Educação em Rede - Sesc
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Diagnosticar<br />
saberes<br />
significativos<br />
ao aluno ou<br />
simplesmente<br />
avaliar<br />
Hadji (2001, p. 86-87) indaga: “O que é, efetivamente, ensinar, senão ajudar alunos<br />
a construir os saberes e competências que a frequência nas disciplinas escolares<br />
apela e cuja construção permite?” É essa avaliação de construção de conhecimentos<br />
que os profissionais da educação da EJA dev<strong>em</strong> perseguir, os objetivos da avaliação<br />
destinada a esses alunos, pois como avaliar esse aluno se não levamos <strong>em</strong> conta<br />
sua vivência? Como conseguirão associar os conteúdos a sua realidade? Todos esses<br />
pontos dev<strong>em</strong> ser levados <strong>em</strong> consideração pelo professor na hora de avaliar seus<br />
alunos. quer<strong>em</strong>os que os educadores se <strong>em</strong>penh<strong>em</strong> <strong>em</strong> uma avaliação que faça<br />
com que o aluno da EJA reflita sobre o que e como está aprendendo, para que seus<br />
conhecimentos se torn<strong>em</strong> realmente significativos.<br />
A avaliação deve ter sentido na vida de qualquer aluno, por que não ter sentido<br />
para os alunos da EJA? Será que esse ponto primordial no processo ensino-aprendizag<strong>em</strong><br />
não t<strong>em</strong> sentido na vida escolar dessas pessoas? Ou será que nossos professores,<br />
hoje, não estão preocupados <strong>em</strong> querer que seus alunos compreendam<br />
como se dá a construção de seus saberes? Acredito ser de inteira responsabilidade<br />
do educador conhecer as peculiaridades de cada um de seus alunos para que o processo<br />
de construção do saber se dê de forma clara, para que o aluno possa associar<br />
suas aprendizagens à realidade de vida, uma vez que estudam para ser<strong>em</strong> incluídos<br />
<strong>em</strong> uma sociedade preconceituosa, que discrimina qu<strong>em</strong> não sabe ler e escrever.<br />
É importante que o professor da EJA reflita sobre tais fatos para que tenha clareza<br />
da dimensão da especificidade do trabalho com essa modalidade de ensino.<br />
De acordo com Hoffmann (2006, p. 11), “algumas vezes, ocorre a educadores<br />
conscientes do probl<strong>em</strong>a apontar aos alunos as falhas do processo, criticá-las a<br />
contento e profundidade, exercendo, entretanto, <strong>em</strong> sua sala de aula, uma prática<br />
avaliativa improvisada e arbitrária”. Cabe a nós, educadores, refletir sobre essa<br />
prática improvisada – será que estamos avaliando nossos alunos como realmente<br />
merec<strong>em</strong>? Ou será que estamos realizando uma avaliação arbitrária? Dev<strong>em</strong>os refletir<br />
sobre essa prática para que não trac<strong>em</strong>os uma avaliação errada sobre o aprendizado<br />
de nossos educandos. Precisamos avaliar de forma a estimulá-los cada vez<br />
mais na construção dos conhecimentos, para que possam sentir-se construtores de<br />
seus aprendizados.<br />
Somos frutos de uma prática autoritária e precisamos refletir sobre nossa<br />
prática para não reproduzir aquela. Mesmo não sendo tarefa simples, t<strong>em</strong>os que<br />
pensar sobre que pessoas quer<strong>em</strong>os formar, pois cabe a nós, educadores, traçarmos<br />
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