26.04.2013 Views

Educação em Rede - Sesc

Educação em Rede - Sesc

Educação em Rede - Sesc

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

236<br />

A EJA e o direito<br />

à diversidade:<br />

por uma<br />

valorização da<br />

escola da vida<br />

Iniciando as reflexões...<br />

É impossível pensar uma classe de <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos homogênea.<br />

Aliás, não há classe homogênea <strong>em</strong> etapa ou modalidade de educação alguma. Os<br />

alunos são s<strong>em</strong>pre indivíduos com histórias pessoais próprias, desejos diferenciados<br />

e saberes e habilidades diversas que os faz<strong>em</strong> ímpares.<br />

Especificamente na EJA, é preciso que os educadores encar<strong>em</strong> a heterogeneidade<br />

não como um probl<strong>em</strong>a, e sim como algo precioso que potencializa a construção<br />

do conhecimento <strong>em</strong> sala de aula e possibilita/exige uma flexibilização do<br />

currículo oficial.<br />

Dentre as razões que justificam a validade do resgate dos saberes e experiências<br />

dos alunos estão a convicção de que os estudantes da EJA têm muito a contribuir<br />

para a construção das práticas cotidianas da escola e a certeza de que isso confere<br />

maior protagonismo a suas trajetórias escolares. Sobre a importância da valorização<br />

dos saberes anteriores dos alunos jovens e adultos para a construção do espaço de<br />

ensino e aprendizag<strong>em</strong>, Miguel Arroyo (2005) destaca:<br />

Quando só os interlocutores falam de coisas diferentes, o diálogo é possível. Quando só<br />

os mestres têm o que falar, não passa de um monólogo. Os jovens e adultos carregam<br />

as condições de pensar sua educação como um diálogo. Se toda educação exige uma<br />

deferência pelos interlocutores, mestres e alunos(as), quando esses interlocutores são jo-<br />

vens e adultos carregados de tensas vivências, essa deferência deverá ter um significado<br />

educativo especial.<br />

Na introdução do livro Atenção à diversidade (2002, p. 11), Artur Parcerisa Aran<br />

diz que aceitar a existência dessa heterogeneidade é fácil, difícil é tratar educativamente<br />

as diferenças e <strong>em</strong>pregá-las para o enriquecimento do processo de ensino e<br />

de aprendizag<strong>em</strong>.<br />

Utilizar as diferentes identidades, vivências e crenças dos alunos é uma tarefa<br />

desafiadora, árdua até, mas altamente compensatória. Pois quando a escola parte<br />

do cotidiano dos alunos, de seus conhecimentos e habilidades adquiridos no meio<br />

<strong>em</strong> que viv<strong>em</strong>, além de os educandos sentir<strong>em</strong>-se respeitados e valorizados, ganham<br />

motivação e possibilidades de trabalhar<strong>em</strong> suas zonas de desenvolvimento<br />

proximal.<br />

A esse respeito, Vygotsky (1991) afirma que as funções mentais superiores são<br />

construídas ao longo da história social do hom<strong>em</strong> e que toda aprendizag<strong>em</strong> recai<br />

sobre a zona de desenvolvimento proximal. Esta é o espaço entre o nível de desen-<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!