Educação em Rede - Sesc
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avaliação deverá s<strong>em</strong>pre contribuir para o êxito do mesmo. Portanto, a avaliação<br />
normativa e classificatória opõe-se a esta nova forma que é mais criteriosa e s<strong>em</strong>pre<br />
com um objetivo a ser atingido: a aprendizag<strong>em</strong>. Enquanto a avaliação diagnóstica<br />
identifica as características do aprendiz e seus pontos fortes e fracos, a prognóstica<br />
já faz os ajustes necessários dos conteúdos programáticos para facilitar a aquisição<br />
de competências e conhecimentos por parte dos alunos. Como se observa, esse<br />
tipo de avaliação t<strong>em</strong> como preocupação constante pôr as ações pedagógicas a<br />
serviço do aluno, integrando-o como protagonista da ação avaliativa. Essa nova forma<br />
de avaliar constitui-se de um combate diário, pois n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre os nossos alunos<br />
estão motivados para o estudo e a pesquisa, daí ter de ser feito diariamente um<br />
trabalho “exaustivo” de motivação.<br />
Existe, portanto, uma diferenciação entre avaliação institucional e a avaliação<br />
da aprendizag<strong>em</strong>, que deverá ser contínua e não t<strong>em</strong> como finalidade a imposição<br />
da nota, pois, como o próprio nome já indica, o professor observa se os alunos estão<br />
aprendendo e vai modificando as suas práticas quantas vezes for<strong>em</strong> necessárias<br />
para que ocorra a efetiva aprendizag<strong>em</strong>. Esse tipo de avaliação formativa liga-se<br />
às diferentes formas e t<strong>em</strong>pos de aprender de cada aluno, fugindo totalmente da<br />
mensuração.<br />
Como v<strong>em</strong>os, no processo de aprendizag<strong>em</strong> escolar, o ensino e a avaliação se<br />
interdepend<strong>em</strong>, pois seria desprovido de sentido avaliar o que não foi objeto de<br />
ensino, e também não teria sentido nenhum avaliar s<strong>em</strong> que os resultados das avaliações<br />
foss<strong>em</strong> refletidos nas próximas atuações pedagógicas. Desse modo um alimenta<br />
o outro, tendo a função de desenvolver as determinadas competências nos<br />
campos que for<strong>em</strong> eleitos durante a ação docente nas determinadas áreas do saber.<br />
Sobre esse assunto Antunes (2003, p. 155-156) afirma:<br />
na rotina de nossas atividades escolares, o fio dessa interdependência parece ter-se rompi-<br />
do e, desse modo, avaliação e ensino n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre guardam essa reciprocidade. com gran-<br />
des prejuízos para o ensino, pois, <strong>em</strong> muitos casos, a avaliação passou a ser uma espécie<br />
de finalidade: a aula é dada para preparar a prova; o livro é lido porque “é pra nota”; a lite-<br />
ratura é consultada porque “cai no vestibular”, e assim por diante. estuda-se para [...] “uma<br />
prestação de contas”, que pode ser mensal, trimestral, anual no final do ciclo etc. Daí ser o<br />
termo “cobrar” uma expressão b<strong>em</strong> corrente no discurso da escola, o que b<strong>em</strong> claramente<br />
denuncia esse lado mercadológico do ensino. É mais do que oportuno, pois, perguntar-se<br />
sobre os “descaminhos” da avaliação e decidir por uma mudança de rumo, mudança que<br />
t<strong>em</strong> suas origens na revisão de nossas concepções. Sim, porque mudar, seja o que for, t<strong>em</strong><br />
que começar pela revisão de nossos fundamentos conceituais. Se não, muda apenas o<br />
palavreado, muda apenas a fachada.<br />
<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />
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Avaliar: um ato<br />
político que<br />
poderá levar à<br />
transformação<br />
social