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Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc

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Foram necessários muitos milênios de vida arcaica para produzir o<br />

Estado moderno; foram necessários quinhentos anos de organização<br />

moderna para produzir a sociedade industrial e apenas dois séculos de<br />

indústria bastaram para provocar o advento pós-industrial. A imaginação<br />

pessoal é influenciada pela experiência (quantitativa e qualitativa),<br />

pela realidade e pelas experiências passadas, incluindo a participação<br />

da memória. Apoia-se na experiência direta com a realidade, pois se<br />

trata de um enlace da imaginação pessoal com a realidade concreta.<br />

“Percebe-se a necessidade de ampliar sempre as experiências se queremos<br />

proporcionar uma base suficientemente sólida para a atividade<br />

criadora” (VGOTSK, 1982, p. 18).<br />

Todos somos ou podemos ser observadores, pois observar tanto se<br />

ensina quanto se aprende. Desenvolver a observação é um dos caminhos<br />

para se desenvolver a criatividade em todas as idades, circunstâncias<br />

e locais. A importância de encorajar e oferecer variadas experiências<br />

no cotidiano e no ambiente é uma prioridade cada vez mais<br />

visível, uma vez que as pessoas passam a conviver, nos dias de hoje,<br />

mais constantemente com as diferenças e com os diferentes. Oferecer<br />

um ambiente facilitador para o desenvolvimento do potencial criativo<br />

existente em todos nós atende à necessidade de saúde mental, além<br />

de facilitar, ampliar e qualificar nosso viver cotidiano. Delors (1996)<br />

sugere que, nos diversos espaços sociais, a arte e a poesia, aliadas à<br />

ciência e à tecnologia, deveriam ocupar lugar de destaque, a fim de<br />

impulsionar e expandir a ampliação da imaginação e da criatividade<br />

ao longo do desenvolvimento humano.<br />

O comportamento criativo pode ser entendido a partir do exame<br />

de nossa atitude pessoal em relação: ao nosso potencial criativo, ou<br />

seja, como nos vemos em nossas interações com outras pessoas na<br />

busca de novas soluções; às combinações realizadas quando usamos<br />

o já conhecido, tanto o conhecimento formal quanto as diversas<br />

experiências; às novas formas que imaginamos para lidar com novas<br />

situações ou descobertas; e, finalmente, à nossa capacidade de<br />

avaliar novos resultados a partir dessas outras perspectivas e análises<br />

(WECHSLER, 2009).<br />

A análise e a reflexão desses variados aspectos significantes nos remetem<br />

à nossa afetividade e ao quanto ela é significativa no campo<br />

dos estudos da criatividade. É de Noller (apud GLIGIO, WECHSLER<br />

SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 86-107 | MAIO > AGOSTO 2011<br />

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