Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
92<br />
As diretrizes<br />
curriculares da<br />
<strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos<br />
e o currículo<br />
qual o currículo é construído com o intuito de viabilizar uma aprendizag<strong>em</strong> significativa,<br />
<strong>em</strong> que a cultura, o saber e as experiências de vida, o trabalho e a luta social<br />
estejam articulados com o saber acadêmico das várias áreas de conhecimento. Portanto,<br />
o processo de ensino-aprendizag<strong>em</strong> não funciona como instrumento de desvelamento<br />
da realidade e de construção de novos cenários sociais se tal proposta<br />
não considerar a educação como um ato político, tal como considera Paulo Freire, e<br />
por conseguinte, não possibilitar aos envolvidos o reconhecimento técnico, político<br />
e ético de seu papel.<br />
O educando é sujeito de sua história, pensa sua realidade e t<strong>em</strong> direito de conhecer<br />
e transformar com autonomia o t<strong>em</strong>po e o espaço no qual está inserido.<br />
Esse sujeito precisa conhecer o saber sist<strong>em</strong>atizado para não ser por meio dele dominado.<br />
O educando deve conhecer a arte e a filosofia, as ciências e a cultura da<br />
humanidade para afirmar sua cultura e sua arte. Deve conhecer sua história e se<br />
assumir enquanto sujeito que faz história. O currículo não deve estar organizado<br />
<strong>em</strong> torno das disciplinas como costuma ser feito na escola tradicional.<br />
É buscando compreender a realidade do educando, as suas contradições básicas,<br />
sua situação existencial, concreta, presente, que são probl<strong>em</strong>as e desafiam<br />
soluções e exig<strong>em</strong> respostas, tanto <strong>em</strong> nível prático como teórico, que se inaugura<br />
o diálogo libertador. A pesquisa da realidade do aluno possibilita ao educador<br />
apropriar-se da cultura, dos saberes e da filosofia da comunidade escolar.<br />
Portanto, um currículo relevante é propício a melhores resultados de aprendizag<strong>em</strong>,<br />
devendo respeitar as d<strong>em</strong>andas dos alunos <strong>em</strong> suas diferentes circunstâncias.<br />
É necessário que se tenha sensibilidade à experiência cultural do aluno adulto,<br />
à sua língua e à sua experiência de vida.<br />
De acordo com Brandão (1986), a via regular da inserção dos saberes — os acadêmicos<br />
e todos os outros — se dá pela curricularização. A escola t<strong>em</strong> que se conscientizar<br />
da tarefa e atualizar-se sobre os saberes que ela não pode mais conhecer,<br />
pois estes estão no cotidiano do qual se isolou. Só através da reinserção dos valores<br />
do “outro”, dos saberes do cotidiano do “outro”, renasce a expectativa de aplicação da<br />
teoria que possa privilegiar a ampliação da presença do ser nas práticas curriculares.<br />
O currículo de uma instituição também não pode ser pensado de forma estática,<br />
pois da mesma forma que o educando é por ele influenciado, enquanto recebe<br />
novos conhecimentos, também o próprio currículo é influenciado por qu<strong>em</strong> “passa”<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>