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Educação em Rede - Sesc

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40<br />

As teorias<br />

críticas do<br />

currículo e o<br />

processo de<br />

execução,<br />

construção e<br />

ressignificação<br />

de práticas<br />

curriculares na<br />

<strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos<br />

As questões propostas pelas teorias tradicionais part<strong>em</strong> de uma perspectiva de<br />

neutralidade científica para as questões educacionais, limitando-se, assim, às questões<br />

técnicas de sua elaboração. O modelo afirma um caráter altamente comportamentalista<br />

da educação. Essa noção de currículo, a partir dos anos de 1960, passa a<br />

sofrer crítica, devido ao seu caráter reducionista e técnico.<br />

As colaborações posteriores, ensejadas nas teorias críticas e pós-críticas do currículo,<br />

não eliminam o seu aspecto prescritivo, porém, ampliam o debate no sentido<br />

de incorporar determinados conceitos <strong>em</strong> novos paradigmas curriculares. O currículo<br />

passa a ser considerado, então, um campo contestado e de disputas <strong>em</strong> torno<br />

do que ensinar, como ensinar, para que ensinar e para qu<strong>em</strong> ensinar. Reflexões desenvolvidas<br />

a partir de então incorporam conceitos como: ideologia, poder, cultura,<br />

multiculturalismo, gênero, etnia e tantos outros (SILVA, 2005).<br />

2 As teorias do currículo<br />

Currículo, no sentido que entend<strong>em</strong>os atualmente, é resultado de uma literatura<br />

construída no início do século xx. Consideramos o aparecimento do currículo,<br />

pela primeira vez como um objeto específico de estudo e pesquisa, nos EUA, nos<br />

anos de 1920, num processo de conexão entre industrialização, movimentos migratórios<br />

e escolarização. Nesse contexto, a escola passa a ser vista como lócus privilegiado<br />

de diss<strong>em</strong>inação e inculcação de valores considerados fundamentais para as<br />

futuras gerações, além de ter a função de adaptá-las às transformações econômicas,<br />

políticas e sociais que ocorriam de forma acelerada no país.<br />

Assim, abriu-se o caminho para o alargamento do sist<strong>em</strong>a educacional para a<br />

população de poucos recursos sociais nos EUA. Concomitant<strong>em</strong>ente a esse processo<br />

de ampliação da escolarização, diversos grupos da elite econômica, política e<br />

social norte-americana passam a defender o enquadramento do ensino escolar às<br />

necessidades do desenvolvimento econômico. Perceberam-se imperiosas a organização,<br />

otimização e ordenação do currículo escolar para atender a critérios de<br />

eficiência e cientificidade na formação de mão de obra; critérios esses irmanados<br />

com a predominância do corolário positivista nas ciências, no final do século xIx e<br />

início do século xx. Diante de tamanha importância dada ao papel da escola e de<br />

seu currículo, estudiosos da educação se debruçam sobre o t<strong>em</strong>a.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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