Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
Educação em Rede - Sesc
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
* Graduado <strong>em</strong> Filosofia e Teologia pela Escola Teológica do Mosteiro de São Bento de Olin-<br />
da – PE; fez licenciatura plena <strong>em</strong> Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).<br />
Mestre <strong>em</strong> Ciências da Linguag<strong>em</strong> pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).<br />
Atualmente, é o supervisor pedagógico da <strong>Educação</strong> de Jovens e Adultos (EJA) do SESC –<br />
Santo Amaro (Recife - PE) e professor-adjunto dos cursos de Gerenciamento de <strong>Rede</strong>s, Admi-<br />
nistração de Empresas e Ciências Contábeis da FAPE IV (Faculdade Pernambucana).<br />
O ato de educar nasceu junto com o desenvolvimento do próprio ser humano,<br />
que se preocupou <strong>em</strong> ensinar aquilo que aprendeu e o que há de mais importante<br />
para a ser identificado como determinado povo e com culturas que lhe são peculiares.<br />
Portanto, quando se fala <strong>em</strong> ensinar, não se deve pensar apenas na sua modalidade<br />
formal de escola com salas de aula, materiais pedagógicos, currículos e<br />
professores, mas também vale considerar a “escola da vida”.<br />
Mesmo na aprendizag<strong>em</strong> informal, a atitude avaliativa está presente durante<br />
todo o processo, pois só t<strong>em</strong>os certeza daquilo que aprend<strong>em</strong>os quando avaliamos,<br />
ou seja, quando nos deparamos com um determinado probl<strong>em</strong>a e, partindo<br />
de várias estratégias, chegamos a uma solução. Também dentro das práticas formais<br />
de ensino-aprendizag<strong>em</strong> a atitude avaliativa deverá redimensionar todo o percurso<br />
na direção de uma real aprendizag<strong>em</strong>. Nesse contexto, a prática das avaliações deverá<br />
ser uma constante, pois dela dependerá todo o sucesso do trabalho docente<br />
com relação a uma real aquisição dos novos conhecimentos por parte dos alunos.<br />
O professor, aquele que avalia, deverá ser portador de uma atitude que é peculiar à<br />
sua profissão: ensinar, fazer com que os alunos aprendam, e não apenas reprovar e<br />
mostrar superioridade, pois o verdadeiro sábio será um eterno aprendiz.<br />
Sabe-se que, s<strong>em</strong>anticamente, avaliar difere de corrigir, que seria apenas uma<br />
contag<strong>em</strong> de erros que s<strong>em</strong>pre classifica ou desclassifica. A escola tradicional, tendo<br />
por base a doutrina behaviorista, <strong>em</strong> vez de realizar uma real avaliação, s<strong>em</strong>pre<br />
fez exames, provas, muito mais com a finalidade de aprovar ou reprovar do que<br />
avaliar processos de aprendizag<strong>em</strong>. A esse respeito Lira (2006, p. 111) comenta:<br />
para Skinner, fundador da teoria behaviorista (comportamentalista), o aluno é condicio-<br />
nado a partir de estímulos externos a dar uma resposta. esse estímulo seria uma espécie<br />
de reforço (positivo ou negativo), dependendo da realização ou não da aprendizag<strong>em</strong>.<br />
esta teoria está centrada no treino, eliminando toda a possibilidade de reflexão. Frederic<br />
Skinner, preocupado com a aprendizag<strong>em</strong> <strong>em</strong> geral, propõe uma teoria comportamen-<br />
talista a partir de condicionamentos. O indivíduo é apresentado como um autômato, um<br />
robô, cujo comportamento é modificado por meio de um conjunto de estímulos e respos-<br />
<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />
201<br />
Avaliar: um ato<br />
político que<br />
poderá levar à<br />
transformação<br />
social