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Educação em Rede - Sesc

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204<br />

Avaliar: um ato<br />

político que<br />

poderá levar à<br />

transformação<br />

social<br />

já que está <strong>em</strong> constante mutação a partir das observações avaliativas. Neste momento,<br />

não poderíamos deixar de mencionar, ainda, Silva (2007), que, ao dialogar<br />

com Giroux, Derrida e outros, sugere a construção de um currículo multicultural <strong>em</strong><br />

que se respeit<strong>em</strong> as identidades dos alunos, <strong>em</strong> nosso caso, os de EJA, sobretudo<br />

no que concerne a etnia, raça, credo religioso, variedades linguísticas... Estando o<br />

processo avaliativo atrelado às práticas de ensino e ao currículo não se poderá esquecer,<br />

<strong>em</strong> sua construção, da diversidade cultural de nossos alunos; entendendo<br />

cultura também como os determinados pontos de vista dos alunos, s<strong>em</strong>pre a partir<br />

de um lugar social.<br />

Conforme o mesmo autor, <strong>em</strong> um processo de construção de currículo deverse-á<br />

levar <strong>em</strong> consideração o discurso do saber, do poder e da formação de subjetividades.<br />

Nesse sentido, vê-se que, <strong>em</strong>butidas nas propostas curriculares estão as<br />

ideologias e crenças. Assumimos para a EJA uma proposta curricular pós-crítica que<br />

busca cont<strong>em</strong>plar o ser humano como um todo e, por isso mesmo, a avaliação também<br />

deverá considerar todas as dimensões da integralidade do hom<strong>em</strong>: a física,<br />

sensorial, <strong>em</strong>otiva, mental e espiritual.<br />

Todo processo avaliativo, desse modo, liga-se à construção curricular, a qual deverá<br />

ter mobilidade de acordo com o perfil de cada aluno, por isso faz-se necessário<br />

perguntar: o que avaliar? Para quê? Por quê? Como? As três primeiras indagações situam-se<br />

naquilo que é significativo para o aluno a fim de que possa intervir <strong>em</strong> seu<br />

contexto social e, consequent<strong>em</strong>ente, na transformação da realidade. No que se<br />

refere aos aspectos metodológicos (o como), deve-se atentar para os vários instrumentos<br />

avaliativos: trabalhos, projetos, provas, observação da capacidade criativa.<br />

O ensino, portanto, deverá ser contextualizado, aplicado às diversas realidades,<br />

tornando-se cada vez mais significativo para as existências dos alunos, que, por sua<br />

vez, deverão agir <strong>em</strong> busca da autenticidade, ou seja, do conhecimento seguro,<br />

que dará firmeza às verdadeiras teorias e não somente a modismos. Nesse sentido,<br />

professores e alunos deverão estar <strong>em</strong> constante conversação, s<strong>em</strong>pre abertos às<br />

novas aprendizagens.<br />

O acompanhamento do desenvolvimento de um aluno (o seu processo avaliativo)<br />

ocorre a partir da visualização por parte do professor (parceiro do ato educacional)<br />

dos conceitos formulados e reformulados, por meio de várias ações educativas<br />

e com diversos instrumentos. Dessa perspectiva, Hoffmann (1998) diz que essas<br />

ações educativas deverão ser desafiadoras, com tarefas de aprendizag<strong>em</strong> sucessivas<br />

e gradativas, permitindo ao professor o acompanhamento dos graus de evolu-<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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