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Educação em Rede - Sesc

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ção do pensamento do aluno <strong>em</strong> diferentes áreas do conhecimento. E afirma que<br />

“não há sentido <strong>em</strong> procedimentos avaliativos quantitativos e que vis<strong>em</strong> à soma de<br />

resultados parciais (médias de aprendizag<strong>em</strong>), mas processos analíticos e qualitativos,<br />

uma vez que a evolução do conhecimento não se dá por etapas que se somam,<br />

mas pelo ultrapassamento, pela superação”.<br />

Voltando para a perspectiva avaliativa conforme a proposta de Luckesi (2003),<br />

gostaríamos de enfatizar a total relação existente entre o ato de avaliar, o planejamento<br />

e o replanejar. A respeito disso, ele mesmo diz:<br />

planejamento e avaliação são atos que estão a serviço da construção de resultados satis-<br />

fatórios. enquanto o planejamento traça previamente os caminhos, a avaliação subsidia os<br />

redirecionamentos que venham a se fazer necessários no percurso da ação. A avaliação<br />

é um ato de investigar a qualidade dos resultados intermediários ou finais de uma ação<br />

subsidiando s<strong>em</strong>pre sua melhora... A avaliação da aprendizag<strong>em</strong> necessita, para cumprir o<br />

seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizag<strong>em</strong><br />

b<strong>em</strong>-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de<br />

ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando,<br />

e assuma o papel de auxiliar o crescimento (p. 165-166).<br />

Como v<strong>em</strong>os, a avaliação serve para redirecionar a prática pedagógica, tendo<br />

<strong>em</strong> vista a real aprendizag<strong>em</strong> do aluno, aquela que busca resolver probl<strong>em</strong>as<br />

e facilitar atitudes sociais, portanto, com função de auxílio <strong>em</strong> todo o processo de<br />

ensino-aprendizag<strong>em</strong>. De certo modo, ao se promover uma avaliação desse tipo,<br />

qualitativa e formadora, busca-se uma regulação pedagógica que acontece através<br />

de novas estratégias e caminhos a ser<strong>em</strong> trilhados na busca da construção do saber.<br />

Luckesi (op. cit.) conclui afirmando que “planejamento, execução e avaliação são recursos<br />

da busca de um desejo. Para tanto, é preciso saber qual é o desejo e entregar-<br />

-se a ele”. Esse desejo seria a ação pedagógica praticada pelos docentes na busca de<br />

resultados satisfatórios com o auxílio do planejamento e da avaliação.<br />

Luckesi propõe uma avaliação diagnóstica como saída para o modo autoritário<br />

de agir nas práticas avaliativas e como meio de auxiliar na construção de uma<br />

educação que esteja a favor da d<strong>em</strong>ocratização da sociedade. Para ele, a avaliação<br />

se monta no seguinte tripé: juízo de qualidade; sobre dados relevantes da realidade;<br />

para uma tomada de decisão. D<strong>em</strong>onstra, também, a dicotomia entre o tipo de<br />

avaliação conforme o modelo tradicional, <strong>em</strong> cima do medo e castigos, e aquela<br />

libertadora, que deixa a domesticação dos educandos para a sua humanização. Ele<br />

diz que a avaliação nunca poderá ficar ao arbítrio pessoal do professor e do seu<br />

estado psicológico, ou seja, daquilo que ele define como relevante ou irrelevante,<br />

<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />

205<br />

Avaliar: um ato<br />

político que<br />

poderá levar à<br />

transformação<br />

social

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