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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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e BRAGOTTO, 2009) o exemplo de uma equação simbólica relativa<br />

ao processo criativo: Criatividade = f.a (C, I, A), interpretando-se a<br />

criatividade como função (f) de uma atitude (a), em direção ao uso<br />

benéfico e positivo da criatividade, em combinação com três fatores:<br />

conhecimento (C), imaginação (I) e avaliação (A). Essa equação criativa<br />

formata, um pouco mais rigidamente, os diversos fatores que irão<br />

compor o conjunto de nosso comportamento criativo.<br />

Os novos tempos ficam velhos muito rapidamente, levando-nos<br />

ao espanto. No sistema social, o conhecimento teórico, a ciência e<br />

a informação ocupam o papel central que já pertenceu à produção<br />

manufatureira. No sistema cultural, o individualismo e o narcisismo<br />

adquirem vigor crescente (DE MASI, 1997). Os burocratas têm medo<br />

da inovação, os criativos temem o imobilismo. As duas posições serão<br />

cada vez mais inconciliáveis. Vencerão os mais criativos, porque a sociedade<br />

pós-industrial se alimenta de invenções; não tem outra saída<br />

senão premiar a iniciativa e jogar para fora do mercado o imobilismo<br />

(DE MASI, 2000).<br />

Em conclusão, já vimos que a espécie humana é dotada de possibilidades<br />

e inúmeros comportamentos inteligentes, cada vez mais<br />

diferenciados, conforme demonstram as invenções e as descobertas<br />

que auxiliam e fazem parte da evolução de nosso mundo. É de Morin<br />

o pensamento aqui expresso: “o desenvolvimento das competências<br />

inatas anda a par do desenvolvimento das aptidões para adquirir, memorizar<br />

e tratar o conhecimento. É, pois, esse movimento espiral que<br />

nos permite compreender a possibilidade de aprender. Aprender não<br />

é apenas reconhecer o que de maneira virtual já era conhecido. Não<br />

é apenas transformar o desconhecido em conhecido. É a conjunção<br />

do reconhecimento e da descoberta. Aprender comporta a união do<br />

conhecimento e do desconhecimento” (MORIN, 1995, p. 71).<br />

Neste artigo, o talento e a criatividade não são concebidos como<br />

dom, mas sim como conjunto de características e comportamentos<br />

que podem e devem ser desenvolvidos e ampliados na interação com<br />

o mundo, e que se apresentam em grande variedade de possibilidades.<br />

Para os talentosos nem sempre tem sido fácil demonstrar ou<br />

expressar suas capacidades diferenciadas, pois há uma tendência à<br />

conservação e à padronização.<br />

104 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 86-107 | MAIO > AGOSTO 2011

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