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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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) Explicitar as construções imaginárias que norteiam as práticas cotidianas<br />

desses projetos.<br />

c) Identificar como se manifestam as relações entre o ensino da arte<br />

e a formação para a cidadania na estrutura formal e no desenrolar<br />

cotidiano dos projetos.<br />

Como estratégia metodológica, optou-se por trabalhar o imaginário<br />

presente nos discursos dos alunos dos projetos de dança<br />

trilhando diversos percursos. Dentro dessa temática, Gilbert Durand,<br />

em seu livro O Imaginário (1999), aponta para outras combinações<br />

de análise, que fogem de uma lógica binária, as quais ele denominou<br />

de bacia semântica, em que A não necessariamente segue B<br />

e tampouco C; há, de fato, uma pluralidade de combinações, produzindo<br />

diferentes sentidos. Para tornar o termo “bacia semântica”<br />

mais claro, pode-se pensar no curso de um rio, constantemente<br />

regulado pelo fluxo de seus afluentes: o rio representa o superego<br />

institucional e seus afluentes e escoamentos trazem o que é<br />

marginal, seus mitos condutores, seus motivos pictóricos, tudo o<br />

que se mistura com o instituído e que, necessariamente, transforma<br />

seu curso.<br />

2 RESULTADOS<br />

As observações de campo envolveram diferentes aspectos que<br />

ultrapassavam a dimensão da dança, mas que são indissociáveis da<br />

produção de sentido gerada por essa prática. Características abrangentes<br />

do projeto, como localização, condições materiais, origem e<br />

formação dos profissionais, se juntaram a detalhes como vestuário,<br />

murais, gírias, corte de cabelo, enfim, indícios que denotam o imaginário<br />

do projeto e as formas como os alunos expressam sua adesão e<br />

identificação a diferentes vivências da dança.<br />

Qualquer observação de campo é arbitrária e incompleta se não<br />

incorpora a complexidade e a dramaticidade das experiências observadas<br />

e vividas. Cada projeto se constitui em um universo de sentidos<br />

que se apresentam e se velam a todo instante. Mesmo assim, após as<br />

observações, o bate-papo com os alunos e coreógrafos e o compartilhamento<br />

de momentos singulares começaram a revelar pistas sobre<br />

os significados daquelas práticas.<br />

114 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 108-141 | MAIO > AGOSTO 2011

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