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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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suposição acima e b) colocar em dúvida que as variáveis envolvidas<br />

no exercício de estimação sejam corretamente medidas. Em ambos os<br />

casos, podemos dizer que é a validade interna das estimativas que está<br />

sendo questionada.<br />

Adicionalmente, se uma estimativa é feita em uma amostra muito<br />

particular, e suspeitamos que, portanto, suas conclusões não sejam válidas<br />

em outros contextos, ou se desconfiamos que resultados obtidos<br />

em determinado ponto do tempo podem não ser boas aproximações<br />

do impacto de um programa em outros períodos, dizemos que a validade<br />

externa das estimativas é frágil.<br />

3.2.1 VALIDADE INTERNA<br />

DELIMITAÇÃO DOS GRUPOS DE TRATAMENTO E CONTROLE<br />

Idealmente, para estimar o impacto de um tratamento T sobre ,<br />

gostaríamos de poder comparar dois grupos em que a única diferença<br />

entre ambos (em termos da composição de possíveis características<br />

determinantes de ) fosse o fato de que um deles recebeu o tratamento<br />

e o outro não. Na medida em que o grupo de tratados e não tratados<br />

difere em outras dimensões além do recebimento do tratamento,<br />

surge sempre uma suspeita de que eventuais diferenças na distribuição<br />

de entre os grupos sejam causadas por diferenças nessas outras<br />

variáveis, e não propriamente pelo tratamento.<br />

No caso do tratamento em que estamos interessados (frequência<br />

ao ensino infantil) há três conjuntos de características que costumam<br />

afetar diretamente variáveis de resultado futuro (tais como salários,<br />

notas ao longo do ensino básico, ou escolaridade final atingida) e que<br />

podem diferir sistematicamente entre os grupos de pessoas que frequentaram<br />

e que não frequentaram creches e pré-escolas.<br />

O primeiro conjunto são as características individuais das crianças.<br />

Atributos como motivação, inteligência e extroversão frequentemente<br />

não são observados e podem afetar o processo de desenvolvimento<br />

de modo a influenciar resultados futuros. Se as famílias levam em<br />

conta nuances da personalidade dos filhos no instante de decidir se os<br />

matriculam ou não no ensino infantil, a interpretação de causalidade<br />

atribuída ao tratamento em exercícios econométricos pode ficar prejudicada.<br />

Um exemplo de situação em que egressos do ensino infantil<br />

SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 38-85 | MAIO > AGOSTO 2011<br />

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