Educação em Rede - Sesc
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As teorias<br />
críticas do<br />
currículo e o<br />
processo de<br />
execução,<br />
construção e<br />
ressignificação<br />
de práticas<br />
curriculares na<br />
<strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos<br />
As questões propostas pelas teorias tradicionais part<strong>em</strong> de uma perspectiva de<br />
neutralidade científica para as questões educacionais, limitando-se, assim, às questões<br />
técnicas de sua elaboração. O modelo afirma um caráter altamente comportamentalista<br />
da educação. Essa noção de currículo, a partir dos anos de 1960, passa a<br />
sofrer crítica, devido ao seu caráter reducionista e técnico.<br />
As colaborações posteriores, ensejadas nas teorias críticas e pós-críticas do currículo,<br />
não eliminam o seu aspecto prescritivo, porém, ampliam o debate no sentido<br />
de incorporar determinados conceitos <strong>em</strong> novos paradigmas curriculares. O currículo<br />
passa a ser considerado, então, um campo contestado e de disputas <strong>em</strong> torno<br />
do que ensinar, como ensinar, para que ensinar e para qu<strong>em</strong> ensinar. Reflexões desenvolvidas<br />
a partir de então incorporam conceitos como: ideologia, poder, cultura,<br />
multiculturalismo, gênero, etnia e tantos outros (SILVA, 2005).<br />
2 As teorias do currículo<br />
Currículo, no sentido que entend<strong>em</strong>os atualmente, é resultado de uma literatura<br />
construída no início do século xx. Consideramos o aparecimento do currículo,<br />
pela primeira vez como um objeto específico de estudo e pesquisa, nos EUA, nos<br />
anos de 1920, num processo de conexão entre industrialização, movimentos migratórios<br />
e escolarização. Nesse contexto, a escola passa a ser vista como lócus privilegiado<br />
de diss<strong>em</strong>inação e inculcação de valores considerados fundamentais para as<br />
futuras gerações, além de ter a função de adaptá-las às transformações econômicas,<br />
políticas e sociais que ocorriam de forma acelerada no país.<br />
Assim, abriu-se o caminho para o alargamento do sist<strong>em</strong>a educacional para a<br />
população de poucos recursos sociais nos EUA. Concomitant<strong>em</strong>ente a esse processo<br />
de ampliação da escolarização, diversos grupos da elite econômica, política e<br />
social norte-americana passam a defender o enquadramento do ensino escolar às<br />
necessidades do desenvolvimento econômico. Perceberam-se imperiosas a organização,<br />
otimização e ordenação do currículo escolar para atender a critérios de<br />
eficiência e cientificidade na formação de mão de obra; critérios esses irmanados<br />
com a predominância do corolário positivista nas ciências, no final do século xIx e<br />
início do século xx. Diante de tamanha importância dada ao papel da escola e de<br />
seu currículo, estudiosos da educação se debruçam sobre o t<strong>em</strong>a.<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>