados ou em cadeias que<br />
normalmente não atingem a superfície do mar. No caso de emergirem formam as ilhas<br />
oceânicas, de dimensões varia<strong>da</strong>s. Quando não afloram ou foram arrasados e ficam<br />
perto <strong>da</strong> superfície formam os bancos submarinos. Estes vulcões oceânicos podem<br />
constituir grandes relevos como é o caso do Mauna Loa, no Havai, que é o monte mais<br />
alto do planeta, com os 9 900 m acima do chão do Pacífico.<br />
2.4.2. Crosta continental<br />
A crosta continental ocupa aproxima<strong>da</strong>mente um terço <strong>da</strong> área <strong>da</strong> superfície <strong>da</strong><br />
<strong>Terra</strong> e é totalmente diferente <strong>da</strong> crosta oceânica, quer na composição quer na<br />
densi<strong>da</strong>de. As rochas que a constituem são metamórficas (gnaisses e xistos na<br />
maioria), eruptivas (granitos, na maior parte, basaltos e andesitos) e sedimentares<br />
(calcários, arenitos, argilas, etc.). A densi<strong>da</strong>de média <strong>da</strong> crosta é a dos granitóides<br />
(granitos, gnaisses, etc.), cerca de 2,8, enquanto que a do manto é de ± 3,3. Deve-se a<br />
esta diferença de densi<strong>da</strong>des o facto de os continentes serem insubmersíveis. As<br />
rochas <strong>da</strong> crosta não têm to<strong>da</strong>s, como é óbvio, densi<strong>da</strong>des semelhantes, estando as<br />
mais densas situa<strong>da</strong>s na base e as mais leves, que são os sedimentos, no cimo.<br />
To<strong>da</strong>via, se globalmente, assim é, na reali<strong>da</strong>de há grande mistura de rochas de<br />
densi<strong>da</strong>des várias.<br />
A espessura <strong>da</strong> crosta continental é variável, de 20 a 70km; porém, a espessura<br />
média ron<strong>da</strong> os 35km (35km para África, Antárcti<strong>da</strong> oriental, Escudo australiano; 36km<br />
para o Escudo canadiano, etc.) A maior espessura, 70km, encontra-se sob as grandes<br />
cadeias montanhosas, formando ver<strong>da</strong>deiras raízes.<br />
Isostasia<br />
É o ajustamento gravitacional <strong>da</strong> crosta flutuando no manto. É devido à<br />
impulsão litostática <strong>da</strong>s rochas mais densas, do manto, sobre as <strong>da</strong> crosta, mais leves,<br />
semelhante à que diferentes blocos de madeira ou de gelo sofrem quando flutuam na<br />
água. Um bloco de madeira, ou de gelo, mais alto do que os outros possui uma raiz<br />
mais fun<strong>da</strong> para equilibrar a massa saliente.<br />
Se houver modificação na espessura de parte <strong>da</strong> crosta, devido à erosão nas<br />
montanhas e deposição nas planuras marinhas, a isostasia vai provocar a subi<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
12