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Educação em Rede - Sesc

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206<br />

Avaliar: um ato<br />

político que<br />

poderá levar à<br />

transformação<br />

social<br />

pois é essa postura que faz aparecer<strong>em</strong> as “armadilhas” nos testes; faz surgir<strong>em</strong> as<br />

questões para “pegar<strong>em</strong> os desamparados”; nasc<strong>em</strong> estes mesmos testes para “derrubar<strong>em</strong><br />

todos os indisciplinados”. Esse autor, portanto, vê a avaliação como um ato<br />

extr<strong>em</strong>amente amoroso, por ser ato de atitude acolhedora e, através dessa acolhida,<br />

sobretudo por parte dos professores, todas as chagas doentias dos castigos, das<br />

classificações e reclassificações, dos exames e exclusões são efetivamente curadas.<br />

De certo modo, a perspectiva de Hadji (2001), como já mencionada anteriormente<br />

com relação à avaliação desmistificada, é um pequeno acréscimo ao que preconiza<br />

Luckesi, ou seja, o professor, antes mesmo de detectar falhas no processo de ensino<br />

e aprendizag<strong>em</strong> (diagnose), já se antecipa na <strong>em</strong>issão de julgamentos e criação de<br />

novas estratégias, por isso é que propõe uma avaliação prognóstica. Segundo ele,<br />

“a validade de previsão do julgamento dos professores também expressa o fato de<br />

que ele é, <strong>em</strong> parte, produtor do sucesso ou do fracasso dos alunos, por meio desses<br />

mecanismos de ajuste dos resultados às representações” (op. cit. p. 55).<br />

Sendo o aluno o sujeito do processo de ensino/aprendizag<strong>em</strong>, a avaliação formativa<br />

t<strong>em</strong> como preocupação constante pôr-se a serviço dele para integrá-lo <strong>em</strong><br />

uma prática pedagógica no seio da qual não se anule.<br />

Para o autor, a regulação, na avaliação prognóstica, consiste numa reorganização<br />

da ação pedagógica, trabalho esse feito pelo professor, e uma regulação metacognitiva,<br />

ou seja, uma atividade realizada pelo próprio aluno, que se autoavalia e<br />

vê o que já aprendeu e o que ainda falta ser verdadeiramente apreendido. Estabelece-se,<br />

assim, uma parceria entre o protagonista da ação educacional (aluno) e seu<br />

mediador (o professor).<br />

Hadji ainda apresenta a avaliação formativa-reguladora como aquela que trilha<br />

por diversos caminhos metodológicos, apresentando possibilidades para reflexão<br />

e recriação por parte dos atores do processo de ensino-aprendizag<strong>em</strong>. Para tanto,<br />

propõe que seja negociado aquilo que deverá ser avaliado: elencar objetivos<br />

construindo diversos instrumentos avaliativos, s<strong>em</strong>pre interpretando as informações<br />

coletadas, e refletindo sobre como poderão ser aplicadas na realidade social<br />

tendo <strong>em</strong> vista a sua transformação. Ele propõe quatro tarefas para uma avaliação<br />

prognóstica formativa que se ligam à prática do professor avaliador: desencadear<br />

comportamentos a observar; interpretar comportamentos observados; comunicar<br />

os resultados da análise e r<strong>em</strong>ediar os erros e as dificuldades analisados. Conforme<br />

sua proposta, nas escolas, as avaliações deverão estar a serviço das aprendizagens,<br />

tornando-se, assim, auxiliares no ato de aprender. Em um contexto de ensino, a<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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