Canais - Ressalto - Escola de Minas - Ufop
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Condutos Livres<br />
<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Disciplina: CIV271 - HIDRÁULICA<br />
Curso: ENGENHARIA AMBIENTAL<br />
ESCOLA DE MINAS - UFOP<br />
Ouro Preto / 2010
<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico:<br />
Introdução:<br />
Conceituação – <strong>Ressalto</strong> hidráulico<br />
Descrição do fenômeno<br />
Tipos <strong>de</strong> ressalto hidráulico<br />
Força específica<br />
Determinação das alturas conjugadas do ressalto:<br />
<strong>Canais</strong> retangulares<br />
<strong>Canais</strong> não retangulares<br />
Solução gráfica – canais trapezoidais<br />
Outras características do ressalto hidráulico<br />
Perda <strong>de</strong> carga no ressalto<br />
Comprimento do ressalto<br />
Eficiência do ressalto<br />
Relação entre as curvas (y x E) e (y x F) para um ressalto<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Introdução:<br />
Conceituação – <strong>Ressalto</strong> hidráulico:<br />
Ocorre na transição <strong>de</strong> um escoamento supercrítico para<br />
um subcrítico;<br />
Ocorre elevação brusca do nível d’água, sobre curta<br />
distância;<br />
Há instabilida<strong>de</strong> na superfície com ondulações e “rolos”<br />
responsáveis por incorporação <strong>de</strong> ar no escoamento;<br />
Ocorre consi<strong>de</strong>rável perda <strong>de</strong> energia em função da gran<strong>de</strong><br />
turbulência;<br />
Assume posição fixa (onda estacionária) a jusante <strong>de</strong> uma<br />
comporta <strong>de</strong> fundo ou ao pé <strong>de</strong> um vertedor <strong>de</strong> barragem;<br />
Empregado como dissipador <strong>de</strong> energia, para evitar erosão<br />
<strong>de</strong> leitos naturais, a jusante <strong>de</strong> obras hidráulicas;<br />
Empregado como elemento <strong>de</strong> mistura rápida <strong>de</strong><br />
substâncias em calhas Parshall na entrada <strong>de</strong> ETA’s.<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Introdução:<br />
Descrição do fenômeno:<br />
<strong>Ressalto</strong> hidráulico em canais horizontais ou <strong>de</strong> pequena<br />
<strong>de</strong>clivida<strong>de</strong>:<br />
- y 1 e y 2 – alturas ou profundida<strong>de</strong>s conjugadas do ressalto<br />
hidráulico;<br />
- h j = y 2 – y 1 – altura do ressalto (importante indicador do<br />
potencial <strong>de</strong> dissipação <strong>de</strong> energia);<br />
- ∆E = E1 – E2 – perda <strong>de</strong> carga no ressalto.<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Tipos <strong>de</strong> ressalto hidráulico:<br />
O aspecto físico do ressalto varia com o n o . <strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> da seção <strong>de</strong><br />
montante Fr 1:<br />
- 1,0 < Fr 1 < 1,7: <strong>Ressalto</strong> ondulado; transição gradual torrencial<br />
para fluvial; pouco eficiente;<br />
- 1,7 < Fr 1 < 2,5: <strong>Ressalto</strong> fraco; aspecto ondular; zonas <strong>de</strong><br />
separação na superfície; pouco eficiente;<br />
- 2,5 < Fr 1 < 4,5: <strong>Ressalto</strong> oscilante; aspecto típico; tendência <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>slocar-se para jusante;<br />
- 4,5 < Fr 1 < 9,0: <strong>Ressalto</strong> estacionário; domínio <strong>de</strong> aplicação em<br />
obras hidráulicas; dissipação entre 45% e 70% <strong>de</strong> E 1;<br />
- Fr 1 > 9,0: <strong>Ressalto</strong> forte; efeitos colaterais – processos erosivos<br />
ou mesmo cavitação.<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Força específica:<br />
Devido à brusca mudança da força hidrostática entre as seções<br />
extremas do ressalto, aplica-se o Teor. da Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Movimento ao volume <strong>de</strong> controle (Fig. 11.1), que se escreve<br />
como:<br />
2⎛<br />
1 1 ⎞<br />
F1<br />
− F2<br />
= ρQ(<br />
V2<br />
− V1)<br />
= ρ Q ⎜ − ⎟<br />
⎝ A2<br />
A1<br />
⎠<br />
Sendo as forças hidrostáticas do tipo<br />
F = γzA<br />
Vem, após divisão por γ:<br />
2<br />
2<br />
Q Q<br />
+ y1A1<br />
= + y2<br />
A2<br />
gA gA<br />
1<br />
2<br />
Definido-se como força específica ou impulsão total a função<br />
2<br />
Q<br />
F(<br />
y)<br />
= + yA<br />
gA<br />
observa-se que, no ressalto hidráulico:<br />
y F y<br />
( ) ( )<br />
F 1 2 =<br />
A função (y x F) encontra-se representada na Fig. 11.3.<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Determinação das alturas conjugadas do ressalto:<br />
<strong>Canais</strong> retangulares:<br />
Para canais retangulares, a equação da força específica<br />
escreve-se:<br />
2 2 2 2<br />
q y1<br />
q y2<br />
+ = +<br />
g y 2 g y 2<br />
1<br />
Após <strong>de</strong>senvolvimento e simplificação, obtém-se, para y 1 ≠ y 2:<br />
y<br />
2<br />
y<br />
2<br />
1<br />
+ y<br />
2<br />
2<br />
Lembrando que Fr 2 = q 2 /gy 3 , as raízes da equação anterior, com<br />
significado físico, são, conhecendo-se y 1:<br />
y<br />
2<br />
y1<br />
=<br />
2<br />
Ou, conhecendo-se y 2:<br />
y2<br />
y1<br />
=<br />
2<br />
<strong>Canais</strong> não retangulares:<br />
y<br />
1<br />
2<br />
2q<br />
−<br />
g<br />
2<br />
= 0<br />
2 ( 1+<br />
8Fr1<br />
−1)<br />
2 ( 1+<br />
8Fr<br />
2 −1)<br />
Para canais não retangulares, <strong>de</strong>senvolvem-se expressões<br />
adimensionais que relacionam as alturas conjugadas com o número<br />
<strong>de</strong> Frou<strong>de</strong> da seção <strong>de</strong> montante do ressalto.<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Determinação das alturas conjugadas do ressalto:<br />
<strong>Canais</strong> trapezoidais simétricos:<br />
Neste caso, obtém-se uma relação entre os adimensionais:<br />
y2<br />
Y = = Φ(<br />
Fr1,<br />
M)<br />
y1<br />
em que:<br />
z y1<br />
M =<br />
b<br />
Esta relação apresenta-se em forma <strong>de</strong> gráfico na Figura 11.4:<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Outras características do ressalto hidráulico:<br />
Perda <strong>de</strong> carga no ressalto:<br />
Para o ressalto ocorrendo sobre fundo plano:<br />
2<br />
2<br />
⎛ ⎞ ⎛ ⎞<br />
⎜<br />
V1<br />
⎟ ⎜<br />
V2<br />
hp<br />
= ∆E = E1<br />
− E2<br />
= y + − y + ⎟<br />
1<br />
2<br />
⎝ 2g ⎠ ⎝ 2g ⎠<br />
Para canais retangulares, obtém-se após <strong>de</strong>senvolvimento:<br />
3 ( y2<br />
− y1)<br />
∆E =<br />
4 y y<br />
Comprimento do ressalto:<br />
1<br />
2<br />
Não po<strong>de</strong> ser estabelecida analiticamente uma expressão para L j.<br />
Para seções retangulares, L j ≅ 6y 2. A Fig. 11.6 apresenta a<br />
relação L j/y 2 = φ(Fr 1):<br />
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<strong>Canais</strong> – <strong>Ressalto</strong> Hidráulico<br />
Outras características do ressalto hidráulico:<br />
Eficiência do ressalto:<br />
É a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> dissipação <strong>de</strong> energia mecânica do<br />
escoamento e é dada por:<br />
∆E<br />
η =<br />
E1<br />
Relação entre as curvas (y x E) e (y x F) => Fig. 11.6:<br />
Não se <strong>de</strong>ve confundir as alturas alternadas (escoamentos<br />
recíprocos) com as alturas conjugadas do ressalto. Devido à<br />
perda <strong>de</strong> carga no ressalto ∆E, y 2 < a altura alternada <strong>de</strong> y 1<br />
(y’ 2).<br />
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