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Educação em Rede - Sesc

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Trabalhar nessa perspectiva exige um maior controle e valorização do estudo<br />

das disciplinas que passam a ser consideradas como recursos que ganham sentido<br />

<strong>em</strong> relação às capacidades que se deseja que os alunos desenvolvam.<br />

Nos espaços da EJA, os sujeitos são múltiplos. É preciso estar atento para as trajetórias<br />

de vida, que s<strong>em</strong>pre são singulares. O desafio do conhecimento, na EJA,<br />

não pode estar limitado àquilo que os alunos e alunas dev<strong>em</strong> aprender, mas também<br />

voltado para que educadores e educadoras aprofund<strong>em</strong> seus conhecimentos,<br />

como sujeitos da aprendizag<strong>em</strong>.<br />

A prática educativa, segundo Paulo Freire, não é neutra, pois qualquer que seja<br />

a postura do educador, ela será o reflexo de sua posição política, seja ela de neutralidade,<br />

de concordância, de pragmatismo, seja ela de luta, de não acomodação, de<br />

progressismo.<br />

Formar profissionais para lidar com as diferentes realidades, valorizando as diversidades,<br />

é um desafio. Formar o cidadão não é tarefa exclusiva da escola, assim<br />

como a formação dos profissionais da educação não será a solução para as mudanças<br />

que precisam ser efetivadas na escola. No entanto, a escola t<strong>em</strong> grande responsabilidade<br />

e um papel a des<strong>em</strong>penhar na formação e nas mudanças que precisam<br />

se efetivar na realidade social dos educandos.<br />

Barreto (2006, p. 78) nos instiga a pensar a respeito da prática como fundamental<br />

nos processos de formação. Sobre isso a autora afirma que, “quando a formação<br />

não altera a teoria [as representações] do educador, ela pode mudar o que ele diz,<br />

s<strong>em</strong>, entretanto, mudar o que ele faz”, 2 e nisso consiste a importância da formação<br />

permanente.<br />

Dessa forma, considerando a diversidade de seu público e as particularidades<br />

de t<strong>em</strong>pos e de espaços que a EJA apresenta, o educador do aluno jov<strong>em</strong> e adulto<br />

deve refletir crítica e sist<strong>em</strong>aticamente acerca de suas ações educativas. Segundo<br />

Borges (2006), é a partir dessa “reflexão-ação” que o professor terá condições de<br />

produzir alternativas que ajudarão na “superação das dificuldades apresentadas<br />

pelas dinâmicas e diversidades que <strong>em</strong>erg<strong>em</strong> das relações que se estabelec<strong>em</strong> na<br />

EJA”. Contudo, Barreto (2006) chama atenção para o fato de ser “raro, <strong>em</strong> menos de<br />

um ano, o educador conseguir assimilar a prática de refletir sobre sua prática”.<br />

2. A professora fez a referida afirmação durante o debate da mesa sobre Formação de educadores de Jovens e<br />

Adultos.<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

95<br />

As diretrizes<br />

curriculares da<br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos<br />

e o currículo

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