Revista Sinais Sociais N20 pdf - Sesc
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EDitoRiAL<br />
O entusiasmo não pode ser induzido de forma determinista; será<br />
transmitido por meio de suas manifestações? A hipótese afirmativa nutre<br />
as expectativas acerca do presente número da revista <strong>Sinais</strong> <strong>Sociais</strong>, que<br />
traz fios vívidos de entusiasmo, na primeira, segunda e terceira pessoas.<br />
Os personagens presentes nos trabalhos desta publicação − essas<br />
“pessoas”− diferem em origens, temas e percursos, mas têm aqui ressaltadas<br />
suas conexões às realidades em que se inseriram, para com<br />
elas interagir, de forma a contribuir para sua compreensão e alteração,<br />
segundo suas particulares perspectivas.<br />
Nestes textos está presente também o elogio ao ensaio, como forma,<br />
como recurso, como reiterada possibilidade de acesso subjetivo e direto<br />
aos contextos físicos e práticos, abstratos e teóricos.<br />
São muitos os sujeitos referidos direta ou indiretamente pelos autores.<br />
Antonio Candido, Paulo Emilio e Mário Pedrosa são os críticos<br />
cujas visões da arte e cultura do Brasil são cotejadas por Francisco<br />
Alambert. Gonçalo M. Tavares é o autor do Livro da dança, obra da<br />
qual Júlia Studart faz detida análise. Caio Prado Jr. é tomado como<br />
exemplo por Marco Aurélio Nogueira para a discussão do papel do<br />
intelectual marxista no mundo contemporâneo. Oliveira Vianna é o<br />
historiador que tem obra evocada por André Botelho, que reafirma a<br />
validade das interpretações autorais para o entendimento do passado<br />
e a percepção do presente.<br />
Compõe ainda esta <strong>Sinais</strong> <strong>Sociais</strong> o artigo de Fabio D. Waltenberg<br />
e Márcia de Carvalho. Da análise sobre os resultados das ações afirmativas<br />
no Brasil, um pormenor não deve escapar à atenção: foi o<br />
protagonismo das universidades que trouxe o tema para a esfera pública,<br />
lidando frontalmente com uma questão até então relegada ao<br />
escaninho das imutáveis perversidades nacionais.<br />
De diversos sujeitos, portanto, e de seus entusiasmos ao lidar com<br />
linhas iluminadoras de nossos labirintos sociais, tratam os artigos aqui<br />
apresentados.<br />
Maron Emile Abi-Abib<br />
Diretor-Geral do Departamento Nacional do <strong>Sesc</strong><br />
SiNAiS SoCiAiS | Rio DE JANEiRo | v.7 nº 20 | p. 1-180 | SEtEmbRo > DEzEmbRo 2012<br />
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