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Educação em Rede - Sesc

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244<br />

A EJA e o direito<br />

à diversidade:<br />

por uma<br />

valorização da<br />

escola da vida<br />

É possível diminuir as desistências e o professor t<strong>em</strong> papel fundamental nesse<br />

processo. Ele exerce um papel tão determinante que pode ser responsável tanto<br />

pelo sucesso como pelo fracasso escolar de qualquer um de seus alunos.<br />

É o professor que recebe o aluno <strong>em</strong> sala, que o motiva; é ele a pessoa <strong>em</strong> qu<strong>em</strong><br />

o aluno precisa confiar, mostrando-se por inteiro, nas suas habilidades e fragilidades;<br />

é ele qu<strong>em</strong> planeja as aulas, as intervenções didáticas, as avaliações; deveria ser<br />

ele qu<strong>em</strong> luta por uma escola mais d<strong>em</strong>ocrática e que ensina o aluno a aprender a<br />

aprender apesar das dificuldades.<br />

Para atender à diversidade dos alunos é preciso que também as atividades sejam<br />

diversificadas. Isso não significa ter uma novidade a cada aula e, sim, uma diversidade<br />

de caminhos, t<strong>em</strong>pos, parcerias, lugares e formas de olhar, ouvir e experimentar.<br />

Enfim, considerando todas as especificidades da <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos,<br />

pensar numa organização curricular a partir de uma lista de conteúdos obrigatórios<br />

e suas respectivas cargas horárias não é o melhor caminho a ser seguido.<br />

Ao contrário, uma exigência da qual não se pode escapar reside na inversão de<br />

tudo que tradicionalmente transformou o currículo da EJA numa cópia reduzida da<br />

grade curricular da escola regular de ensino.<br />

É claro que é preciso ter uma base nacional comum, mas a elaboração do rol<br />

de conteúdos dos programas da EJA deveria ser subsidiada, além do Referencial<br />

Curricular para a EJA editado pelo MEC, nas situações vivenciadas pelos alunos, por<br />

suas experiências e anseios, que, tomados como ponto de partida, potencializam o<br />

interesse e a aproximação entre o que é sabido e o que não é sabido.<br />

A seleção de conteúdos para a <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos não pode perder<br />

de vista que a construção de uma grade curricular precisa ser feita no sentido de<br />

oferecer aos educadores um mapa capaz de integrar as disciplinas tradicionais, as<br />

características culturais, sociais, políticas e científicas necessárias para cada comunidade<br />

dentro da sociedade atual.<br />

O autor Antoni zabala (1998) propõe uma organização curricular centrada na<br />

tipologia dos conteúdos, deixando claro que essa classificação não pretende fragmentá-los;<br />

ao contrário, aliados às metodologias sociointeracionistas de trabalho,<br />

os conteúdos, na prática, acontec<strong>em</strong> de forma totalmente integrada.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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