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Manual de procedimentos e gestão do voluntariado - Sesc

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SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>do</strong> SESC<br />

Antonio Oliveira Santos<br />

Diretor Geral <strong>do</strong> Departamento Nacional <strong>do</strong> SESC<br />

Maron Emile Abi-Abib<br />

Consultoria da Direção Geral<br />

Juvenal Ferreira Fortes Filho<br />

Divisão Administrativa e Financeira<br />

João Carlos Gomes Roldão<br />

Divisão <strong>de</strong> Planejamento e Desenvolvimento<br />

Luís Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mello Costa<br />

Divisão <strong>de</strong> Programas Sociais<br />

Álvaro <strong>de</strong> Melo Salmito<br />

FICHA CATALOGRÁFICA<br />

SESC.DN.DPD.GEP<br />

<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>procedimentos</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>: Mesa Brasil SESC/<br />

Cláudia Márcia Santos Barros (coor<strong>de</strong>nação).- Rio <strong>de</strong> Janeiro: SESC,<br />

Departamento Nacional, 2007.<br />

59p.; 29 x 21cm<br />

ISBN 978-85-89336-26-0<br />

1. Trabalho voluntário. 2. Programa Mesa Brasil SESC. I. Barros,<br />

Cláudia Márcia Santos. II. Título.<br />

CDD 361.37<br />

PUBLICAÇÃO<br />

Coor<strong>de</strong>nação<br />

Gerência <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas / DPD<br />

Sebastião Henriques Chaves<br />

Gerência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> / DPS<br />

Irlan<strong>do</strong> Tenório Moreira<br />

Conteú<strong>do</strong><br />

Gerência <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas / DPD<br />

Cláudia Márcia Santos Barros (Coor<strong>de</strong>nação)<br />

Gerência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> / DPS<br />

Ana Cristina Correia Gue<strong>de</strong>s Barros (Supervisão técnica)<br />

Facilita<strong>do</strong>res<br />

RIOVOLUNTÁRIO – Voluntaria<strong>do</strong> Empresarial (Consultor<br />

<strong>de</strong> Conteú<strong>do</strong>)<br />

Heloísa Coelho (Diretora Executiva)<br />

EDIÇÃO<br />

Assessoria <strong>de</strong> Divulgação e Promoção / DG<br />

Christiane Caetano<br />

Projeto Gráfico<br />

Assessoria <strong>de</strong> Divulgação e Promoção / DG<br />

An<strong>de</strong>rson Oliveira e Mario Saladini<br />

Revisão <strong>de</strong> Texto<br />

Rosane Carneiro


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APRESENTAÇÃO<br />

INTRODUÇÃO<br />

1. CONCEITOS BÁSICOS DE VOLUNTARIADO<br />

2. VOLUNTARIADO NO BRASIL<br />

2.1. Datas e Fatos<br />

3. LEGISLAÇÃO<br />

3.1. Uma leitura sobre a Lei<br />

4. ÉTICA NO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />

4.1. Motivação para ser voluntário<br />

4.2. Princípios básicos <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong><br />

4.3. Visão e atitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário<br />

4.4. Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário<br />

4.5. Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s da instituição<br />

5. VOLUNTÁRIOS DO PROGRAMA MESA BRASIL SESC<br />

5.1. Por que trabalhar com voluntários no MESA BRASIL SESC?<br />

5.2. Participação <strong>do</strong>s voluntários no MESA BRASIL SESC<br />

5.3. Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviço voluntário no MESA BRASIL SESC<br />

5.3.1. Voluntários da Área Técnica<br />

5.3.2. Voluntários da Área Operacional<br />

5.3.3. Voluntários da Área Administrativa<br />

6. GERENCIAMENTO<br />

6.1. Composição da equipe<br />

6.1.1. Funções <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />

6.1.2. Característica <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />

6.2. Planejamento<br />

6.3. Desenhan<strong>do</strong> o Projeto <strong>de</strong> Voluntários no MESA BRASIL SESC<br />

6.3.1. Objetivos <strong>do</strong> Projeto<br />

6.3.2. Descrição das tarefas<br />

6.4. Admissão <strong>do</strong> voluntário<br />

6.4.1. Preparação<br />

6.4.2. Recrutamento<br />

6.4.3. Seleção<br />

6.5. Incorporação <strong>do</strong> voluntário<br />

6.5.1. Capacitação<br />

6.5.2. Voluntários organiza<strong>do</strong>s em equipes<br />

6.5.3. Integração – Profissionais <strong>do</strong> Departamento Regional e Voluntários<br />

6.5.4. Administração <strong>de</strong> conflitos<br />

6.6. Manutenção <strong>do</strong> voluntário<br />

6.6.1. Reforço à motivação <strong>do</strong>s voluntários<br />

6.6.2. Reconhecimento<br />

6.6.3. Supervisão e Avaliação<br />

6.6.4. Remanejamento <strong>do</strong> voluntário<br />

6.7. Desligamento<br />

6.7.1. Desligamento pela instituição social<br />

6.7.2. Solicitação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento pelo voluntário<br />

S U M Á R I O


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ANEXOS - Instrumentos <strong>de</strong> apoio para a <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> voluntários<br />

ANEXO I - Termo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário e Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário<br />

ANEXO II - Regimento Interno<br />

ANEXO III - Ficha cadastral <strong>de</strong> voluntários<br />

ANEXO IV - Diagnóstico por funcionário<br />

ANEXO V - Descritivo <strong>de</strong> função<br />

ANEXO VI - Ficha <strong>de</strong> avaliação periódica <strong>do</strong> voluntário<br />

ANEXO VII - Questionário <strong>de</strong> motivação pessoal<br />

ANEXO VIII - Ficha <strong>de</strong> auto-avaliação <strong>do</strong> serviço voluntário<br />

ANEXO IX - Certifica<strong>do</strong> pelo serviço voluntário<br />

ANEXO X - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> projeto<br />

BIBLIOGRAFIA


APRESENTAÇÃO<br />

A elaboração e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> manuais técnico-operacionais constituem-se priorida<strong>de</strong>s<br />

estratégicas <strong>do</strong> Departamento Nacional <strong>do</strong> SESC, na perspectiva <strong>de</strong> contribuir para o aprimoramento<br />

técnico permanente das equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais, com efeitos para a qualificação crescente<br />

das ações <strong>de</strong>senvolvidas em suas diferentes esferas <strong>de</strong> atuação.<br />

Consiste em uma forma também <strong>de</strong> garantir uma certa unida<strong>de</strong> das ações programáticas, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />

vista as especificida<strong>de</strong>s locais que, por sinal, são contempladas e se constituem em objeto <strong>de</strong> sistematização<br />

analítica nesses <strong>do</strong>cumentos, com vistas ao aprendiza<strong>do</strong> a partir das diferentes experiências.<br />

É o caso <strong>de</strong>ste <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>procedimentos</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC,<br />

elabora<strong>do</strong> em resposta à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistematizar e dinamizar o trabalho voluntário – componente<br />

fundamental para a consolidação das diretrizes fixadas em torno da melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e <strong>do</strong><br />

fortalecimento da cidadania por meio da responsabilida<strong>de</strong> social compartilhada.<br />

A<strong>do</strong>ta-se a abordagem contemporânea <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> como forma <strong>de</strong> ação cívica que tem como<br />

objetivo a mobilização e o engajamento em torno <strong>de</strong> problemas da coletivida<strong>de</strong>, supon<strong>do</strong> uma atuação<br />

qualificada e, <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong>, requeren<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> voluntários administradas com boas<br />

práticas <strong>de</strong> gerência e criterioso planejamento.<br />

Acreditamos que a presente publicação possibilitará a instrumentalização técnica das equipes para o<br />

enfrentamento <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>safio, contribuin<strong>do</strong> para a difusão da cultura da solidarieda<strong>de</strong> e da cidadania, em<br />

conformida<strong>de</strong> com os objetivos institucionais.<br />

Maron Emile Abi-Abib<br />

Diretor-Geral


INTRODUÇÃO<br />

Este é um manual <strong>de</strong> orientação técnica <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a instrumentalizar os coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res e as equipes <strong>de</strong><br />

execução <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC, nos diferentes Departamentos Regionais, para o processo<br />

<strong>de</strong> implantação e <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> seus Projetos <strong>de</strong> Voluntaria<strong>do</strong>.<br />

O <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>procedimentos</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> vem aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistematizar e<br />

dinamizar o trabalho voluntário no MESA BRASIL SESC e é um <strong>do</strong>cumento que integra o conjunto <strong>de</strong> ações<br />

estratégicas que vêm sen<strong>do</strong> implementadas pelo Departamento Nacional, visan<strong>do</strong> ao aprimoramento<br />

técnico das equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais e a padronização <strong>de</strong> critérios e <strong>procedimentos</strong> que<br />

contribuam para a unida<strong>de</strong> das ações programáticas, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />

localida<strong>de</strong>.<br />

Este <strong>do</strong>cumento foi, assim, elabora<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma didática, procuran<strong>do</strong> sistematizar a experiência já<br />

adquirida pelas equipes nos Departamentos Regionais, aliada ao conhecimento construí<strong>do</strong> na interlocução<br />

com parceiros e com a equipe gestora no Departamento Nacional.<br />

A intenção na organização <strong>do</strong> texto foi proporcionar às equipes um material <strong>de</strong> caráter objetivo e <strong>de</strong><br />

consulta permanente na estruturação organizacional e meto<strong>do</strong>lógica <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> – seus<br />

aspectos <strong>de</strong> planejamento, acompanhamento e avaliação.<br />

Inicia-se pela abordagem conceitual <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> as concepções a<strong>do</strong>tadas<br />

contemporaneamente e que guardam correspondência com as diretrizes fixadas para a ação institucional,<br />

alian<strong>do</strong> os princípios <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social compartilhada, exercício da cidadania e promoção da<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />

Na seqüência analisa-se brevemente os aspectos históricos e políticos <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, listan<strong>do</strong>-se<br />

os principais acontecimentos que contribuíram para a promoção e o fortalecimento <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> no<br />

Brasil. Um marco <strong>de</strong> fundamental importância é a promulgação da lei que dispõe sobre as condições <strong>do</strong><br />

serviço voluntário e esse <strong>do</strong>cumento legal é analisa<strong>do</strong> neste manual, tecen<strong>do</strong>-se comentários atinentes<br />

aos <strong>procedimentos</strong> para sua aplicação no contexto <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC.<br />

O tema das bases éticas subjacentes à implantação e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong><br />

é trata<strong>do</strong> tanto na dimensão das motivações, valores e atitu<strong>de</strong>s que levam às opções individuais pelo<br />

serviço voluntário, quanto na esfera <strong>do</strong>s princípios que o regem no âmbito das organizações.


As duas últimas seções <strong>de</strong>ste manual <strong>de</strong>dicam-se ao <strong>de</strong>talhamento das possibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> trabalho<br />

voluntário no Programa MESA BRASIL SESC e <strong>do</strong>s respectivos <strong>procedimentos</strong> <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> necessários ao<br />

êxito <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />

Por fim, os anexos apresentam instrumentos <strong>de</strong> apoio para a <strong>gestão</strong>, seleciona<strong>do</strong>s a partir das<br />

experiências vivenciadas pelas equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais, assim como resultantes <strong>de</strong> pesquisa<br />

em publicações <strong>de</strong> organizações <strong>de</strong>dicadas ao incentivo e à consolidação <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> no país.<br />

A implementação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> no contexto <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC vem sen<strong>do</strong><br />

feita <strong>de</strong> forma cuida<strong>do</strong>sa pelas equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais e preten<strong>de</strong>mos que a publicação<br />

<strong>de</strong>ste manual contribua para a sistematização <strong>do</strong> trabalho no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua qualificação crescente.<br />

Mas também esperamos que este <strong>do</strong>cumento possa ser dinamiza<strong>do</strong>, como resulta<strong>do</strong> da atuação<br />

<strong>do</strong>s técnicos em resposta aos <strong>de</strong>safios coloca<strong>do</strong>s pela prática, <strong>do</strong>s aprendiza<strong>do</strong>s proporciona<strong>do</strong>s pela<br />

integração e convivência com os parceiros, com os voluntários e o público beneficiário e <strong>do</strong> intercâmbio<br />

<strong>de</strong> experiências efetiva<strong>do</strong> pelas equipes nos diferentes Departamentos Regionais <strong>do</strong> SESC.


C<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

1 - C O N C E I T O S B Á S I C O S D E V O L U N T A R I A D O<br />

om as transformações que vêm acontecen<strong>do</strong> nas relações entre o Esta<strong>do</strong> e a Socieda<strong>de</strong>, abrin<strong>do</strong><br />

novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participação da socieda<strong>de</strong> civil nos processos <strong>de</strong>cisórios <strong>do</strong> país, a<br />

ação voluntária vem toman<strong>do</strong> espaço privilegia<strong>do</strong> no âmbito das práticas produtivas concretas,<br />

chegan<strong>do</strong> mesmo a ser consi<strong>de</strong>rada fundamental para que os projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tenham resulta<strong>do</strong>.<br />

A ação voluntária para ser eficiente e eficaz <strong>de</strong>ve compor um feixe <strong>de</strong> ações fundadas no princípio da<br />

solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve estar em consonância com políticas públicas que favoreçam a inclusão social e<br />

a redução das enormes <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nosso país – esse é o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> no Programa<br />

MESA BRASIL SESC, conjugan<strong>do</strong> esforços para o <strong>de</strong>senvolvimento e a justiça social, soman<strong>do</strong> vonta<strong>de</strong>s,<br />

princípios, energias, sentimentos e solidarieda<strong>de</strong>s.<br />

O voluntaria<strong>do</strong> que nasce <strong>de</strong>sse encontro da solidarieda<strong>de</strong> com a cidadania não substitui o Esta<strong>do</strong> nem<br />

se choca com o trabalho remunera<strong>do</strong>, mas exprime, isto sim, a capacida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir responsabilida<strong>de</strong>s<br />

no esforço coletivo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> estratégias e canais <strong>de</strong> atuação para enfrentamento<br />

<strong>do</strong>s problemas sociais.<br />

Mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> esses princípios, não existe um conceito absoluto sobre o que é ser voluntário,<br />

sen<strong>do</strong> possível, contu<strong>do</strong>, partir <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>finição mínima sobre o termo, apoian<strong>do</strong>-se sobre conceituações<br />

<strong>de</strong> diversas organizações, <strong>de</strong>ntre as quais po<strong>de</strong>mos citar:<br />

Voluntário é um “ator social e um agente <strong>de</strong> transformação, que presta serviços não<br />

remunera<strong>do</strong>s em benefício da comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong>an<strong>do</strong> seu tempo e conhecimentos, realiza<br />

um serviço gera<strong>do</strong> pela energia <strong>de</strong> seu impulso solidário, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> tanto às necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>do</strong> próximo ou aos imperativos <strong>de</strong> uma causa, como às suas próprias motivações<br />

pessoais, sejam estas <strong>de</strong> caráter religioso, cultural, filosófico, político ou emocional”.<br />

Fundação Abrinq – Abril <strong>de</strong> 1996<br />

“O voluntário é o jovem ou o adulto que, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu interesse pessoal e ao seu espírito<br />

cívico, <strong>de</strong>dica parte <strong>de</strong> seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s, organizadas ou não, <strong>de</strong> bem-estar social ou outros campos...”<br />

Organização das Nações Unidas - ONU<br />

“Trata-se <strong>de</strong> um serviço comprometi<strong>do</strong> com a socieda<strong>de</strong> e alicerça<strong>do</strong> na liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

escolha. O voluntaria<strong>do</strong> promove um mun<strong>do</strong> melhor e torna-se um valor para todas as<br />

socieda<strong>de</strong>s.”<br />

International Association for Volunteer Efforts - Iave<br />

No serviço voluntário o dinheiro não é o objetivo final, nem a medida <strong>de</strong> referência. Cooperação, responsabilida<strong>de</strong>,<br />

compromisso, solidarieda<strong>de</strong>, tolerância, <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser abstrações para se tornarem realida<strong>de</strong>.


10<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

O<br />

2 - V O L U N T A R I A D O N O B R A S I L<br />

voluntário é, principalmente, alguém que contribui com suas habilida<strong>de</strong>s, competências e espírito<br />

solidário para o fortalecimento da equipe da instituição. Seu serviço não <strong>de</strong>ve substituir o <strong>de</strong><br />

um funcionário remunera<strong>do</strong>; sua participação <strong>de</strong>ve estar limitada a ativida<strong>de</strong>s complementares,<br />

amplian<strong>do</strong> o alcance <strong>do</strong> serviço social, nas ativida<strong>de</strong>s culturais, educativas e ambientais.<br />

O voluntaria<strong>do</strong> é um produto histórico e mesmo que possamos i<strong>de</strong>ntificar características peculiares aos<br />

diferentes momentos da evolução <strong>do</strong> pensamento e da ação voluntária, o fato é que sempre esteve e está<br />

permea<strong>do</strong> pela generosida<strong>de</strong> e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> justiça, unidas a um sentimento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> pessoal<br />

sobre seu esforço i<strong>de</strong>ológico e comunitário.<br />

Po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar a década <strong>de</strong> 90 como um marco histórico para a atual forma <strong>de</strong> conceber a ação<br />

voluntária, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o voluntário como um cidadão que, motiva<strong>do</strong> por valores <strong>de</strong> participação e<br />

solidarieda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>a o seu tempo, serviço e talento <strong>de</strong> maneira espontânea e não remunerada, em prol <strong>de</strong><br />

causas <strong>de</strong> interesse social e comunitário.<br />

Esse novo mo<strong>de</strong>lo baseia-se e pratica o princípio <strong>de</strong> “aproximação vital”: quanto mais próxima <strong>de</strong> um<br />

problema estiver uma instituição social, com recursos humanos e seus serviços, mais a<strong>de</strong>quada será a<br />

intervenção e maior a participação das pessoas na busca <strong>de</strong> soluções.<br />

Hoje não é possível conceber uma ação social eficiente sem o envolvimento da comunida<strong>de</strong>. Não haverá<br />

soluções efetivas e sustentáveis sem a participação das pessoas envolvidas no processo.<br />

Dentro <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>, o voluntaria<strong>do</strong> assume e assumirá cada vez mais um papel <strong>de</strong>cisivo, pois participar<br />

significa ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir responsabilida<strong>de</strong>s e investir tempo, serviço e <strong>de</strong>dicação na<br />

solução <strong>de</strong> problemas e nas exigências comunitárias e solidárias.<br />

2.1<br />

DATAS E FATOS<br />

1543 - Fundada, na Vila <strong>de</strong> Santos, a Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia;<br />

1863 - Surge o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para prestar assistência médica em áreas <strong>de</strong><br />

conflito arma<strong>do</strong>;<br />

1908 - A Cruz Vermelha chega ao Brasil;<br />

1910 - O Escotismo se estabelece no país, com o objetivo <strong>de</strong> “ajudar o próximo em toda e qualquer<br />

ocasião”;<br />

1935 - É promulgada a Lei <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Pública, para regular a colaboração <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> com as instituições<br />

filantrópicas;<br />

1942 - Getúlio Vargas funda a Legião Brasileira <strong>de</strong> Assistência (LBA). A primeira-dama, Darci Vargas, foi<br />

a primeira presi<strong>de</strong>nte;<br />

1961 - Surge a Associação <strong>de</strong> Pais e Amigos <strong>de</strong> Excepcionais (Apae);<br />

1967 - O governo cria o Projeto Ron<strong>do</strong>n, que leva universitários brasileiros para dar assistência às comunida<strong>de</strong>s<br />

carentes no interior <strong>do</strong> país;<br />

1983 - É criada a Pastoral da Criança, para combater a mortalida<strong>de</strong> infantil;<br />

1990 - A Iniciativa Voluntária começa a buscar parcerias com a classe empresarial;


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

1993 - Betinho cria a Ação da Cidadania Contra a Miséria e pela Vida, que organiza a socieda<strong>de</strong> para<br />

combater a fome;<br />

1995 - FHC cria o Comunida<strong>de</strong> Solidária, para tentar se a<strong>de</strong>quar às exigências <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>rno voluntaria<strong>do</strong>.<br />

Ruth Car<strong>do</strong>so assume a presidência <strong>do</strong> Conselho;<br />

1997 - Criação <strong>do</strong>s Centros <strong>de</strong> Voluntaria<strong>do</strong> no país;<br />

1998 - É promulgada a Lei 9.608, que dispõe sobre as condições <strong>do</strong> serviço voluntário;<br />

1999 - É promulgada a Lei 9.790, que qualifica as organizações da socieda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> direito público e<br />

disciplina o termo <strong>de</strong> parcerias;<br />

2001 - Ano Internacional <strong>do</strong> Voluntário, instituí<strong>do</strong> pela Organização das Nações Unidas;<br />

2003 - O Programa Fome Zero é cria<strong>do</strong> pelo governo fe<strong>de</strong>ral, Lula como presi<strong>de</strong>nte, convidan<strong>do</strong> toda a<br />

socieda<strong>de</strong> a se mobilizar contra a fome.<br />

O<br />

“O voluntário somente tem senti<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> não esquece o horizonte da emancipação<br />

(...) O voluntaria<strong>do</strong> não é um álibi para diminuir os compromissos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, mas para<br />

exigi-los. (...) A ação voluntária requer reciprocida<strong>de</strong>: não é orientada simplesmente para<br />

a assistência <strong>do</strong> outro, mas para o crescimento <strong>de</strong> ambos, embora as suas contribuições<br />

sejam diferentes.”<br />

3 - L E G I S L A Ç Ã O<br />

García Roca<br />

serviço voluntário po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> que atue em diferentes setores da<br />

área social e comunitária. No entanto, nem todas as instituições abrem suas portas para este tipo<br />

<strong>de</strong> serviço.<br />

Via <strong>de</strong> regra, isso acontece por dificulda<strong>de</strong>s da própria instituição em se organizar a<strong>de</strong>quadamente para<br />

receber os voluntários, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> experiências negativas ou dificulda<strong>de</strong>s legais que tiveram em seu<br />

relacionamento com voluntários.<br />

O problema foi equaciona<strong>do</strong> com a aprovação pelo Congresso Nacional, em fevereiro <strong>de</strong> 1998, da Lei<br />

sobre o Serviço Voluntário. Esta lei tem <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s méritos:<br />

• O reconhecimento da especificida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço voluntário dá um status próprio a uma realida<strong>de</strong> que,<br />

no Brasil, ainda é pouco conhecida e valorizada;<br />

• O claro estabelecimento da distinção entre voluntário e emprega<strong>do</strong>. A lei protege as organizações<br />

contra a ação <strong>de</strong> alguns poucos que se apresentavam e trabalhavam como voluntários para, em seguida,<br />

tentar forjar um vínculo empregatício com a instituição com a qual colaboravam.<br />

Essa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> poucos inibia a ação <strong>de</strong> muitos, na medida em que as organizações que necessitavam <strong>de</strong><br />

voluntários hesitavam em mobilizá-los, receosas <strong>de</strong> se verem surpreendidas por ações trabalhistas in<strong>de</strong>vidas.<br />

11


12<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

O candidato ao serviço voluntário agora assina um Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário junto à organização<br />

on<strong>de</strong> vai prestar o serviço, no qual <strong>de</strong>clara conhecer a legislação específica 1 .<br />

3.1<br />

UMA LEITURA SOBRE A LEI<br />

Como vimos, o serviço voluntário é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pela Lei 9.608, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998, a qual legisla<br />

como voluntaria<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> não remunerada prestada por pessoa física a entida<strong>de</strong> pública, <strong>de</strong> qualquer<br />

natureza, ou a instituição privada <strong>de</strong> fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais,<br />

científicos, recreativos ou <strong>de</strong> assistência social, inclusive mutualida<strong>de</strong>. Segun<strong>do</strong> <strong>de</strong>fine a Lei, o<br />

serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação <strong>de</strong> natureza trabalhista, previ<strong>de</strong>nciária<br />

ou afim.<br />

É bom ter claro que serviço voluntário não é estágio, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, portanto, ser certifica<strong>do</strong> como tal. No<br />

entanto é inegável que, para o recém-forma<strong>do</strong>, trata-se <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir prática no seu<br />

campo profissional, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> inclusive ser cita<strong>do</strong> no seu currículo como enriquecimento e experiência<br />

na área.<br />

A Lei autoriza o ressarcimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas feitas pelo voluntário, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estas sejam expressamente<br />

autorizadas pela entida<strong>de</strong> toma<strong>do</strong>ra, e sejam comprovadamente realizadas no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />

voluntárias. É recomendável que a organização preveja hipóteses e/ou limites <strong>de</strong> reembolso <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas,<br />

bem como exija relatórios comprovan<strong>do</strong> sua vinculação ao serviço voluntário. É também requisito legal<br />

que o serviço voluntário esteja previsto em contrato escrito – Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário.<br />

• Colocan<strong>do</strong> em prática a legislação<br />

O Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são <strong>de</strong>ve:<br />

1. Conter a correta i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> presta<strong>do</strong>r e toma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> serviços voluntários<br />

2. Indicar a natureza <strong>do</strong>s serviços e as condições para o seu exercício. (Esse requisito é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />

essencial para o afastamento e a <strong>de</strong>sobrigação <strong>de</strong> vínculo <strong>de</strong> emprego passível <strong>de</strong> fiscalização trabalhista<br />

e <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, orienta<strong>do</strong>s que são pelo conceito <strong>de</strong> contrato realida<strong>de</strong> em lugar <strong>do</strong><br />

contrato formal.)<br />

3. Conter a Lei 9.608 transcrita no verso da página.<br />

4. Ser emiti<strong>do</strong> em duas vias, sen<strong>do</strong> uma para os voluntários e a outra para a instituição.<br />

5. Ser assina<strong>do</strong> pelo responsável pela instituição e pelo voluntário.<br />

6. Ser assina<strong>do</strong> por duas testemunhas.<br />

7. Deve ser arquiva<strong>do</strong> e conserva<strong>do</strong> por três anos após o <strong>de</strong>sligamento <strong>do</strong> voluntário, pois é a prova<br />

<strong>do</strong>cumental da não-existência <strong>de</strong> vínculo trabalhista.<br />

8. A vigência <strong>do</strong> Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são não é pre<strong>de</strong>terminada por nenhum aspecto legal. Recomendamos<br />

que ao fim da relação entre o voluntário e o Departamento Regional faça-se constar no termo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são<br />

uma anotação referente à finalização da prestação <strong>de</strong> serviço.<br />

É recomendável, ainda, a elaboração <strong>de</strong> um Regimento Interno que normatize a ação voluntária. O corpo<br />

<strong>de</strong> voluntários da organização social <strong>de</strong>ve estar sujeito à obediência <strong>de</strong> um regimento interno, que discipline<br />

as normas <strong>de</strong> conduta e os <strong>procedimentos</strong> durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> exercício da função.<br />

Apesar <strong>de</strong> o serviço não ser remunera<strong>do</strong>, ele requer gran<strong>de</strong> senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, interesse e<br />

1 Você vai encontrar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário no Anexo I <strong>de</strong>ste <strong>Manual</strong>.


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

profissionalismo. Assim, no regimento interno, o Departamento Regional <strong>de</strong>ve discorrer <strong>de</strong> forma clara e<br />

direta sobre to<strong>do</strong>s os pontos que possam garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse serviço, como, por exemplo, pontualida<strong>de</strong><br />

e assiduida<strong>de</strong>; participação em reuniões, treinamentos e eventos; uso <strong>de</strong> telefone e <strong>de</strong>mais equipamentos<br />

da organização; formas <strong>de</strong> trajar-se e <strong>do</strong> contacto com pacientes e/ou clientes da organização etc.<br />

Quanto mais claras e especificadas as normas, menos “mal-entendi<strong>do</strong>s” po<strong>de</strong>rão advir. Esse <strong>do</strong>cumento<br />

entregue ao novo voluntário servirá como instrumento <strong>de</strong> consulta permanente.<br />

Materiais <strong>de</strong> apoio:<br />

Lei <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong>: Anexo I<br />

Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são: Anexo I<br />

Regimento interno: Anexo II<br />

E<br />

4 - É T I C A N O S E R V I Ç O V O L U N T Á R I O<br />

m setembro <strong>de</strong> 1990 em Paris, a International Association for Volunteer Efforts (Iave), redigiu<br />

uma <strong>de</strong>claração inspirada na Declaração Mundial <strong>do</strong>s Direitos Humanos, <strong>de</strong> 1948, e na Convenção<br />

<strong>do</strong>s Direitos da Criança, <strong>de</strong> 1989. Os voluntários reuni<strong>do</strong>s para essa iniciativa da Iave<br />

<strong>de</strong>clararam: “a sua fé na ação voluntária como uma força criativa que:<br />

• Respeita a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as pessoas e a sua disposição para melhorar as suas vidas e exercer<br />

os seus direitos como cidadãos;<br />

• Ajuda a resolver problemas sociais e ambientais; e<br />

• Constrói um mun<strong>do</strong> mais humano e justo, promoven<strong>do</strong> a cooperação internacional.”<br />

Os voluntários reuni<strong>do</strong>s pela Iave convidaram então os governos, as organizações internacionais, as<br />

empresas e os meios <strong>de</strong> comunicação a se unirem a eles “na criação <strong>de</strong> um ambiente universal que promova<br />

e mantenha um voluntaria<strong>do</strong> efetivo no mun<strong>do</strong>, como um sinal <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> entre as nações e<br />

entre to<strong>do</strong>s os seres humanos”.<br />

Importante saber:<br />

Iave - International Association for Volunteer Efforts, é uma organização não-governamental inteiramente<br />

gerenciada por voluntários, que atua no mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong> com o objetivo <strong>de</strong> apoiar, fortalecer e promover o<br />

voluntaria<strong>do</strong>. Maiores informações: http://www.iave.org/about_sp.cfm<br />

13


14<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

4.1<br />

MOTIVAÇÃO PARA SER VOLUNTÁRIO<br />

Ao falar da filosofia da ação voluntária surge uma pergunta simples, mas básica: o que leva uma pessoa<br />

a ser voluntária?<br />

Ao ensaiar uma resposta po<strong>de</strong>ríamos tentar expressá-la com vários sentimentos como: solidarieda<strong>de</strong>,<br />

amor ao próximo, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser útil a alguém, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer diferença, etc. É possível salientar que<br />

alguns voluntários enfatizam as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> realização pessoal através <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, enquanto<br />

outros dão maior importância ao serviço, ao <strong>de</strong>ver e à retribuição por benefícios recebi<strong>do</strong>s.<br />

Enfim, a resposta po<strong>de</strong> ser tão variada quanto os sonhos e as expectativas <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada ser humano<br />

<strong>do</strong> nosso planeta, pois cada voluntário terá a sua motivação pessoal, mesmo que em um primeiro momento<br />

ela não fique tão clara e visível, nem mesmo para o próprio voluntário.<br />

Aceitar as diversas motivações também compreen<strong>de</strong> o reconhecimento, pois é extremamente legítimo<br />

que um voluntário espere algo em troca pelo seu serviço voluntário. Nada relaciona<strong>do</strong> a recursos financeiros,<br />

mas sim a uma via <strong>de</strong> mão dupla on<strong>de</strong> o voluntário, além <strong>de</strong> <strong>do</strong>ar talento, carinho, tempo, <strong>de</strong>dicação,<br />

etc., também recebe novas experiências, oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, prazer <strong>de</strong> se sentir útil, criação<br />

<strong>de</strong> novos vínculos <strong>de</strong> pertencimento, afirmação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> comunitário.<br />

Por isso conhecer, enten<strong>de</strong>r e aceitar a motivação <strong>de</strong> cada voluntário po<strong>de</strong> ser a chave <strong>do</strong> sucesso para<br />

um projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>, mesmo que isso signifique abrir mão <strong>de</strong> um ótimo potencial voluntário. Veja<br />

este exemplo:<br />

“O Sr. Antonio é um excelente artesão, e ficou saben<strong>do</strong> que o SESC, através <strong>do</strong> Programa MESA<br />

BRASIL SESC, está receben<strong>do</strong> voluntários para fortalecimento <strong>de</strong> suas ações. Mesmo sem saber<br />

que ações são estas ele procurou o SESC, pois sempre quis ser voluntário, ensinan<strong>do</strong> o seu ofício<br />

em comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> baixa renda, a fim <strong>de</strong> contribuir para a geração <strong>de</strong> receita para muitas famílias.<br />

Lá, foi recebi<strong>do</strong> pela Assistente Social <strong>do</strong> Programa, que lhe apresentou o MESA BRASIL SESC e<br />

as suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>. Com isso o Sr. Antônio viu que não havia a vaga <strong>de</strong> oficineiro<br />

<strong>de</strong> artesanato, mas que havia outras oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ser útil à sua comunida<strong>de</strong>.”<br />

A partir <strong>de</strong>sse ponto po<strong>de</strong>mos ter basicamente <strong>do</strong>is <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos:<br />

1º. O Sr. Antônio reafirma que a sua motivação em ser voluntário está estritamente ligada à sua<br />

profissão; logo, o que ele quer fazer é dar aulas <strong>de</strong> artesanato.<br />

2º. O Sr. Antônio reafirma a sua intenção <strong>de</strong> dar aulas <strong>de</strong> artesanato, mas diz que, acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>,<br />

a sua motivação é para ajudar a comunida<strong>de</strong>, logo quer ajudar no que for útil.<br />

Percebam que, como no exemplo acima, a <strong>de</strong>cisão final <strong>de</strong>ve ser <strong>do</strong> sujeito que se candidata a voluntário.<br />

Ele não <strong>de</strong>ve ser pressiona<strong>do</strong> a assumir uma ativida<strong>de</strong> que não corresponda ao seu interesse,<br />

expresso <strong>de</strong> uma forma muito tranqüila pela atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> dizer “quero fazer...”.


4.2<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

Segun<strong>do</strong> a motivação pessoal e a livre escolha, os princípios básicos <strong>do</strong> voluntário são:<br />

• Reconhecer e respeitar a dignida<strong>de</strong> e a cultura <strong>de</strong> cada ser humano;<br />

• Reconhecer o direito <strong>de</strong> cada homem, mulher e criança <strong>de</strong> associar-se livremente, sem distinção <strong>de</strong><br />

raça, religião, condição física, social, econômica ou outra;<br />

• Oferecer seus serviços aos <strong>de</strong>mais, sem qualquer remuneração, individualmente ou através <strong>do</strong> esforço<br />

conjunto;<br />

• Detectar as necessida<strong>de</strong>s e estimular a participação da comunida<strong>de</strong> na resolução <strong>do</strong>s próprios problemas;<br />

• Promover a responsabilida<strong>de</strong> social, a participação cidadã, a comunida<strong>de</strong>, a solidarieda<strong>de</strong> internacional;<br />

• Melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, fornecen<strong>do</strong> respostas aos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> hoje.<br />

É importante lembrar que: O serviço voluntário promove o crescimento pessoal e propicia a aquisição<br />

<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e conhecimentos, ajudan<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> potencial pessoal e da auto-estima,<br />

capacitan<strong>do</strong> a pessoa a participar ativamente na resolução <strong>de</strong> seus problemas e da coletivida<strong>de</strong>.<br />

4.3<br />

PRINCÍPIOS BÁSICOS DO VOLUNTARIADO<br />

VISÃO E ATITUDES DO VOLUNTÁRIO<br />

Os VALORES fundamentais da filosofia <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> social dão significa<strong>do</strong> e transcendência à ação<br />

voluntária e representam o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uma motivação consciente. Eles são:<br />

• Igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres;<br />

• Respeito à dignida<strong>de</strong> humana;<br />

• Justiça social: direito a uma vida digna;<br />

• Solidarieda<strong>de</strong> humana e ajuda recíproca;<br />

• Democracia como forma <strong>de</strong> convivência social, direito <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s à participação e à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

tomar <strong>de</strong>cisões;<br />

• Ajudar os outros a enfrentarem suas necessida<strong>de</strong>s e problemas;<br />

• Enfrentar o pessimismo e as crises <strong>de</strong> valores;<br />

• Ter fé em si mesmo e nas próprias potencialida<strong>de</strong>s;<br />

• Responsabilida<strong>de</strong> pessoal: compromisso.<br />

As ATITUDES, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> viver <strong>de</strong> fato os valores, são:<br />

• Perceber e apreciar a cultura, os valores <strong>do</strong>s outros;<br />

15


16<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

• Estabelecer comunicação, diálogo;<br />

• Ser persistente, responsável e disciplina<strong>do</strong>;<br />

• Ter entusiasmo, iniciativa, otimismo;<br />

• Cooperar, trabalhar em equipe;<br />

• Receber e dar ao mesmo tempo;<br />

• Apren<strong>de</strong>r e ensinar ao mesmo tempo;<br />

• Adquirir a formação e o treinamento necessários;<br />

• Estar disposto ao crescimento pessoal.<br />

4.4<br />

DIREITOS E RESPONSABILIDADES DO VOLUNTÁRIO<br />

To<strong>do</strong> voluntário tem DIREITO a:<br />

• Desempenhar uma tarefa que o valorize e seja um <strong>de</strong>safio para ampliar habilida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>senvolver<br />

outras;<br />

• Obter uma <strong>de</strong>scrição clara <strong>de</strong> suas tarefas e responsabilida<strong>de</strong>s;<br />

• Participar das <strong>de</strong>cisões com relação ao seu trabalho;<br />

• Contar com os recursos indispensáveis para o trabalho voluntário;<br />

• Receber capacitação e supervisão para melhorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> sua tarefa, assim como a informação<br />

completa sobre a tarefa que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver.<br />

• Respeito aos termos acorda<strong>do</strong>s quanto à sua <strong>de</strong>dicação, tempo <strong>do</strong>a<strong>do</strong> etc. e não ser <strong>de</strong>srespeita<strong>do</strong><br />

na disponibilida<strong>de</strong> assumida;<br />

• Receber reconhecimento e estímulo;<br />

• Ter oportunida<strong>de</strong>s para o melhor aproveitamento <strong>de</strong> suas capacida<strong>de</strong>s, receben<strong>do</strong> tarefas e responsabilida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os seus conhecimentos, experiência e interesse.<br />

To<strong>do</strong> voluntário tem a RESPONSABILIDADE <strong>de</strong>:<br />

• Conhecer a instituição e/ou a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> presta serviços (a fim <strong>de</strong> trabalhar levan<strong>do</strong> em conta<br />

essa realida<strong>de</strong> social) e as tarefas que lhe foram atribuídas;<br />

• Escolher cuida<strong>do</strong>samente a área on<strong>de</strong> <strong>de</strong>seja atuar conforme seus interesses, objetivos e habilida<strong>de</strong>s<br />

pessoais, garantin<strong>do</strong> um trabalho eficiente;<br />

• Ser responsável no cumprimento <strong>do</strong>s compromissos contraí<strong>do</strong>s livremente como voluntário. Só se<br />

comprometer com o que <strong>de</strong> fato pu<strong>de</strong>r fazer;<br />

• Respeitar valores e crenças das pessoas com as quais trabalha;<br />

• Aproveitar as capacitações oferecidas, através <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> aberta e flexível;


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

• Trabalhar <strong>de</strong> forma integrada e coor<strong>de</strong>nada com a entida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> presta serviço;<br />

• Manter os assuntos confi<strong>de</strong>nciais em absoluto sigilo;<br />

• Acolher <strong>de</strong> forma receptiva a coor<strong>de</strong>nação e a supervisão <strong>de</strong> seu trabalho;<br />

• Usar <strong>de</strong> bom senso para resolver imprevistos, além <strong>de</strong> informar os responsáveis.<br />

4.5<br />

A instituição toma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> serviço voluntário tem DIREITO a:<br />

• Instituir regras <strong>de</strong> Regulamento Interno para o recebimento <strong>de</strong> voluntários em suas instalações;<br />

• Selecionar o voluntário a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à ativida<strong>de</strong>;<br />

• Solicitar assinatura <strong>do</strong> voluntário no Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são;<br />

• Contar com o voluntário no dia e horário estabeleci<strong>do</strong>s;<br />

• Avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> voluntário;<br />

• Desligar o voluntário, quan<strong>do</strong> este <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r ou não mais se a<strong>de</strong>quar às necessida<strong>de</strong>s da<br />

Instituição.<br />

A instituição toma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> serviço voluntário tem a RESPONSABILIDADE <strong>de</strong>:<br />

• Oferecer estrutura para realização da ativida<strong>de</strong> voluntária;<br />

• Avaliar periodicamente as tarefas <strong>do</strong> voluntário;<br />

• Manter o canal <strong>de</strong> comunicação com o voluntário sempre claro e atualiza<strong>do</strong>;<br />

• Estabelecer postura a<strong>de</strong>quada às normas da instituição;<br />

• Orientar, treinar e acompanhar o serviço <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo voluntário;<br />

• Organizar as tarefas e os recursos;<br />

• Proporcionar troca <strong>de</strong> experiências e estímulo ao serviço voluntário;<br />

• Respeitar as individualida<strong>de</strong>s, como profissional e cidadão;<br />

• Valorizar, incentivar e reconhecer a participação <strong>do</strong>s voluntários.<br />

Importante saber:<br />

DIREITOS E RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO<br />

Não é obrigatório a instituição fornecer aos voluntários benefícios como vale-trasnsporte, vale-refeição,<br />

seguro saú<strong>de</strong>, etc.; estes são direitos <strong>do</strong>s funcionários e caracterizam, portanto, o vínculo empregatício;<br />

qualquer ajuda <strong>de</strong> custo com transporte ou alimentação <strong>de</strong>verá ser negociada previamente, autorizada<br />

pelo responsável e <strong>de</strong>vidamente comprovada pelo voluntário, conforme previsto pela lei.<br />

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18<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

5 - V O L U N T Á R I O S D O P R O G R A M A M E S A B R A S I L S E S C<br />

5.1<br />

O <strong>de</strong>senvolvimento e o sucesso <strong>do</strong> MESA BRASIL SESC está intimamente liga<strong>do</strong> à participação e à a<strong>de</strong>são<br />

da comunida<strong>de</strong>. Por isto, além <strong>do</strong> envolvimento <strong>de</strong> empresas e entida<strong>de</strong>s sociais, abre campo para<br />

a prática <strong>de</strong> ações voluntárias, quan<strong>do</strong> pessoas, motivadas por valores <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong>,<br />

<strong>do</strong>am seu tempo, trabalho e talento, <strong>de</strong> maneira espontânea e não remunerada, em prol <strong>do</strong> bem<br />

comum.<br />

A inserção <strong>de</strong> voluntários neste Programa significa po<strong>de</strong>r contar com forças adicionais para a resolução<br />

<strong>de</strong> um problema tão sério, como é o caso da segurança alimentar em nosso país.<br />

Ten<strong>do</strong> como base <strong>de</strong> sustentação a parceria, a implantação <strong>do</strong> trabalho voluntário no MESA BRASIL<br />

SESC agrega valores importantíssimos as suas ações. O Programa tem no voluntaria<strong>do</strong> uma das suas<br />

principais diretrizes, pois acredita que o voluntário é um cidadão com potencial <strong>de</strong> realizar intensas transformações<br />

sociais em prol da causa <strong>de</strong> seus semelhantes, por meio da realização <strong>de</strong> ações nas áreas <strong>de</strong><br />

educação, saú<strong>de</strong> e assistência social que venham contribuir para a qualida<strong>de</strong> e a segurança alimentar e<br />

nutricional <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parcela da socieda<strong>de</strong> em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>.<br />

Em uma <strong>de</strong>mocracia, como é o caso <strong>do</strong> Brasil, a participação na resolução <strong>do</strong>s problemas da socieda<strong>de</strong><br />

é um direito e um <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cada cidadão. Por isso a participação voluntária <strong>de</strong> cidadãos brasileiros no<br />

Programa MESA BRASIL SESC é uma oportunida<strong>de</strong> que o SESC oferece à comunida<strong>de</strong> para que sejam<br />

agentes <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> suas próprias realida<strong>de</strong>s.<br />

5.2<br />

POR QUE TRABALHAR COM VOLUNTÁRIOS NO MESA BRASIL SESC?<br />

PARTICIPAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS NO MESA BRASIL SESC<br />

Para <strong>de</strong>finirmos a participação <strong>de</strong> voluntários no Programa MESA BRASIL SESC é importante ter em<br />

mente que o SESC tem um potencial bastante gran<strong>de</strong> no que se refere à mobilização <strong>de</strong> recursos para o<br />

cumprimento <strong>do</strong>s objetivos <strong>de</strong>sse Programa, mas sem dúvida a participação <strong>de</strong> voluntários em diversas<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio, como vocês po<strong>de</strong>rão ver neste manual, tem o potencial <strong>de</strong> otimizar os resulta<strong>do</strong>s a<br />

serem alcança<strong>do</strong>s.<br />

Ao tratarmos <strong>do</strong> alcance <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> Voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC, não po<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o que é, e quais os níveis <strong>de</strong> participação.<br />

Se enten<strong>de</strong>mos o serviço voluntário como forma <strong>de</strong> participação cidadã e partimos <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que<br />

a participação é um direito <strong>de</strong> toda pessoa <strong>de</strong> se envolver no próprio <strong>de</strong>stino e no <strong>de</strong>stino da comunida<strong>de</strong>,<br />

é <strong>de</strong>sejável que to<strong>do</strong>s participem na maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas possíveis e no mais alto grau.<br />

É claro que, como em toda ação coletiva, os processos participativos <strong>de</strong> trabalho requerem duas condições<br />

indispensáveis:<br />

• normas que <strong>de</strong>terminem a participação no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;<br />

• uma forma <strong>de</strong> compor ou combinar <strong>de</strong>cisões individuais (por exemplo, por votação <strong>de</strong> maioria<br />

simples) que visa à formação da vonta<strong>de</strong> coletiva.<br />

Acreditamos que o processo <strong>de</strong> trabalho se qualifica quan<strong>do</strong>, como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um processo participativo<br />

cuida<strong>do</strong>so, gradua<strong>do</strong> e respeitoso das diferenças entre as pessoas, atinge-se maior participação na<br />

tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, permitin<strong>do</strong> influências mútuas entre voluntários e instituição. Esse nível <strong>de</strong> participação<br />

correspon<strong>de</strong> a um voluntaria<strong>do</strong> concebi<strong>do</strong> como agente <strong>de</strong> transformação social.<br />

Quem po<strong>de</strong> participar como voluntário <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC?<br />

To<strong>do</strong> e qualquer cidadão brasileiro po<strong>de</strong> se candidatar a voluntário <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC,<br />

em um <strong>do</strong>s Departamentos Regionais, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve receber orientações sobre o processo <strong>de</strong> admissão <strong>de</strong><br />

voluntário da unida<strong>de</strong>.


Importante saber:<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

Juridicamente é <strong>de</strong>saconselhável que funcionários <strong>do</strong> Departamento Regional atuem como voluntários<br />

nas ações <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC, pois isto caracterizaria uma dupla relação contratual, um<br />

contrato <strong>de</strong> trabalho com o SESC e o Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário. Essa relação, em uma<br />

análise judicial, caso ocorra alguma reclamação trabalhista por parte <strong>do</strong> funcionário, terá uma gran<strong>de</strong><br />

chance <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar ganho <strong>de</strong> causa para o funcionário, pois o juiz ten<strong>de</strong> a avaliar que não fica claro<br />

on<strong>de</strong> começa uma ativida<strong>de</strong> e termina a outra.<br />

5.3<br />

5.3.1<br />

Algumas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação voluntária na área técnica <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC são:<br />

• Ministrar palestras, cursos e treinamentos diversos, com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para ações educativas<br />

inseridas no Programa.<br />

Ex.:<br />

- Oficina <strong>de</strong> aproveitamento integral <strong>de</strong> alimentos;<br />

- Palestra sobre Lei Orgânica da Assistência Social - Loas.<br />

• Captar <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res com o objetivo <strong>de</strong> ampliar os parceiros <strong>do</strong> Programa.<br />

Ex.:<br />

5.3.2<br />

- Divulgar o Programa em empresas <strong>do</strong> ramo <strong>de</strong> alimentos.<br />

Algumas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação voluntária na área operacional <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC são:<br />

• Coletar, selecionar e distribuir alimentos, com o objetivo <strong>de</strong> agilizar a entrega para as entida<strong>de</strong>s receptoras;<br />

• Apoiar no <strong>de</strong>senvolvimento das ações educativas;<br />

• Auxiliar na arrecadação <strong>de</strong> <strong>do</strong>ações.<br />

Ex.:<br />

5.3.3<br />

POSSIBILIDADES DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO NO MESA BRASIL SESC<br />

Voluntários da Área Técnica<br />

Voluntários da Área Operacional<br />

- Atuar em campanhas e eventos na coleta e armazenagem <strong>do</strong>s alimentos.<br />

Voluntários da Área Administrativa<br />

Algumas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação voluntária na área administrativa <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC são:<br />

• Apoio na digitação <strong>de</strong> fichas <strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong> instituições;<br />

• Atendimento telefônico para esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas;<br />

• Organização <strong>de</strong> arquivos.<br />

1


20<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

6 - G E R E N C I A M E N T O<br />

6.1<br />

Para <strong>de</strong>senvolvimento das ações técnicas e operacionais <strong>do</strong> MESA BRASIL SESC, preconiza-se a contratação,<br />

para formação <strong>de</strong> quadro próprio e exclusivo, <strong>do</strong>s seguintes profissionais: coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r, assistente<br />

social, nutricionista, auxiliar administrativo, motorista e ajudante. Participam ainda <strong>do</strong> Programa estagiários<br />

das duas áreas técnicas.<br />

O trabalho voluntário, nesse contexto, vem somar-se ao trabalho executa<strong>do</strong> por esses profissionais, no<br />

senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> alcançar os objetivos <strong>do</strong> Programa.<br />

Importante saber:<br />

Não se recomenda a inserção <strong>de</strong> voluntários nessas funções técnicas e operacionais estratégicas <strong>do</strong><br />

Programa, on<strong>de</strong> o vínculo trabalhista e empregatício é fundamental para o êxito <strong>do</strong> trabalho.<br />

6.1.1<br />

• Planejar os serviços voluntários com base no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s e recursos disponíveis.<br />

• Garantir o cumprimento <strong>do</strong>s aspectos legais e normativos relaciona<strong>do</strong>s à implantação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />

voluntaria<strong>do</strong>.<br />

• Elaborar o Descritivo <strong>de</strong> Função.<br />

• Planejar e organizar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recrutamento e seleção <strong>de</strong> voluntários.<br />

• Planejar, executar e/ou supervisionar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação <strong>do</strong>s voluntários para o <strong>de</strong>sempenho<br />

<strong>de</strong> suas funções.<br />

• Supervisionar a equipe <strong>de</strong> voluntários.<br />

• Promover a integração <strong>do</strong>s voluntários e <strong>de</strong>stes com a equipe remunerada.<br />

• Realizar reuniões <strong>de</strong> planejamento, acompanhamento e avaliação <strong>do</strong> trabalho.<br />

6.1.2<br />

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE<br />

Funções <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />

Características <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />

O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários precisará ter várias habilida<strong>de</strong>s específicas. Numa situação i<strong>de</strong>al, o profissional<br />

<strong>de</strong>verá possuir:<br />

• Capacida<strong>de</strong> para perceber as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> contexto social;<br />

• Habilida<strong>de</strong> para ouvir e envolver o outro;<br />

• Capacida<strong>de</strong> para estabelecer uma comunicação efetiva;<br />

• Disposição para integrar-se a grupos e trabalhar em equipe;<br />

• Habilida<strong>de</strong> para planejar, organizar, <strong>de</strong>legar e supervisionar projetos;


• Capacida<strong>de</strong> para refletir acerca <strong>de</strong> sua prática e conceitualizar sobre a ação;<br />

• Capacida<strong>de</strong> para gerar mudanças e para motivar tais mudanças;<br />

• Habilida<strong>de</strong> para avaliar a tarefa;<br />

• Habilida<strong>de</strong> para estabelecer uma comunicação intra e interinstitucional;<br />

• Habilida<strong>de</strong> para o recrutamento e a motivação <strong>de</strong> futuros voluntários;<br />

• Envolvimento consciente e comprometi<strong>do</strong> com os projetos;<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

• Capacida<strong>de</strong> para coor<strong>de</strong>nar grupos, habilida<strong>de</strong> para assumir uma li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>mocrática e <strong>de</strong> ser um<br />

facilita<strong>do</strong>r da tarefa grupal;<br />

• Conhecimento das técnicas grupais;<br />

• Habilida<strong>de</strong> na negociação e resolução <strong>de</strong> conflitos;<br />

• Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;<br />

• Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar os vínculos com outras instituições.<br />

6.2<br />

PLANEJAMENTO<br />

Da mesma forma que acontece com relação aos <strong>de</strong>mais componentes <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL<br />

SESC, planejar a implantação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntários é essencial para o seu sucesso, <strong>de</strong>mandan<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>dicação, comprometimento e boas práticas <strong>de</strong> gerência.<br />

Po<strong>de</strong>mos começar pelo exame <strong>de</strong> algumas questões:<br />

• O serviço que os voluntários realizarão é relevante?<br />

• Envolver voluntários vai aumentar ou melhorar os serviços presta<strong>do</strong>s aopúblico beneficiário?<br />

• Os voluntários complementarão o trabalho das equipes remuneradas?<br />

• As tarefas propostas são a<strong>de</strong>quadas para serem realizadas por voluntários?<br />

• Teremos um profissional para fazer o acompanhamento <strong>do</strong> serviço realiza<strong>do</strong> por voluntários?<br />

Ao ter claras as respostas a essas questões, será mais fácil garantir as condições organizacionais necessárias<br />

para que os voluntários se sintam sempre parte integrante da organização e da equipe. Este compromisso<br />

permitirá que os resulta<strong>do</strong>s traça<strong>do</strong>s para o projeto <strong>de</strong> voluntários atinja o êxito planeja<strong>do</strong>.<br />

Como realizar esse “bom planejamento”?<br />

É preciso realizar brainstormings (reuniões <strong>de</strong> criação) periódicos, promover dinâmicas <strong>de</strong> reflexão,<br />

informação e <strong>de</strong>liberação, além <strong>de</strong> longas discussões até chegar ao consenso na elaboração <strong>do</strong> projeto.<br />

As Diretrizes para o Campo <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong>, publicadas pela Association of Volunteer Bureaus, em<br />

1978, são um bom ponto <strong>de</strong> partida. Elas recomendam:<br />

21


22<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

• Elaborar planos lógicos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os objetivos e metas da instituição;<br />

• Estabelecer objetivos a curto e longo prazo, revê-los e revisá-los com freqüência;<br />

• Incentivar o comprometimento da comunida<strong>de</strong> com o programa ou serviço;<br />

• Consi<strong>de</strong>rar a viabilida<strong>de</strong> da implantação <strong>do</strong>s serviços propostos;<br />

• Abranger no <strong>de</strong>senho to<strong>do</strong> o futuro <strong>de</strong>senvolvimento, o que inclui: recrutamento, seleção, encaminhamento/colocação,<br />

treinamento, supervisão, avaliação e reconhecimento, além <strong>de</strong> manutenção da<br />

motivação;<br />

• Definir as habilida<strong>de</strong>s específicas requeridas;<br />

• Estimular um plano <strong>de</strong> ações públicas.<br />

6.3<br />

DESENHANDO O PROJETO DE VOLUNTÁRIOS NO MESA BRASIL SESC<br />

Ao <strong>de</strong>senhar o projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC no seu Departamento Regional,<br />

é fundamental garantir a articulação com a estrutura organizacional <strong>do</strong> Órgão Regional como um to<strong>do</strong><br />

e com os Projetos/Ativida<strong>de</strong>s realiza<strong>do</strong>s nas diferentes áreas.<br />

Ainda que o alcance <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>penda <strong>de</strong> muitos fatores, planejar essa articulação permite avaliar em<br />

que medida o programa modifica, transforma e se insere na dinâmica, na cultura e na estrutura organizacional<br />

da instituição.<br />

A estrutura <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntários <strong>de</strong>ve ser sólida mas flexível, inova<strong>do</strong>ra mas a<strong>de</strong>quada à realida<strong>de</strong>,<br />

simples mas operativa, autônoma mas ligada à visão e à missão <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC e,<br />

portanto, <strong>do</strong> SESC.<br />

Ao <strong>de</strong>senhar o projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> é bom lembrar também <strong>de</strong>:<br />

• Incluir objetivos claros que contribuam para o êxito <strong>do</strong> projeto em questão e da missão da instituição;<br />

• Colocar em igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> condições o serviço voluntário e o trabalho remunera<strong>do</strong>, uma vez que ambos<br />

têm importância significativa no êxito da missão e, portanto, <strong>de</strong>vem ser bem planeja<strong>do</strong>s;<br />

• Consi<strong>de</strong>rar as motivações, necessida<strong>de</strong>s, interesses e habilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s voluntários;<br />

• Oferecer aos voluntários a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem produtivos e <strong>de</strong> usufruir <strong>do</strong> respeito das pessoas<br />

com as quais trabalham;<br />

• Conhecer as áreas <strong>de</strong> ação da instituição;<br />

• Prever <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s;<br />

• Complementar e enriquecer o trabalho <strong>do</strong> pessoal remunera<strong>do</strong>; porém, nunca substituí-lo.<br />

Na concepção <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>de</strong>vem ser contempla<strong>do</strong>s os seguintes aspectos meto<strong>do</strong>lógicos<br />

e organizacionais:


Descrição clara <strong>do</strong> serviço voluntário a ser realiza<strong>do</strong><br />

• O que precisamos fazer?<br />

• Por que este serviço é importante?<br />

• Como se encaixa esta tarefa na estrutura <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC?<br />

Compromisso e envolvimento das equipes remuneradas<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

• As equipes <strong>de</strong>vem colaborar no <strong>de</strong>senho <strong>do</strong> programa, bem como na alocação <strong>do</strong>s voluntários.<br />

• Esclarecer sempre dúvidas e temores <strong>de</strong> “concorrência”.<br />

Recrutamento <strong>de</strong> voluntários bem planeja<strong>do</strong><br />

• Determinar o tipo <strong>de</strong> talentos específicos que se quer recrutar.<br />

• Definir as características/atributos: Faixa etária. Profissão. Habilida<strong>de</strong>s. Preferências.<br />

Seleção criteriosa<br />

• Entrevistas pessoais.<br />

• Questionários, fichas <strong>de</strong> inscrição.<br />

• Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são. Compromisso e responsabilida<strong>de</strong>s.<br />

Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Adaptação e Treinamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s<br />

• O voluntário precisará <strong>de</strong>:<br />

- informações <strong>de</strong>talhadas.<br />

- orientação e treinamento.<br />

- experiências práticas com voluntários antigos.<br />

- tempo para absorver a cultura organizacional.<br />

Supervisão <strong>do</strong> trabalho<br />

• Estar sempre disponível para respon<strong>de</strong>r perguntas.<br />

• Diretrizes claras.<br />

• Mostrar apreço e reconhecimento.<br />

23


24<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

Registro das ações<br />

• Arquivo das entrevistas, termos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são.<br />

• Registro das horas trabalhadas.<br />

• Avaliações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />

Reconhecimento e valorização <strong>do</strong>s voluntários<br />

• Agra<strong>de</strong>cer sempre.<br />

• Reconhecer méritos.<br />

• Prêmios simbólicos ou eventos especiais.<br />

Avaliação sistemática levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração<br />

• Confiabilida<strong>de</strong>.<br />

• Relações interpessoais.<br />

• Qualida<strong>de</strong>s pessoais e habilida<strong>de</strong>s específicas.<br />

Todas estas premissas que se traduzem em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão ser realizadas pela pessoa que for responsável<br />

pela coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC.<br />

6.3.1<br />

Os projetos <strong>de</strong> voluntários <strong>de</strong>vem formular objetivos suplementares que se aplicam à organização, aos<br />

clientes, aos voluntários e à comunida<strong>de</strong>.<br />

Em geral, to<strong>do</strong>s os projetos preten<strong>de</strong>m implantar, melhorar ou ampliar serviços através <strong>do</strong> envolvimento<br />

<strong>de</strong> voluntários. Além disso querem, em geral, <strong>de</strong>senvolver serviços específicos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> para atingir<br />

necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>do</strong>s beneficia<strong>do</strong>s.<br />

Porém é preciso formular objetivos específicos, mensuráveis, concretos e realistas.<br />

Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritos brevemente, com um verbo no infinitivo, especifican<strong>do</strong> a ação necessária, situan<strong>do</strong>-a<br />

no tempo e, se possível, com resulta<strong>do</strong>s quantitativos revistos.<br />

Exemplos:<br />

Objetivos <strong>do</strong> Projeto<br />

• Recrutar <strong>do</strong>is voluntários para captação <strong>de</strong> <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res, em abril <strong>de</strong> 2007, para ampliarem, em 10%, o<br />

quantitativo <strong>de</strong> <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res no exercício corrente;<br />

• Implementar um programa <strong>de</strong> cursos para 20 instituições cadastradas, com o auxílio <strong>de</strong> <strong>de</strong>z nutricionistas<br />

voluntárias(os), em março <strong>de</strong> 2007.


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

Estabelecen<strong>do</strong> com precisão cada objetivo específico po<strong>de</strong>remos conhecer o número e o perfil <strong>do</strong>s<br />

voluntários <strong>de</strong> que necessitamos, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> serviço totais e individuais, e assim preparar<br />

as <strong>de</strong>scrições escritas das tarefas a realizar.<br />

6.3.2<br />

Preparar-se para receber cada novo voluntário compreen<strong>de</strong> elaborar um Descritivo <strong>de</strong> Função, que<br />

ajuda a i<strong>de</strong>ntificar o perfil <strong>do</strong> voluntário <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, a carga horária necessária, as ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas,<br />

como também permite acompanhar os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sse serviço.<br />

A relação com o voluntário <strong>de</strong>ve ser CLARA: é importante que ele conheça <strong>de</strong> maneira precisa e concreta<br />

o serviço que tem <strong>de</strong> executar a fim <strong>de</strong> assumir conscientemente seu compromisso.<br />

É responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r planejar os serviços voluntários, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> as tarefas, sempre<br />

antes <strong>do</strong> recrutamento, basea<strong>do</strong> na informação obtida no planejamento <strong>do</strong> programa e entregar ao voluntário<br />

uma cópia. O planejamento <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> juntamente com o responsável pela área que receberá<br />

o voluntário diretamente.<br />

A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> tarefas é uma ferramenta essencial tanto para recrutar como para avaliar o serviço<br />

voluntário. Documentadas por escrito, evitarão sempre mal-entendi<strong>do</strong>s.<br />

Um pequeno exercício para ajudar:<br />

1. Peça aos funcionários remunera<strong>do</strong>s que façam uma lista <strong>do</strong> que teriam gosta<strong>do</strong> <strong>de</strong> realizar na<br />

semana anterior mas não pu<strong>de</strong>ram fazer por falta <strong>de</strong> tempo.<br />

2. Peça também para mencionar os projetos ou ativida<strong>de</strong>s que gostariam <strong>de</strong> começar se tivessem<br />

mais tempo.<br />

3. Analise a lista para verificar quais <strong>de</strong>ssas tarefas po<strong>de</strong>riam ser realizadas por voluntários.<br />

Importante saber:<br />

Descrição das Tarefas<br />

Ao planejar a alocação <strong>de</strong> voluntários no Programa MESA BRASIL SESC, é importante saber que não<br />

é recomendável 2 que o voluntário preste mais que seis horas semanais <strong>de</strong> serviço voluntário no Departamento<br />

Regional, para que não se corra o risco <strong>de</strong> uma futura alegação <strong>de</strong> vínculo empregatício, o que<br />

po<strong>de</strong> ocorrer mesmo ten<strong>do</strong> o Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário assina<strong>do</strong> entre o voluntário e o<br />

Departamento Regional, pois, segun<strong>do</strong> os artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),<br />

serão qualifica<strong>do</strong>s como vínculo trabalhista relações laborais que possuam os seguintes elementos: pessoalida<strong>de</strong>,<br />

continuida<strong>de</strong>, subordinação e onerosida<strong>de</strong>.<br />

Ou seja, o voluntário atuan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> seis horas no Programa MESA BRASIL SESC implica um maior risco <strong>de</strong>:<br />

• Estar realizan<strong>do</strong> alguma ativida<strong>de</strong> que só ele executa no projeto (pessoalida<strong>de</strong>);<br />

• Ter uma ativida<strong>de</strong> que executa continuamente nos mesmos dias e horários da semana (continuida<strong>de</strong>);<br />

• Receber orientações e apresentar informações sobre os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s sempre a uma<br />

mesma pessoa, com regularida<strong>de</strong> (subordinação);<br />

• Vir a solicitar auxílio para custos com alimentação e transporte, por ter uma <strong>de</strong>dicação consi<strong>de</strong>rável<br />

com o projeto (onerosida<strong>de</strong>).<br />

2 Recomendação dada pela ONG RIOVOLUNTÁRIO, especializada em voluntaria<strong>do</strong>.<br />

25


26<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

RESUMINDO...<br />

Antes <strong>de</strong> planejar um projeto <strong>de</strong> voluntários, precisamos saber...<br />

Por que se realiza o trabalho? (Diagnóstico da realida<strong>de</strong>)<br />

O que <strong>de</strong>ve ser feito? (Objetivos)<br />

Como <strong>de</strong>ve ser feito? (Estratégias)<br />

On<strong>de</strong> será feito? (Lugar)<br />

De que forma será feito? (Méto<strong>do</strong>)<br />

Com que recursos se conta para a sua execução? (Recursos)<br />

Quan<strong>do</strong> será feito? (Tempos <strong>de</strong> realização/Etapas)<br />

Com quem será feito? (Equipe)<br />

Para quem será feito? (Beneficiários)<br />

Instrumentos sugeri<strong>do</strong>s:<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Projeto: Anexo X<br />

Diagnóstico por Funcionário: Anexo IV<br />

Descritivo <strong>de</strong> Função: Anexo V<br />

6.4<br />

6.4.1<br />

ADMISSÃO DO VOLUNTÁRIO<br />

A preparação é fundamental, pois é a partir <strong>de</strong>la, já com as informações coletadas na <strong>de</strong>scrição das<br />

tarefas a serem realizadas por voluntários, que o coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> projeto po<strong>de</strong>rá correlacionar o perfil <strong>do</strong><br />

candidato às competências exigidas pela vaga e verificar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua a<strong>de</strong>quação, bem como<br />

propiciará subsídios suficientes para a integração <strong>do</strong> voluntário, passan<strong>do</strong>-lhe <strong>de</strong>talhes sobre on<strong>de</strong> ele<br />

estará efetivamente fazen<strong>do</strong> diferença, o que é muito importante para a motivação e a permanência <strong>do</strong><br />

voluntário.<br />

6.4.2.<br />

Preparação<br />

Recrutamento<br />

On<strong>de</strong> e como encontrar pessoas que queiram ser voluntárias? Como convidá-las a participar? Não são<br />

poucos os indivíduos que gostariam <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar parte <strong>de</strong> seu tempo livre para realização <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong><br />

serviço voluntário, mas não sabem como nem on<strong>de</strong> fazê-lo.<br />

Por outro la<strong>do</strong>, os voluntários <strong>de</strong>sejam encontrar serviços através <strong>do</strong>s quais possam ter a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> dar parte <strong>de</strong> seu tempo livre e conseguir uma autêntica satisfação. Além das <strong>do</strong>nas <strong>de</strong> casa, fonte<br />

tradicional <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, existem outros que querem ser úteis:


• Aposenta<strong>do</strong>s;<br />

• Pessoas que estão em uma fase <strong>de</strong> transição em suas vidas;<br />

• Pessoas que estão mudan<strong>do</strong> <strong>de</strong> profissão;<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

• Membros <strong>de</strong> diversas igrejas, grupos <strong>de</strong> auto-ajuda, das associações <strong>de</strong> bairro;<br />

• Pessoas em recuperação <strong>de</strong> uma <strong>do</strong>ença, <strong>de</strong>pendência química ou trauma emocional;<br />

• Pais que <strong>de</strong>sejam participar das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus filhos;<br />

• Adultos que <strong>de</strong>sejam estar em contato com crianças;<br />

• Pessoas que <strong>de</strong>sejam praticar um hobby ou interesse particular;<br />

To<strong>do</strong>s eles constituem fontes <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />

Os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> voluntários po<strong>de</strong>m ser diversos, entretanto, são sempre <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s em<br />

função <strong>do</strong>s objetivos e expectativas das pessoas a quem se quer atingir. A instituição precisa, antes <strong>de</strong><br />

qualquer coisa, saber que público quer captar, que tipo <strong>de</strong> voluntários irá satisfazer as suas necessida<strong>de</strong>s.<br />

Só assim po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar on<strong>de</strong> e que tipo <strong>de</strong> estratégias utilizar.<br />

É aconselhável que a entida<strong>de</strong> esteja sempre divulgan<strong>do</strong> o seu trabalho, com vistas à captação <strong>de</strong> novos<br />

voluntários. Isso porque sempre existem novos projetos a serem implanta<strong>do</strong>s, objetivos a serem amplia<strong>do</strong>s<br />

ou <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se aten<strong>de</strong>r a um público maior. Além disso, é preciso garantir o número <strong>de</strong> voluntários<br />

atuantes, pois as pessoas <strong>de</strong>sgastam-se, têm novas preocupações ou oportunida<strong>de</strong>s e, muitas vezes,<br />

surgem mudanças que impe<strong>de</strong>m a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação a uma <strong>de</strong>terminada causa social.<br />

Devi<strong>do</strong> ao fato <strong>de</strong> que nem todas as pessoas que se oferecem em uma instituição permanecem (as estatísticas<br />

indicam que <strong>de</strong> cada oito voluntários que se apresentam apenas um <strong>de</strong>les fica por um ano ou mais<br />

<strong>de</strong>sempenhan<strong>do</strong> serviços constantes), é preciso captar mais pessoas <strong>do</strong> que as que preten<strong>de</strong>m sair.<br />

Essa dinâmica <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> voluntários po<strong>de</strong>ria ser representada por um funil, que na sua larga<br />

boca superior recebe to<strong>do</strong>s os candidatos que lá a<strong>de</strong>ntram para um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> conhecimento da entida<strong>de</strong><br />

e também <strong>de</strong> suas próprias reações. Nesse perío<strong>do</strong> existem uns “furinhos laterais” por on<strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>les<br />

“passam” em busca <strong>de</strong> novos rumos e experiências.<br />

O próximo segmento <strong>de</strong>sse funil imaginário é uma zona <strong>de</strong> muito serviço em que o voluntário “veste a<br />

camisa” e está ávi<strong>do</strong> <strong>de</strong> realizações.<br />

Finalmente, temos a saída natural após longo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> serviços realiza<strong>do</strong>s. É compreensível, e até<br />

certo ponto normal, que os voluntários procurem “novas paradas”. Existem, também, tarefas que por<br />

serem <strong>de</strong>terminadas extinguem-se ao serem cumpridas.<br />

Aceito isso, é preciso alimentar constantemente o gran<strong>de</strong> funil!<br />

I<strong>de</strong>ntificar os objetivos <strong>do</strong> grupo-alvo e mostrar – por meio <strong>do</strong> material <strong>de</strong> recrutamento – o grau <strong>de</strong><br />

satisfação que o programa po<strong>de</strong>rá proporcionar é um caminho eficaz.<br />

Isso po<strong>de</strong> parecer mero marketing, mas, se queremos que o voluntaria<strong>do</strong> possa competir com outros<br />

usos <strong>do</strong> tempo disponível, precisamos saber quem queremos atrair. Só assim saberemos on<strong>de</strong> encontrar<br />

essas pessoas e que méto<strong>do</strong>s usar.<br />

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28<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

É preciso lançar mão <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os instrumentos da comunicação. Vale fazer:<br />

• Propaganda na televisão, rádio, jornais, seja paga (se houver verbas) seja espaço conquista<strong>do</strong><br />

(por releases, assessoria <strong>de</strong> imprensa);<br />

• Folhetos informativos, envian<strong>do</strong>-os a associações e entida<strong>de</strong>s, públicas ou privadas;<br />

• Posters e materiais visuais chamativos;<br />

• Faixas <strong>de</strong> propaganda e o próprio “boca-a-boca”;<br />

• Internet.<br />

SEMPRE <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s:<br />

1. O título <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntários, sua missão e compromissos.<br />

2. Algumas frases sobre o serviço da instituição.<br />

3. O número <strong>de</strong> telefone e o contato para mais informações.<br />

6.4.3<br />

Seleção<br />

Outro mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> captar voluntários é organizar palestras abertas ao público sobre o serviço <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> divulgadas e realizadas competentemente dão aos participantes uma informação útil e<br />

po<strong>de</strong>m ser usadas como sessões <strong>de</strong> pré-formação <strong>do</strong>s possíveis voluntários. Po<strong>de</strong>-se falar <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />

voluntaria<strong>do</strong> e no final fazer entrevista com os candidatos.<br />

O recrutamento <strong>de</strong> voluntários através <strong>do</strong>s próprios voluntários é um <strong>do</strong>s melhores méto<strong>do</strong>s. É o<br />

chama<strong>do</strong> boca-a-boca. Se os voluntários estão realmente comprometi<strong>do</strong>s e motiva<strong>do</strong>s falarão com seus<br />

amigos <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> persuasivo e sincero.<br />

Os projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m também formar “voluntários comunica<strong>do</strong>res”, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> profissionais<br />

<strong>de</strong> diferentes áreas (educação, meio ambiente, saú<strong>de</strong>) que conhecem os problemas sociais da sua<br />

comunida<strong>de</strong>, e que atuam junto ao público (nas escolas, nas empresas, e <strong>de</strong>mais instituições).<br />

Esses “comunica<strong>do</strong>res” po<strong>de</strong>m convidar os públicos a que têm acesso a se atualizar sobre a importância<br />

<strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> para a solução <strong>de</strong> problemas sociais. Serão assim multiplica<strong>do</strong>res da filosofia <strong>do</strong><br />

voluntaria<strong>do</strong> e eficazes recruta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> candidatos interessa<strong>do</strong>s.<br />

Não basta apenas acolher as pessoas que se oferecem como voluntárias na organização. É fundamental<br />

que ao ser acolhida essa pessoa tanto atenda às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> Programa<br />

MESA BRASIL SESC, como também tenha as suas aspirações e motivações como voluntária atendidas.<br />

Para isso o processo <strong>de</strong> seleção é uma importante etapa a ser cumprida.<br />

Em nosso universo organizacional, o processo seletivo serve como um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> direcionar a pessoa<br />

a<strong>de</strong>quada para a execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s específicas. Desse mo<strong>do</strong>, são realiza<strong>do</strong>s <strong>procedimentos</strong> como<br />

entrevista, avaliação <strong>de</strong> currículo, aplicação <strong>de</strong> dinâmicas <strong>de</strong> grupo, etc., para que se faça uma triagem, e<br />

que por intermédio <strong>de</strong>ssa prática possam ser apontadas as pessoas que apresentem perfis e personalida-


<strong>de</strong>s mais próximos <strong>do</strong> necessário para a organização.<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

A seleção <strong>de</strong> voluntários tem como base a linha filosófica a<strong>do</strong>tada pelo Departamento Regional com relação<br />

aos seus recursos humanos. Da mesma forma que a escolha por <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> profissional para <strong>de</strong>sempenhar<br />

alguma ativida<strong>de</strong> na organização se dará pelo preenchimento <strong>do</strong>s requisitos pre<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para<br />

os diferentes cargos, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> características subjetivas, conhecimentos e aptidões que possam ser<br />

eficazmente empreendi<strong>do</strong>s nos programas, também o processo seletivo <strong>de</strong> voluntários serve como um<br />

mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> direcionar a pessoa a<strong>de</strong>quada para a execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s específicas.<br />

Mas a melhor regra ainda é a sensibilida<strong>de</strong> e o bom senso. A melhor maneira <strong>de</strong> conhecer uma pessoa<br />

é ouvin<strong>do</strong> e não falan<strong>do</strong>, e com isto ter condições <strong>de</strong> avaliar o perfil <strong>do</strong> candidato, diminuin<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> se selecionar voluntários apenas aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a aspectos pouco criteriosos e carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> valor<br />

subjetivo, tais como: amabilida<strong>de</strong>, sociabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvoltura.<br />

A seleção criteriosa <strong>do</strong> voluntário e sua a<strong>de</strong>quada colocação em ativida<strong>de</strong>s para as quais está capacita<strong>do</strong><br />

é o que garante seu bom <strong>de</strong>sempenho. Portanto, é importante ter claro que o serviço voluntário <strong>de</strong>ve<br />

proporcionar prazer para quem o realiza. Se o voluntário não se sentir adapta<strong>do</strong> ao serviço para o qual<br />

foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>, certamente este representará um far<strong>do</strong> e ele <strong>de</strong>senvolverá uma noção negativa <strong>do</strong> trabalho<br />

voluntário, afastan<strong>do</strong>-se inevitavelmente da ativida<strong>de</strong>.<br />

A tarefa <strong>de</strong> seleção bem realizada <strong>de</strong>ve...<br />

• Lembrar que para cooptar voluntários a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s é necessário <strong>de</strong>finir e consi<strong>de</strong>rar certas qualida<strong>de</strong>s<br />

e motivações apropriadas. Não po<strong>de</strong>mos selecionar apenas pessoas amáveis ou agradáveis (segun<strong>do</strong><br />

nosso critério), ou somente aqueles que têm vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar;<br />

• Contar com a habilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> nas entrevistas, evitan<strong>do</strong> uma seleção<br />

<strong>de</strong>ficiente;<br />

• Ser cauteloso no momento da seleção e não fazer propaganda excessiva, evitan<strong>do</strong> correr o risco <strong>de</strong><br />

admitir o voluntário erra<strong>do</strong>.<br />

PRESTE ATENÇÃO<br />

Um processo <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong>ficiente po<strong>de</strong> prejudicar outros voluntários ou causar problemas ao serviço<br />

das equipes profissionais e até aos beneficiários.<br />

Importante saber:<br />

Ao apresentar com clareza as tarefas que os voluntários <strong>de</strong>vem realizar é possível que eles mesmos<br />

<strong>de</strong>sistam no momento da seleção, o que resultará num ganho <strong>de</strong> tempo e energia para to<strong>do</strong>s.<br />

Para um bom processo <strong>de</strong> seleção são indica<strong>do</strong>s alguns passos:<br />

a) Cadastro<br />

O processo <strong>de</strong> cadastro é o início da relação <strong>do</strong> voluntário com o Departamento Regional. É o momento<br />

on<strong>de</strong> o voluntário vai estar <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> textualmente quem ele é, sua formação, suas expectativas <strong>de</strong><br />

atuação voluntária, etc.<br />

2


30<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

Algumas das formas <strong>de</strong> cadastramento são:<br />

1. Pessoal e individualmente, on<strong>de</strong> o Departamento Regional po<strong>de</strong> estabelecer como sen<strong>do</strong> o seu procedimento<br />

padrão, ou seja: to<strong>do</strong> voluntário que tenha interesse em atuar no Programa MESA BRASIL SESC<br />

passará por uma entrevista inicial para a realização <strong>do</strong> cadastro, ten<strong>do</strong> dias e horários próprios para essa<br />

ativida<strong>de</strong>;<br />

2. Palestra, que é um procedimento que po<strong>de</strong> ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> como forma <strong>de</strong> sensibilização <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

número <strong>de</strong> pessoas que gradativamente po<strong>de</strong>rão estar sen<strong>do</strong> chamadas para uma entrevista <strong>de</strong> admissão,<br />

na medida das necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa;<br />

3. Cadastro via telefone ou Internet, que se constitui em uma opção para facilitar a manifestação <strong>de</strong><br />

interesse <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong>s possíveis voluntários, exigin<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, maior atenção na hora <strong>de</strong> selecionar<br />

os voluntários para a ação propriamente dita.<br />

O procedimento <strong>de</strong> cadastro pessoal e individual, apesar <strong>de</strong> mais exigente, favorece um conhecimento<br />

mais aprofunda<strong>do</strong> <strong>de</strong> cada possível voluntário, crian<strong>do</strong> um vínculo direto entre entrevista<strong>do</strong>r e voluntário.<br />

Nas palestras <strong>de</strong> sensibilização explica-se a importância <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação no<br />

Programa, <strong>de</strong>bate-se sobre as motivações das pessoas para a realização <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> trabalho, enfatizan<strong>do</strong><br />

as responsabilida<strong>de</strong>s geradas. Fican<strong>do</strong> claras as regras da relação <strong>de</strong> trabalho, diminuem os riscos<br />

<strong>de</strong> conflitos entre voluntário e Departamento Regional.<br />

Um procedimento mais simples que po<strong>de</strong> ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> é anotar numa espécie <strong>de</strong> ficha <strong>de</strong> inscrição os<br />

da<strong>do</strong>s gerais <strong>de</strong> cada candidato a voluntário que procurar o Departamento Regional (seja via telefone,<br />

e-mail, pessoalmente, etc.) para <strong>de</strong>pois convidá-lo para uma entrevista ou oficina. Só então será feito o<br />

preenchimento <strong>de</strong> uma ficha cadastral mais <strong>de</strong>talhada com informações sobre a formação <strong>do</strong> voluntário,<br />

seus conhecimentos, <strong>de</strong>sejos e expectativas, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo, etc.<br />

b) Entrevista<br />

As entrevistas realizadas com os possíveis voluntários <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC. Para tanto, o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá agendar horário para<br />

entrevista individual, <strong>de</strong>marcan<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início a singularida<strong>de</strong> e as características particulares <strong>de</strong> cada<br />

candidato.<br />

Para a dinâmica da entrevista, faz-se necessário também que o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r tenha em mãos o formulário<br />

<strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong>vidamente preenchi<strong>do</strong>. Desse mo<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se pensar numa entrevista com maior<br />

flui<strong>de</strong>z. A ficha cadastral proporciona também um <strong>do</strong>cumento escrito para o arquivo.<br />

Nesta ocasião, <strong>de</strong>ve-se falar sobre as várias oportunida<strong>de</strong>s oferecidas a voluntários, valen<strong>do</strong>-se da <strong>de</strong>scrição<br />

específica <strong>de</strong> tarefas.<br />

Ao entrevistar o potencial voluntário é aconselhável:<br />

• Perguntar por que está interessa<strong>do</strong> em <strong>de</strong>senvolver um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> serviço;<br />

• Averiguar o que ele po<strong>de</strong> oferecer ao Programa; e,<br />

• Quais funções físicas ou intelectuais gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar.<br />

É bom conhecer os hobbies e interesses <strong>do</strong> candidato, sua família e serviço. Uma boa maneira <strong>de</strong>


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

começar uma entrevista é falar sobre os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelo próprio voluntário ao preencher a ficha<br />

cadastral.<br />

Aspectos como um hobby pouco freqüente, alguma afinida<strong>de</strong> que o entrevista<strong>do</strong>r e a pessoa têm em comum,<br />

uma experiência anterior, são assuntos que ajudam quebrar o gelo que se instala na entrevista.<br />

Durante a entrevista, é fundamental que a pessoa que esteja empenhada em dirigir o processo mantenha-se<br />

flexível <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a escutar tu<strong>do</strong> o que está sen<strong>do</strong> verbaliza<strong>do</strong> pelo candidato, fazen<strong>do</strong> observações,<br />

para que num momento posterior possa intervir esclarecen<strong>do</strong>, se necessário, por meio <strong>de</strong> uma linguagem<br />

acessível, todas as dúvidas ou críticas afloradas. Essa pessoa também <strong>de</strong>verá ser sensível para perceber<br />

atitu<strong>de</strong>s, valores, concepções e comportamentos subjacentes ao discurso <strong>do</strong> sujeito que se constituam<br />

como produtivos ou não para os serviços voluntários.<br />

Lembre-se: se o voluntário necessário não aparecer, é melhor esperar.<br />

Vale ressaltar que, antes <strong>de</strong> iniciar o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> seleção, a equipe da organização <strong>de</strong>verá ser comunicada<br />

sobre o processo, em especial recepcionistas e secretárias, que eventualmente po<strong>de</strong>rão receber telefonemas<br />

ou aten<strong>de</strong>r na se<strong>de</strong> da organização pessoas solicitan<strong>do</strong> contatos, entrevistas ou infor-mações<br />

extras.<br />

c) Admissão<br />

A tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão final sobre a escalação <strong>do</strong> candidato <strong>de</strong>verá ser regida pelo estabelecimento <strong>de</strong><br />

um prazo, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o candidato ser comunica<strong>do</strong> em relação ao tempo que ele terá que esperar para obter<br />

uma resposta. To<strong>do</strong>s os candidatos <strong>de</strong>verão ser contata<strong>do</strong>s sobre o parecer <strong>do</strong> seu processo, seja ele<br />

favorável ou não.<br />

A organização <strong>de</strong>verá sentir-se tranqüila para contra-indicar candidatos que não preencham os requisitos<br />

preestabeleci<strong>do</strong>s. Nesses casos, é importante fazer a ressalva <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rão se adaptar melhor a<br />

outras organizações on<strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong>s serão mais bem aproveitadas, minimizan<strong>do</strong>, assim, qualquer<br />

possível sensação <strong>de</strong> menos-valia ou baixa estima pela sua recusa como voluntários <strong>do</strong> Programa MESA<br />

BRASIL SESC. Os candidatos aptos a ingressarem como voluntários no Programa <strong>de</strong>verão ser contacta<strong>do</strong>s<br />

e solicita<strong>do</strong>s para retornarem à instituição.<br />

Nesse momento <strong>de</strong>ve ser apresentada ao candidato a Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário para que tome conhecimento<br />

<strong>de</strong> seus direitos e <strong>de</strong>veres, além <strong>do</strong> Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário, que equivale ao<br />

contrato <strong>de</strong> trabalho numa empresa. Este <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong>ve ser assina<strong>do</strong> por ele no seu primeiro dia <strong>de</strong><br />

trabalho voluntário.<br />

Também <strong>de</strong>ve ser apresenta<strong>do</strong>, por escrito, o <strong>Manual</strong> <strong>do</strong> voluntário com orientações gerais, bem como a<br />

proposta <strong>de</strong> treinamento e a data para o início das ativida<strong>de</strong>s, reafirman<strong>do</strong> o quanto significativa e valiosa<br />

será a contribuição que o voluntário po<strong>de</strong>rá prestar participan<strong>do</strong> das ativida<strong>de</strong>s institucionais.<br />

d) Não-admissão<br />

É importante que se dê um retorno ao voluntário que participou <strong>de</strong> um processo seletivo e não po<strong>de</strong>rá<br />

ser aproveita<strong>do</strong>.<br />

Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>vemos dizer NÃO a um potencial voluntário <strong>de</strong>vemos ser honestos sem <strong>de</strong>monstrar à pessoa<br />

31


32<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

que ela não se ajusta às necessida<strong>de</strong>s.<br />

Por exemplo, se dizemos a uma pessoa que não tem a capacitação específica suficiente para <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

serviço também específico, fornecemos um da<strong>do</strong> objetivo que será menos <strong>do</strong>loroso que uma negativa<br />

subjetiva. Dizer NÃO é uma tarefa difícil e <strong>de</strong>vemos usar <strong>de</strong> muita sensibilida<strong>de</strong> e cuida<strong>do</strong>.<br />

O i<strong>de</strong>al é que o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r o motive e o auxilie na busca <strong>de</strong> outras organizações ou outro tipo <strong>de</strong> serviço<br />

voluntário mais apropria<strong>do</strong> a suas habilida<strong>de</strong>s e interesses. É necessário que isso seja feito <strong>de</strong> maneira<br />

simples e natural, sem constranger o voluntário.<br />

É importante que, no transcorrer da entrevista e na <strong>de</strong>scrição das ativida<strong>de</strong>s, o próprio candidato perceba<br />

que não se adapta a nenhuma <strong>de</strong>las e busque outras oportunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> seu serviço seja mais bem<br />

aproveita<strong>do</strong>.<br />

Caso a <strong>de</strong>finição pelo não-aproveitamento aconteça posteriormente à entrevista, o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá<br />

enviar-lhe correspondência agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> o interesse e motivan<strong>do</strong>-o a buscar uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço<br />

mais a<strong>de</strong>quada a suas habilida<strong>de</strong>s e anseios.<br />

Instrumentos sugeri<strong>do</strong>s:<br />

Ficha Cadastral <strong>de</strong> Voluntários: Anexo III<br />

6.5<br />

6.5.1<br />

INCORPORAÇÃO DO VOLUNTÁRIO<br />

Capacitação<br />

Dentre os fatores importantes para o sucesso da equipe <strong>de</strong> voluntários está a capacitação. Não só pelos<br />

motivos <strong>de</strong> torná-los aptos para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> tarefas, mas também porque um voluntário bem orienta<strong>do</strong><br />

e treina<strong>do</strong> é mais confiante, mais seguro, e isto faz com que ele aproveite bem o seu tempo, tornan<strong>do</strong><br />

mais produtivas suas horas <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação.<br />

O programa <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>ve ser estuda<strong>do</strong> com cuida<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve prever uma progressivida<strong>de</strong> que permita<br />

que os conhecimentos sejam adquiri<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>nada, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> geral para o específico.<br />

A <strong>do</strong>sagem também merece atenção para não “entupir” os voluntários <strong>de</strong> informações em um primeiro<br />

momento, mas que também permita que toda a informação seja oferecida antes que o voluntário se veja<br />

frente às suas funções. Conferências, <strong>de</strong>bates, utilização <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s audiovisuais, jogos <strong>de</strong> papéis,<br />

estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> casos, dinâmicas <strong>de</strong> grupo, simulações são formas <strong>de</strong> enriquecer e variar os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

treinamento.<br />

Quanto ao conteú<strong>do</strong>, as capacitações po<strong>de</strong>m prever informações sobre:<br />

• SESC: Sua missão, seus objetivos, seus planos futuros e sua história, além <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s suficientes que<br />

permitam o voluntário enten<strong>de</strong>r o que é e como funciona o Programa MESA BRASIL SESC.<br />

• MESA BRASIL SESC: Missão, visão, histórico, o que é, diretrizes, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atuação, como funciona,<br />

atores envolvi<strong>do</strong>s, resulta<strong>do</strong>s, metas, etc.;<br />

• Contextualização e áreas <strong>de</strong> atuação: Da<strong>do</strong>s sobre a pobreza e a fome no país, o que é Segurança


Alimentar e Nutricional, política <strong>de</strong> Assistência Social, etc.<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

• A função ou rotina específica que será <strong>de</strong>sempenhada: Neste caso trata-se <strong>de</strong> ensinar e treinar no<br />

que o voluntário irá exatamente fazer. Neste momento, não só a presença <strong>de</strong> especialistas é importante,<br />

como, também, a <strong>de</strong> voluntários mais experientes.<br />

• Consi<strong>de</strong>rações sobre a área social e a participação cidadã: Os voluntários se interessarão por<br />

assuntos liga<strong>do</strong>s ao trabalho social e ao voluntaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira geral. Isto dará oportunida<strong>de</strong> à reflexão<br />

sobre a relevância <strong>do</strong> seu papel na socieda<strong>de</strong>, contribuin<strong>do</strong> para que se tornem mais conscientes<br />

e motiva<strong>do</strong>s.<br />

• Atualização: Criar oportunida<strong>de</strong>s para “aprimorar aprendiza<strong>do</strong>s” traz inúmeros benefícios. Isto po<strong>de</strong><br />

acontecer através <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> experiências entre voluntários mais antigos na organização<br />

e os novatos; ou ainda oficinas <strong>de</strong> aprimoramento conjunto, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s possam esclarecer dúvidas e<br />

relatar aprendiza<strong>do</strong>s adquiri<strong>do</strong>s na equipe, entre outras dinâmicas.<br />

A capacitação <strong>de</strong>ve ser sempre um momento <strong>de</strong> estímulo aos voluntários. Geralmente ela está ligada ao<br />

<strong>de</strong>safio, e <strong>de</strong>ve ser conduzida <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>monstrar a confiança que a equipe <strong>de</strong>posita nos treinan<strong>do</strong>s,<br />

e nunca tornar-se uma oportunida<strong>de</strong> para que os mais experientes aproveitem para <strong>de</strong>monstrar sua superiorida<strong>de</strong><br />

e <strong>do</strong>mínio da situação.<br />

Su<strong>gestão</strong> <strong>de</strong> tópicos a serem aborda<strong>do</strong>s na capacitação <strong>de</strong> voluntários:<br />

• O que é ser voluntário?<br />

• História <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> & terceiro setor<br />

• O que é preciso ser para ser voluntário?<br />

• O que motiva ser voluntário?<br />

• O que se ganha sen<strong>do</strong> voluntário?<br />

• Valores éticos da ação voluntária<br />

• Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário<br />

• Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s da organização que recebe o voluntário<br />

• Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário / Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são<br />

• Possíveis áreas <strong>de</strong> atuação<br />

• Tipos <strong>de</strong> públicos a serem beneficia<strong>do</strong>s<br />

• Tipos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> a serem realizadas<br />

33


34<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

6.5.2<br />

Voluntários Organiza<strong>do</strong>s em Equipes<br />

A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra voluntária é associada à habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se construir uma<br />

<strong>gestão</strong> <strong>de</strong> equipe que esteja voltada para o tratamento e a regulação <strong>de</strong> conflitos. A insatisfação com a<br />

postura e as ações da organização po<strong>de</strong> levar o voluntário a se <strong>de</strong>dicar a outra causa/instituição.<br />

O voluntário não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver sua ação isoladamente, sem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trocas e <strong>de</strong> crescimento<br />

pessoal. É importante que ele se sinta como parte <strong>de</strong> uma equipe que trabalha para atingir <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />

objetivo.<br />

À medida que o número <strong>de</strong> voluntários aumenta, o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários <strong>de</strong>ve formar equipes,<br />

levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração que para facilitar sua administração as equipes não <strong>de</strong>vem ser gran<strong>de</strong>s (<strong>de</strong> 10<br />

a 12 pessoas e, se possível, <strong>de</strong>vem ser constituídas por pessoas <strong>de</strong> diferentes especialida<strong>de</strong>s, diferentes<br />

perfis, que, no conjunto, se complementam).<br />

Um grupo <strong>de</strong> pessoas no serviço po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> equipe quan<strong>do</strong>:<br />

• Tem consciência <strong>de</strong> seus objetivos;<br />

• Está engaja<strong>do</strong> para alcançá-los <strong>de</strong> forma compartilhada e organizada;<br />

• A comunicação entre seus integrantes é efetiva;<br />

• Opiniões divergentes são estimuladas;<br />

• É competente para administrar os próprios conflitos;<br />

• Possui confiança mútua e consciência <strong>de</strong> pertencimento;<br />

• Os riscos são assumi<strong>do</strong>s;<br />

• As habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus integrantes são complementares;<br />

• Há investimento constante em seu próprio <strong>de</strong>senvolvimento;<br />

• Presta atenção constante (controle) em seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> atuar;<br />

• Procura resolver os problemas que afetam seu funcionamento, <strong>de</strong> forma sistematizada;<br />

• Existe um compromisso.<br />

Os voluntários precisam saber que fazem parte <strong>de</strong> um to<strong>do</strong> e que os objetivos <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s para eles<br />

fazem parte <strong>do</strong>s objetivos globais <strong>do</strong> SESC.<br />

Tão importante quanto a integração entre voluntários é fundamental que a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> voluntários<br />

tenha a preocupação <strong>de</strong> integrá-los com os funcionários <strong>do</strong> Departamento Regional, pois são estes que<br />

vão permitir ou não a verda<strong>de</strong>ira integração entre as equipes.<br />

6.5.3<br />

Integração – Profissionais <strong>do</strong> Departamento Regional e Voluntários<br />

Para que a integração entre a equipe profissional <strong>do</strong> Departamento Regional e os voluntários aconteça<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada <strong>do</strong> voluntário ao SESC, é importante o envolvimento da equipe <strong>de</strong> funcionários <strong>do</strong> Programa<br />

MESA BRASIL SESC e Ativida<strong>de</strong>s correlacionadas no planejamento e na organização <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

voluntários. Caso não seja possível, é necessária uma orientação específica para estes funcionários.<br />

A orientação sobre o projeto também <strong>de</strong>ve ser dada aos novos funcionários. Esta orientação po<strong>de</strong> ser<br />

dada por um grupo misto (funcionários já envolvi<strong>do</strong>s e voluntários antigos).<br />

Com o propósito <strong>de</strong> preparar a<strong>de</strong>quadamente os profissionais a aceitarem e trabalharem com os voluntários,<br />

os seguintes pontos <strong>de</strong>vem ser incluí<strong>do</strong>s:<br />

• Os benefícios da participação voluntária para o público beneficia<strong>do</strong> pelo MESA BRASIL SESC, para<br />

a organização, e para a comunida<strong>de</strong>;<br />

• Como os serviços voluntários são <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s;<br />

• Como é conduzi<strong>do</strong> o recrutamento <strong>de</strong> voluntários;<br />

• Processo <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> voluntários e seus <strong>procedimentos</strong>;<br />

• Treinamento <strong>de</strong> voluntários;<br />

• Supervisão e avaliação <strong>de</strong> voluntários;<br />

• A administração e o financiamento <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> voluntários.<br />

Alguns meios para diminuir a resistência <strong>do</strong>s funcionários e formar uma equipe com os voluntários:<br />

• Concentrar a atenção na missão da organização e nos objetivos, envolven<strong>do</strong> os funcionários no<br />

planejamento da inserção <strong>de</strong> voluntários na equipe;<br />

• Fazer da formação <strong>de</strong> equipes uma priorida<strong>de</strong> estabelecida;<br />

• Envolver os funcionários e voluntários em to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>do</strong> planejamento, gerência e solução<br />

<strong>de</strong> problemas das instituições e grupos atendi<strong>do</strong>s;<br />

• Criar um clima organizacional que valorize tanto os voluntários quanto os funcionários;<br />

• Definir claramente as responsabilida<strong>de</strong>s;<br />

• Conhecer a avaliação <strong>do</strong>s funcionários sobre o Programa <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong>;<br />

• Manter um contato permanente com os profissionais que trabalham com Voluntários.<br />

A motivação <strong>do</strong>s funcionários <strong>de</strong> uma organização para trabalhar com voluntários po<strong>de</strong> ser mantida,<br />

se o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong> reforçar constantemente a importância <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> voluntário, e<br />

fomentar a inter-relação e a participação entre os funcionários e os voluntários.<br />

Os profissionais <strong>de</strong>vem ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir abertamente com seus companheiros sobre a<br />

importância <strong>de</strong> trabalhar com voluntários, as técnicas empregadas para esse fim e a possibilida<strong>de</strong> real <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver, em conjunto, objetivos, planos e responsabilida<strong>de</strong>s.<br />

6.5.4<br />

Administração <strong>de</strong> Conflitos<br />

O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários tem que estar preocupa<strong>do</strong> em proporcionar um ambiente harmônico em<br />

sua equipe, preocupan<strong>do</strong>-se com cada um individualmente e ao mesmo tempo verifican<strong>do</strong> como cada<br />

uma <strong>de</strong>ssas individualida<strong>de</strong>s contribui com a personalida<strong>de</strong> da equipe.<br />

35


36<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

Estar atento antes que o conflito aconteça é sempre o melhor remédio. O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r experiente percebe<br />

os embriões <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> atrito e evita que a situação se instaure, colocan<strong>do</strong>-se sempre pronto<br />

para aconselhar os integrantes da sua equipe.<br />

Mas a preocupação e o esforço em obter um ambiente <strong>de</strong> harmonia não significa que não haverá conflitos.<br />

E a existência <strong>de</strong> conflitos não traz, <strong>de</strong> forma alguma, uma conotação negativa à equipe. Pessoas<br />

têm opiniões diversas, e é esta diversida<strong>de</strong> que gera o conflito, mas é esta diversida<strong>de</strong>, também, que traz<br />

riqueza à equipe, pois significa que as pessoas têm diversas formas <strong>de</strong> ver, conduzir e solucionar uma<br />

situação.<br />

Assim, um ambiente salutar tem discordância e conflito; o que às vezes torna a diferença <strong>de</strong> opiniões<br />

perniciosa para a equipe é a forma <strong>de</strong> resolvê-la.<br />

O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários <strong>de</strong>ve ter habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver conflitos e isto significa conhecer técnicas<br />

<strong>de</strong> aconselhamento, mediação e negociação. Vejamos alguns exemplos:<br />

• O aconselhamento é uma técnica on<strong>de</strong> o conselheiro procura enten<strong>de</strong>r o outro e oferecer oportunida<strong>de</strong>s<br />

para que este reflita e veja a situação por outros ângulos.<br />

O primeiro passo para se fazer aconselhamento é aceitar e valorizar a diversida<strong>de</strong>. A equipe <strong>de</strong> serviço<br />

é um mosaico <strong>de</strong> peças diferentes que integradas formam um conjunto harmonioso. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma parte completa o outro e enriquece o to<strong>do</strong>!<br />

O aconselhamento geralmente é indica<strong>do</strong> antes <strong>de</strong> instaurar-se o conflito. Normalmente nem existem<br />

<strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s – é a pessoa que começa a se sentir incomodada, <strong>de</strong>scontente, não mais à vonta<strong>de</strong><br />

na instituição. O lí<strong>de</strong>r da equipe que tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber isso, e é hábil na solução, presta<br />

um gran<strong>de</strong> serviço ao seu grupo, evitan<strong>do</strong> a geração <strong>de</strong> um conflito que sempre é <strong>de</strong>sgastante.<br />

Mesmo existin<strong>do</strong> duas partes envolvidas, quan<strong>do</strong> estiver no início duas sessões <strong>de</strong> aconselhamento<br />

separadas po<strong>de</strong>rão resolver a questão, sem que uma parte venha a saber o que foi feito com a outra.<br />

• A mediação e a negociação ocorrem geralmente quan<strong>do</strong> o conflito está instala<strong>do</strong>. Ela prevê uma<br />

série <strong>de</strong> etapas, on<strong>de</strong> o media<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá ter paciência em ouvir as duas partes, ora separadas e ora<br />

conjuntamente. Procuran<strong>do</strong> enten<strong>de</strong>r a questão e oferecer oportunida<strong>de</strong> para que cada qual reflita<br />

sobre outros pontos <strong>de</strong> vista, o media<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá se empenhar em encontrar soluções conciliatórias<br />

que satisfaçam ambas as partes.<br />

6.6<br />

6.6.1<br />

MANUTENÇÃO DO VOLUNTÁRIO<br />

Reforço à Motivação <strong>do</strong>s Voluntários<br />

Voluntários motiva<strong>do</strong>s e inspira<strong>do</strong>s energizam uma organização. Os voluntários ficam<br />

motiva<strong>do</strong>s a mudar o mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> são trata<strong>do</strong>s com flexibilida<strong>de</strong> e respeito. 3<br />

No voluntaria<strong>do</strong> a motivação é tu<strong>do</strong>, pois estamos diante <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>alista, alguém que para si não quer<br />

nada <strong>de</strong> concreto ou material. São aspirações muito abstratas que merecem toda atenção, durante to<strong>do</strong> o<br />

tempo que o voluntário permanecer na organização, principalmente no início <strong>de</strong>ssa relação.<br />

As satisfações pessoais <strong>de</strong> um voluntário são sempre abstratas:<br />

• a satisfação <strong>de</strong> contribuir com a diminuição <strong>do</strong> sofrimento ou das injustiças;<br />

3 Burke, Mary An. Recuiting Volunteers


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

• a realização em trazer alegria ou contribuir com a auto-suficiência <strong>de</strong> outras pessoas;<br />

• sentir-se um agente construtor <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>;<br />

• sentir-se respeita<strong>do</strong>, visto com dignida<strong>de</strong> e como exemplo pelos <strong>de</strong>mais.<br />

Assim como ele não recebe nada material em troca e não me<strong>de</strong> os esforços feitos com salários, o que o<br />

irá motivar são também coisas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m subjetiva:<br />

• ver que está conquistan<strong>do</strong> seus objetivos;<br />

• sentir-se aceito, aprova<strong>do</strong>, valoriza<strong>do</strong>;<br />

• ser trata<strong>do</strong> com respeito, dignida<strong>de</strong>.<br />

Enfim, fazer parte <strong>de</strong> um time anima<strong>do</strong>, que o quer bem e reconhecer que seu empenho é honesto e<br />

produtivo. Para que isto ocorra é preciso manter o entusiasmo “em alta”.<br />

De forma prática isso significa que o gestor <strong>do</strong>s voluntários e todas as pessoas que tenham contato com<br />

os voluntários na organização precisam:<br />

• Estar sempre em contato com os voluntários para respon<strong>de</strong>r a possíveis dúvidas, e para que eles se<br />

sintam realmente parte da equipe;<br />

• Tornar claras, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário, as orientações com relação ao uso <strong>do</strong> telefone,<br />

entradas <strong>de</strong> acesso na organização, horários, ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas, pessoa a quem<br />

se reportar, enfim, todas as informações que <strong>de</strong> alguma forma po<strong>de</strong>m impactar nas suas ativida<strong>de</strong>s<br />

como voluntário;<br />

• Saber a hora <strong>de</strong> elogiar, bem como ajustar possíveis <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nos serviços presta<strong>do</strong>s,<br />

toman<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> para que as críticas sejam sempre construtivas e sejam feitas em particular com<br />

cada voluntário e membro da equipe;<br />

• Apresentar os resulta<strong>do</strong>s da organização, apontan<strong>do</strong> sempre para o voluntário on<strong>de</strong> a sua participação<br />

fez a diferença;<br />

• Manter sempre o voluntário ocupa<strong>do</strong> com ativida<strong>de</strong>s que sejam necessárias para a organização, bem<br />

como motiva<strong>do</strong>ra para o voluntário. As pessoas que não têm certeza <strong>de</strong> estar sen<strong>do</strong> úteis (ou bem<br />

aproveitadas) ten<strong>de</strong>m a procurar outro lugar para colaborar;<br />

• Apresentar o SESC sempre <strong>de</strong> uma forma organizada em sua estrutura e realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s,<br />

pois a segurança <strong>de</strong> estar contribuin<strong>do</strong> para uma organização que é realmente comprometida com a<br />

sua causa é muito motiva<strong>do</strong>r para os voluntários.<br />

Outro fator que é absolutamente importante para a manutenção da motivação é o sistema <strong>de</strong> reconhecimento.<br />

As necessida<strong>de</strong>s por recompensas variam <strong>de</strong> pessoas para pessoas. Alguns necessitam mais <strong>do</strong><br />

que outros da aprovação <strong>do</strong> seu serviço, porém, todas se sentem lisonjeadas quan<strong>do</strong> <strong>de</strong> alguma forma o<br />

seu esforço é reconheci<strong>do</strong>.<br />

6.6.2<br />

Reconhecimento<br />

Na escola, na família, no serviço, no convívio social ou na ativida<strong>de</strong> voluntária, o reconhecimento é um<br />

<strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s combustíveis <strong>do</strong> ser humano. Por mais abnega<strong>do</strong> que seja um indivíduo, ver o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

37


38<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

seu esforço voluntário valoriza<strong>do</strong> afaga a alma, traz satisfação pessoal e um certo senso <strong>de</strong> essencialida<strong>de</strong>.<br />

A simples constatação <strong>do</strong>s benefícios que a ação voluntária gera já é, por si só, um forte estímulo para<br />

continuar o serviço. Porém, quan<strong>do</strong> o mérito <strong>de</strong>ssa ação é conheci<strong>do</strong> e oficialmente reconheci<strong>do</strong>, os<br />

ânimos parecem renovar-se.<br />

Mas nem toda forma <strong>de</strong> reconhecimento surte os mesmos efeitos nas pessoas. Alguns voluntários sentem-se<br />

melhor quan<strong>do</strong> os seus esforços são valoriza<strong>do</strong>s num círculo restrito <strong>de</strong> colegas, no serviço ou<br />

na comunida<strong>de</strong>. Outros apreciam ver a sua história no informativo da instituição, servin<strong>do</strong> como exemplo<br />

para suscitar novas ações. Outros, ainda, gostam <strong>de</strong> se sentir elos <strong>de</strong> uma corrente, membros <strong>de</strong> um<br />

time, daí a valorização <strong>do</strong> serviço em equipe ser mais importante.<br />

Parte <strong>do</strong> sucesso da estratégia <strong>de</strong> valorização e reconhecimento é <strong>de</strong>scobrir qual a maneira mais a<strong>de</strong>quada<br />

<strong>de</strong> homenagear seus voluntários, sobretu<strong>do</strong> aqueles que realmente se <strong>de</strong>stacaram, sem diminuir o<br />

serviço <strong>do</strong>s outros. Afinal, as políticas <strong>de</strong> reconhecimento e valorização <strong>de</strong>vem servir como estimulação e<br />

não como instrumento <strong>de</strong> competição. Um <strong>do</strong>s segre<strong>do</strong>s para evitar esse risco é não <strong>de</strong>ixar que o grupo<br />

<strong>de</strong> voluntários perca <strong>de</strong> vista a dimensão da solidarieda<strong>de</strong> e da cidadania, o compromisso maior espera<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> cada um na promoção <strong>do</strong> bem comum.<br />

Listamos, a seguir, algumas sugestões <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> valorização e reconhecimento. Na dúvida, comece<br />

com um sincero “muito obriga<strong>do</strong>”, que é <strong>de</strong> longe a expressão mais utilizada nos eventos e conferências<br />

das organizações <strong>de</strong> fomento ao voluntaria<strong>do</strong> em países como os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Canadá, que são<br />

especialistas em manter contingentes <strong>de</strong> voluntários sempre a postos.<br />

Formas <strong>de</strong> valorização e reconhecimento:<br />

• Premiações por equipe, baseadas em critérios claros, objetivos e, <strong>de</strong> preferência, que tenham si<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s com a participação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os voluntários. Recomenda-se que o prêmio seja mais simbólico<br />

<strong>do</strong> que material, em sintonia com a própria causa, e que seja algo <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelos voluntários — um<br />

certifica<strong>do</strong>, troféu, um curso <strong>de</strong> capacitação, etc.<br />

• Divulgação das ações <strong>do</strong> voluntário ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas equipes <strong>de</strong> voluntários nos veículos <strong>de</strong><br />

comunicação da organização (boletins, murais, ví<strong>de</strong>o-jornais, revistas, intranet);<br />

• Indicação <strong>de</strong> voluntários para falarem com a imprensa;<br />

• Distribuição <strong>de</strong> broches (pins) e camisetas;<br />

• Envio <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento assinadas pela direção <strong>do</strong> Departamento Regional;<br />

• Convite aos voluntários para que apresentem suas experiências aos <strong>de</strong>mais colegas da empresa;<br />

• Visita <strong>do</strong>s diretores e gerentes <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> ao local <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong> voluntários;<br />

• Realização <strong>de</strong> eventos especiais.<br />

O reconhecimento <strong>de</strong>ve ser:<br />

• Personaliza<strong>do</strong><br />

• Basea<strong>do</strong> nas necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>do</strong> voluntário


• Mereci<strong>do</strong><br />

• Imediato<br />

• Contínuo<br />

• Criativo<br />

• Inova<strong>do</strong>r<br />

• Diverti<strong>do</strong><br />

• Varia<strong>do</strong><br />

• Foca<strong>do</strong><br />

• Amplamente divulga<strong>do</strong><br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

Como última observação cabe lembrar a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> agra<strong>de</strong>cimento quan<strong>do</strong> alguém se retira da<br />

instituição. Recomenda-se valorizar sempre o serviço que foi feito, transforman<strong>do</strong> esta situação em uma<br />

sensação <strong>de</strong> “<strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>”, e por isso merece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimentos por parte da Direção Regional<br />

ou seu representante.<br />

O fato <strong>de</strong> se valorizar aquele que se retira com o <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong> é um fator <strong>de</strong> motivação para que<br />

outras pessoas sigam aquele exemplo dignifica<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s, e em última análise, uma forma <strong>de</strong> contribuirmos<br />

para uma cultura <strong>de</strong> valorização e incentivo <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />

6.6.3<br />

Supervisão e Avaliação<br />

O acompanhamento contínuo e sistemático <strong>do</strong> trabalho da equipe <strong>de</strong> voluntários, discutin<strong>do</strong> com seus<br />

integrantes e com a equipe remunerada os avanços e <strong>de</strong>safios a enfrentar, é uma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />

nas equipes um senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> pelos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> trabalho e facilitar a i<strong>de</strong>ntificação das<br />

falhas, assim como as formas <strong>de</strong> corrigi-las.<br />

A supervisão das ativida<strong>de</strong>s e a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho apóiam-se, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, sobre os direitos<br />

e <strong>de</strong>veres <strong>do</strong> voluntário e <strong>de</strong>verão estar baseadas em critérios claros relaciona<strong>do</strong>s aos objetivos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s<br />

no projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />

É sempre interessante dar oportunida<strong>de</strong> ao voluntário <strong>de</strong> fazer a sua auto-avaliação, assim como <strong>de</strong> discutir<br />

e apresentar suas contribuições acerca <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> trabalho em espaços <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> equipe.<br />

Uma forma <strong>de</strong> gerenciar o voluntaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a pre<strong>de</strong>finir uma avaliação sistemática é optar por<br />

Termos <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são com prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>. Estabelece-se um prazo e, no término <strong>de</strong>ste, faz-se uma<br />

avaliação que <strong>de</strong>ve ser bilateral e que po<strong>de</strong>rá resultar em:<br />

• Renovação <strong>do</strong> contrato: as partes estão satisfeitas, o voluntário continuará a colaborar na mesma<br />

situação.<br />

• Renegociação da relação: a avaliação po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>terminar o estabelecimento <strong>de</strong> novas metas com<br />

prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> para realização <strong>de</strong> nova avaliação, ou concluir pelo remanejamento <strong>do</strong> voluntário<br />

no próprio Programa, ou ainda, por seu <strong>de</strong>sligamento.<br />

3


40<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

Instrumentos sugeri<strong>do</strong>s:<br />

Ficha <strong>de</strong> Avaliação Periódica <strong>do</strong> Voluntário: Anexo VI<br />

Questionário <strong>de</strong> Motivação Pessoal: Anexo VII<br />

Ficha <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>do</strong> Serviço Voluntário: Anexo VIII<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agra<strong>de</strong>cimento pelo Serviço Voluntário: Anexo IX<br />

6.6.4<br />

Caso o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> voluntários entenda que o voluntário será mais bem aproveita<strong>do</strong> em outra função,<br />

ou que para evitar algum tipo <strong>de</strong> conflito é melhor que ele seja posiciona<strong>do</strong> em outra área ou ativida<strong>de</strong>,<br />

<strong>de</strong>verá tratar o assunto com muito cuida<strong>do</strong>. Apresentamos algumas orientações nesse senti<strong>do</strong>:<br />

• Ter cuida<strong>do</strong> para que o remanejamento seja fruto exclusivamente da comparação entre as necessida<strong>de</strong>s<br />

da função e o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> voluntário, sem que para isto ocorram antipatias ou simpatias e<br />

outras manifestações <strong>de</strong> cunho pessoal.<br />

• Consultar o voluntário sobre o assunto, expon<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> da organização, pois a mudança não<br />

po<strong>de</strong> acontecer sem a concordância <strong>do</strong> voluntário;<br />

• O remanejamento po<strong>de</strong> ser apresenta<strong>do</strong> tanto como uma transferência para outra função, como<br />

para uma promoção a um cargo <strong>de</strong> maior responsabilida<strong>de</strong>. Isto po<strong>de</strong> fazer toda diferença na hora <strong>de</strong><br />

comunicar o voluntário;<br />

• Deve-se também fazer um acompanhamento <strong>de</strong> adaptação à nova equipe on<strong>de</strong> o voluntário foi<br />

inseri<strong>do</strong>.<br />

Se a <strong>de</strong>cisão pelo remanejamento resultar da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar conflitos e, após ter sugeri<strong>do</strong> várias<br />

soluções, a única saída for pedir que o voluntário se afaste, é aconselhável chegar a um acor<strong>do</strong>. Porém,<br />

<strong>de</strong>ve-se oferecer aos voluntários outras oportunida<strong>de</strong>s antes <strong>de</strong> aconselhar o seu afastamento: orientação<br />

específica, estabelecer um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> observação, após o qual se <strong>de</strong>ve realizar uma nova avaliação <strong>de</strong> seu<br />

<strong>de</strong>sempenho, como também a realização <strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> tarefa.<br />

Os voluntários são um importante recurso humano e <strong>de</strong>ve-se tentar que não aban<strong>do</strong>nem a organização,<br />

a menos que sua atuação seja prejudicial ao programa.<br />

6.7<br />

Remanejamento <strong>do</strong> Voluntário<br />

DESLIGAMENTO<br />

Uma das coisas difíceis <strong>de</strong> se aceitar é que a relação <strong>de</strong> serviço voluntário acaba.<br />

A sensação <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> uma pessoa com a qual se convive há tanto tempo e o vislumbre da dificulda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> encontrar novo colabora<strong>do</strong>r faz com que se tomem atitu<strong>de</strong>s até certo ponto injustas com quem está se<br />

retiran<strong>do</strong> – o que faz com que ele se sinta mal por “aban<strong>do</strong>nar” seu serviço.<br />

O término da relação entre voluntário e organização social é uma etapa que não se po<strong>de</strong> ignorar, pois<br />

po<strong>de</strong> acontecer por motivos inerentes a ambas as partes.<br />

Depois <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação, o voluntário sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> parar ou <strong>de</strong> ir trabalhar em outra<br />

organização. Isto <strong>de</strong>ve ser visto com normalida<strong>de</strong> e apoia<strong>do</strong>, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que o Programa MESA BRASIL


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

SESC contribuiu com a socieda<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong> envian<strong>do</strong> um voluntário treina<strong>do</strong> para uma Organização<br />

similar.<br />

6.7.1<br />

Quan<strong>do</strong> um voluntário não se adapta ao Programa, o melhor é ajudá-lo a perceber isso <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong><br />

objetivo, sugerin<strong>do</strong> outras organizações ou um tipo <strong>de</strong> serviço voluntário mais apropria<strong>do</strong> a suas capacida<strong>de</strong>s.<br />

Um <strong>de</strong>sempenho ineficiente não é a única razão para afastar um voluntário da organização. Existem<br />

outras razões <strong>de</strong> maior peso e importância como motivos éticos e morais (divulgar informações confi<strong>de</strong>nciais<br />

sobre os beneficiários, fazer uma ofensa grave a outros voluntários ou aos funcionários, tirar<br />

proveito da vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s beneficiários, etc.).<br />

O <strong>de</strong>sgaste natural da relação ou o término da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhada também po<strong>de</strong> culminar com<br />

o <strong>de</strong>sligamento provisório ou <strong>de</strong>finitivo <strong>do</strong> voluntário. Em to<strong>do</strong>s os casos, mas principalmente neste, é<br />

importante que fique claro o motivo <strong>do</strong> afastamento <strong>do</strong> voluntário, para a manutenção <strong>de</strong> uma boa relação<br />

e talvez até um possível retorno.<br />

6.7.2<br />

Qualquer motivo alega<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser respeita<strong>do</strong> e aceito, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que tenha si<strong>do</strong> uma <strong>de</strong>cisão madura<br />

e consciente.<br />

Importante saber:<br />

Desligamento pela Instituição Social<br />

Solicitação <strong>de</strong> Desligamento pelo Voluntário<br />

• Recomendamos que o fim da relação entre o voluntário e o Departamento Regional aconteça <strong>de</strong><br />

comum acor<strong>do</strong>, fazen<strong>do</strong> constar no Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são uma anotação assinada por ambas as partes,<br />

referente a esta finalização da prestação <strong>do</strong> serviço voluntário.<br />

• Não se <strong>de</strong>ve esquecer o agra<strong>de</strong>cimento pela <strong>de</strong>dicação e pela contribuição dadas à organização.<br />

• Não é necessário a utilização <strong>de</strong> Termo <strong>de</strong> Desligamento/Desistência.<br />

41


Anexos<br />

Anexo I<br />

Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário<br />

Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário<br />

Anexo II<br />

Regimento Interno<br />

Anexo III<br />

Ficha Cadastral <strong>de</strong> Voluntários<br />

Anexo IV<br />

Diagnóstico por Funcionário<br />

Anexo V<br />

Descritivo <strong>de</strong> Função<br />

Anexo VI<br />

Ficha <strong>de</strong> Avaliação Periódica <strong>do</strong> Voluntário<br />

Anexo VII<br />

Questionário <strong>de</strong> Motivação Pessoal<br />

Anexo VIII<br />

Ficha <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>do</strong> Serviço Voluntário<br />

Anexo IX<br />

Certifica<strong>do</strong> pelo Serviço Voluntário<br />

Anexo X<br />

Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Projeto


ANEXO I<br />

TERMO DE ADESÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

Nome da instituição que receberá o serviço voluntário:______________________________________<br />

En<strong>de</strong>reço:_________________________________________________________________________<br />

CNPJ:____________________________________________________________________________<br />

Área <strong>de</strong> atuação: ___________________________________________________________________<br />

Nome <strong>do</strong> voluntário(a):_______________________________________________________________<br />

Documento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>:_________________ CPF:____________________Tel._________________<br />

En<strong>de</strong>reço: _________________________________________________________________________<br />

O serviço voluntário a ser <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> junto a esta instituição, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Lei nº. 9.608 <strong>de</strong><br />

18/2/1998, no verso transcrita, será o <strong>de</strong>________________________________________________<br />

________________________________________que é ativida<strong>de</strong> não remunerada, e não gera vínculo<br />

empregatício nem funcional, ou quaisquer obrigações trabalhistas, previ<strong>de</strong>nciárias e afins. Será realiza<strong>do</strong><br />

às___________________________________ no horário_____________________.<br />

Os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s são___________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

• As <strong>de</strong>spesas a serem ressarcidas <strong>de</strong>verão antecipadamente ter autorização expressa.<br />

• O presente Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são estará em vigor a partir da data <strong>de</strong> sua assinatura pelas partes interessadas<br />

e po<strong>de</strong>rá ser rescindi<strong>do</strong> a qualquer momento mediante comunicação escrita <strong>de</strong> uma das partes a outra,<br />

com antecedência mínima <strong>de</strong> três dias, motivan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão.<br />

Declaro estar ciente da legislação específica sobre serviço voluntário e aceito atuar como voluntário(a)<br />

nos termos <strong>do</strong> presente Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são.<br />

______________________________________ _______________________<br />

Cida<strong>de</strong> Data<br />

______________________________________<br />

Assinatura <strong>do</strong> voluntário<br />

______________________________________ ____________________________________<br />

Testemunha Testemunha<br />

__________________________________________________________________________________<br />

Nome e assinatura <strong>do</strong> responsável pela instituição/cargo que ocupa<br />

DESLIGAMENTO<br />

Data:________________ Iniciativa: ( ) Voluntário ( ) Instituição<br />

Motivo:___________________________________________________________________________<br />

_________________________________ ______________________________________<br />

Assinatura Responsável pela instituição Assinatura <strong>do</strong> voluntário(a)<br />

43


44<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

Lei nº .608, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1 8<br />

LEI DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />

Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.<br />

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />

Faço saber que o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta e eu sanciono a seguinte Lei:<br />

Artigo 1 - Consi<strong>de</strong>ra-se serviço voluntário, para fins <strong>de</strong>sta Lei, a ativida<strong>de</strong> não remunerada, prestada por<br />

pessoa física a entida<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> qualquer natureza ou instituição privada <strong>de</strong> fins não lucrativos, que<br />

tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou <strong>de</strong> assistência social, inclusive,<br />

mutualida<strong>de</strong>.<br />

Parágrafo Único: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação <strong>de</strong> natureza trabalhista,<br />

previ<strong>de</strong>nciária ou afim.<br />

Artigo 2 - O serviço voluntário será exerci<strong>do</strong> mediante a celebração <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são entre a entida<strong>de</strong>,<br />

pública ou privada, e o presta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> serviço voluntário, <strong>de</strong>le <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> constar o objeto e as condições <strong>do</strong><br />

seu exercício.<br />

Artigo 3 - O presta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> serviço voluntário po<strong>de</strong>rá ser ressarci<strong>do</strong> pelas <strong>de</strong>spesas que comprovadamente<br />

realizar no <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s voluntárias.<br />

Parágrafo Único: As <strong>de</strong>spesas a serem ressarcidas <strong>de</strong>verão estar expressamente autorizadas pela entida<strong>de</strong><br />

a que for presta<strong>do</strong> o serviço voluntário.<br />

Artigo 4 - Esta Lei entra em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.<br />

Artigo 5 - Revogam-se as disposições em contrário.<br />

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO<br />

Brasília, 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998


ANEXO II<br />

REGIMENTO INTERNO<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

O voluntário é aquele que <strong>do</strong>a seu tempo, serviço, talento em prol <strong>de</strong> uma causa em que acredita. Prestar<br />

um serviço voluntário não é uma atitu<strong>de</strong> casual, <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> com consciência, responsabilida<strong>de</strong> e<br />

comprometimento, portanto requer algumas condições básicas:<br />

1. I<strong>de</strong>ntificar-se com a missão e os objetivos da organização social.<br />

2. Ser assíduo e pontual nos dias <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para o serviço voluntário. Seu setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e seu horário<br />

serão <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s em função <strong>de</strong> suas aptidões e seus interesses evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s na entrevista e nas<br />

necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> atuação.<br />

3. Notificar eventuais faltas com antecedência para viabilizar sua substituição.<br />

4. Comunicar os perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> folga <strong>de</strong>sejáveis com antecedência.<br />

5. Participar das reuniões e cursos para os quais for convoca<strong>do</strong>.<br />

6. Ouvir atentamente todas as instruções para cumpri-las em to<strong>do</strong>s os seus <strong>de</strong>talhes.<br />

7. Aceitar supervisão, controle e eventuais críticas <strong>de</strong> seus coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res.<br />

8. Não assumir o lugar <strong>do</strong> técnico ou <strong>do</strong> profissional, procuran<strong>do</strong> colaborar com eles.<br />

. Não criticar e nem procurar modificar a rotina <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> nenhum setor. To<strong>do</strong>s os problemas e sugestões<br />

<strong>de</strong>vem ser leva<strong>do</strong>s à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Voluntários, que irá tomar as providências necessárias.<br />

10. Trabalhar em harmonia tanto na sua equipe <strong>de</strong> voluntários, como na equipe contratada.<br />

11. Usar telefones, computa<strong>do</strong>res, enfim, to<strong>do</strong>s os equipamentos <strong>do</strong> escritório somente para tarefas<br />

ligadas ao seu serviço voluntário na organização.<br />

12. Não usar o nome da organização para angariar fun<strong>do</strong>s, pedir <strong>do</strong>nativos, obter regalias.<br />

13. Apresentar relatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas autorizadas pela coor<strong>de</strong>nação, para reembolso.<br />

14. Não são permitidas vendas <strong>de</strong> qualquer espécie, arrecadação <strong>de</strong> valores, abaixo-assina<strong>do</strong>s, no ambiente<br />

<strong>de</strong> serviço.<br />

15. Manter atualiza<strong>do</strong>s en<strong>de</strong>reço e telefone <strong>de</strong> contato.<br />

16. Não dar <strong>de</strong>clarações à imprensa ou participar <strong>de</strong> palestras, <strong>de</strong>bates etc., em nome da entida<strong>de</strong>, sem<br />

autorização prévia da diretoria da organização.<br />

17. Em caso <strong>de</strong> afastamento ou <strong>de</strong>sligamento, comunicar com antecedência a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Voluntários.<br />

18. Para manipulação <strong>do</strong>s alimentos, <strong>de</strong>verá estar <strong>de</strong>vidamente paramenta<strong>do</strong>.<br />

1 . Utilizar crachás nas <strong>de</strong>pendências da instituição.<br />

20. Zelar pelo material recebi<strong>do</strong>.<br />

45


46<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

ANEXO III<br />

FICHA CADASTRAL DE VOLUNTÁRIOS<br />

1. Nome completo: _________________________________________________________________<br />

Data <strong>de</strong> nascimento: ____/____/____ I<strong>de</strong>nt.:___________________ CPF:__________________<br />

Sexo: M F Esta<strong>do</strong> Civil: ___________________ Nacionalida<strong>de</strong>: ___________________<br />

En<strong>de</strong>reço resi<strong>de</strong>ncial: ________________________________________________________________<br />

Bairro: ___________________ Cida<strong>de</strong>: ___________________ CEP: _____________________<br />

Tel Res.:___________________ Fax.:___________________ E-mail:______________________<br />

Tel. Com.:___________________ Tel. Cel.:___________________<br />

Preferência para contato: residência trabalho<br />

2. Situação Profissional:<br />

Aposenta<strong>do</strong> Desemprega<strong>do</strong> Emprega<strong>do</strong> Do Lar Autônomo Estudante<br />

3. Escolarida<strong>de</strong>: (I<strong>de</strong>ntifique a área)<br />

Fundamental: _______________ Superior: ____________________<br />

Médio: ____________________ Curso Ténico: ____________________<br />

Completo Incompleto Cursan<strong>do</strong><br />

4. Preferências para a atuação voluntária:<br />

Com o que gostaria <strong>de</strong> atuar como voluntário? Indique sua preferência.<br />

Coletan<strong>do</strong>, selecionan<strong>do</strong> e distribuin<strong>do</strong> alimentos Apoian<strong>do</strong> ações educativas<br />

Auxilian<strong>do</strong> campanhas e eventos Desenvolven<strong>do</strong> tarefas administrativas<br />

Ministran<strong>do</strong> palestras e cursos Captan<strong>do</strong> novos <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res Outros<br />

Quais dias da semana você tem disponibilida<strong>de</strong> para o serviço voluntário?<br />

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ªfeira<br />

6ª feira Sába<strong>do</strong> Domingo<br />

Perío<strong>do</strong> para o serviço voluntário:<br />

Manhã Tar<strong>de</strong> Noite<br />

Pessoa <strong>de</strong> Contato:<br />

Nome: _______________________________________________________<br />

Telefone:__________________<br />

Data: ____/____/ 200__ Assinatura: ____________________________________________


ANEXO IV<br />

DIAGNóSTICO POR FUNCIONÁRIO<br />

ÁREA: _______________________________________<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

1. Faça uma lista das tarefas que você gostaria <strong>de</strong> ter realiza<strong>do</strong> na semana anterior, mas não pô<strong>de</strong> fazer.<br />

1.<br />

2.<br />

3.<br />

4.<br />

5.<br />

TAREFAS MOTIVOS<br />

2. Você gostaria <strong>de</strong> contar com um voluntário para ajudá-lo em seu trabalho?<br />

Sim Não<br />

3. Em que tarefa um voluntário po<strong>de</strong>ria ser útil?<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________________________________________________________<br />

_______________________________________________________________________________________________________________________<br />

47


48<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

MODELO PARA DESCRITIVO DE FUNÇÃO<br />

Objetivos<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

Qualificação<br />

Carga Horária<br />

Local<br />

Supervisão<br />

Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Êxito<br />

Benefícios<br />

ANEXO V<br />

DESCRITIVO DE FUNÇÃO<br />

TÍTULO SELECIONADOR DE ALIMENTOS<br />

EXEMPLO DE DESCRITIVO DE FUNÇÃO DE VOLUNTÁRIO<br />

TÍTULO SELECIONADOR DE ALIMENTOS<br />

Objetivos Selecionar alimentos recebi<strong>do</strong>s pelo MBS.<br />

Ativida<strong>de</strong>s<br />

Qualificação<br />

Carga Horária<br />

Separar alimentos por categoria;<br />

Descartar os alimentos impróprios para o consumo;<br />

Acondicionar em embalagens apropriadas;<br />

Separar os alimentos para as instituições conveniadas.<br />

Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação;<br />

Paciente;<br />

Observa<strong>do</strong>r.<br />

Total <strong>de</strong> 3 a 6 horas semanais, <strong>de</strong> segunda a quinta- feira com<br />

escalas diárias <strong>de</strong>:<br />

9h às 12h<br />

14h às 17h<br />

17h às 20h<br />

Local Se<strong>de</strong> <strong>do</strong> SESC.<br />

Supervisão<br />

Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Êxito<br />

Reporta-se à Coor<strong>de</strong>nação geral da unida<strong>de</strong> e à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />

Voluntários, com acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s no dia-a-dia e<br />

avaliações sistemáticas.<br />

Bom relacionamento com a equipe <strong>de</strong> voluntários;<br />

Alto nível <strong>de</strong> aproveitamento <strong>do</strong>s alimentos.


Data: ____/____/____<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

ANEXO VI<br />

FICHA DE AVALIAÇÃO PERIóDICA DO VOLUNTÁRIO<br />

Nome <strong>do</strong> voluntário: _________________________________________________________________<br />

Avaliação nº.: ___________________<br />

Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da área on<strong>de</strong> o voluntário está aloca<strong>do</strong>: _______________________________________<br />

1. No geral, o voluntário tem se entrosa<strong>do</strong> com a organização?<br />

sim algumas vezes não<br />

Por quê? __________________________________________________________________________<br />

_________________________________________________________________________________<br />

2. O voluntário tem se empenha<strong>do</strong> para realizar as tarefas propostas?<br />

sim algumas vezes não<br />

Comentário: ________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

3. O trabalho realiza<strong>do</strong> pelo voluntário tem atingi<strong>do</strong> os objetivos propostos?<br />

sim não<br />

4. Ocorreu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última avaliação, algum fato relevante com relação ao comportamento <strong>do</strong> voluntá-<br />

rio que valha a pena ser <strong>de</strong>scrito?<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

5. Como você avalia o trabalho <strong>do</strong> voluntário no último perío<strong>do</strong>:<br />

ótimo bom regular insatisfatório<br />

Comentário: ________________________________________________________________________<br />

__ _______________________________________________________________________________<br />

* Esta ficha <strong>de</strong>ve ser preenchida pelo responsável direto pela ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> voluntário.<br />

4


50<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

ANEXO VII<br />

QUESTIONÁRIO DE MOTIVAÇÃO PESSOAL<br />

INSTRUÇÕES<br />

Leia cuida<strong>do</strong>samente cada frase incompleta e distribua 10 pontos nos três diferentes complementos.<br />

Marque mais pontos ao complemento com o qual se i<strong>de</strong>ntificam mais ou menos pontos aos <strong>de</strong>mais.<br />

Exemplo:<br />

O que eu mais <strong>de</strong>sejo na vida é...<br />

a) ser rico e famoso; 4<br />

b) ser aprecia<strong>do</strong> pelos <strong>de</strong>mais; 6<br />

c) me <strong>de</strong>dicar às artes plásticas. 0<br />

Você po<strong>de</strong> utilizar qualquer combinação que some <strong>de</strong>z pontos. Verifique se não há nem mais nem<br />

menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pontos no seu somatório. Este questionário não é um exame nem tem respostas boas ou<br />

más. Somente busca a obtenção <strong>de</strong> informações úteis para o seu conhecimento pela instituição. Por-<br />

tanto, é importante o que você realmente é e não o que gostaria <strong>de</strong> ser. Uma vez termina<strong>do</strong> o inventário,<br />

some as colunas e transporte os totais para o resumo.<br />

1. Sinto-me melhor com os outros quan<strong>do</strong>...<br />

a) eu dirijo<br />

b) eles me aceitam<br />

c) apren<strong>do</strong> alguma coisa com eles<br />

2. Obtenho o melhor <strong>de</strong> mim sen<strong>do</strong>...<br />

a) oportunista<br />

b) amistoso<br />

c) verda<strong>de</strong>iro comigo mesmo<br />

3. Sinto-me bem comigo mesmo quan<strong>do</strong>...<br />

a) procuro ser lí<strong>de</strong>r<br />

b) adapto-me ao grupo<br />

c) atuo por um i<strong>de</strong>al<br />

4. Eu me esforço mais quan<strong>do</strong>...<br />

a) existe dinheiro no meio<br />

b) reconhecem meu esforço<br />

c) gosto <strong>do</strong> que tenho <strong>de</strong> fazer<br />

5. Ao me relacionar com os outros penso...<br />

a) na influência que possuem<br />

b) na confiança que <strong>de</strong>positam em mim<br />

c) no que significam para meu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal


6. Tenho mais me<strong>do</strong>...<br />

a) da pobreza<br />

b) da solidão<br />

c) da falta <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> na vida<br />

7. Costumo impressionar aos <strong>de</strong>mais me apresentan<strong>do</strong> como...<br />

a) uma pessoa astuta e sagaz<br />

b) carinhosa e comprometida<br />

c) culta e inteligente<br />

8. Diante <strong>do</strong> fracasso eu...<br />

a) sinto que <strong>de</strong>srespeitaram meus direitos<br />

b) procuro consolo nos outros<br />

c) procuro uma explicação que me aju<strong>de</strong> a melhorar<br />

. O que mais valorizo é...<br />

a) o êxito econômico<br />

b) a companhia <strong>de</strong> minha família<br />

c) os êxitos profissionais<br />

10. Para vencer as dificulda<strong>de</strong>s eu...<br />

a) uso todas as minhas forças<br />

b) preciso <strong>de</strong> ajuda <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais<br />

c) conto com a minha formação interior<br />

RESULTADOS DOS TESTES<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

Em geral, quem tem mais “respostas (a)” relaciona-se mais com o PODER, quem tem mais “respostas<br />

(b)” relaciona-se com EMOÇÃO E AFEIÇÃO e a maioria <strong>de</strong> “respostas (c)” indica propensão à REALI-<br />

ZAÇÃO PESSOAL. Abaixo, <strong>de</strong>lineamos como tratar com cada tipo <strong>de</strong> candidato a voluntário.<br />

Com pessoas motivadas pelo po<strong>de</strong>r (maioria <strong>de</strong> ponto a):<br />

• Trabalho que lhes permitam persuadir as pessoas.<br />

• Trabalhos que lhes permitam interagir com os membros <strong>do</strong>s Conselhos e altos dirigentes.<br />

• Trabalhos que lhes ofereçam oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensinar aos outros.<br />

• Reconhecimento que atesta sua influência.<br />

• Socializar com pessoas <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e certa influência.<br />

• Solicitar suas sugestões sobre formas com que a instituição po<strong>de</strong>ria obter mais reconhecimento e<br />

impacto na socieda<strong>de</strong>.<br />

• Cartas <strong>de</strong> recomendação que mencionem o impacto e a importância <strong>de</strong> suas ações em to<strong>do</strong>s os meios<br />

<strong>de</strong> comunicação da comunida<strong>de</strong> possíveis.<br />

• Cartas aos familiares enfatizan<strong>do</strong> o impacto obti<strong>do</strong> para beneficiar a instituição, os clientes, a comunida<strong>de</strong>.<br />

• Trabalhos que ofereçam maior responsabilida<strong>de</strong> e autorida<strong>de</strong>.<br />

• Uma <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> trabalho e <strong>do</strong> cargo que impressione bem.<br />

51


52<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

• Notas personalizadas <strong>do</strong>s supervisores e altos dirigentes agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> seu aporte para melhorar a<br />

comunida<strong>de</strong>.<br />

• Programas que levem seus nomes.<br />

• Oportunida<strong>de</strong> para contribuir com o estabelecimento das metas.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para inovar, questionar e <strong>de</strong>bater as <strong>de</strong>cisões.<br />

• Permitir que exprimam suas idéias.<br />

• Apresentá-las a pessoas influentes.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para negociar.<br />

• Oportunida<strong>de</strong> para ven<strong>de</strong>r os serviços da organização.<br />

• Oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> com os corpos legislativos e comitês.<br />

• Compartilhan<strong>do</strong> aspirações organizacionais.<br />

• Envolvimento nas <strong>de</strong>cisões que afetam o futuro da organização.<br />

• Contatos na área <strong>de</strong> relações públicas e <strong>de</strong> mídia.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para treinamentos fora da organização.<br />

• Formar parte <strong>de</strong> mesas-re<strong>do</strong>ndas e <strong>de</strong>bates públicos.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para escrever artigos, publicações, livros etc.<br />

Com pessoas motivadas pelo afeto e emoção (maioria <strong>de</strong> pontos b):<br />

• Reconhecimento na presença <strong>de</strong> colegas e membros da família.<br />

• Menção nos boletins ou comunica<strong>do</strong>s internos da empresa.<br />

• Nome ou fotografia em áreas públicas da organização.<br />

• Um bilhete personaliza<strong>do</strong> envia<strong>do</strong> pelo supervisor na empresa.<br />

• Um supervisor que se lembre <strong>do</strong> aniversário ou datas importantes.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para socializar seu trabalho.<br />

• Cartas a membros da família agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> que compartilhem o tempo <strong>do</strong> voluntário com a organização.<br />

• Cartas <strong>de</strong> clientes ou <strong>de</strong> outras organizações da comunida<strong>de</strong>.<br />

• Avaliações que mostrem o êxito com talentos interpessoais.<br />

• Felicitações junto a seus amigos.<br />

• Expressar afeto e apreço pelo seu trabalho.<br />

• Treinamentos e capacitações personaliza<strong>do</strong>s no trabalho.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cumprimentar ou dar as boas-vindas em eventos especiais.<br />

Com pessoas motivadas por realização pessoal (maioria <strong>de</strong> pontos c):<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para participar em tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões relativas a metas e resulta<strong>do</strong>s.<br />

• Delegação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para criar idéias inova<strong>do</strong>ras e conseguir suas metas.<br />

• Divulgar em locais públicos placas e reconhecimentos.<br />

• Cartas <strong>de</strong> recomendação e reconhecimento aos seus superiores ou aos jornais por um trabalho específico.<br />

• Trabalho com avaliações constantes para marcar os êxitos.<br />

• Algum prêmio ou reconhecimento por um programa específico.<br />

• Cartas aos membros da família.<br />

• Trabalhos que ofereçam maior responsabilida<strong>de</strong>.<br />

• Trabalhos com metas claras e fáceis <strong>de</strong> medir.<br />

• Trabalhos que ofereçam oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar um recor<strong>de</strong> numérico (financeiro, clientes atendi<strong>do</strong>s,<br />

tempo etc.).


• Notas personalizadas <strong>do</strong> supervisor.<br />

• Oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se sentirem parte integrante <strong>do</strong> to<strong>do</strong>.<br />

• Capacitações interativas.<br />

• Convites para participar em melhoras <strong>de</strong> eficiência da organização.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para visitar e inspecionar instalações da organização.<br />

• Tomar cuida<strong>do</strong> para que o seu tempo não seja <strong>de</strong>sperdiça<strong>do</strong>.<br />

• Informan<strong>do</strong> com antecedência a pauta das reuniões.<br />

• Compartilhan<strong>do</strong> as necessida<strong>de</strong>s institucionais.<br />

• Cartas <strong>de</strong> felicitação <strong>do</strong>s Conselhos diretivos por resulta<strong>do</strong>s específicos.<br />

• Oportunida<strong>de</strong>s para questionar as <strong>de</strong>cisões.<br />

• Envolvimento nas <strong>de</strong>cisões que venham a afetá-los.<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

53


54<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

ANEXO VIII<br />

FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />

Nome: ____________________________________________________________________________<br />

Equipe <strong>de</strong> Trabalho: __________________________________________________________________<br />

Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Técnico: ________________________________________________________________<br />

1. Como você se sente em relação ao seu <strong>de</strong>sempenho no trabalho?<br />

Está satisfatório? Po<strong>de</strong>ria melhorar? Como?<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

2. Você está receben<strong>do</strong> informações suficientes a respeito <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sempenho na organização social?<br />

Comente:<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

3. Sente-se motiva<strong>do</strong> para realizar seu trabalho? Por quê?<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

4. Sente-se satisfeito com a organização social? Comente.<br />

sim, sempre às vezes sim, outras não não (justifique)<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

5. Seu trabalho é <strong>de</strong>vidamente reconheci<strong>do</strong> pela coor<strong>de</strong>nação da equipe? E pela organização social?<br />

sim, sempre às vezes sim, outras não não<br />

Comente:<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

6. Dê su<strong>gestão</strong> <strong>do</strong> que po<strong>de</strong> ser feito pela organização para melhorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seu trabalho.<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

__________________________________________________________________________________<br />

7. Seu trabalho na organização:<br />

Dia da semana: _______________________ Tempo: ___________________ horas<br />

8. Atualize seus da<strong>do</strong>s:<br />

En<strong>de</strong>reço: _________________________________________________________________________<br />

Bairro:________________ Cida<strong>de</strong>:________________________ CEP:________________<br />

Telefone 1:________________________ Telefone 2:________________________<br />

Telefone 3:________________________ E-mail: ___________________________<br />

Importante: Todas as informações e comentários aqui conti<strong>do</strong>s são relevantes para a melhoria <strong>do</strong> trabalho<br />

da equipe e da organização.<br />

55


56<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

ANEXO IX<br />

CERTIFICADO PELO SERVIÇO VOLUNTÁRIO


ANEXO X<br />

MODELO DE PROJETO<br />

MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

TóPICOS A SEREM CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE VOLUNTARIADO<br />

1. Introdução<br />

2. Apresentação<br />

3. Justificativa<br />

4. Objetivos<br />

4.1 Gerais<br />

4.2 Específicos<br />

5. Metas<br />

6. Missão<br />

7. Meto<strong>do</strong>logia<br />

7.1 Recrutamento<br />

7.2 Seleção<br />

7.3 A<strong>de</strong>são<br />

7.4 Capacitação/Integração<br />

7.5 Monitoramento/Avaliação<br />

7.6 Desligamento<br />

8. Descritivo <strong>de</strong> Função<br />

. Recursos<br />

9.1 Humano<br />

9.2 Material<br />

9.3 Financeiro<br />

10. Avaliação<br />

11. Bibliografia<br />

12. Anexos<br />

57


Bibliografia


MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />

ALLAN, Jane. Como i<strong>de</strong>ntificar e resolver problemas em sua equipe. São Paulo: Nobel, 1992. 198p.<br />

BURKE, Mary Ann; LILJENSTOLPE, Carl. Recruiting volunteers: a gui<strong>de</strong> for non-profits. Los Altos, CA:<br />

Crisp, 1992. 90p.<br />

CAMICAZA, Elena; GUERRERO, Miguel; DIOS, Rubén <strong>de</strong>. Planificación estratégica: meto<strong>do</strong>logía y plan<br />

estratégico <strong>de</strong> las organizaciones comunitarias. Buenos Aires: Centro Nacional <strong>de</strong> Organizaciones <strong>de</strong> la<br />

Comunidad, 1998. Não pagina<strong>do</strong>. (Capacitación a distancia en gestión <strong>de</strong> organizaciones comunitarias, 2).<br />

CAMPBELL, Katherine Noyes; ELLIS, Susan J. Gui<strong>de</strong> to volunteers management. Phila<strong>de</strong>lphia: Energize,<br />

1998.<br />

CENTRO DE VOLUNTARIADO DE SÃO PAULO. Gerenciamento <strong>de</strong> voluntários: estruturação e implementação<br />

<strong>de</strong> programas <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> em organizações sociais. São Paulo, 2001.<br />

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão <strong>de</strong> pessoas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1999. 457p.<br />

CURITIBA (PR). Prefeitura. Mo<strong>de</strong>lo colaborativo: experiência e aprendiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento comunitário<br />

em Curitiba. Curitiba, 2002. 72p.<br />

GALIANO CORULLÓN, Mónica Beatriz (Org.). Planejamento e gerenciamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> voluntários:<br />

o papel <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r. [S.l.]: Conselho da Comunida<strong>de</strong> Solidária, [19--]. Não pagina<strong>do</strong>.<br />

MACLEOD, Flora. Motivating and managing today´s volunteers: how to build and lead a terrific team.<br />

North Vancouver: Self-Counsel , 1993. 173p.<br />

MORRISON, Emily Kittle. Lea<strong>de</strong>rship skills: <strong>de</strong>veloping volunteers for organizational success. Tucson:<br />

Fisher Books, 1994. 223p.<br />

RANDOLPH, W. Allan; POSNER, Barry Z. Gerencia <strong>de</strong> proyectos: cómo dirigir exitosamente equipos <strong>de</strong><br />

trabajo. Santafé <strong>de</strong> Bogotá: McGraw-Hill, c1993. 162p.<br />

RIOVOLUNTÁRIO. <strong>Manual</strong> básico para administra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> recursos humanos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, [19--].<br />

51p.<br />

SCAVUZZO, José; MAIZTEGUI, Graciela. Planificación operativa. Buenos Aires: Centro Nacional <strong>de</strong><br />

Organizaciones <strong>de</strong> la Comunidad, 1998. 77p. (Capacitación a distancia en gestión <strong>de</strong> organizaciones<br />

comunitarias, 3).<br />

SCHEIER, Ivan H. Building staff/volunteer relations. Phila<strong>de</strong>lphia: Energize, 1996.<br />

SURDO, Eduar<strong>do</strong>. La magia <strong>de</strong> trabajar en equipo. Buenos Aires: Granica, 1998. 220p.<br />

VINEYARD, Sue. Secrets of motivation: how to get & keep volunteers & paid staff. Downers Grove: Heritage<br />

Arts, 1991.<br />

WEISS, Donald H. Como resolver (ou evitar) conflitos no trabalho. São Paulo: Nobel, 1994.<br />

WISINSKI, Jerry. Como resolver conflitos no trabalho. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1995. 91p. (Trabalho<br />

eficaz).<br />

5


Papel Reciclato 90g/m2<br />

Fonte Helvetica Con<strong>de</strong>nsed - corpo 10

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