Educação em Rede - Sesc
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A EJA e o direito<br />
à diversidade:<br />
por uma<br />
valorização da<br />
escola da vida<br />
É possível diminuir as desistências e o professor t<strong>em</strong> papel fundamental nesse<br />
processo. Ele exerce um papel tão determinante que pode ser responsável tanto<br />
pelo sucesso como pelo fracasso escolar de qualquer um de seus alunos.<br />
É o professor que recebe o aluno <strong>em</strong> sala, que o motiva; é ele a pessoa <strong>em</strong> qu<strong>em</strong><br />
o aluno precisa confiar, mostrando-se por inteiro, nas suas habilidades e fragilidades;<br />
é ele qu<strong>em</strong> planeja as aulas, as intervenções didáticas, as avaliações; deveria ser<br />
ele qu<strong>em</strong> luta por uma escola mais d<strong>em</strong>ocrática e que ensina o aluno a aprender a<br />
aprender apesar das dificuldades.<br />
Para atender à diversidade dos alunos é preciso que também as atividades sejam<br />
diversificadas. Isso não significa ter uma novidade a cada aula e, sim, uma diversidade<br />
de caminhos, t<strong>em</strong>pos, parcerias, lugares e formas de olhar, ouvir e experimentar.<br />
Enfim, considerando todas as especificidades da <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos,<br />
pensar numa organização curricular a partir de uma lista de conteúdos obrigatórios<br />
e suas respectivas cargas horárias não é o melhor caminho a ser seguido.<br />
Ao contrário, uma exigência da qual não se pode escapar reside na inversão de<br />
tudo que tradicionalmente transformou o currículo da EJA numa cópia reduzida da<br />
grade curricular da escola regular de ensino.<br />
É claro que é preciso ter uma base nacional comum, mas a elaboração do rol<br />
de conteúdos dos programas da EJA deveria ser subsidiada, além do Referencial<br />
Curricular para a EJA editado pelo MEC, nas situações vivenciadas pelos alunos, por<br />
suas experiências e anseios, que, tomados como ponto de partida, potencializam o<br />
interesse e a aproximação entre o que é sabido e o que não é sabido.<br />
A seleção de conteúdos para a <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos não pode perder<br />
de vista que a construção de uma grade curricular precisa ser feita no sentido de<br />
oferecer aos educadores um mapa capaz de integrar as disciplinas tradicionais, as<br />
características culturais, sociais, políticas e científicas necessárias para cada comunidade<br />
dentro da sociedade atual.<br />
O autor Antoni zabala (1998) propõe uma organização curricular centrada na<br />
tipologia dos conteúdos, deixando claro que essa classificação não pretende fragmentá-los;<br />
ao contrário, aliados às metodologias sociointeracionistas de trabalho,<br />
os conteúdos, na prática, acontec<strong>em</strong> de forma totalmente integrada.<br />
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