Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
46<br />
As teorias<br />
críticas do<br />
currículo e o<br />
processo de<br />
execução,<br />
construção e<br />
ressignificação<br />
de práticas<br />
curriculares na<br />
<strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos<br />
Esse pequeno quadro histórico das teorias curriculares no século xx t<strong>em</strong> a intenção<br />
de reconhecer e trazer para a discussão a atualidade dos pressupostos da<br />
teoria crítica para o debate educacional. Mesmo reconhecendo os el<strong>em</strong>entos de<br />
crise das teorias críticas, elas ainda se constitu<strong>em</strong> como a tendência mais produtiva<br />
do campo do currículo, no Brasil e nos EUA (SILVA, 2005). Consideramos, assim, que<br />
<strong>em</strong> seu trajeto de existência, o currículo chega ao início do século xxI dialogando<br />
com as teorias pós-críticas e contribuindo sobr<strong>em</strong>aneira para o entendimento dos<br />
desafios que a educação coloca, principalmente na <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos,<br />
<strong>em</strong> seus el<strong>em</strong>entos constitutivos e estruturais.<br />
Nosso desafio no próximo it<strong>em</strong> do artigo será o de refletir, aprofundar e responder<br />
algumas das questões que a <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos coloca no cenário<br />
educacional brasileiro, à luz dos pressupostos das teorias críticas do currículo.<br />
3 A inovação das práticas curriculares na <strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos na perspectiva das teorias críticas<br />
A aproximação do campo do currículo crítico e a <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos<br />
(EJA) t<strong>em</strong> buscado, prioritariamente, como referenciais significativos a incorporação<br />
de el<strong>em</strong>entos dinâmicos da prática e da realidade sociais, possibilitando a superação<br />
de uma perspectiva meramente tradicional, conteudista e formalista do currículo.<br />
Numa primeira perspectiva de análise de práticas curriculares na EJA, nos r<strong>em</strong>eter<strong>em</strong>os<br />
às teorias tradicionais de currículo. Não há como escapar delas, quando<br />
abordamos o t<strong>em</strong>a curricular na sua definição nos moldes tradicionais, ou seja,<br />
considerando-o como sendo meramente um conjunto de conteúdos programáticos<br />
estabelecidos para as disciplinas e séries escolares e imposto por mecanismos<br />
de políticas públicas curriculares.<br />
Tendo <strong>em</strong> vista a superação dessa concepção tradicional e normativa de currículo,<br />
é importante identificar a atualidade das teorias críticas como uma abertura<br />
de caminho para traçar novas propostas de trabalho e para a formulação de novos<br />
currículos e, principalmente, novas “práticas curriculares” na <strong>Educação</strong> de Jovens e<br />
Adultos trabalhadores; compreendendo, dessa forma, as práticas educativas como<br />
espaço de criação curricular e de possibilidades de inovação nos estudos do campo<br />
das teorias críticas.<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>