Revista Sinais Sociais N16 pdf - Sesc
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mesmo tempo original e de valor” (STERNBERG, 2000, p. 332). Não<br />
está diretamente relacionada ao conhecimento acadêmico, mas sim a<br />
uma produção que pode ocorrer na área acadêmica, cultural, tecnológica<br />
ou artística. Sternberg define a criatividade como a capacidade<br />
de ir além do já estabelecido para gerar ideias novas e interessantes.<br />
Ostrower (1989), artista plástica, criadora, professora e escritora,<br />
ressalta que, do mesmo modo que a percepção, a intuição é um processo<br />
dinâmico e ativo, que tem participação atuante no ambiente, e<br />
que é também um sair-de-si para captar novas buscas de conteúdos<br />
significativos. Os processos de perceber e intuir são afins, tanto é assim<br />
que não só a intuição está ligada à percepção, como o próprio ato de<br />
perceber talvez não seja outra coisa senão um contínuo ato de intuir.<br />
Já outro autor, De Bono (1994), diferencia dois modelos de pensamento:<br />
o vertical (lógico, natural) e o lateral (criativo), descrevendo-os<br />
como diferentes, porém complementares. Segundo o autor, fazemos<br />
muito uso do pensamento vertical e pouquíssimo do pensamento lateral,<br />
ainda que essa forma de pensamento seja muito valiosa para<br />
reconhecer ideias dominantes e polarizadoras, gerar as diversas maneiras<br />
de examinar situações e relaxar o rígido controle exercido pelo<br />
pensamento lógico (DE BONO, 1994).<br />
Já cabe perguntar, a esta altura, quando é que um grupo pode ser chamado<br />
de criativo e quais as propostas disciplinares que mais nos ajudarão<br />
para desvendar os segredos da criatividade coletiva, e ainda novas questões:<br />
como pode nossa sociedade perder seus talentos e não usar a criatividade?<br />
Voltamos nossa preocupação, agora, para uma sociedade toda ela<br />
mais criativa, com base no estudo de grupos criativos (DE MASI, 2003).<br />
Lent, um estudioso e pesquisador atual do campo da neurologia,<br />
afirma que é pelo desenvolvimento da percepção que também podemos<br />
desenvolver a criatividade. “Percepção é a capacidade de associar<br />
informações sensoriais à memória e à cognição (conhecimento)<br />
de modo a formar conceitos sobre o mundo e sobre nós mesmos e<br />
orientar o nosso comportamento” (LENT, 2001, p. 556).<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
Novos saltos no curso da história acontecem e continuarão a acontecer<br />
com base nas grandes descobertas nos campos teóricos e práticos.<br />
102 SINAIS SOCIAIS | RIO DE JANEIRO | v.5 nº16 | p. 86-107 | MAIO > AGOSTO 2011