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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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Simonton (2002) nos remete a Galton (1869), que definia gênio em<br />

termos de reputação duradoura, como os homens e mulheres que receberam<br />

o Prêmio Nobel – Niels Bohr (Física), Marie Curie (Química),<br />

Ivan Pavlov (Medicina e Filosofia) e Toni Morrison (Literatura), entre<br />

outros –, que foram reconhecidos por suas notáveis contribuições em<br />

suas respectivas áreas, além de contribuições para o conhecimento<br />

humano e a humanidade. A conceituação de gênio refere-se àqueles<br />

que são donos de uma rara habilidade, de uma capacidade de produzir<br />

ideias perenes e absolutamente originais, que favoreçam amplamente<br />

o grupo social e a sociedade global.<br />

Há alguns outros fenômenos psicológicos associados à criatividade<br />

e compreendê-los corresponde a uma necessidade, pois tanto nossa<br />

vida cotidiana familiar e social se beneficiam com esta compreensão<br />

quanto as relações no mundo do trabalho. As empresas já demonstram<br />

em cursos, capacitações, treinamentos e anúncios um interesse<br />

crescente pelos estudos da criatividade de seus empregados e da<br />

própria instituição, para se adaptarem aos mercados de trabalho em<br />

evolução constante e rápida.<br />

2 COMO PERCEBER A CRIATIVIDADE?<br />

O processo criativo é complexo e de difícil observação. No passado<br />

falava-se de criatividade referindo-se quase sempre às atividades<br />

artísticas, praticamente em oposição às outras experiências,<br />

como a conceituação matemático-científica ou qualquer tipo de<br />

pesquisa e habilidade técnica ou motora. Entretanto, podemos<br />

chamar também de criativa uma pessoa que sempre faz perguntas,<br />

descobre problemas onde outros encontram respostas satisfatórias,<br />

que é capaz de juízos e julgamentos autônomos e independentes<br />

(da família, da escola, da sociedade etc.), que recusa o já codificado<br />

e remanuseia objetos e conceitos, sem se deixar inibir pelo<br />

conformismo de aceitar os produtos como já se apresentam. Há um<br />

leque variado de comportamentos, ações, ideias e produtos que<br />

configuram criatividade. Os artistas também podem ser analíticos,<br />

porque dedicam muita atenção e tempo até chegar ao produto<br />

final, aos materiais e à tecnologia que seus trabalhos e suas produções<br />

artísticas exigem.<br />

SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 86-107 | MAIO > AGOSTO 2011<br />

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