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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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Tabela 1<br />

Proporção de crianças frequentando educação infantil por idade no Brasil<br />

Idade<br />

(anos)<br />

48 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 38-85 | MAIO > AGOSTO 2011<br />

Ano<br />

1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007<br />

0 1.1 1.1 1.5 1.3 1.1 1.2 1.6 2.3 1.4 2.2 2.7<br />

1 3.1 3.2 3.3 3.7 3.7 5.1 5.0 6.2 5.7 7.2 8.0<br />

2 7.6 8.1 8.1 9.3 11.5 11.8 11.2 14.3 14.5 17.7 18.3<br />

3 17.4 19.5 20.2 21.7 24.5 26.3 25.5 29.5 30.6 34.6 38.0<br />

4 33.3 36.5 35.7 39.0 43.9 46.0 47.9 50.5 52.6 58.0 60.3<br />

5 51.7 54.8 55.7 57.0 62.7 64.6 67.1 70.9 71.2 75.0 76.8<br />

Fonte: Foguel e Veloso (2010).<br />

Utilizando uma série de perguntas específicas sobre as razões reportadas<br />

pelos pais para não colocar seus filhos nas creches 5 , Foguel<br />

e Veloso (2010) constroem dois tipos de indicadores dicotômicos de<br />

falta de acesso ao ensino infantil. O primeiro (indicador de frequência),<br />

baseado no fato de as crianças estarem ou não fora da escola, assume<br />

o valor zero se a criança não está matriculada e um em caso contrário.<br />

O segundo (indicador de oportunidade) assume o valor um para falta<br />

de acesso apenas se a criança estiver fora da escola e essa situação for<br />

consequência de falta de recursos ou vagas nas escolas disponíveis. Com<br />

base nesses indicadores, os autores calculam, para cada idade, as taxas<br />

de acesso (ou cobertura) e desigualdade 6 de acesso a creches e pré-<br />

-escolas no Brasil, conforme exposto nos gráficos a seguir. Percebe-se<br />

neles que grande parte da desigualdade total existente nas idades mais<br />

novas (linhas claras do segundo gráfico) não resulta de falta de oferta de<br />

vagas em creches, mas, sim, de outros motivos encontrados pelos pais<br />

para que seus filhos não frequentem a escola (linhas escuras) 7 .<br />

5 Suplemento de acesso ao ensino da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios<br />

(PNAD) de 2006.<br />

6 O indicador de desigualdade utilizado é o proposto por Barros et al. (2009).<br />

7 O mais intrigante no que diz respeito ao acesso ao ensino infantil no Brasil<br />

é que no momento da matrícula existe excesso de demanda, no entanto, há<br />

elevadas taxas de rotatividade e desistência ao longo do ano (evidência preliminar<br />

de pesquisa em andamento conduzida por Ricardo Paes de Barros,<br />

avaliando impacto de acesso a creches no Rio de Janeiro).

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