Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc
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e o segundo ciclos do ensino fundamental (atualmente 5ª e 9ª<br />
séries), e o ensino médio (3º ano); entrevistas com os diretores<br />
das escolas a que esses estudantes pertencem; entrevistas com<br />
os professores das turmas desses estudantes; e questionários preenchidos<br />
pelos próprios estudantes com informações a respeito<br />
de si e de suas famílias. Em geral, os estudos baseados no Saeb<br />
tomam os resultados das provas como medida de resultado e a<br />
resposta dos estudantes sobre o primeiro nível educacional que<br />
frequentaram como variável de interesse. As principais vantagens<br />
da pesquisa são a existência de informações sobre qualidade das<br />
escolas e das turmas que os alunos atualmente frequentam (que<br />
pode aproximar a qualidade da escola que habitualmente vêm<br />
frequentando desde a primeira vez que foram matriculados) e as<br />
próprias notas dos testes, que em geral são tomadas como medida<br />
razoavelmente fiel do estágio de desenvolvimento cognitivo<br />
dos alunos. Dentre as desvantagens estão a ausência de informações<br />
detalhadas sobre a família (em particular não se sabe a renda<br />
e detalhes da composição de irmãos) e o questionamento sobre<br />
a acurácia das informações reportadas pelos estudantes, tanto a<br />
respeito de características de seus pais quanto sobre o primeiro<br />
nível educacional que frequentaram (principalmente entre os alunos<br />
que ainda estão completando o primeiro ciclo do fundamental).<br />
Adicionalmente, para nossos propósitos, é ruim o fato de que<br />
a pergunta sobre frequência ao ensino infantil seja feita de modo<br />
a que os estudantes apenas tenham que responder quando foram<br />
pela primeira vez à escola, sendo admissíveis as respostas “maternal”<br />
(creche), “pré-escola”, “primeira série” (do fundamental),<br />
e “depois da primeira série”. Essa estrutura não permite saber<br />
dos estudantes que responderam “maternal”, se também fizeram<br />
“pré-escola” ou não. Por esse motivo, o impacto líquido da creche/maternal<br />
é calculado supondo que todos os alunos que entraram<br />
nesse nível permaneceram na escola durante a pré-escola.<br />
c) Um estudo recente (FELÍCIO et al., 2009) inova ao utilizar dados<br />
de uma pesquisa de campo própria, coletada no município de<br />
Sertãozinho (SP) em maio de 2008, composta por uma aplicação<br />
da Provinha Brasil a crianças de segunda série de todas as escolas<br />
84 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 38-85 | MAIO > AGOSTO 2011