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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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em outros setores da administração pública, como infraestrutura urbana<br />

e saúde.<br />

Para ilustrar esse quadro – que apresenta o quanto os recursos se<br />

mostram insuficientes e o quanto se necessita de um plano de gestão<br />

eficiente para garantir os objetivos do ICMS Ecológico enquanto incentivo<br />

à conservação ambiental – realizou-se uma análise que tem<br />

como referência a despesa anual aproximada para manutenção de<br />

uma Unidade de Conservação, no caso a Reserva Particular do Patrimônio<br />

Natural SESC Pantanal, com 106.335,86 hectares, localizada<br />

em Barão de Melgaço, uma das principais Unidades de Conservação<br />

do país quanto à estrutura e gestão para proteção dos ecossistemas<br />

pantaneiros.<br />

A Estância Ecológica SESC Pantanal, uma das unidades do SESC em<br />

Mato Grosso, é a instituição proprietária da Reserva. Segundo dados<br />

dos Balanços Anuais da RPPN, a despesa anual para manutenção da<br />

unidade é de cerca de R$ 2.400.000,00 (ano base: 2009).<br />

Ao comparar esse valor com o ICMS Ecológico arrecadado pelo<br />

município de Barão de Melgaço no período de oito anos (2002 a<br />

2009), que foi de R$ 1.271.289,97, e considerando também os outros<br />

73.739,08 hectares de Unidades de Conservação e Terras Indígenas<br />

do seu território, pode-se observar o quanto o recurso deve ser incrementado<br />

para que contribua efetivamente com as iniciativas conservacionistas<br />

que constituem a base de sua razão de existência.<br />

Outros dados a serem observados são os valores monetários atribuí–<br />

dos aos serviços ecossistêmicos. No município de Barão de Melgaço<br />

é possível estabelecer uma análise a partir dos pressupostos dos mecanismos<br />

de valoração dos serviços que o ecossistema oferece como<br />

recursos utilizados para atendimento das necessidades humanas.<br />

De acordo com a pesquisa divulgada por Seidl e Moraes (2000, p. 3),<br />

o valor anual dos serviços ecossistêmicos estimados para o Pantanal da<br />

Nhecolândia (segunda maior sub-região da planície pantaneira) corresponde<br />

a US$ 15,5 bilhões, ou US$ 5 mil por habitante. Nesse cálculo<br />

os autores consideraram as seguintes categorias de serviços ecossistêmicos:<br />

suprimento de água, regulação da perturbação, tratamento de<br />

resíduos, valor cultural, regulação da água, ciclagem dos nutrientes,<br />

recreação e habitat. Outras categorias foram consideradas, mas não<br />

representaram um fornecimento significativo quanto aos serviços.<br />

30 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 10-37 | MAIO > AGOSTO 2011

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