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Educação em Rede - Sesc

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Introdução<br />

*Aluna do curso de pós-graduação <strong>em</strong> <strong>Educação</strong> Profissional Integrada à <strong>Educação</strong> Básica<br />

na modalidade <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos – proeja, do cefet-AM, e professora de Língua<br />

Portuguesa e Literatura, na modalidade EJA, do SESC-AM.<br />

Ao longo dos anos, muito se t<strong>em</strong> falado sobre políticas públicas que tenham<br />

como pr<strong>em</strong>issa a educação básica como direito de todos; ex<strong>em</strong>plos são os vários movimentos<br />

de reformas educacionais, principalmente no que se refere à <strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos. Nesse sentido, vale analisar algumas das iniciativas do governo para<br />

com os cidadãos que, por algum motivo, não concluíram a escolaridade básica.<br />

Tendo <strong>em</strong> vista que, para a classe dominante, os jovens e adultos com baixa<br />

ou nenhuma escolaridade representam perda para o mercado de trabalho, já no<br />

governo de Getúlio Vargas t<strong>em</strong>os uma tímida iniciativa <strong>em</strong> relação à EJA, quando<br />

se determina que o ensino primário para os adultos seja dever do Estado e direito<br />

do cidadão. No entanto, o próprio governo não tratou de recursos financeiros que<br />

pudess<strong>em</strong> viabilizar esse fim.<br />

Em meados dos anos 1950 e 1960, despontam os movimentos sociais voltados<br />

para a educação que visam à conscientização do cidadão de seu papel na construção<br />

da sociedade. Nesse cenário, o então presidente da República João Goulart<br />

convida o educador pernambucano Paulo Freire para coordenar o Programa Nacional<br />

de <strong>Educação</strong>. Na visão de Paulo Freire (1996), o primordial para o educando<br />

está <strong>em</strong> perceber as injustiças sociais e desenvolver uma consciência política<br />

para que possa lutar contra a exclusão social, ciente de seu papel como cidadão<br />

na construção de uma sociedade mais justa. A partir dos anos 1960, as ideias do<br />

educador, difundidas na obra <strong>Educação</strong> como prática da liberdade, inspiraram diversos<br />

programas de alfabetização e educação popular espalhados pelo país. É<br />

preciso salientar que as práticas difundidas pelo educador nortearam e continuam<br />

norteando os trabalhos <strong>em</strong> EJA até os nossos dias. Mas é somente na Constituição<br />

de 1988 que verificamos uma referência a recursos financeiros destinados a<br />

essa modalidade de ensino, isto é, a destinação de no mínimo 30% dos recursos da<br />

União para a erradicação do analfabetismo <strong>em</strong> nosso país. Com a impl<strong>em</strong>entação<br />

da Lei de Diretrizes e Bases da <strong>Educação</strong> Nacional (LDB-EN), nº 9.394/96, a <strong>Educação</strong><br />

de Jovens e Adultos passa a ser uma modalidade da <strong>Educação</strong> Básica nas etapas<br />

do Ensino Fundamental e Médio, usufruindo de uma especificidade própria que,<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

79<br />

<strong>Educação</strong><br />

de Jovens<br />

e Adultos,<br />

um desafio<br />

constante

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