26.04.2013 Views

Apostila

Apostila

Apostila

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

•1~<br />

/<br />

r<br />

‘ti<br />

( ~-<br />

~jJ<br />

CEFET-MG CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA<br />

DE MINAS GERAIS<br />

<strong>Apostila</strong><br />

ANÁLISE DE CIRCUITOS.EM<br />

CORRENTE AL TERNADA<br />

2° módulo<br />

Curso: Eletrôn ica<br />

o rganização: Prof. José Antônio<br />

Belo Horizónte -<br />

2006<br />

Rosa


DEFINIÇÕES GERAIS<br />

Tensão e Corrente Variáveis: são aquelas cujos valores variam com o tempo.<br />

Tensão e Corrente Periódicas: são as variáveis cujos valores repetem<br />

periodicamente ao longo do tempo.<br />

Tensão e Corrente Alternadas: são as periódicas com polaridade variáveis.<br />

Um sinal alternado ( tensão ou corrente) recebe a denominação genérica de CA<br />

(corrente alternada) ou AC ( alternate current).<br />

Ondas são as tensões ou correntes alternadas periódicas.<br />

*<br />

Forma de Onda é o gráfico que representa a onda.<br />

Geradores de CA ou Alternadores são sistemas elétricos que produzem um sinal CA<br />

por meios eletromecânicos.<br />

Geradores de Áudiofreqüência (AF), Geradores de Rádiofreqüência (RF) e os<br />

Conversores CC-CA são équi~ámehto~ eletrônicos que produzem um sinal CA a partir<br />

de um sinal CC (corrente contínua).<br />

Símbolos:<br />

2<br />

TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS<br />

Gerador de Tensão QA Gerador de Corrente CA<br />

+<br />

Anãlise de circuitos em corrente Alternada<br />

Obs.: Embora a tensão alterne a sua<br />

polaridade e a corrente alterne seu<br />

sentido periodicarnente são<br />

representadas por setas unidirecionais,<br />

considerando que todo circuito possui<br />

um ponto de referência para as<br />

Prof.: José Antônio Rosa


_________________________________ ~ í~ (c. ~€ ~ç<br />

CEFET-MG CENTRO FEDERAL bE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA<br />

DE MINAS GERAIS<br />

<strong>Apostila</strong><br />

~ ANÁLISE DE CIRCUITOS EM<br />

CORRENTE AL TERNADA<br />

r<br />

~<br />

~<br />

ç:J<br />

2° módulo<br />

Curso: Eletronica<br />

Organização: Prof. José Antônio Rosa<br />

Belo Horizónte -<br />

2006


DEFINIÇÕES GERAIS<br />

2<br />

TENSÃO E CORRENTE ALTERNADAS<br />

Tensão e Corrente Variáveis: são aquelas cujas vaiares variam com o tempo.<br />

Tensão e Corrente Periódicas: são as variáveis cujos valores repetem<br />

periodicamente ao longo do tempo.<br />

Tensão e Corrente Alternadas: são as periódicas com polaridade variáveis.<br />

Um sinal alternado ( tensão ou corrente) recebe a denominação genérica de CA<br />

(corrente alternada) ou AC ( alternate current).<br />

Ondas são as tensões ou correntes alternadas periódicas.<br />

Forma de Onda é o gráfico que representa a onda.<br />

Geradores de CA ou Alternadores são sistemas elétricos que produzem um sinal CA<br />

por meios eletromecânicos.<br />

Geradores de Áudiofreqüência (AF), Geradores de Rádiofreqüência (RF) e os<br />

Conversores CC-CA são equi~ámerilo~ eletrônicos que produzem um sinal CA a partir<br />

de um sinal CC (corrente contínua).<br />

Símbolos:<br />

Gerador de Tensão QA Gerador de Corrente CA<br />

+<br />

Dbs.: Embora a tensão alterne a sua<br />

polaridade e a corrente alterne seu<br />

sentido periodicamente são<br />

representadas por setas unidirecionais.<br />

considerando que todo circuito possui<br />

um ponto de referência para as<br />

tens6ns<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Exemplos de formas de onda de tensões periódicas.<br />

v(t)<br />

As formas de onda das tensões senoidal e quadrada são negativas, ou estão abaixo do<br />

3<br />

~:~!<br />

-T 04 2Tt<br />

,4~ A ,A~<br />

,I~ , ‘<br />

,<br />

,<br />

, .<br />

1<br />

1’<br />

‘,<br />

~<br />

~<br />

,<br />

1<br />

1<br />

-T -T12 O<br />

1<br />

T/2 T 3T12 2T t<br />

v(t)<br />

1 ~ 1<br />

-T12 9 T/2 TI ST/2 t<br />

—— %~<br />

‘<br />

v(t)<br />

( 3T/4 T<br />

-T -TI2~ o<br />

eixo dos tempos para metade de cada período. Durante este tempo, as tensões<br />

correspondentes têm polaridades opostas às polaridades de referência. Acima do eixo<br />

dos tempos, elas possuem as mesmas polaridades que as referências (positivas).<br />

As formas de onda de corrente seguem às de tensão.<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada<br />

1<br />

r<br />

Dente de Serra<br />

Triangular<br />

Q uad rad a<br />

Senoidal<br />

Prof.: José Antônio Rosa


Ondas Senoidais<br />

4<br />

ONDAS COSSENOIDAIS E SENOIDAIS<br />

Sistema básico de um alternador ou gerador de CA para gerar uma tensão<br />

senoidal<br />

Eixo de<br />

N<br />

5<br />

Principio de Funcionamentq.<br />

E<br />

condutor A da bobina<br />

anéis coletores<br />

condutor 8 da bobina.<br />

O enrolamento e consequentemente os condutores giram (desenho à seguir),<br />

acionados por energia mecânica, com velocidade angularrn em [rad Is]. O ângulo e<br />

varia com. o tempo t, em [si, conforme a expressão e = cot. Portanto afluxo magnético<br />

(p), também varia com o tempo.<br />

O valor da tensão alternada induzida segundo a lei de Faraday é proporcional a<br />

variação do fluxo magnético v=_N~!l. Logo a tensão induzida varia de zero quando o<br />

condutor ‘A” está na horizontal, para um valor máximo, quando o condutor está na<br />

vertical.<br />

No tempo t= O s o condutor está na horizontal (referência) e a tensão induzida v é<br />

zero. Ela começa aumentar até atingir o ri-iáximo no tempo t t2. De t2 até t4 v<br />

decresce até zero, pois o condutor “A” girou 180°. A partir de t4 v inverte sua<br />

polaridade em relação a referência e decresce até atingir seu valor máximo negativo<br />

em t6 com 8 270°. A partir de t6 v cresce e retorna a zero em t8 com e = 360°,<br />

completando-se assim um ciclo. A partir daí inicia-se um novo ciclo.<br />

v(t)<br />

84 =1800 B graus<br />

radianos.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Parâmetros:<br />

Ciclo —> é a menor parte que não se repete em uma forma de onda periádica.<br />

Período (T) da onda —* é o tempo de duração de um ciclo da onda.<br />

5<br />

Freqüência (f) —> é o número de ciclos por segundo, ou seja, o número de vezes por<br />

segundo que~~<br />

A unidade de freqüência é ciclos por segundo, chamado de hertz. [Hz].<br />

Relação entre período e freqüência.<br />

f=1/T<br />

Os valores da tensão induzida varia segundo a expressãc{ v(t) = Vm senø = Vm sen~wt)<br />

Vm ou Vp = valor máximo ou valor de pico ou amplitude:<br />

seri —> indica um onda senoidal.<br />

cot é o argumento.<br />

-2—<br />

co é a freqüência radiana, velocidade angular ou freqüência angular. Unidade no SI: -~<br />

[rad Is].<br />

~- t<br />

As freqüências f e co estão relacionadas por co = 2icf. ) ~ ~iT~.\ -<br />

Cor~versão de radianos em graus e graus em radianos~~<br />

1 [radj radiano é o ângulo subentendido por um arco na circunferência de um círculo, se<br />

o arco tem um comprimento igual ao raio.<br />

irad -r<br />

360° - 27tr ~ 1 rad = 360°I2it = 180°Iit = 5730<br />

Logo ic[rad]180°<br />

Exemplos: 1) vi = 20 sen (377t) IV].<br />

Argumento = 377t<br />

Valor de pico ou amplitude é Vm= Vp 20V, porque o valor máxima de sen 377t é um.<br />

Freqüência radiana ou freqüência angular ou velocidade angular co = 377 rad/s o que<br />

corresponde a f = co/2n =~f377/2n 60 Hz.<br />

Período T= 1/60 = 16,7ms.<br />

2) v2 = 20 sen (377t + 30°) [V].<br />

argumento = 377t ÷ 30° Obs.: Para somar os dois termos devem ser convertidos na<br />

mesma unidade graus ou radianos. -<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Fase de um Sinal Alternado<br />

6<br />

Um sinal alternado não precisa ser, necessariamente, zero no instante t = O. Isso<br />

significa que ele pode iniciar o seu ciclo adiantado ou atrasado de um intervalo ál,<br />

chamado de fase iniciaLou simplesmente fase e. Logo as expressões para esses sinais<br />

[v(t) Vm sen co:;t +0v) ou<br />

Exemplos:<br />

Sinal adiantado ( O positivo<br />

v(t)<br />

Vm<br />

Dv<br />

-vm<br />

Á<br />

Li~o = lp s~ (wt - ei)<br />

Relação entre fases, Diferença entre fases ou Defasagem<br />

Duas ondas senoidais ou cossenoidais de mesma freqüência têm relação entre fases<br />

determinadas pela diferença angular entre os seus argumentos, para isso as amplitudesdeven,<br />

possuir o mesmo sinal e serem ambas senoidais ou ambas cossenoidais.<br />

Exemplos de formas de ondas defasadas<br />

a) vl(t) = 20 sen (377t) lvi.<br />

b) v2(t) = 20 sen (377t ~ 300) ~~/J<br />

c) v3(t)= 20 cos (377) [V].= 20 sen (377ti-90°) [V].<br />

20<br />

Análise<br />

-20<br />

20<br />

-20<br />

20<br />

o<br />

~tí 99Õ<br />

900 180* 2700<br />

i(t)<br />

Ip<br />

-Ip<br />

16,7<br />

Sinal atrasado ( O negativo<br />

16,7<br />

2t<br />

360°<br />

o 12,5 16,7<br />

ei<br />

[ms]<br />

cot [radj<br />

[graus]<br />

t[msj<br />

t [ms]<br />

Prof.: José Antônio Rosa


7<br />

Exemplos: 1) v2 = 20 sen (377t+30°)V e vi = 20 sen(377t)V.(ver formas de onda figuras<br />

aebanterior. •1<br />

~~ ~o ~ ~b<br />

Ambas possuem a mesma f~qüência angular co= 377 rad Is e, portanto a mesma<br />

freqüência<br />

-~ f = 377 / 2t. Logo a relação entre fases entre v2 e vi é dada por (377t+30°- 377t) =<br />

~ 30°, ou estão<br />

300 defasadas, Os 300 é o ângulo de defasagem.<br />

Diz-se que v2 está avançada ou avança vi de 300, ou vi está atrasada ou atrasa v2 de<br />

3Q0<br />

2) v3 = 20 cos (377t)V e vi = 20 sen (377t)V (ver formas de onda figuras a e c<br />

acima)<br />

v3 = 20 cos (377t)V = 20 sen (377t + 90°)V logo o ângulo de defasagem = 90°.<br />

Conclusão: v3 avança vi de 900 ou vi atrasa v3 de 90°.<br />

Observações1 Quando a diferença de fase for 0° as ondas estão em fase.<br />

Quando vi e v2 estão defasadas de 180°, o ângulo de defasagem ~ de 180°, como<br />

mostrado abaixo.<br />

Pela relação trigonométrica sen(x ± 180°) = - sen x.<br />

Ondas Cossenoidais<br />

• São indicadas por cos.<br />

• Possuem formas de onda do mesmo formato que as formas de onda senoidais mas<br />

estão avançadas 90° ou n12 radianos. Ver gráfico figura “c “ anterior. Observa-se,<br />

comparando as formas de onda das figuras “c” e “a” anteriores, que os valores da<br />

onda cossenoidal v3 ocorrem um quarto de período mais cedo do que aqueles<br />

correàpondentes da onda senoidal vi.<br />

• Alguns autores denominam de ~L~óides às ondas senoidais, cossenoidais e<br />

senoidais e cossenoidais defasadas.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

Prof.: José Antônio Rosa


Exemplos: 1) Calcular os períodos das tensões periódicas de freqüências:<br />

a) f=12kHz~T<br />

4,2 x 106<br />

238ns<br />

—<br />

— 12x<br />

=83,3us<br />

2) Calcular as freqüências da corrente periódica que tem T= 5045.<br />

1 =20kHz<br />

50 x 10—6<br />

3) Calcular o período e a freqüência de uma tensão periádica que tem 12 ciclos em<br />

46 ms.<br />

~= 12 =261Hz<br />

46 < 1 o~<br />

8<br />

T=~_=3,83ms<br />

.4) Achar a expressão para a forma de onda periódica mostrada a seguir<br />

v(t)<br />

12<br />

-12<br />

co =27;. f =<br />

s~i<br />

-1<br />

/ 60x10<br />

55 t(ms)<br />

A forma de anda passa por zero e cresce<br />

positivamente. Logo é uma senoidal defasada<br />

v = Vm sen(cot+O) V. -<br />

(1/4)T= l5ms ~ T = 4 x l5ms = 60 ms.<br />

O valor máximo ou de pico ou amplitude<br />

Vm=12V<br />

lOSrad/s<br />

b) f = 4,2 MHz<br />

notempot= -5 ms tem-se V(-Sms)= 12 sen(105 .~—5x103+ 9)= 0,<br />

logo (-O,525÷9)=Oentão ~ ~ ~jjz ~.<br />

9=0,525 rad.=~.r=(18o° 0,S25)/wr,~r=3oo__~6 ~4:. ~<br />

Portanto v(t) 12 s&i ( 105t + 300) V 12 sem (105 t + n16) V.<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada<br />

\-~ ~ ~ e zC,s~;ïí~J<br />

Cp ( .~<br />

- :~ ~ ~j C<br />

- . . )<br />

‘Cc’.JL<br />

1’ -<br />

~] 4~<br />

Prof.; José Antônio Rosa


Valor Médio - É<br />

9<br />

VALORES MÉDIOS E EFICAZES<br />

o quociente entre a área de uma onda periádica e o tempo durante<br />

um período. A área é aquela compreendida entre a forma de onda e o eixo dos tempos.<br />

As áreas~ deradas positivas e abaixo negativas. A<br />

área total é a soma algébrica das duas. Logo, o valor médio de uma onda senoidal e<br />

cossenoidal é zero em um período. Mas para alguns fins, no cálculo do valor médio<br />

dessas ondas usa-se 2/ir ou 0,637 do valor dcp, que corresponde a média de um<br />

21910 PP-~JtiYQ-<br />

A média de uma função periódica y(t) de período T é dada pela expressão:<br />

3’med +5~Y(t.~1t<br />

Exemplo: 1) Calcqlar o valor médio de uma t~nsão senoidalLQ~fflQ?4?4Q2!i~SO42,<br />

que tem um pico de 12V. Essa onda consiste apenas em meios ciclôs positivos da<br />

tensão senoidal. Ela é zero durante os semiciclos negativos.<br />

12V<br />

2) Calcular os valores médios das formas de onda a seguir:<br />

a)<br />

vi [VI<br />

b)<br />

5<br />

o<br />

v2[V1<br />

8<br />

Vmed=4,<br />

1<br />

o<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

T 2T<br />

t<br />

Pela definição: Para um sinusóide completo<br />

teremos: Vn,ed = (2/ir) . 12 = 7,64V.<br />

Para metade do sinusóide teremos -<br />

Vmed 7,64V/2 = 3,82V.<br />

A forma de onda da tensão<br />

senoidal está sobre uma tensão<br />

constante de 3V.<br />

O valor médio é o valor da área<br />

hachúrada [área sob o sinusóide<br />

mais área sob o retângulo (3V x<br />

T)] dividido pelo período T. Visto<br />

que a área sob o sinusóide é<br />

zero, o valor médio é constante<br />

3 V sob o retângulo.<br />

O valor médio é a área sob a forma de onda<br />

(hachurada) dividida pelo período. Logo:<br />

De t=Os até T/2 a área será (T/2) x 8 = 4T<br />

De t=T/2 até T a área será T/2 xi = O,5T.<br />

Portanto a área total será: 4,ST.<br />

Logo o valor médio (4,5T) 1 T 4,5 V<br />

Prof.: José Antônio Rosa


Valor Eficaz, Efetivo ou RMS de Corrente ou Tensão Periódicas<br />

Símbolos: Vef, Vrms ou V e lef, lrms ou 1.<br />

I0<br />

O valor eficaz ou RMS’ (Root Mean Square ou Raiz Média Quadrática) corresponde ao<br />

valor de uma tensão ou corrente alternadas, que se fosse aplicado a uma resistência<br />

elétrica, dissiparia uma potência média, em watt, igual ao valor numérico de uma<br />

tensão ou corrente contínuas aplicado à mesma resistência.<br />

Considere uma,função temporal periódica y(t) Seu valoreficaz é: Yrms=41__1y2(t).cit j1T<br />

vTo<br />

Para sinais alternados senoidais ou cossenoidais, a expressão do valor eficaz pode ser<br />

convertida para o domínio angular, considerando o período T equivalente a 2t rad, ou<br />

seja:<br />

Yrms= I—f<br />

i<br />

y2(e)•de. Considerando a tensão v(9)= Vm.cos(e), a fórmula de seu<br />

~2it ~<br />

valor eficaz pode ser deduzida:<br />

v=. /-J_21tv 2 ~cos2(Q).d0= /Vm2 (2it sen4icOsen0’~ JV2~<br />

~2u0 m ~2~tÇ2 4 2 4) V2n<br />

Os valores eficazes<br />

cossenoidais são os<br />

amperímetros de CA.<br />

alternados de tensão e correntes senoidais e<br />

indicados, respectivamente, pelos voltímetros e<br />

Exemplo: 1) Calcular a tensão de pico numa tomada elétrica cujo valor medido é 120V.<br />

120V ~ o valor eficaz da tensão senoidal na tomada.<br />

v±.V/r~V =V-~=12O.~~v~17ov<br />

Exercícios propostos:<br />

3)Calcular o período e<br />

261 Hz<br />

4) Encontre o período,<br />

abaixo:<br />

12<br />

12<br />

de sinais<br />

valores<br />

__i~1) Calcular os períodos das tensões periódicas que têm freqüências de: a- 0,2Hz<br />

4,2MHz<br />

Resp: a) 5s;. b) 83,3gà; c) 238 ns<br />

2) Calcular as freqüências das correntes periódicas que possuem períodos de:<br />

42ms c-lh<br />

a) 20kHz; b)23,8 Hz; c) 0,278mHz<br />

v(V<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

t(ms)<br />

Prof.: José Antônio Rosa<br />

b-I2KHz c<br />

a- 5Ops b<br />

a freqüência de uma tensão periádica com 12 ciclos em 46ms. Resp.:<br />

a freqüência e o número de ciclos mostrados para a onda mostrada<br />

j


5) Dado o gráfico de uma tensão em função do tempo a seguir, pede-se:<br />

a) período em ms;<br />

b) freqüência em Hz;<br />

c) o valor de pico ou máximo em vo.lts;<br />

d) o valor eficaz Vef ou Vrms em volts;<br />

e) a potência média dissipada sobre um resistor de 11(0 em mW;<br />

f) o valor da tensão no tempo t = 3Oms. Resp.: 2092V<br />

v(V)<br />

11<br />

6) Converter os seguintes ângulos em graus para ângulos em radianos: a- 490 b- 1300 c- 4350<br />

a) 0,855 rad; b) -2,27 rad c) 7,59 rad<br />

7) Converter os seguintes ângulos em radianos para ângulos em graus: a- 3-~—rad b- — 0,562rad<br />

c- 4rad<br />

Resp.: a) 10° b) -32,2° c) 229<br />

8) Encontre o período e a freqüência das correntes senoidais que possuem as sebuintes<br />

2 freqüências radianas: a- 9mad/s b- 0,O42rad/s c- l3Mrad/s Resp.: a) 0,222s; b)<br />

iSca c)0,483~s<br />

9) Encontre a amplitude e a freqüência de: a- 42,lsen(377t + 30°) b- —6,39 cos(i o5 t — 20°)<br />

Resp.: a) 60Hz b) 159 kHz<br />

10) Calcular a freqüência de uma onda senoidal de tensão que tem um• pico de 45V e que aumenta<br />

continuamente de 0V em t = O seg. Para 24V em t = 46,2niseg. Resp.: 1,94 Hz<br />

11) Uma onda cossenoidal de tensão fem um pico de 20V em t = O seg. e se esta tensão demora um<br />

mínimo de 0,123 seg. para diminuir de 20V para 17V, calcular a tensão em t = 4,12 seg. Resp.:<br />

193V<br />

12) Se 43,7V é a tensão de pico induzida no condutor de um alternador, calcular a tensão induzida<br />

depois que o condutor girou através de um ângulo de 430 em relação a sua posição horizontal.<br />

Resp.:29,8V<br />

13) Se o condutor de um alternador está girando em 400Hz e se a tensão induzida tem um pico de<br />

23V, calcule a tensão induzida 0,23 mseg depois que o condutor passar por sua posição vertical.<br />

Resp.: 19,2V<br />

14) Calcule: a- v 200x sen[33931 +~]. V e b- 1 = 67 x cos(3016t — 42°). mÁ em É =1,lms<br />

Resp.: a) -172V; b) -56,9 mA.<br />

15) Esboce um ciclo de v 30 x sen(754t + 60°). V para o período iniciando em Oseg. Indique as<br />

três unidades da abscissa — tempo, radianos e graus.<br />

16) Calcular as relações de fases para os seguintes pares de senóide:<br />

17) a- V= 6xsen(30t—40j’Vi i =sen[301_}mÁ Resp.:v avança i em 20°<br />

b- vl=._8xsen(40t_80°>V v2=_lOxsen(40t_50°).V Resp.: vi atrasav2 em 30°<br />

c- i1=4xcos(70.t—40°)~fl1A , i2=_óxcos(70t+80°).mA. Resp.: ii avançai2em 60°.<br />

d- v = 150 cos(377t +45°)V, e 1 4,55 sen(377t ÷ 45°)A Resp. : v avança i em 90°.<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


12<br />

ANÁLISE MATEMÁTJCA.DE SINAIS ALTERNADOS<br />

Revisão de Álgebra Complexa e Fasores<br />

Os números complexos<br />

imaginários.<br />

são formados pelos números reais e os números<br />

Números Imaginários são como os reais comuns. Os números imaginários foram<br />

inventados quando se tornou necessário ter números que fossem raízes quadradas<br />

de números negativos.<br />

Utiliza-se a representação<br />

ji=~/ET Togo j2=~CT.<br />

Regras para operações matemáticas com<br />

• Soma e subtração. j3 + j9 = j1 2;<br />

• Multiplicação e divisão.<br />

Imaginário x Imaginário = Real : j2 . j6 = -12;<br />

Real x Imaginário = Imaginário: 3 . j5 = JI 5;<br />

Imaginário! Imaginário = Real: j8 /j4=2;<br />

Real / Imaginário e Imaginário [Real = Imaginário:<br />

Potenciação<br />

j2 = -1~ pois j2 = = —1;<br />

Números Complexos na Forma Retangular<br />

Exemplos: 3 + j4;<br />

do número imaginário a letra i senda<br />

números imaginários.<br />

j4 . (-j3) = 12; -j5 . (-j4) =j5 . j4 = -20<br />

-j5,5 .(4)=-j22,0<br />

j3 = j2~ ~1 -i i4 =yil)=y-i)=1<br />

t ~‘<br />

Real Imaginária<br />

Essa é a melhor forma para somar e subtrair números complexos.<br />

Representação no Plano Complexo.<br />

2° Quadrante<br />

3° Quadrante<br />

-4 +<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

6 - j8<br />

j12,5-j3,5=jg,o j6,25-j8,4=-j2,15<br />

4~j2<br />

~20) 1 (-uDO) = -0,2<br />

016)14=14; 20/(j5)=-4<br />

1° Quadrante<br />

-2 - j3 4° Quadrante<br />

Números complexos<br />

conjugados.<br />

4 ~- j2 conjugado de 4-j2<br />

ou vice-versa<br />

Prof.: José António Rosa


Operações Matemáticas<br />

• somaesubtração:(3+j4)+(2+j6)5+i1O;(3+i7)-(4-i2)-l +j9<br />

• Multiplicação:(2+j4)x(3+j4)6+i8+i12-16-1O+J20<br />

(3+j4)(3-j4) = 9 + 16 = 32 + 42 = 25<br />

• Divisão:<br />

1O+j24 (10+j24)x(è—j4)<br />

6+j4 (6 +j4)(6 —j4)<br />

13<br />

156 +j104 156 +j104<br />

— 62+42 — 52<br />

Números Complexos na Forma Polar e Exponencial<br />

A e~9 = A ze —. forma polar<br />

t forma exponencial<br />

Exemplos: 4 e~5° = 4/45°; — 8e~60° = —8/60°<br />

3 +j2<br />

A = Módulo do N°. Complexo<br />

II<br />

O = Ângulo<br />

e = 2,718 n° de Euler (base do logarítmo natural ou<br />

neperiano)<br />

As formas polar e exponencial são as melhores formas para multiplicar e dividir.<br />

Representação no Plano Complexo<br />

Ae~° =AZ9<br />

7 e~30~ = 7/30°<br />

Relações Trigonométricas<br />

Eixo Imaginário<br />

coso=(x/A) =~x=A . cose =7. cos3O°=~x=6,06<br />

senø=(yIA)=’ y=A.senO=7.sen30°~’y3,5<br />

A2 =x2 ~y2 ~A=4x2 ÷~2<br />

sen O<br />

tgO= cos O<br />

x +jy= 6,06 +j3,5<br />

Eixo real<br />

tg9=~:. tg9=X~ o = tg’ sendo “ y” imaginário e “x” real.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

x<br />

7<br />

y<br />

Prof.: José Antônio Rosa


Conversão da forma polar ou exponencial na forma retangular<br />

Identidade de Euler:<br />

14<br />

Ae~° =A/9—A.cosø+jA.senø<br />

Ex’ A e~0 =A /0 =A.cosü +jA.senø (forma geral)<br />

7 e~30° = 7/30° = 7. cos 3Q° + j7 sen3O° = 6,06 + j3,5<br />

Conversão da forma retangular em polar ou exponencial<br />

Exemplo: Dada a forma retangular 6,06 ÷ 1 3,5 converter nas formas polar e<br />

exponencial.<br />

Módulo: A=Jx2 ~2 :.A=,J6,062 ~352 .‘.A~~J4~:.A=7<br />

Ângulo: tge=X~e=tg_1(X)~e=tg~~j]:.e=ioo<br />

Logo 6,06 +j 3,5 = 7/30°=7e~30°<br />

x +j y = AL0=A&° formageral<br />

Operações Matemáticas<br />

• Multiplicação:<br />

Sejaniosn°.complexos: Ae~0 e<br />

A e B e ~= AB ~j(9+P) ~. AZO • BL~ = A.azo + f3<br />

Exemplo: (3/25°) x (4L~6O0 = 3.4 L25°+(-60°) = 12L-35°<br />

• Divisão:<br />

Ae3e÷BaeJ1~=~e ~(~ç~) A/O ~~/9~J3<br />

B B/~B<br />

Exemplo: (81/45°) (3/16°) (81+3) L45°-16°) 27 /29°<br />

Os números complexos conjugados - partes reais iguais e imaginárias iguais em<br />

módulo e sinais contrários ( ângulos iguais em módulo e sinais contrários).<br />

4L<br />

jS ._~ 6+j5=7,81 /39,80<br />

X~ ~39,80<br />

-j5 .., N~ 6-j5 7,81/-39.8°<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


o<br />

Representações Temporal, Fasorial e Complexa de um Sinal CA<br />

15<br />

Um sinal alternado senoidal pode ser convertido diretamente nas representações<br />

fasorial e complexa equivalentes.<br />

Mas, se a sua expressão for cossenoidal, ela deve ser convertida em senoidal por<br />

meio da identidãdõ tii~onométrica cos x =sen(x+9Q°) antes das conversões.<br />

Exemplos:<br />

Temporal: Forma de Onda: Expressão : v(t) = 20. ‘~J5 sen(377t+30°) V<br />

v(t)[V]<br />

20j~<br />

14,14<br />

-20<br />

Fasor - E’ um número complexo associado a uma onda senoidal defasada.<br />

Usaremos V e 1 em negrita ou “e para os simbolos fasoriais de tensão e corrente.<br />

O fasor correspondente a onda v(t)~ 20. 45 sen(377t+30°) V será V = 20 /30° V.<br />

o módulo do fasor é o valor(eficaz(rms) do sinal alternado senoidal e seu ângulo<br />

é a fase da onda senoidal defasada.<br />

Exemplo: A expressão senoidal para a corrente de freqüência f =<br />

representada pelo fasor 1 = 0,439 /-27° A será i(t) = 0,621 sen(754t - 27°)<br />

=lmi -.J~ =0,439 ~ lm=0,439. -.J~ =0,621 A<br />

e ~=2.~.f=2.~.120~ ~-754rad/s<br />

Notações:<br />

• 1 = 1 = 1 representam o módulo do fasor<br />

• Alguns autores utilizam o valor de pico para o módulo dos fasores tensão e<br />

corrente, que correspondem às ondas cossenoidais.<br />

• VeV* representam o conjugado de um n°. complexo.<br />

• É errado expressar 3/30° 34’~sen(ot+30°), mas 3/30D= 3J~sen(øt+30°).<br />

Fasores podem ser expressos na forma polar, retangular (algébrica) ou em<br />

qualquer uma das formas de números complexos.<br />

Nem todos os números complexos são fasores.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

[rns]<br />

120 Hz<br />

A, pois, 1<br />

Prof.: José António Rosa


o<br />

O<br />

O<br />

O<br />

o<br />

o oooo<br />

16<br />

Fasorial: Diagrama Fasorial ou Diagrama do Fasor<br />

Tensão Eficaz:<br />

Fase:<br />

co = 377 radls<br />

20V<br />

30° adiantada<br />

20V<br />

ref<br />

Complexa: V = 20/30° co = 377 rad/s<br />

Im<br />

20V<br />

‘~Re<br />

Adição e Subtração entre Sinais CÁ.<br />

rad/s<br />

Consideremos duas tensões senoidais de mesma freqüência:<br />

via). = 141 .sen (377t + W4)V<br />

v2a) = 99 sen (377t + 5W6)V<br />

Vi = 100V; 01 = 45°<br />

V2 =70V;02=150°<br />

Essas operações podem ter resoluções descritas à seguir:<br />

Vi=1 00/ 45°[V]<br />

V2=70/150 °[Vj<br />

Temporal Gráfica - É necessário que os gráficos das formas de onda estejam em<br />

escala para que as formas de onda resultantes possam obtidas pela adição e<br />

pela subtração de diversos valores instantâneos, como rfrnstram as figuras a<br />

seguir:<br />

Adição Gráfica: va(t) = vi(t) + v2(t)<br />

v(t) N<br />

150<br />

100<br />

50<br />

-50<br />

-100<br />

-150<br />

vi<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa<br />

t(ms)


Subtração Gráfica : vb(t) = vi(t) - v2(t)<br />

-50<br />

-100<br />

-150<br />

-200<br />

• Temporal Analítica<br />

Para realizar essas mesmas operações analiticamente, é necessário utilizar<br />

identidades trigonométricas, tornando os cálculos muito trabalhosos. A seguir são<br />

mostrados os resultados após os desenvolvimentos matemáticos:<br />

Adição analítica:<br />

5it/6) =~<br />

v(t) [V<br />

150<br />

100<br />

50<br />

o<br />

Va(Q = vi(t) + v2a,) ~ Va = 141 seri(377t + it/4) + 99sen(377t +<br />

Va = 150,2 sen(377t ÷ 1,48 mci) = 150,2 sen(377t + 84,6°) V<br />

Subtração analítica:vb(t) = via) - v2(t) ~ Vb = 141 sen(377t - irJ4) - 99sen(377t + 5it/6)<br />

~ vb = 192,5 sen(377t + 0,27 rad) = 192,5 sen(377t + 15,21°) V<br />

Resolução por Composição Fasorial<br />

Adição Gráfica: Va = VI + V2<br />

Subtração Gráfica: Vb = VI - V2<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

vb<br />

V2 150’<br />

17<br />

Vay Va<br />

v2x Vax Vi<br />

V2 150’<br />

vi<br />

vi VI<br />

Ref.<br />

V2y vbx<br />

-v2<br />

t(ms)<br />

Vb<br />

Ref.<br />

Prof.: José Antônio Rosa


Resolução por Números Complexos<br />

Consideremos os fasores Vi e V2 na forma complexa.<br />

18<br />

Adição analítica: Va = VI + V2 ~ Va = 100/45° + 70/160° ~ Va = 70,7-bj70,7 + (-<br />

60,62 + 135)<br />

Va = 10,08 ±j105,7 => Va = 106,18/84,6°f’.’].<br />

Subtração analítica:<br />

Vb = VI - V2 =~ Vb = 100/45° - 70/150° ~ Vb = 70,7+ j70,7 -(-60,62 + j35)<br />

Vb = 131,32 + j35,7 z~ Vb = 136,09/1 5,21°[V].<br />

Convertendo Vb em vb(t): vb(t) = 192,5 sen(377t+15,21°) [VJ = 192,5 sen(377t+Q,27<br />

rad)tV]<br />

Observações: -.<br />

• As operações podem ser realizadas com mais segurança e de modo mais prático<br />

por meio dos números complexos.<br />

• Após os cálculos as forma~ de onda poderão ser representadas, para se ter<br />

noção do que será visualizado no osciloscópio.<br />

• A adição e subtração de sinais alternados ( tensão e corrente ) de mesma<br />

freqüência co produzem como resultado a mesma grandeza elétrica e com a<br />

mesma freqüência co. Portanto, os operadores e o resultado da operação podem<br />

ser rêpresentados em um mesrho diagrama fasorial.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Resistor<br />

19<br />

RESPOSTAS DO RESISTOR, CAPACITOR E INDUTOR EM CORRENTE<br />

ALTERNADA<br />

A seguir é representada a resposta temporal do resistor quando submetido a uma<br />

tens ão<br />

v(t) = Vm sen (cot+O°) V<br />

O resistor quando submetido a uma tensão alternada possui um comportamento<br />

ôhmico resistivo e não reage às vailações da tensão como acontece com o capacitor<br />

e indutor. A sua resistência é uma constante R em ohms [Qj, independente da<br />

velocidade de variação da tensão aplicada, ou seja, de sua freqüência.<br />

v(t)<br />

Temporal<br />

v(t)<br />

Vm<br />

iR(t)<br />

lRm<br />

vR<br />

iR(t)<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada<br />

+<br />

vR(t)<br />

T<br />

t<br />

t<br />

Devido a isso, a tensão e a corrente<br />

estão sempre em fase no resistor,<br />

ou seja, O°v = 09.<br />

A corrente iR(t) no resistor<br />

acompanha a tensão da fonte v(t) ou<br />

vR(t), como mostram as figuras ao<br />

lado.<br />

Portanto, num circuito puramente<br />

resistivo, a defasagem<br />

e°v -<br />

e°i= o~.<br />

Prof.: José Antônio Rosa


20<br />

Análise Matemática do Comportamento do Resistor em CA.<br />

Se um resistor de R ohms tem uma tensão v = Vm sen (cot + 90) sobre ele, segundo<br />

a lei de Ohm teremos i = vIR = (Vm/R) sen (ot + 0°).<br />

(VmIR) = Im é o valor máximo ou de pico da corrente sobre o resistor.<br />

A potência instantânea dissipada pelo resistor é:<br />

p = v.i = [Vm sen(cot÷0)]x [Im sen(cot+e)]= Vm ~Im sen2(o~t +0).<br />

A potência de pico é pm = Vm Im ocorre sempre que sen2(cot + 0) = ±1.<br />

Temos sen2x=(1—cos2x)/2.<br />

Logo a expressão da potência instantânea é:<br />

Vm.Im Vm.Im<br />

2 — 2 .eos(2o~t+20)<br />

Vrnlm . .<br />

O valor medio e Pmed= 2 pois a potencia media do 2° termo e igual a zero.<br />

Capacitor<br />

O capacitor e o indutor reagem às variações de corrente e tensão sobre eles. Por<br />

isso são, considerados dispositivos reativos. São, ainda, duais pois têm<br />

comportamentos opostos em relação à variação da tensão e corrente.<br />

A oposição (reação) às variações de corrente no capacitor e no indutor é<br />

denominada reatância X, cuja unidade é o ohm [~2].<br />

No capacitor, a reatância Xc surge devido à capacidade de armazenamento de<br />

cargas, de modo que a tensão entre as suas placas não atinge o valor máximo<br />

instantaneamente.<br />

Quando ocorre uma variação de tensão sobre o capacitor inicialmente varia a<br />

corrente e em seguida varia tensão.<br />

Quanto mais brusca a variação da corrente, menor é a reatância capacWva Xc.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


21<br />

A seguir é representada a resposta temporal do<br />

tensão<br />

v(t) = Vm sen (oat+O°) V.<br />

+<br />

Temporal<br />

v(t)<br />

Vm<br />

ic(t)<br />

cm<br />

vc<br />

ic(t)<br />

90°L.4_ T/2<br />

Análise de Circuitos em corrente Alternada<br />

+<br />

vc (t)<br />

t<br />

capacitor quando submetido a uma<br />

A corrente do capacitor está<br />

adiantada em relação a tensão<br />

em 900, ou a corrente avança a<br />

tensão em 90~.<br />

A corrente ic(t) no capacitor<br />

acompanha a tensão da fonte v(t),<br />

como mostram as figuras ao lado.<br />

Portanto, num circuito puramente<br />

capacitivo, a defasagem<br />

0°v - 001= ~9Q0•<br />

Prof.: José Antônio Rosa


- Análise Matemática do Comportamento do Capacitor em CA.<br />

22<br />

Se um capacitor de C farads tem uma tensão v = Vm sen (cot + 9°) sobre ele, terá<br />

ic(t) = = c. d[Vm . senQnt + e)]<br />

uma corrente dada por dt dt<br />

ic(t) = (DCVm. cos(0t + o) = cOCVm.SenQnt + o + 9o°)<br />

O valor máximo ou de pico da corrente sobre o capacitor (Im).<br />

= coCVm~ .YE!~ =~ (Vmflm) é o valor da reatância capacitiva ‘Xc’.<br />

‘m (DC<br />

A expressão da reatância capacitiva é x0 = —1-- ou = Unidade ohm [C2].<br />

(DC oC<br />

O sinal negativo refere-se a defasagem da corrente em relação a tensão.<br />

A potência instantânea absorvida pelo ‘capacitor é:<br />

p =•v.i = [Vm sen(oyt + O)] x [Im cos(cot + 9)] = Vm Im sen (cot + O). cosQot + e)<br />

mas 2sen(x).cos(x)=sen2x.<br />

• Vrn~Im<br />

Logo p = vi = 2 .sen (2cot+20). ou p = VRMSJRMS sen (2cot+29)<br />

A potência média absorvida pelo capacitor é zeiã~ Em um período o capâcitor libera<br />

a mesma energia que ele absorve<br />

Indutor<br />

A oposição (reação) às variações de corrente no indutor é denominada reatância X,<br />

cuja unidade é o ohm [C2j.<br />

No indutor, a reatância XL surge devido a oposição às variações de corrente que<br />

circula no mesmo, com o objetivo de opor às variações do campo magnético no seu<br />

interior.<br />

Quando ocorre uma variação de tensão sobre o indutor, inicialmente varia a tensão<br />

e em seguida varia a corrente.<br />

Quanto mais brusca for a variação da tensão, maior é a reatância indutiva XL.<br />

Análise de Circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


23<br />

A seguir é representada a resposta temporal do indutor quando submetido a uma<br />

tensão<br />

v(t) = Vm sen (cot+9°) V.<br />

+<br />

v(t)<br />

Temporal<br />

v(t)<br />

vm<br />

1L(t)<br />

vL<br />

1L(t)<br />

Análise de Circuitos em corrente Alternada<br />

+<br />

vL(t)<br />

T12 t<br />

t<br />

A corrente no indutor está<br />

atrasada em relação a tensão em<br />

900, ou a tensão avança a corrente<br />

em 900.<br />

A tensão vL(t) no indutor<br />

acompanha a tensão da fonte v(t),<br />

como mostram as figuras ao lado.<br />

Portanto, num circuito puramente<br />

indutivo, a defasagem<br />

e0v - 9°i 900.<br />

Prof.: José Antônio Rosa


• Análise Matemática do Comportamento do Indutor em CA.<br />

24<br />

Se um indutor de L henry tem uma corrente i = Im sen (0t + 0°) passando por ele,<br />

terá uma tensão dada por: -<br />

vL(o=L.~_=L.[md~~<br />

VL (t) = Lci)I~.cos(o)t + e)= wLlmsen(wt + e +90°)<br />

O valor máximo ou de pico da tensão sobre o indutor (Vm) é:<br />

V ~-<br />

V,~ =úLIm~—~-=cL, (Vm/Im) é o valorda reatânciaeapasltWa’XL’.<br />

A expressão da reatância indutiva é XL = coL. Unidade ohm [fli.<br />

A potência instantânea absorvida pelo indutor é:<br />

p =v.i = [Vm cos(cot + 0)]x [Im sen(cot + 0)] = Vm Im sen (cot + e). cosQot + o)<br />

mas 2sen(x).cos(x) = sen2x.<br />

Vm•Im<br />

Logo p = vi = 2 . sen (2cot + 20). ou p = VRMS ~‘RMS sen (2wt + 20)<br />

Um indutor excitado senoidalmente absorve potência média zero, pois o valor médio<br />

de uma senóide é zero.<br />

Quando a senóide for positiva o indutor absorve energia e quando for negativa o<br />

indutor devolve a energia absorvida ao circuito e funciona como fonte. Num período<br />

ele libera tanta energia quanto absbrve.<br />

Exercícios resolvidos:<br />

1) A tensão sobre um único componente de um circuito é v = 40 sen(400t + 10°)<br />

V e a corrente-que passa por ele é i = 34,1 sen (400t + 10°) mA.<br />

a) Identificar o componente.<br />

b) Calcular o seu valor.<br />

Solução:<br />

a) A corrente e a tensão estão em fase, logo o componente é um resistor.<br />

b) R=Vm/lm R= 4Q ~ R=1,17kQ.<br />

34,1x103<br />

(é-) ~ /‘<br />

Análise de circuftos em Corrente Alternada •- Prof.: José Antônio Rosa


25<br />

2) A tensão sobre um resistor de 62 (2 é v = 30 sen(377t + 300) V. Calcular:<br />

a) A corrente que circula sobre o resistor.<br />

b) A potência média absorvida por ele.<br />

a) Im = (Vrfl/R) ~ Im = 30/62 ~ Im = 0,484A =,i = 0,484 sen(377t + 30°)A<br />

b) Pmrl = (1/2). (Vm2/ R) ~ Pm = (1/2). (302)162 ~ Pm = 7,26W.<br />

3) Calcule a corrente eficaz que passa sobre um capacitor de 0,1 iF e que tem 200V<br />

eficaz em 400Hz sobre ele.<br />

1m (Vm /Xc) ~ 1 =(lm 1 ~.J5J) ~ 1 = [(Vm)/(1/coC)] +<br />

= (Vm/~J~). coC ~ 1 = 200 x 2jt.400 x 0,1 x106 ~ 1 = 50,3 mA.<br />

4) A tensão v = 30 sen (200irt+30°)V está sobre um capacitor que tem reatância de 62<br />

(2. Mostrar a expressão da corrente.<br />

Im = Vm/Xc ~‘ Im = 30/62 =‘lm = 0,484 A<br />

A corrente está adiantada em relação a tensão em 90°, logo a expressão da corrente<br />

será:<br />

= 0,484 sen (2007tt+30°+90°)A ~ i = 0,484 cos(200ict+30°)A<br />

5) Calcular a tensão eficaz sobre um indutor de 30 mH que tem um corrente de 40 mA e<br />

60 Hz passando por ele.<br />

A corrente eficaz é 4OmA.<br />

Vm=XL.lm =~(Vm/4~)Om/.~h).oxL V=l.coi<br />

V = 4ox10~.2..n.G0.30x103 ~ V = 0,452V<br />

6) A tensão v = 30 sen (200itt + 30°) V está sobre um indutor que tem uma reatância de<br />

62 (2. Determinar a expressão da corrente no indutor.<br />

Vm=XL. lm =, Im=Vm/XL 1m30/62 =~‘ Im =0,484A.<br />

No indutor a corrente está atrasada em relação a tensão em 90°, portanto a<br />

expressão da corrente será:<br />

= 0,484 sen (200itt + 30°-90°) = 0,484 sen (200~’tt - 60°) A<br />

7) Abaixo estão escritos três pares de expressões de tensão e corrente de três circuitos<br />

diferentes alimentados por tensões alternadas. Cada um deles tem ou resistor ou<br />

capacitor ou indutor. Identifique e escreva o circuito resistivo puro, indutivo puro ou<br />

capacitivo puro, por meio de seus pares de expressões e justifique.<br />

Circuito a) v = 150 sen(377t -it/6)V ei 4,55 sen(377t + 60°)A.<br />

Diferença entre fases: (377t - 30°) - (377t + 60°) - 900. v atrasa i e.m 90° ~ Circuito<br />

Capacitivo Puro<br />

Circuito b) v = 150 cos(377t +45°)V e i 4,55 sen(377t + 45°)A.<br />

Passando v para a forma senoidal: v = 150 sen(377t + 45°+90°) 150 sen(377t + 135°)<br />

Diferença entre fases: (377t + 135°) - (377t + 45°) 90°. v adianta i em 90° ~ Circuito<br />

Indutivo Puro<br />

Circuito c) v 150 cos(377t +itI4)V e i = 4,55 cos(377t + 45°)A.<br />

Diferença entre fases: (377t + 45°) - (377t + 45°) = 0° . v em fase com i.~ Circuito Resistivo<br />

Puro<br />

Anãlise de Circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Exercícios Propostos<br />

26<br />

1) calcule a potência média absorvida por um componente de uni circuito que tem uma tensão v<br />

= 10V aplicada sobre ele quando uma corrente i = 5 + 6cos33t A circula por ele. Resp.:<br />

50W.<br />

calcule os valores máximo e mínimo da corrente. Resp. lmax = 1 lA, mm. = -1 A.<br />

2) Calcule a condutância de um resistor que tem uma tensão v= 50,lsen(200itt + 30°)V sobre<br />

ele quando uma corrente = 6,78 sen(200tt + 30°)mA circula por ele. Resp.:1 35 jiS<br />

3) Calcule a corrente sobre um resistor de 33 kQ, se a tensão sobre ele é<br />

v150 cos(377t+45°)~~’~ Resp.:i = 4,55 cos(377t +45°)mA.<br />

4) Calcular a potência média absorvida por um resistor de 910 f2 que uma tem uma corrente<br />

= 9,76 sen(754t - 36°) passando por ele. Resp.:43,3 mW<br />

5) Calcular a leitura de um amperímetro de corrente alternada que está em série com um<br />

resistor de 4700 e que tem uma tensão v = 150 cos(377t + 30°)V sobre ele. Resp.: 226<br />

mA.<br />

6) Calcular a freqüência na qual um capacitor de 0,1j.tF e um indutor de 120 mH têm a mesma<br />

grandeza de reatância. Resp.:1 45kHz<br />

7) calcular a capacitância de um capacitor que solicita 150 rnA quando ligado a uma fonte de<br />

tensão de 400 Hz e 100V. Resp.:0,597 1.zF<br />

8) Calcular as correntes que passam por capacitor de 0,5 1.tF para as tensões do capacitor de:<br />

a) v = 190 sen(377t + 1 5°)V; b) v = 200 cos(1 000t - 40°)V<br />

Resp.:a) i = 35,8 cos(377t + 1 5°)mA b) i = 0,1 cos(l000t + 50°) A<br />

9) Calcular as tensôes sobre um capacitor de 2p.F para as correntes de a) i = 7 sen(754t + 1 5°)mA e<br />

b) i = 250 cos( 10~ t - 30°)mA. Resp.: a) v = 4,64 sen (754t-75°)V, b) v = 125 sen(103t -30°)<br />

V<br />

10) Calcular a corrente rms que passa por um indutor de 80 mH que tem l2OVrms e 60Hz sobre ele.<br />

Resp.:3,98 A<br />

11) Calcular as correntes que passam num indutor de 500 mH para as tensões no do indutor de:<br />

a) v = 170 sen(400t + tI6)V e b) v = 156 cos(1 000 + 1 0°)V.<br />

Resp.:a) i = 0,85 sen(400t - 60°)A, b) i = 0,312 sen(l000t + 10°)<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada - Prof.: José Antônio Rosa


27<br />

IMPEDÂNCIA- ANÁLISE DE CIRCUITO SÉRIE EM CA<br />

Na análise de um circuito de corrente alternada, os fasores da tensão<br />

são usados com resistências e reatáncias, da mesma maneira que<br />

corrente são usadas com resistências na análise de um circuito<br />

contínua.<br />

e da corrente<br />

a tensão e a<br />

de corrente<br />

O circuito original de corrente alternada no domínio do tempo é transformado<br />

em um circuito no domínio da freqüência.<br />

Características de um circuito no domínio da freqüência:<br />

> Usa -se fasores de tensão e corrente ao invés de correntes e tensões<br />

~ Troca-se as indutâncias e capacitâncias pela suas respectivas<br />

indutivas e iDy!s~.<br />

~ As resistências permanecem inalteradas.<br />

~ Na análise de circuitos CA, resistências e reatâncias combinam-se<br />

maneira com que os resistores se combinam numa análise de circuito<br />

contínua.<br />

> Todos os conceitos da análise de circuitos em CC se aplicam<br />

àircuitos CA no domínio da freqüência, mas são usados números<br />

invés de números reais.<br />

Elementos de circuito no domínio da freqüência<br />

Resistores<br />

No domínio do tempo:<br />

v(t) = Vm sen(cot + O) V<br />

No domínio datreqüência:<br />

Relação entre o fasor tensãb e o fasor corrente:<br />

• R.Im~90<br />

v~Ji<br />

• iEzeo<br />

Representação Fasorial<br />

+<br />

~X=R<br />

1<br />

Ref.<br />

VR V<br />

iR(t) =Im sen(cot + O) A<br />

senoidais.<br />

reatâncias<br />

da mesma<br />

de corrente —<br />

a análise de<br />

complexos ao<br />

+<br />

vR(t) = Rim sen(ot + O) V<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


• Indutores:<br />

No domínio do tempo:<br />

v(t) = Vm cos(o* + e) V<br />

No domínio da freqüência:<br />

Relação entre o fasor tensão e o fasor corrente no indutor:<br />

. .<br />

No circuito v(t) = VL(t) ~ V = Vi<br />

xLImZOO900<br />

VL= ‘Ji~<br />

28<br />

= X~Z9O°Ç2 = coLZ9O°fl —* forma polar<br />

IL<br />

mas coL/90°fl = coL(cos900 + jsen9O°) = joLf2 = JXL<br />

IL<br />

b~JcÜLQJX<br />

Representação Fasorial<br />

VLj<br />

a Capacitores:<br />

No domínio do tempo:<br />

—* forma retangular<br />

IL<br />

v(t) Vm cos(cot + O) V<br />

XLIm<br />

Ref.<br />

1m sen(cot + O) A<br />

Im ZO0+9O0~~O0<br />

+<br />

vL(t) = XLIm cos(cot + O) V ~<br />

v(t) = XLIm sen(cnt + O+9O°)V<br />

1m cos(cot + e) A coCVm sen((cot + e + 9Q0) A<br />

+<br />

vC(t) Vm sen (cot + O) V<br />

Análise de Circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


No domínio da freqüência:<br />

Relação entre o fasor tensão e o fasor corrente no capacitor:<br />

Vm~90<br />

29<br />

=YE.~ï~0c_0o_90o=-Y!L~_9o~<br />

• 1m790 90° ~ Im Vm<br />

‘C 7= + Xc<br />

= XcZ — 90°Q = — 90°Q ~ forma polar<br />

mas — 90°0 = —1—(cos—90° ÷jsen— 9oj= _~_L0 = —jXc<br />

0)0 coO coC<br />

= = —jXcfl ~ forma retangular<br />

Representação Fasorial<br />

vc’’<br />

Observações:<br />

Ic<br />

) r Ref.<br />

~‘(p =..900<br />

co<br />

a) A fase das reatáncias indutiva e capacitiva corresponde à defasagem p<br />

provocadas por elas entre a tensão e a corrente fornecidas pela fonte como<br />

mostraram as representações temporal e fasorial anteriores.<br />

b) Em circuito CA enquanto o indutor adianta a tensão, o capacitor a atrasa e<br />

suas reatâncias possuem fases contrárias.<br />

c) A reatância indutiva aumenta com a freqüência, enquanto a reatância<br />

capacitiva diminui.<br />

d) Devido a esses motivos, o indutor e capacitor são ditos de comportamentos<br />

duais. Essa dualidade propociona inúmeras aplicações desses dispositivos.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Exemplo de análise de circuito em série em CÁ.<br />

+VR<br />

L=2H<br />

____ +<br />

v40 ..Jisen(4t+20°)V Vc_r C1l16F<br />

Circuito no Domínio do Tempo<br />

XLtjo)L ~‘ XLJ4x2 ~ XLj8Q<br />

Xc-jl/(coC) =~<br />

Aplicando a lei das tensões de Kirchhoff (LVK):<br />

V = Vr~ + VL ÷ Vc e substituindo VR = 6 1,<br />

40/20° = 61 +j8 I-j4l =(6+j4)I<br />

logo 1 = (40/20°) ÷ (7,21 /33,7°)<br />

\ Portanto,VR = 6 x5,547 /-13,7°<br />

IMPEDÂNCIA<br />

VL = 8/90° ~5,547 /-13,7° ~<br />

Vc = 4 /-9O°~5,547 /-13,7° r~<br />

Conceito : A impedância Z ou<br />

número complexo que reflete<br />

alternada e a defasagem total<br />

Xc=-j1 /[fx(1/1~)]<br />

=~ Xc-j40<br />

VL=j81, Vc=-j41<br />

~‘ 40/20° = 7,21 /33,7°l,<br />

= 5,547 /-13,7° A~<br />

~ VR33,3/~13,7°V~<br />

VL=44,4/76,3°V<br />

Vc = 22,2 2-103,7v~<br />

tem-se:<br />

z, em ohm [O], de um dispositivo ou circuito é um<br />

a oposição total oferecida a passagem da corrente<br />

provocada entre a tensão e a corrente.<br />

Símbolo: Z ou Z A impedância possue um<br />

resistência R e uma parte<br />

reatância X.<br />

30<br />

Z = R + jX (forma retangular)<br />

Z Z /(p (forma polar)<br />

R=6Q j8f2<br />

Circuito no Domínio da Freqüência<br />

parte real denominada<br />

imaginária denominada<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa<br />

-j4K2


Im<br />

31<br />

Z=4R2+X2=~...móduhdeZ<br />

te z<br />

Z/’ (p=arctgj—I=’ fasedeZ<br />

JX ~ ÇR)<br />

L /)(p R=Zcosç e X=Zsenq<br />

Re<br />

R<br />

Enquanto o módulo de Z é responsável pela oposição à corrente alternada, a fase cp<br />

é responsável pela defasagem da tensão em relação à corrente. Conhecendo em<br />

detalhes uma impedância torna possível prever o comportamento elétrico de um<br />

dispositivo ou circuito, bem como da fonte de alimentação.<br />

A resistência é devida a oposição natural dos materiais à passagem da corrente.<br />

Refere-se ao resistores.<br />

A reatância é a reação, isto é, oposição à variação, da corrente, sendo uma<br />

característica dos indutores e capacitores.<br />

o nbme impedância tem origem no verbo impedir e significa a oposição tanto à<br />

passagem quanto à variação da corrente, sendo uma característica geral~~ de<br />

t~ualquer circuito elétrico em CA formado, em principio, por resistores, indutores e<br />

capacitores.<br />

A componente resistiva R da impedância, somente assume valores positivos.<br />

A componente reativa x é resultado da soma das reatâncias indutiva JXL e capacitiva<br />

-jXc, ou seja, jX = j (XL - Xc) e pode assumir valores positivos ou negativos.<br />

Através do sinal do ângulo de fase da impedância pode-se concluir:<br />

• Se a Fase for positiva significa jX> O ~ XL >Xc~ sendo o circuito indutivo, logo a<br />

tensão de entrada adianta à corrente de éntrada<br />

• Se a Fase for negativa significa que jX < O ~ XL < Xc, séndo o circuito capacitivo,<br />

logo a tensão de entrada atrasa à corrente de entrada.<br />

• Se a Fase for zero significa que jX = O z~ XL = Xc, sendo o circuito resistivo, logo<br />

a tensão de entrada está em fase com a corrente de entrada.<br />

• Representação no plano complexo.<br />

Im<br />

~ Impedância Indutiva<br />

1 Q


• Lei de Ohm parã Circuito CA<br />

Considerando o Circuito CA<br />

•<br />

VouV<br />

+<br />

1 ou 1<br />

32<br />

A Lei de Ohm aplicada ao circuito é<br />

dada por:<br />

ZouZ • V<br />

Z = Vil ~ módulo da impedância Z<br />

.<br />

lZG~ p =.( 0v-O i)~fase da impedância Z.<br />

• Associação Série de Impedâncias.<br />

A corrente 1 é a mesma em todas as impedâncias em série, mas a tensão V se<br />

subdivide entre elas, de modo que, pela Lei de Kirchhoff para as tensões CA:<br />

V = VI + V2 +V3.+..+ Vii<br />

Logo a impedância equivalente Zeq = ZI + Z2 + Z3 + + Zn<br />

. Divisor de Tensão e<br />

+V1 ouVi<br />

4<br />

li ou Zi<br />

±1 +<br />

VOuVH Z2ouZ2 ~ou~<br />

• Associação Paralela de Impedâncias.<br />

(1/Zeq )= (1/ZI)+ (1/Z2) + (1/Z3) + ...Z+ ( 1/Zn)<br />

Para dois componentes em paralelo,<br />

Zeq (ZI . Z2) 1 ( ZI + Z2)<br />

e Divisor de Corrente.<br />

1.<br />

4’ 12<br />

•<br />

Z2 ouZ2<br />

.<br />

z=— .<br />

Considerando a tensão complexa genérica e a corrente complexa genérica, a lei de<br />

Ohm resulta:<br />

vze v<br />

Z= V=_z(ev_ei)~zzzP,<br />

•<br />

~1<br />

Zl+Z2<br />

.<br />

V2=( Z2<br />

Zi+ Z2<br />

• •<br />

• Z2 • z~<br />

Ii =( • • ). 1; 12 ( • •<br />

Zj+Z2 z1+z2<br />

Análise de Circuitos em corrente Alternada ProL: José Ant6nio Rosa


Exemplo: No circuito série mostrado anteriormente a impedância total será<br />

33<br />

ZT= 6 +j (8-4) ~ ZT= 6 +j4f2 = 721 /33,7° £2.<br />

O fasor corrente será dado por 1 = V/ Z =~ 1 = (40/20°) 1(7,21 /33,7°) ~<br />

= 5,547 /-13,27° A<br />

Diagrama de Impedâncias<br />

A seguir está representado o diagrama da impedância ZT anterior.<br />

1° quadrante ( circuito indutivo )<br />

6 ~R[f2]<br />

4° quadrante ( circuito capacitivo)<br />

Triângulo de Impedância - Contem os vetores que representam R, jX e Z.<br />

Exemplo: 1)z = 6+j8 = 10/53,1°Q 2) z=6 -j8 O = 10/-53,1°O<br />

6≤2<br />

z jX Z= 10Z53,1°C2 j8Q<br />

R<br />

j4<br />

o<br />

Z= 1OZ-531°Q<br />

Exemplo. 1) Dados v = 311 sen ( 2.500t + 170°) V e i = 15,5 sen (2500t - 145°) A.<br />

a) Os diagramas de fasores.<br />

b) O diagrama de impedância.<br />

c) Calcular os componentes do circuito.<br />

• 311<br />

a) Fasores: V = —/170° 220/170°V,<br />

v<br />

-7<br />

- 145°<br />

• 155<br />

l=—~--/—145°=11/—145°A<br />

co 2.500 rad/s<br />

Anãlise de circuitos em corrente Alternada ProL: José Antônio Rosa<br />

ref.<br />

-jS


)<br />

34<br />

= 220/1700 ~ Z = 20L315°Q ~ Z = 20/—45°Q = 14J4—j14J4 O<br />

11/—145°<br />

jX[ü] 14,140<br />

450<br />

-j14,14[01 •~~J.~gqo<br />

e<br />

z<br />

R[üJ<br />

c) A corrente está adiantada em relação a tensão. Logo o circuito é capacitivo RC.<br />

R = 14,14 O Xc = 1/ wC = 14,14 O ~ C = lI(oXc)=~~<br />

C1/(2500. 14,14) ~ C28,3,uF<br />

• Exercícios propostos<br />

1) Considere um circuito com v = 50 sen(2000t - 25°) V e i = 8 sen(2000t + 5°) A. Trace<br />

utilizando os eixos abaixo:<br />

a) o diagrama de fasores;<br />

b) o diagrama de impedância.<br />

Obs: traçado sem escalas;<br />

o traçado dos ângulos e dos módulos podem ser aproximados;<br />

o valor dos módulos devem ser escritos junto aos fasores.<br />

lrn 900(_2700) jX(fl)<br />

180°(-180°) Ref 0°<br />

R(Q)<br />

90°(270°)<br />

2) Um circuito C.A tem uma impedância total Z = 20 + ii 00 ((2). Determine:<br />

a) a defasagem entre a tensão e a corrente provocada pela impedância;<br />

b) escreva se o circuito é indutivo, capacitivo ou resistivo.<br />

3) Estão em série um resistor de 300(2, um indutor de 1H e um capacitor de 11.tF. Calcule a<br />

impedância na forma polar e escreva se o circuito é indutivo capacitivo ou resistivo para:<br />

a) co= 833 rad/s; b) co 1000 rad/s c) co 1200 rad/s<br />

Resp. a) 474Z-50,8°f2, capacitivo; b) 300Z0°≤2, c) 474Z50,7°Q, indutivo.<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada ProL: José Antônio Rosa


35<br />

4) 1, ia caiga tem uma tensão de 240/75° V e uma corrente de 20/60°A numa freqüência de<br />

60 Hz. Calcular os elementos em série que a carga poderia ser.<br />

Resp.: resistor de 1160 e um indutor de 824 mH.<br />

5) Dois elementos de um circuito em série solicitam uma corrente de i = 16 sen(200t + 35°) A em<br />

resposta a uma tensão aplicada de v = 80 cos(200t)V. Determine os dois elementos.<br />

Resp.: resistor de 2,870 e um indutor de 20,5 mH.<br />

6) Para o circuito mostrado à seguir, calcular os fasores 1, VR e Vc e as quantidades senoidais<br />

correspondentes se a freqüência é de 50 Hz. Calcular a potência média liberada pela fonte.<br />

200<br />

+<br />

240/30°V Vc<br />

Resp.:<br />

l=7,5/81,3°A Pmed = 1,12kW<br />

Vc1 87/-8,66°V<br />

VR 150/81 ,3°V<br />

vR 212sen(314t+ 81,3°)V<br />

= 10,6 sem(314t + 81 ,3°)A<br />

vc = 26Ssem(314t -8,66°)V<br />

7) Uma fonte de tensão de 340 sen(l000t + 25°)V, um resistor de 20, um indutor de 1H e um<br />

capacitor de 1 LIF estão em série. Calcule a corrente do circuito e as quedas de tensão do<br />

resistor, do indutor e do capacitor.<br />

Resp. vR = 340 sen(l000t + 25°)V<br />

= 170 sen(1 000t + 25°)A<br />

vc =170 sen(l000t - 65°)kV<br />

vL =170 sen(l000t + 65°)kV<br />

8) Um tensão que tem um fasor de 200/40° V é aplicada sobre um resistor e um capacitor que<br />

estão em série. Se a tensão rms do capacitor é de 120V, determine o fasor tensão do resistor.<br />

Resp.: 160Z-3,13° V<br />

9) Calcule a corrente 1 para o circuito mostrado.<br />

1 -j200 3500<br />

+<br />

v<br />

Resp.: 1 = 9,52/458° A<br />

10) Use o divisor de tensão duas vezes para calcular V no circuito do exercício n.° 9.<br />

Resp.: V 81,20/6,04° V/<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


36<br />

ADMITÂNCIA - ANÁLISE DE CIRCUITO PARALELO EM CA<br />

Exemplo de análise de circuito em paralelo em CA.<br />

1(t) = 10 ‘Ji~sen5000tA +<br />

Circuito no Domínio do Tempo<br />

XL = j ~L = j (5.000 x 0,5 ) = j 2.6000<br />

Xc=-j(1/o)C)=-j(1/5000x0,2x106)=-jl0000<br />

Aplidando a Lei das Correntes de Kirchhoff temos: 1 = IR + IL + lc<br />

ADMITÂNCIA<br />

R=1000fl —~-— c = 0,2 ~aF e<br />

L=0,5H’<br />

( i i ‘1~]<br />

10/00= .3, + .3’ __ __<br />

+ =Vx[ +1 +<br />

1.000 j2.500, —j1.000 1.000 ~j2.500 —j1.000jj<br />

.<br />

logo<br />

1ozoo=~x[o.oo1+(_J4x1o—4÷i1o_3)~<br />

10400 10/0°<br />

[o,ooi +j0,0006j 1166x103Z31°<br />

lc<br />

1000~2<br />

Circuito no Domínio da Freqüência<br />

10/00 = Vx [0,001 + j 0,00061—e<br />

=8,6x10~Z—31° V e<br />

V =8,6Z—31°kV<br />

v=8,6.-&sen(5000t-31°)kV=12,l6sen(S000t-31°)kV<br />

A admitância é o inverso ( recíproco ) da impedância:<br />

YouY= 1 /Z[siemensjou[S]. Portanto seV=Z.I=>I=V/Z<br />

A admitância em CA corresponde a condutância em CC.<br />

Expressão geral : Y = G + jB —* Forma retangular<br />

Y Yflp —÷ Forma polar<br />

A parte real G é a condutância.<br />

Expressão: G = 1 1 R<br />

A parte imaginária B é a ~Liscetância. Capacitiva: jBc = .j wC<br />

-1 -~ ~ Indutiva : -iBL = - ii 1 wL<br />

-~ c<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa<br />

~1<br />

—<br />

L_.í~


Para o circuito dci exemplo anterior<br />

• 1 (1 1<br />

+1 +<br />

1.000 ~J 2.500 —i 1.000 G = 0,001 Se 6 = 0,0006S<br />

Y = 0,001 + j0,0006 5<br />

Admitância expressa na forma polar: 3ç~C2<br />

~=4G2+s2ztg1(B/~) q, •~AA<br />

37<br />

•<br />

Dmódulodaadmitância Y =~G2 +B2.<br />

O ângulo de fase da admitância p = tg1 (%)<br />

v = 4(o,ooi)~ +(o,0006)2z tg_1(0.000,%’001)<br />

-r<br />

.Y=1,166x1C3 /31° 5<br />

Sendo a admitância a recíproca da impedância o ângulo de fase da admitância é o<br />

negativo do ângulo de fase da impedância. Através do sinal do ângulo de fase da<br />

admitância pode-se concluir:<br />

• Se a Fase for positiva significa que o circuito é capacitivo.<br />

• Se a Fase for negativa significa que o circuito é indutivo.<br />

• Se a Fase for zero o circuito é r~sistivo.<br />

• Representação no plano complexo.<br />

Im<br />

Admitância capacitiva<br />

‘1’ O


D<br />

D<br />

D<br />

o<br />

O<br />

O<br />

O<br />

Divisor de Corrente.<br />

1.<br />

+ 12<br />

Y2 ou Y2<br />

Associação Série de Admitâncias.<br />

(1/Yeq)(1/Y1)+(1/Y2)+(1/Y3)+<br />

Para dois componentes em série,<br />

Yeq=(Y1 .Y2)I(Y1 +Y2)<br />

38<br />

+( 1/Yn)<br />

• Pode -se traçares diagramas de admitâncias e os triângulos de admitâncias.<br />

• Exemplo: Usar o divisor de corrente para calcular a corrente lY2 no ramo, de<br />

5/30°S do circuito representado a seguir.<br />

1 =4Z30°A<br />

-* e e<br />

YT = 6/-70° + 5/30° + 7/50° + 9/450 ~<br />

‘4<br />

9/450 S<br />

YT = (2,05 - j5,64) + ( 4,33 + j2,5) + ( 3,5 + j6,06 ) + (6,36 + j6,36) ~<br />

Y’r= 16,24+j 9,28 = 18,7 / 29,7° 5<br />

lY2 = ( ‘(2/ YT) x 1 ~ 1Y2 = ( 5/30°)/18,7/ 29,7°) x 4/ 30° =~<br />

lv2=1,07/30,03°A<br />

e<br />

~=(-~‘~ )‘T; I2(~~)I<br />

YT - YT<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Exercícios propostos:<br />

39<br />

1. Um resistor de lkD, um indutor de 1 H e um capacitor de 14F estão em paralelo. Calcular a<br />

admitância total na forma polar em a) 500 radls, b) l000radJs, c) 5000 rad/s.<br />

a) 18/-563° mS b) 1/0° mS c)4,9 /782° rnS<br />

2. Um indutor e um resistor em paralelo têm uma admitância de 100z-30° mS em 400 Hz.<br />

Calcular a indutância e a resistência. Resp. 796 mH, 11,5 (2.<br />

3. Dado o circuito paralelo à seguir, calcular:<br />

a) a admitância de entrada Y em [S];<br />

b) a corrente 1 em [A].<br />

c) a corrente sobre indutor usando o divisor de corrente.<br />

V=120/0°Çy 4 5(2 ~3J2r21-J4o<br />

4. Dois elementos em um circuito paralelo têm uma admitância de 2,5 /30° mS em 400Hz. Calcule<br />

os dois elementos. Resp.: resistor de 4620 e um capacitor de 0497 psF.<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Absorção de Potência<br />

40<br />

POTÊNCIA EM CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA<br />

v(t) = Vm sen(cot + p) V<br />

1(t) Im sen((cot ) A<br />

ZLpQ<br />

A potência instantânea absorvida pelo circuito representado acima será:<br />

p = v.i = Vm sen(cot + p) x Im sen(cot)<br />

Das relações trigonométricas temos:<br />

cos(a - b) = cosa. cosb + sena . senb<br />

cos(a + b) = cosa . cosb - sena . senb<br />

cos( a - b ) -<br />

cos (a + b) = 2 sena senb<br />

logo sena~ senb=[cos(a-b)-cos(a + b)1/2 ,se a=wt+9 eb—ojt então,<br />

p = (Vm Irn)/2 [cos Qp) - cos (2cot+ p).<br />

Vm•lm Vm Im -<br />

Mas, = . — = Vrms Irms entao a potencia nstantanea pode ser<br />

2<br />

expressa por:<br />

p = Vrms.lrms [cos ~ - cos (2cot + cp)]<br />

Potência Complexa - 5<br />

Símbolo: S ou 5 Unidade: volt - amperê [VA]<br />

Consideremos um gerador V = V Z 9v, fornecendo uma corrente 1 = 1 / Gi a uma<br />

impedânciaZR±jX ouZZ/±9.<br />

VV/Ov.<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada<br />

1=1/ei<br />

+<br />

VR<br />

+<br />

Vx<br />

Prof.: José Antônio Rosa


A Potência Complexa pode ser obtida multiplicando o fasor<br />

pelo conjugado do fasor tensão V<br />

*<br />

.<br />

41<br />

ouV.<br />

Desenvolvendo a expressão da potência complexa, temos:<br />

*<br />

. . .<br />

s=v~<br />

.<br />

S = V~ Irn,sZ — cp OU<br />

S = vi cos(—p) + JV .I~ sen(—w) z~ S = VI. coe p — jV .1. sen cp<br />

.<br />

5 =P—jQ<br />

Outras expressões para a Potência Complexa:<br />

A fase de S corresponde numericamente à fase p da impedância<br />

invertido ou a defasagem entre .V e 1 com o sinal invertido.<br />

OU<br />

Y<br />

corrente de entrada 1<br />

O módulo de S é o produto dos módulos de V e 1, ou seja, Vrms e Irms.<br />

A componente real de S é a potência ativa P Portanto:<br />

A componente imaginária de S é a potência reativa Q. Portanto<br />

rJ=-Vrms.lrms.senQ 1<br />

O módulo de S é a potência aparente N. Portanto:<br />

Portanto: S=NZ-q 1<br />

Potência Média, Ativa, Real, ou Útil - P<br />

com o sinal<br />

PVrms.lrms.cosw<br />

HiI = N = Vrms. lrms 1<br />

A potência média, é conhecida como potência ativa ou potência real<br />

circuito sendo simbolizada por P.<br />

ou útil de um<br />

O valor médio de p Vrms.lrms [cos ~ - cos (2cot + p)], é igual a soma dos valores<br />

médios dos dois termos. O primeiro termo é uma constante, mas o valor médio do<br />

segundo termo é zero por ser cossenoidal, portando a potência média será:<br />

1 vrms.irms cos ~ Vrms<br />

lrms corrente<br />

tensão eficaz<br />

eficaz<br />

de<br />

de<br />

entrada<br />

entrada<br />

Unidade: watts [W 1<br />

cp ângulo de defasagem entre tensão e corrente. Para um circuito que não possui<br />

fontes independéntes é o mesmo ângulo da impedância.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

Prof.: José Antônio Rosa


42<br />

Quando o circuito for resistivo puro, p = 00 ~ cos 00 = 1<br />

~ P = Vrms.Irms cos (~ = Vrms.lrms ou Simplesmehte P = VI.<br />

• Quando o circuito for indutivo puro, p = 90° ~ cos 900 =<br />

~ P = Vrms.lrms cos cp = O W. Portanto o circuito não absorve potência média.<br />

• Quando o circuito for capacitivo puro, p = -90° ~ cos ~9O° =<br />

=~ P = Vrms.lrms cos cp = O W . Portanto o circuito não absorve potência média.<br />

• Fator de Potência<br />

O cos cp é chamado de fator de potência de símbolo FP<br />

O cp chama-se ângulo do FP sendo o ângulo da impedância. O ângulo do fator de<br />

potência tem sinais diferentes para circuitos indutivos e capacitivos, mas como<br />

cos p = cos (-p), conclui-se:<br />

• Para circuitos indutivos o FP é chamado de fator de retardamento da pot4nçia,<br />

• FP indutivo ou atrasado.<br />

• Para circuitos capacitivos o E? de potência é chamado de fator de avanço da<br />

potência, FP capacitivo ou adiantado.<br />

Potência Ativa - P<br />

A potência ativa P, em watt [Wj, é obtida do produto da corrente pela parcela da<br />

tensão de entrada em fase com elá. Portanto:<br />

P = V.l . cos q, mas como VR = V. cos ~. Portanto:<br />

P=VRJ_j ou PR.l2 ou J PV2R,.R<br />

Diagrama Esquemático<br />

v<br />

1=1<br />

Vx<br />

• A parcela ativa da potência total fornecida pela fonte CA é consumida pela<br />

componente resistiva da impedância.<br />

• A potência ativa é convertida em calor por efeito Joule, sendo utilizada para<br />

realizar trabalho.<br />

• A potência ativa total fornecida pela fonte CA é a soma das potências ativas<br />

dissipadas pelas componentes resistivas do circuito.<br />

• A potência ativa pode ser medida por um instrumento chamado wattímetro.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

Prof.: José Antõnio Rosa


Potência Reativa - O<br />

43<br />

Símbolo Q - Unidade: volt - ampère reativo [VAR 1<br />

É obtida pelo produto da corrente com a parcela da tensão em quadratura com ela.<br />

r~ =<br />

- Vrms.lrms sen<br />

Diagrama Esquemático<br />

v<br />

..__~ 1=1<br />

Vrms = tensão eficaz de entrada<br />

Irms = corrente eficaz de entrada<br />

= ângulo do fator de potência<br />

sen p = Fator Reativo - FR, sendo positivo para<br />

cargas indutivas e negativo para as cargas<br />

capacitivas.<br />

+ç~_ P~4<br />

VR “<br />

+<br />

X Vx<br />

A impedância usa pequena parte da<br />

potência reativa. fornecida pela fonte<br />

para armazenar energia em sua<br />

reatância e a outra parte é devolvida à<br />

fonte. Conclui-se que a potêncip<br />

reativa Q é totalmente perdida, pois<br />

não realiza trabalho útil.<br />

• A reatância indutiva armazena energia sob a forma de campo magnético. Sendo<br />

p positiva, provoca um atraso na corrente, logo no armazenamento de energia.<br />

Portanto, a potência reativa indutiva é negativa e expressa por:<br />

Q=-VL.IL ou Q=~XL.lL2 ou Q=-VL2IXL<br />

• A reatância capacitiva armazena energia sob a forma de campo elétrico. Sendo cp<br />

negativa, provoca um avanço na corrente, logo no armazenamento de energia.<br />

Portanto, a potência reativa capacitiva é positiva e expressa por:<br />

FQ=+vc.lc ou Q=÷Xc.1c2 ou Q=÷Vc2lXc<br />

• A potência reativa total fornecida pela fonte CA é a soma algébrica das potências<br />

reativas dissipadas pelas componentes reativas do circuito.<br />

• Alguns autores representam a potência reativa por PREAT ou PQ<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

Prof.: José Antônio Rosa


D<br />

D<br />

D<br />

o<br />

Potência Aparente - N<br />

44<br />

Símbolo N Unidade: volt - ampère [VA]<br />

A Potência AØarente total fornecida por uma fonte é obtida pelo produto da tensão<br />

total da fonte pela corrente fornecida<br />

N = Vrms.lrms<br />

Diagrama Esquemático<br />

—.4. 1 =<br />

Triângulo das Potências<br />

Vrms = tensão eficaz de entrada<br />

lrms = corrente eficaz de entrada<br />

Outras expressões para N:<br />

N=Z.12 ou N=V2/Z<br />

As equações das potências média, reativa e aparente<br />

geométricamente pelo triângulo das potências.<br />

Circuito Indutivo<br />

• Circuito Capacitivo<br />

N=4 P2 ~<br />

+<br />

X Vx<br />

V Icos P = V. 1 co:<br />

1 cosp<br />

p-arctg(Q/P)<br />

• A potência aparente é o módulo da<br />

potência cornplex S. N = 1 S 1<br />

• Alguns autores representam a<br />

potência aparente por PAP ou 5.<br />

P = V. 1 coscp<br />

podem ser obtidas<br />

lsenw Q-V.lsenp<br />

Atrasado<br />

N = V.l<br />

N=V.I<br />

Q = V. 1 sen cp<br />

1 sen p Adiantado<br />

PN.coscp Q-N.senç<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada ProL: José Antônio Rosa


Resumo:<br />

• Potência Complexa - S [VAI<br />

S=V*.l;S=(V2/Z)Z~p; SZ.12L-p<br />

• Potência Aparente - N [VA<br />

N = 1 S 1; N = V. 1; N = J2 Z; N = V2 / Z<br />

• Potência Média; Ativa; Real ou Útil -<br />

45<br />

P [W]<br />

P = V .1 cosp; P = ViU ; P = R.12; P = V2R!.R; P = parte real de S<br />

• Potência Reativa - Q[ VAR 1<br />

Q = - V. 1 sen cp Q = Xc. 12; Q = ~J2/ X; Q = parte imaginária de S<br />

• Fator de Potência - FP<br />

FP = RIZ; FP = P/N ; FP =cosç<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Exemplo: Dado um circuito de impedância Z = 3 i-j4 [O] e uma tensão aplicada<br />

V = 100/ 30° [V]. Traçar o triângulo das potências.<br />

Solução: Cálculo a corrente: 1 = V/Z = 100/ 30°! 6 / 53,1° =~<br />

= 20 / -23,1°[A].<br />

Método 1<br />

46<br />

P = R.12 = (20)2. 3 = 1.200 [W]<br />

Q = X.i2 = (20)2. 4 = 1.600 [VAR] (atrasada)<br />

N = Z.12 = (20)2. 5 = 2.000 [VA]<br />

FP = RJZ = 3/5 = 0,6 atrasado<br />

Método 2<br />

N = V.l = 100 . 20 = 2.000 [VA]<br />

P = N.cosw 2.000. cos 53,1 °= 1.200 [W]<br />

Q N.sernp = 2.000. sen 63,1.° = 1.600 [VAR] (atrasada)<br />

F.P = cosp = cos 53,1° =0,6 ( atrasado)<br />

Método 3<br />

S = V~. 1 = 100/ -30° .20 / -23,1° = 2.000/ -53,1°[VA) = 1.200 -i 1.600 [VA]<br />

N = 2.000 [VA]; P = 1.200[W]; Q = 1.600 [VAR] atrasada<br />

FP = P/N ~ FP = 1.200! 2.000 =~ FP = 0.6 (atrasado).<br />

Método 4<br />

VR = 1 . R = 20/ -23,1° . (3) = 60/ -23,1°[V]<br />

Vx = 1 . jX = 20/ -23,1° . (4/ 90°) = 80/ 66,9°[V}<br />

P (VR2/ R = 5Q2/3 = 1.200 [W]<br />

Q = (Vxy/ ix 802/4 = 1.600 [VAR] atrasada<br />

N = (V)2/Z = 1002/5 = 2.000[VA]<br />

Triângulo das Potências<br />

P = 1.200 [WL<br />

\. )w=53,1°<br />

N=2.000[V2}\\~<br />

Q = - 1.600 [VAR] (atrasado)<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


o<br />

Exercícios Propostos<br />

1) A potência instantânea absorvida por um circuito é p =10+8 sen (377t + 40°)W.<br />

47<br />

Calcular as potência média, mínima e máxima absorvida.<br />

Resp. 10W, pmin = 2W, pmax 18W<br />

2) Calcular o fator de potência e a potência média absorvida para cada par de tensão e<br />

corrente das cargas:<br />

a) v = 170 sen(SOt -40°) V,<br />

b) v = 340 cos(377t - 50°) V<br />

= 4,3 sen (50t + 10°)A. Resp.: 0,643 avançado, 235W<br />

= 6,1 sen (377t + 30°)A Resp.:0,985 atrasada, 1.037W<br />

3) Considerando o circuito à seguir, calcular: a) as potências ativa P [WJ, reativa Q<br />

[VAR] e aparente N [VA]; Resp.: 300W, 400VAR, 500 VA, 0,6 atrasado<br />

b) o fator de potência FP.<br />

c) Construir o triângulo das pctências.<br />

V =50/- 90°V<br />

f60 Hz<br />

4) Sobre um circuito quando aplicada uma tensão v = 200 sen (cot + 11 0°)V, circula uma<br />

corrente i = 5 sen (cd + 20°)A. Calcular as potências, P , Q e N.<br />

Resp.: 0W, 500VAr atrasada e 500 VA<br />

5) Duas impedâncias ZI = 4/-30°≤2 e Z2 = 5Z60°0 estão em paralelo e submetidas ao<br />

fasor V = 20/0°V. Calcular os FP’s e as potências S, P, Q e N de cada braço e<br />

totais. Resp.: S1 100/30°VA; S280/-60° VA; ST 173,89/43,3°VA<br />

6) Calcular o fator de potência de um motor de indução de 5 HP, completamente<br />

carregado, que opera com um rendimento de 85% e solicita 15A de uma linha de<br />

480V. Resp.: 0,609 atrasado<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada<br />

+<br />

30<br />

j6í2<br />

- j 20<br />

Prof.: José Antônio Rosa


48<br />

CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA<br />

Nas aplicações residenciais e industriais comuns, as cargas são indutivas e a<br />

corrente é atrasada em relação à tensão aplicada. A potência média ou ativa,<br />

fornecida à carga, é uma medida do trabalho útil por unidade de tempo que a carga<br />

pode executar. Essa potência é fornecida pelas concessionárias de energia elétrica,<br />

sendo usualmente transmitida por intermédio de linhas de distribuição e<br />

transformadores.<br />

Os transformadores são especificados em KVA e utilizados na maioria das vezes<br />

com tensão fixa, portanto , os KVA indicam a corrente máxima permitida.<br />

Teoricamente um transformador poderia ser totalmente carregado com uma carga<br />

indutiva ou capacitiva pura e, consequentemente a potência média ou ativa<br />

fornecida seria nula. Essa situação não é desejável pelas concessionárias, pois elas<br />

arrecadam pela potência média fornecida.<br />

No consumo de uma grande quantidade de potência ativa é desejável um elevado<br />

fator de potência, pois, para uma potência ativa P tt’ansmitida, quanto maior for o FP<br />

menor será a corrente ‘i’, já que:<br />

1= ~ __<br />

V•cosp V•FP<br />

Para aumentar, ou seja, corrigir o fator de potência instala-se capacitores sobré a<br />

linha, ou em paralelo com a carga, para fornecer os VAR’s consumidos pela carga<br />

indutiva. Esses capacitores fornecem a corrente aos indutores da carga, cuja<br />

corrente sem os capacitores, teria de ser suprida pela linha de transmissão<br />

Método para correção do fator de potência.<br />

1. Calcular a Potência Reativa Inicial consumida pela carga - ‘ Q/1<br />

Qi = P tg pi, sendo pi o ângulo inicial da impedância da carga.<br />

2. Calcular o ângulo final da impedância ‘ cpf’ para o fator de potência final desejado<br />

‘FPf’:<br />

pf cos’(FPf).<br />

3. Calcular a Potência Reativa Final - Qf. A potência média ou ativa permanece a<br />

mesma.. Logo:<br />

Qf = P . tg cpf<br />

4. Calcular a Potência Reativa que deve ser fornecida pelos capacitores - zlQ.<br />

AQ = Qf - Qi o resultado é negativo pois Qf < Qi, portanto para o cálculo do item 5<br />

considera-se 1 ~Q 1.<br />

5. Cálculo da Capacitância Total - Ct necessária para fornecer o AQ:<br />

/0) rms<br />

V coCtVrms2<br />

coCt<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


49<br />

6. Cálculo do número ( N ) de capacitores de determinada capacitância - C<br />

necessários para fornecer a Capacitância Total - Ct será:<br />

N = Ct / C<br />

Exemplos: 1)<br />

possui o triângulo<br />

após a correção e<br />

v = 100. .ji .sen(377t + 30°)V.<br />

Cálculo de Qi<br />

P = 1.200W<br />

pi = cos1(P/N1)~’ cpl = cos1(1.200/2.000) cpi = 53,1°<br />

Qi = P . tg pi Qi = 1.200 . tg 53,1° Qi = 1.598,25 VAR.<br />

> Cálculã de pf<br />

O Fator de Potência Final desejado<br />

cos(pf = 0,9 ~ cpf = cos1 0,9 (~f = 25,84°.<br />

>~ Cálculo de Qf.<br />

A Potência P = 1.200 W não altera.<br />

Qf = P . tg cpf ~. Qf = 1.200 . tg 25,84° =~ Qf = 581 VAR.<br />

> Cálculo da Potência fornecida pelos Capacitores.<br />

AQ = Qi - Qf = 1.598,25 - 581 => AQ = 1.017,25 VAR<br />

> Cálculo de CT.<br />

O fasor tensão V = 100 Z30°V.<br />

Ct =~/<br />

/ coVrms<br />

Corrigir para 0,9 atrasado o fator de potência do circuito que<br />

de potências mostrado a seguir. Calcular a potência aparente Nf<br />

a capacitância total necessária, sabendo-se que:<br />

_1.01725/<br />

2 /377.1002 z,Ct =269,8jiF<br />

é FPf = 0,9. Logo<br />

Usando capacitores de C = lOOpF o número (N) de capacitores necessários será:<br />

N = CT/C N =269,8/10=> N~3 capacitores<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José António Rosa


)> Cálculo da Potêndia Aparente Final - Nf fornecida pela rede de alimentação.<br />

P = Nf. FPf=~ Nf= P/ FPf<br />

:.Nf= 1.200/0,9 Nf 1.333 VA.<br />

50<br />

Comparando as Potências Aparentes Ni e Nf pode-se concluir sobre as correntes<br />

elétricas fornecidas pela rede de alimentação antes e depois da correção do FP:<br />

li = Ni / V Ii = 2.000/100 li = 20 A<br />

lf = Nf / V If = 1.333/100 =~ lf = 13,33 A.<br />

Portanto a mesma Potência Média de 1.200 W pode ser fornecida com uma<br />

redução de corrente de 6,67 A, que representa 33,4%.<br />

2) Um transformador de 25 KVA fornece 12 KW a urna carga com o FP = 0,6<br />

atrasado. Calcular a porcentagem da carga. nonimal fornecida pelo.<br />

transformador.<br />

a) . Desejando-se completar a carga total do transformador, com cargas de fator<br />

de potência unitário, calcular a potência ativa adicional em KW poderá se<br />

acrescentada.<br />

b) Calcular o fator de potência após acrescida a carga.<br />

Solução: a) Pi = Ni . coswi =~‘ Ni = 12/0.6=> Ni = 20 KVA.<br />

Como a caga nominal que pode ser fornecida pelo transformador é Nn = 25 KVA,<br />

então (20/25). 100 = 80%<br />

b)<br />

~;<br />

_______________________<br />

Pi AQ<br />

Com FP = 0,6 teremos<br />

1<br />

= cos 0,6 = 53,13°.<br />

Q = Ni.sencpi =~ Q = 20 sen53,13°<br />

Q=16KVAR<br />

Q não se altera. Logo para<br />

Nf =Nn = 25 KVA tem-se:<br />

=Nn Pf=gNfl2_Q2=g252_162<br />

Pf =19,2KW<br />

Portanto a carga adicional será: à? = Pf- P1 = 19,2-12 = 7,2 KW.<br />

c) O FPf = Pf/Nn =~ FPf 19,2/25 =~FPf = 0,77 atrasado.<br />

O (Pf = cos1 077 = 39,83°.<br />

Conclui -se que o FP pode, também, ser melhorado acrescentando -se cargas<br />

com fator de potência unitário.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


51<br />

Exercícios propostos: 1) Calcular a capacitância CT necessária para corrigir<br />

para 0,95 atrasado o FP do circuito mostrado.<br />

+<br />

V=1 20/0°<br />

2) Um transformador de 250 KVA está operando a plena carga com fator de<br />

potência total de 0,5 atrasado. O FP é melhorado acrescentando-se<br />

capacitores em paralelo com a carga até que o novo FP seja de 0,9 atrasado.<br />

Calcular: a) A potência reativa capacitiva necessária. Resp.: 61 KVAR<br />

b) A capacitância total necessária sabendo que a tensão eficaz no<br />

secundário do transformador é 220V e a freqüência 60 Hz.<br />

Resp.: 8.5501.tF<br />

c) A potência aparente final Nf. Resp.: 138,9 kVA<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada ProL: José Antônio Rosa


Introdução<br />

Quase toda energia elétrica é gerada e distribuída por meio de circuitos trifásicos.<br />

Os geradores de tensão trifásicos em C.A, também chamados de alternadores<br />

trifásicos, produzem três tensões senoidais idênticas, exceto por uma defasagem de<br />

120°. A energia elétrica gerada é transmitida sob três ou quatro fios.<br />

Geração de Tensão Trifásica<br />

A figura a seguir mostra uma seção transversal de um alternador trifásico com um<br />

estator estacionário e um rotor que gira no sentido anti-horário. O rotor tem um<br />

enrolamento de campo no qual circula uma corrente CC produzindo um campo<br />

magnético. Os pólos do campo magnético girante do rotor, passam junto aos três<br />

enrolamentos do estator, induzindo em cada um deles, uma tensão alternada. O três<br />

enrolamentos do estator estão distanciados entre si de 120°, portanto as tensões<br />

trifásicas estão defasadas entre si de 1200 conforme mostra a figura a seguir.<br />

vaa’ = Vm sen(cot); vbb’ = Vm sen(cot -120°) ; vcc’ = Vm sen(cot + 120°)<br />

Fonte cc enrolamento de campo<br />

enrolamento do estator (bobina)<br />

vaa’ Vbb’ Vcc’<br />

As ondas atingem seus valores máximos ou de pico com distância de um terço do<br />

período ou 120°.<br />

Seqüência de fases - É<br />

52<br />

CIRCUITOS TRIFÁSICOS<br />

C<br />

a ordem na qual as tensões ou<br />

valores máximos.<br />

correntes atingem os seu<br />

Na seqüência considerada positiva ABC, a tensão na bobina A (vaa’) atinge o<br />

máximo em primeiro lugar, seguida pela bobina B (vbb’) e depois pela C (vcc’) - ver<br />

diagrama de fasores à seguir.<br />

Invertendo o sentido de rotação do rotor ou trocando a marca de dois enrolamentos<br />

a seqüência de fase torna-se CBA - ver diagrama de fasores à seguir.<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Diagrama de Fasores<br />

Vaa’ = Vz0°; Vbb = VZ—120°<br />

.<br />

v cc’<br />

.<br />

120° Vaa’<br />

Ref.<br />

Seqüência CBA<br />

= VZO°;. Vbb’ = VZ120°; V~’ = VZ—120°<br />

Vcc’<br />

120<br />

Vbb’<br />

Vbb’<br />

1;<br />

Seqüência ABC<br />

-120°<br />

e<br />

120° Vaa’<br />

Ref.<br />

-120°<br />

Ligações dos Enrolamentos dos Alternadores<br />

As ligações das extremidades dos enrolamentos<br />

ligação estrela (Y).<br />

As ligações dos enrolamentos A e C’, A’ e B<br />

triângulo (A).<br />

A IL<br />

Ligação Estrela - Y<br />

lc IL<br />

Vcc’ = VZ120°<br />

53<br />

. . .<br />

Soma Vaa’-i- Vbb’+ Voo’ = O<br />

•<br />

Vaa’<br />

•__<br />

..\!.<br />

Vaa’ ~* Vbb’<br />

• . .<br />

Soma Vaa’+Vbb’+Vcc’ =0<br />

Vaa’<br />

•__<br />

..\/•<br />

Vbb’ ‘* Vcc’<br />

A’, B’ e C’, ou A, 3 e O resulta na<br />

B’ e C resulta na ligação deita ou<br />

—~* IA<br />

Ligação Triângulo ou Deita - A<br />

O ponto comum às três bobinas na ligação Y é chamado de Neutro (N).<br />

As tensões sobre as bobinas são chamadas Tensões de Fase (VF) e as tensões<br />

entre os terminais (extremos) das bobinas são chamadas Tensões de Linha. (VL).<br />

As correntes sobre as bobinas são chamadas Correntes de Fase (iF) e as Correntes<br />

que saem dos terminais das bobinas são chamadas Correntes de Linha (IL).<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada<br />

c’ A<br />

-jc<br />

Prof.: José Antônio Rosa


o<br />

Na ligação Y:<br />

54<br />

~ As tensões Vr são VAN, VBN e VcN.<br />

> As correntes de fase IF ( IAN, IBN e IcN ) são as mesmas correntes de linha IL (IA,<br />

IBe IC).<br />

> As tensões VL é a soma fasorial das tensões VF.<br />

B<br />

VBc<br />

VAB VCA<br />

Pela representação fasorial acima observa-se qL.ie existe<br />

fasóres tensão Vsc e VBN sendo VBc = VCN + VBN.<br />

A<br />

um ângulo de 3Q° entre os<br />

No triângulo retângulo CDN<br />

V80/ r<br />

cos3o°= /2 ~~J3_ V3~<br />

VcN 2 2VcN VcN<br />

VBc~J~.VcN ou VL=,J~.VF<br />

~ As tensões de fase Vr ( VAN, VBN e VcN ) são as mesmas tensões de linha VL<br />

(VAB, VcA e VBc).<br />

~ As correntes IL são a soma fasorial das correntes Ir.<br />

Aplicando-se a LCK em um dos nós da ligação A, tem - se IA = IcA - lAR. O diagrama<br />

fasorial está representado à seguir<br />

~o12Oo3oG<br />

c<br />

Para circuitos equilibrados os módulos VAN = VcN = VBN, portanto VAB = VAC = Vsc.<br />

Logo o triângulo BCN é isósceles, consequentemente vale as relações abaixo.<br />

B c<br />

> As tensões de linha VL são ~ vezes as tensões de fase VF.<br />

Na ligação A:<br />

IA<br />

~ Existe um ângulo de 33Õ entre cada corrente IF e a corrente de linha IL mais<br />

próxima, nesse exemplo IA e IAB.<br />

Análise de circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Para circuitos equilibrados os módulos IAB = lBC = ICA, portanto IA = IB = Ic.<br />

Logo o triângulo é isósceles, consequentemente vale as relações abaixo.<br />

55<br />

IA/2 No triângulo retângulo<br />

A/ r<br />

cos30°=-~~-=$-~-= A<br />

AB 2 2•’AB 1AB<br />

A = ‘J~~AB OU = ~J~.lp<br />

> As correntes de linha IL são 4’ã~ vezes as correntes de fase lF.<br />

CIRCUITO EQUILIBRADO Y<br />

O circuito trifásico equilibrado comporta-se como três circuitos interligados mas<br />

separados. A diferença nas respostas dos três circuitos é uma diferença de ângulos<br />

de 1200. O método de análise comum consiste achar a tensão ou corrente desejada<br />

numa fase, e usá-la com a seqüência de fase para obter as tensões ou correntes<br />

correspondentes nas outras duas fases. A escolha de umá tensão de referência com<br />

ângúlo de fase nulo determina os ângulos de fase de todas as outras tensões dos<br />

sistema. -.<br />

Exemplo: Um sistema CBA trifásico a quatro condutores, 208 V (tensão de linha),<br />

alimenta uma carga equilibrada em estrela, constituída por impedâncias 20/ -30° Q<br />

Calcular as correntes de linha e traçar o diagrama de fasores.<br />

Solução para a seqüência CBA<br />

Para determinar as fases das tensões considera - se para Vsc na referência.<br />

vcA\<br />

vcN ~VBN<br />

vAB<br />

‘1<br />

VAN ‘i,<br />

1<br />

1<br />

1<br />

Ref.<br />

VAB VL /2400 V<br />

VBc=VL/O° V<br />

VcA=VLZ12O°V<br />

VAN=VL/ ‘15 /(240°÷30°)V=VL/ ‘15 /-90°V<br />

VBN=VL/ ‘15 /(O°+30°)V=VL/ ‘15 /30°V<br />

VcN=VL/ .J5 z120°+30°V=VL/ ‘IS /150°V<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


Cálculo das correntes de linha:<br />

208/ /—90°<br />

?A=~N±= ~<br />

• 20/—30°<br />

z<br />

;~ ~ _________<br />

• 20L—30°<br />

z<br />

• VcN •<br />

Ic =—;--~ I~<br />

z<br />

As correntes de linha retornam pelo condutor neutro. Aplicando a LCK no ná N:<br />

56<br />

• 120 •<br />

‘A =- -Z—60° IA =ftO/—60°A<br />

8 = 120 /600 ~ = 6,0/ 60°A<br />

120/150° ~ Ic=6,0/180°A<br />

— 20/—30°<br />

IN + IA + IB + lc = O ~. IN = - (IA + Is + lc) ~ lr~i = - ( 6,0/-60° + 6,0/ 60°+6,0/180°)=’<br />

lN = 0:<br />

Conclusão: Em circuitos trifásicos com cargas equilibradas a corrente do condutor<br />

neutro é igual a zero.<br />

Diagrama de fasores:<br />

VAS<br />

VCA<br />

VcN VBN VcN<br />

Observações: - As correntês de linha são iguais às correntes de fase<br />

- As correntes de linha estão equilibradas e adiantadas em relação as tensões de<br />

fase de 30°, pois as cargas (impedâncias) são capacitivas.<br />

Exercício: Resolver o mesmo sistema considerando a seqüência ABC.<br />

Ângulo de fase das tensões para ABC.<br />

VAB k~<br />

vcN<br />

VcA<br />

30° VAN<br />

1<br />

1<br />

1<br />

‘<br />

.°JtJ \<br />

%%\~ Vsc<br />

Ref.<br />

VAN<br />

18<br />

VBN<br />

VAB=VL/120°V<br />

VBc=VL/0° V<br />

VCA=VL/240°V<br />

VANVLb,Jã/(1200_300)=VLb,J~/(900)V<br />

ref.<br />

VBN = VLI ~ /(0°- 30°) VL/ J~ /- 30°V<br />

VcN=VLJ 4ã~ /(240°-30°)=VL/ ~ /-150°V<br />

Análise de Circuitos em Corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa


57<br />

CIRCUITO EQUILIBRADO A<br />

Exemplo: Um sistema ABC trifásico à três condutores, 110V, alimenta uma carga<br />

em triângulo, constituída por três impedâncias iguais de 5Z45°Ç2. Calcular as<br />

correntes de linha IA, IB e lc. Traçar o diagrama de fasores.<br />

Cálculo das correntes de fase:<br />

z<br />

A<br />

VCA<br />

110/240°<br />

c<br />

— 110/120° —<br />

— 5/45°<br />

IA<br />

22/75° A =<br />

isc = Veo = 110/O = 22/ — 45° A =<br />

• 5/450<br />

z<br />

(5,7 + 12125 )A<br />

(15,56—j15,56)A<br />

VcA<br />

IcA = •<br />

z<br />

110~2400—22/195°A<br />

= 5/45~<br />

.(—21,25—j5,69)A<br />

Aplicação da lei das correntes de Kirchhoff<br />

• .<br />

=IcA—I~c =22/195°—22Z—45°=38,11/165°A<br />

Diagrama de Fasores:<br />

B<br />

lA = lAR— lcA =22/75°—22Z195°~38j 1/45° A<br />

lB — AB + lBc = —22/75° + 22/ — 45° = 38,1 IZ — 75° A<br />

lc<br />

As correntes de linha estão<br />

equilibradas e defasadas de<br />

120° e de módulos 1J~ das<br />

correntes de fase.<br />

VF VL eL ,Ji IF<br />

Ic<br />

)1<br />

Análise de circuitos em corrente Alternada Prof.: José Antônio Rosa<br />

VAB<br />

VCA<br />

IB<br />

IA<br />

Vsc


58<br />

POTÊNCIA TRIFÁSICA<br />

A potência total absorvida por uma carga trifásica é a soma das potências individuais<br />

absorvidas nas impedâncias totais de cada uma das fases, ou seja, é soma das<br />

absorvidas pelas cargas monofásica~.<br />

As potências ativa, reativa e aparente, desenvolvidas nas cargas monofásicas, já<br />

foram analisadas anteriormente. Resta anahsá-Ias em sistemas trifásicos formados<br />

por cargas em estrela e triângulo.<br />

Relembrando, as cargas indutivas possuem<br />

cargas capacitivas possuem potência reativa<br />

Potências Ativas, Reativas e Aparente<br />

Cada impedância da carga trifásica<br />

tensão de fase VF e uma corrente de<br />

IF<br />

ZF~F<br />

potência reativa negativa, enquanto as<br />

positiva.<br />

Assim as potências ativa e reativa das fases ou absorvidas pelas impedâncias são<br />

dadas por<br />

PF = VF.IF.coswF e QF = - VF.IF.sen pF<br />

As potências ativas e reativas totais absorvidas pela carga trifásica são dadas pela<br />

soma das respectivas potências nas impedâncias:<br />

PTPF1+PF2+PF3 QT QFI + QF2 + QF3<br />

Finalmente a potência aparente total e o fator de potência total da carga trifásica são<br />

dados por<br />

NT=JPT2+QT2<br />

e FP~=~<br />

_____________________ NT<br />

Anáise de Circyitos em corrente Alternada<br />

possui uma fase pF e está submetida a uma<br />

fase IF.<br />

Prof.: José Antônio Rosa

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!