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Educação em Rede - Sesc

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<strong>Educação</strong><br />

de Jovens<br />

e Adultos,<br />

um desafio<br />

constante<br />

como tal, deveria receber um tratamento consequente (Parecer CEB 11/2000, p. 26).<br />

Com isso, t<strong>em</strong>-se o Parecer da Câmara da <strong>Educação</strong> Básica, do Conselho Nacional de<br />

<strong>Educação</strong> – CNE/CEB 11/2000 –, consolidando o primeiro estatuto da EJA na história<br />

do Brasil. Esse documento, <strong>em</strong>bora marcado por algumas limitações ideológicas e<br />

políticas, representa a possibilidade de sanar uma dívida social para com aqueles<br />

que, por algum motivo, não tiveram a oportunidade de obter escolaridade de acordo<br />

com a faixa etária prevista nos aspectos legais.<br />

nessa ord<strong>em</strong> de raciocínio, a educação de Jovens e Adultos (eJA) representa uma dívida<br />

social não reparada para com os que não tiveram acesso a e n<strong>em</strong> domínio da escrita e<br />

leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido a força de trabalho <strong>em</strong>pre-<br />

gada na constituição de riquezas e na elevação de obras públicas. Ser privado desse acesso<br />

é, de fato, a perda de um instrumento imprescindível para uma presença significativa na<br />

convivência social cont<strong>em</strong>porânea (parecer cne/ceB 11/2000, p. 5).<br />

Perfil do educando jov<strong>em</strong> e adulto<br />

No Brasil, há uma parcela significativa da população que, por razões econômicas,<br />

sociais e políticas, não teve assegurado pelo Estado o direito à educação básica,<br />

deixando, portanto, de concluir a escolaridade mínima necessária a que teria direito.<br />

Essa parcela, formada por jovens e adultos, geralmente associa a falta de escolaridade<br />

às dificuldades que enfrenta no mercado de trabalho. Mais tarde, retorna<br />

à escola a fim de alcançar um nível melhor diante da sociedade. É a partir desse<br />

contexto que dev<strong>em</strong>os traçar o perfil do educando jov<strong>em</strong> e adulto.<br />

Já no Parecer CEB 11/2000, t<strong>em</strong>os um retrato do educando da EJA.<br />

O importante a se considerar é que os alunos da eJA são diferentes dos alunos presentes<br />

nos anos adequados à faixa etária. São jovens e adultos, muitos deles trabalhadores, ma-<br />

duros, com larga experiência profissional ou com expectativa de (re)inserção no mercado<br />

de trabalho e com um olhar diferenciado sobre as coisas da existência (...). para eles, foi a<br />

ausência de uma escola ou a evasão da mesma que os dirigiu para um retorno n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre<br />

tardio à busca do direito ao saber. Outros são jovens provindos de estratos privilegiados e<br />

que, mesmo tendo condições financeiras, não lograram sucesso nos estudos, <strong>em</strong> geral por<br />

razões de caráter sócio-cultural (parecer ceB 11/2000, pp. 33-34).<br />

Perceb<strong>em</strong>os que esses educandos traz<strong>em</strong> consigo uma rica história de vida,<br />

marcada por experiências diversas, conhecimentos acumulados e reflexões sobre sua<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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