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Educação em Rede - Sesc

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* Formada <strong>em</strong> Pedagogia Universidade Estadual Vale do Acaraú. Atua no SESC—Serviço<br />

Social do Comércio de Natal, Rio Grande do Norte.<br />

No cenário nacional, por muitos anos, os jovens e adultos não escolarizados<br />

aparec<strong>em</strong> à marg<strong>em</strong> das atividades sociais e políticas, marcados por desigualdades,<br />

principalmente quando se trata de jovens e adultos da classe trabalhadora, como<br />

os pobres, negros e des<strong>em</strong>pregados e, sobretudo, os que não obtiveram uma educação<br />

básica de qualidade. Porém, vale salientar que essas diferenças sociais nas<br />

quais estão envolvidos não foram aceitas por livre escolha, mas lhes foram impostas<br />

como resultado de uma sociedade <strong>em</strong> constantes transformações. Sociedade essa<br />

que não se deu conta que essas transformações deveriam ocorrer concomitant<strong>em</strong>ente<br />

no campo educacional.<br />

Esses grupos marginalizados não pretendiam estar na situação <strong>em</strong> que se encontram;<br />

se tivess<strong>em</strong> que escolher, fariam diferente, de modo a alcançar outros espaços<br />

na sociedade. Segundo Arroyo (2001),<br />

não pod<strong>em</strong>os esquecer que o lugar social, político, cultural pretendido pelos excluídos<br />

como sujeitos coletivos na diversidade de seus movimentos sociais e pelo pensamento<br />

pedagógico progressista t<strong>em</strong> inspirado concepções e práticas de educação de Jovens e<br />

Adultos extr<strong>em</strong>amente avançadas, criativas e promissoras nas últimas décadas (ArrOYO,<br />

2001, p. 10).<br />

A partir desse pressuposto, pod<strong>em</strong>os perceber que vários movimentos vão surgindo<br />

com a finalidade de criar políticas públicas para o ensino da <strong>Educação</strong> de Jovens<br />

e Adultos, de modo que esse público possa se constituir de sujeitos históricos<br />

e sociais que particip<strong>em</strong> ativamente da construção de uma sociedade mais justa.<br />

Conforme a Declaração de Hamburgo, de 1997, “a alfabetização, concedida<br />

como o conhecimento básico necessário a todos num mundo <strong>em</strong> transformação, é<br />

um direito humano fundamental. Em toda a sociedade a alfabetização é uma habilidade<br />

primordial <strong>em</strong> si mesma e um dos pilares para o desenvolvimento de outras<br />

habilidades” (Parecer CEB 11/2000. In SOARES, 2002, p. 34-35).<br />

A educação seria oferecida como um direito desses jovens e adultos, para que<br />

foss<strong>em</strong> capazes de atuar na sociedade como sujeitos autônomos. Porém, é um desafio<br />

muito grande o que se t<strong>em</strong> pela frente, que é oferecer um direito básico a todo<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

225<br />

Especificidades<br />

da EJA:<br />

trajetória e<br />

desafios para o<br />

saber docente

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