Educação em Rede - Sesc
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Currículo e<br />
prática docente<br />
qualquer intervenção na realidade ou, melhor dizendo, para qualquer mudança<br />
do que existe, são necessários dois componentes: as ideias e o planejamento. Para<br />
que esse momento ocorra, o educador precisa gerenciar esse processo, articulando<br />
“os ‘como’ com as técnicas, a metodologia de trabalho, mas somente depois de ter<br />
clareza sobre qual rumo deseja tomar, depois de ter traçado [...] o seu ‘para onde’ e<br />
ter respondido o seu ‘por quê’”. (GANDIN, 1999, p. 130). Nesse sentido, a função do<br />
educador é, entre outras, garantir a riqueza do processo de ensino-aprendizag<strong>em</strong>,<br />
o que significa, conforme Moraes,<br />
a manutenção de um diálogo permanente, de acordo com o que acontece <strong>em</strong> cada mo-<br />
mento, propor situações-probl<strong>em</strong>a, desafios, desencadear reflexões, estabelecer conexões<br />
entre o conhecimento adquirido e os novos conceitos, entre o ocorrido e o pretendido,<br />
de tal modo que as intervenções sejam adequadas ao estilo do aluno, a suas condições<br />
intelectuais e <strong>em</strong>ocionais e à situação contextual (1997, p. 152).<br />
“Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática” (FREIRE, 1996, p. 43). É preciso<br />
possibilitar que, voltando-se sobre si mesma, através da reflexão sobre a prática, a<br />
curiosidade ingênua, percebendo-se como tal, vá se tornando crítica. Por isso, na<br />
formação permanente dos professores, o momento fundamental é o da reflexão<br />
crítica sobre a prática pedagógica, servindo como referência para políticas públicas<br />
<strong>em</strong> EJA.<br />
Segundo Rays (1990), o professor é um guia, um orientador no processo educativo,<br />
trabalha junto ao aluno, a sua realidade social concreta, abre perspectivas<br />
a partir dos conteúdos. O docente não deve apenas satisfazer necessidades e carências,<br />
deverá despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar os métodos de<br />
estudo, exigir o esforço do aluno, propor conteúdos e modelos compatíveis com<br />
as experiências vividas, a fim de que o discente se mobilize para uma participação<br />
ativa. É preciso enfatizar a responsabilidade pessoal pelo próprio aprendizado e a<br />
necessidade e capacitação para a aprendizag<strong>em</strong> continuada ao longo da vida. Ser<br />
disciplinado por vontade própria e não por pressão.<br />
Diante do exposto, o educador deve proporcionar a seus alunos a passag<strong>em</strong><br />
do plano da satisfação individual ao plano das experiências coletivas. Para tanto,<br />
deverá possuir competência técnica, domínio de conteúdo e de métodos que se<br />
adequ<strong>em</strong> à transformação e elaboração do conhecimento (RAYS, 1990), para que o<br />
estudante possa ler o mundo de forma crítica e criativa. Constatou-se a necessidade<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>