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Educação em Rede - Sesc

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A EJA e o direito<br />

à diversidade:<br />

por uma<br />

valorização da<br />

escola da vida<br />

ter suas bases alicerçadas neste saber sensível, porque é somente através dele que o<br />

aluno se abre a um conhecimento mais formal e reflexivo.<br />

Já o saber cotidiano, por sua própria natureza, é um saber mais reflexivo, pois<br />

é um saber amadurecido, vivido, nascido das experiências e valores socioculturais<br />

formados anteriormente à escola. “É um conhecimento elaborado, mas não sist<strong>em</strong>atizado<br />

(...), pouco valorizado no mundo letrado e, frequent<strong>em</strong>ente, pelo próprio<br />

aluno” (Cadernos de EJA nº 1, 2006, p. 7).<br />

A valorização da diversidade é t<strong>em</strong>a central do volume sobre pluralidade cultural<br />

dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documento do MEC para o Ensino<br />

Fundamental, onde se pode encontrar:<br />

O reconhecimento e a valorização da diversidade cultural brasileira e das formas de per-<br />

ceber e expressar a realidade própria dos gêneros, etnias e das muitas regiões e grupos<br />

sociais do país não significa renunciar (...) à responsabilidade de constituir cidadania para<br />

um mundo que se globaliza e de dar significado universal aos conteúdos da aprendizag<strong>em</strong><br />

(1997, p. 21).<br />

Contraditoriamente, algumas tentativas fracassadas de adaptações curriculares<br />

para a EJA, propostas por governos e entidades particulares, foram elaboradas<br />

ao longo dos anos, e continuam sendo feitas, mas <strong>em</strong> geral não estão abertas ao<br />

diálogo e à aceitação do conhecimento de mundo dos educandos, de forma que<br />

mascaram o velho currículo oficial engessado que desconsidera o percurso cultural<br />

dos alunos.<br />

As classes de EJA não precisam de uma prática educativa que reproduza a escola<br />

regular, que já excluiu a maioria no passado. Os alunos jovens e adultos clamam<br />

por uma aprendizag<strong>em</strong> significativa, com aplicabilidade real no presente e no futuro.<br />

Mas uma aplicabilidade não meramente utilitária, desenvolvida para atender necessidades<br />

básicas e imediatas apenas; pelo contrário, algo que oportunize refletir,<br />

interagir, elaborar hipóteses e tomar suas próprias decisões.<br />

É papel da EJA, sim, preparar os alunos para o mercado de trabalho, para as<br />

d<strong>em</strong>andas de mão de obra, da tecnologia etc., mas não é só isso. A EJA precisa trabalhar<br />

com a formação humana, com o conceito de ser integral que precisa de uma<br />

educação <strong>em</strong>ancipadora significativa.<br />

Segundo Ausubel (1982), a aprendizag<strong>em</strong> é significativa quando está relacionada<br />

ao conhecimento que o aluno já possui sobre o assunto. Se isso não acontecer,<br />

a aprendizag<strong>em</strong> deixa de ser significativa para ser mecânica, visto que não respeita<br />

conceitos relevantes que já exist<strong>em</strong> na estrutura cognitiva do indivíduo.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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