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Educação em Rede - Sesc

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seus pares como chegar ao objetivo, traça um caminho a ser percorrido, aplica<br />

os procedimentos escolhidos, ou seja, atua sobre a realidade e finalmente avalia<br />

o processo. O aluno manifesta competências cognitivas e sociais para a vida na<br />

escola e fora dela.<br />

Os métodos utilizados na escola dev<strong>em</strong> nortear as atividades por meio do percurso<br />

da descoberta, da autonomia, da criticidade e do poder de autorregulação.<br />

Além disso, torna-se fundamental a motivação dos envolvidos e o papel do mediador.<br />

Não importa se na escola regular, no projeto de <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos,<br />

ou na educação não formal, os mediadores são peças-chave para nivelar os referenciais<br />

de aprendizag<strong>em</strong>, diagnosticar os saberes anteriores, estabelecer diálogos,<br />

gerenciar conflitos, propor desafios, mostrar possibilidades e caminhos. Também<br />

precisam estar abertos para aprender com os alunos, a dar oportunidades para que<br />

haja troca entre os envolvidos.<br />

Sobre o papel do professor mediador e aprendente, Paulo Freire (1982, p. 78<br />

-79) afirma:<br />

O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, <strong>em</strong><br />

diálogo com o educando, que, ao ser educado, também educa. Ambos, assim, se tornam<br />

sujeitos do processo <strong>em</strong> que cresc<strong>em</strong> juntos e <strong>em</strong> que os argumentos de autoridade já não<br />

val<strong>em</strong>. <strong>em</strong> que, para ser-se, funcionalmente, autoridade, se necessita de estar sendo com<br />

as liberdades e não contra elas.<br />

Ainda conforme Freire (1982, p. 62), “ninguém educa ninguém, tampouco se<br />

educa sozinho, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.<br />

É nessa perspectiva dialógica que o educador é a presença impulsionadora ou<br />

destruidora. Muitos, por desconhecimento teórico e/ou falta do mínimo de sensibilidade,<br />

tornam-se professores excludentes e opressores. Acabam repetindo<br />

experiências negativas que viveram na escola e, como agentes históricos que são,<br />

aplicam mesmo que inconscient<strong>em</strong>ente seus pressupostos educativos rigorosos e<br />

tradicionalistas.<br />

Ser educador da EJA implica estar preparado para o novo, para pesquisar e entender<br />

os processos de mudança pelos quais passam os alunos, a comunidade, o<br />

mundo. É preciso ser sensível e fomentar o “eu” dos educandos no sentido amplo:<br />

cognitivo, afetivo, social, psicológico.<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

241<br />

A EJA e o direito<br />

à diversidade:<br />

por uma<br />

valorização da<br />

escola da vida

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