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Educação em Rede - Sesc

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48<br />

As teorias<br />

críticas do<br />

currículo e o<br />

processo de<br />

execução,<br />

construção e<br />

ressignificação<br />

de práticas<br />

curriculares na<br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos<br />

A autonomia e a participação do professor <strong>em</strong> funções conceituais, por outra parte, não<br />

se vê<strong>em</strong> totalmente anuladas, porquanto são exigências que derivam da própria confi-<br />

guração do trabalho docente como um trabalho que se realiza com seres humanos (...).<br />

nesta situação, o professor mantém autonomia para escolher metodologias, fazer seleção<br />

de conteúdos e de atividades pedagógicas mais adequadas a seus alunos segundo o inte-<br />

resse ou suas necessidades e dificuldades (BASO, 1998, p. 3).<br />

Compreender, portanto, o currículo só como um instrumento de orientação<br />

curricular é uma forma de entendimento que evidencia a dimensão de produto do<br />

currículo. Essa visão vira as costas para todo o processo de produção sociocultural<br />

que está implicado no cotidiano das escolas e classes, onde se relacionam as formas<br />

culturais dominantes, constant<strong>em</strong>ente, e outras formas, a dos protagonistas, implicados<br />

no processo de realização das propostas: professores e alunos. Há nas escolas<br />

uma variedade de currículos <strong>em</strong> ação, apesar das tentativas de homogeneização<br />

(OLIVEIRA, 2001).<br />

Pod<strong>em</strong>os considerar que as propostas curriculares dos chamados especialistas<br />

estão presas a modelos extr<strong>em</strong>amente idealizados da atividade pedagógica e dos<br />

processos de aprendizag<strong>em</strong>. É necessário sair desse engessamento e desconstruir a<br />

visão dominante de entendimento do currículo numa perspectiva tradicional.<br />

qual o caminho a seguir para se criar outro entendimento do currículo e das<br />

práticas curriculares na EJA?<br />

Mudar o foco. Romper com o olhar formalista e cientificista do currículo e considerar,<br />

a partir de agora, que é fundamental compreendê-lo como oriundo de múltiplos<br />

e singulares processos curriculares locais.<br />

Na perspectiva de práticas curriculares significativas para a EJA, a escola não<br />

é concebida somente como um espaço sociocultural de reprodução e verificação<br />

de conteúdos e conhecimentos; mas também, e principalmente, espaço de socialização,<br />

de disputa <strong>em</strong> torno do que ensinar, de trocas culturais e de construção<br />

significativa do conhecimento escolar e social.<br />

Agora, estamos falando de um novo produto, isto é, um currículo para a EJA,<br />

que não pode ser construído a partir de modelos pré-estabelecidos ou idealizados.<br />

Estamos falando de um processo por meio do qual os sujeitos envolvidos com a<br />

prática curricular ressignificam suas experiências a partir de redes de saberes e fazeres<br />

das quais participam.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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