Educação em Rede - Sesc
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Recordações:<br />
compl<strong>em</strong>ento<br />
para uma prática<br />
inovadora<br />
professor observador, mediador e avaliador de si e do outro, pois já não confunde<br />
mais o ser justo com o usar de rigidez. Thereza Penna Firme afirma que “justo é ter<br />
bom senso e rigidez é fazer o juízo na base de regras expostas que deve seguir, com<br />
base no conteúdo programático exposto pela escola” . 2<br />
Nesse aspecto, é importante aprimorar o conhecimento sobre a <strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos, o que é um compromisso de todos, principalmente quando este<br />
é adaptado de acordo com as mudanças e as transformações de mundo, como retrata<br />
Silva (2007, p. 25): “as instituições de ensino têm que viver uma dinâmica de<br />
metamorfose, de significados, pois dev<strong>em</strong> caminhar de acordo com as transformações<br />
sociais”. Por esse motivo, deve-se dar importância, nas discussões referentes<br />
à avaliação, às questões fundamentais na formação do educando e às alternativas<br />
metodológicas na prática dos educadores. Contudo, é válido ressaltar:<br />
O probl<strong>em</strong>a da avaliação é muito sério e t<strong>em</strong> raízes profundas: não é probl<strong>em</strong>a de uma<br />
matéria, série, curso ou escola; é todo um sist<strong>em</strong>a educacional, inserido num sist<strong>em</strong>a social<br />
determinado, que impõe certos valores desumanos como o utilitarismo, a competição, o<br />
individualismo, o consumismo, a alienação, a marginalização, valores estes que estão in-<br />
corporados <strong>em</strong> práticas sociais, cujos resultados colh<strong>em</strong>os <strong>em</strong> sala de aula, uma vez que<br />
funcionam como “filtros” de interpretação do sentido da educação e da avaliação (VAS-<br />
cOncellOS, 2000, p. 14).<br />
A avaliação, nessa perspectiva, t<strong>em</strong> consolidado uma prática centrada apenas<br />
na reprodução do saber, por meio da qual se t<strong>em</strong> estabelecido uma relação fragmentada<br />
entre o que o aluno aprende e o que a escola ensina. Fato este que faz da<br />
avaliação algo que t<strong>em</strong> um fim <strong>em</strong> si mesmo, viabilizando a aprendizag<strong>em</strong> como<br />
um processo marcadamente mecanicista.<br />
Se se resolver o probl<strong>em</strong>a da avaliação, se todos fizer<strong>em</strong> uma avaliação b<strong>em</strong>–feita, estará<br />
resolvida a questão da qualidade do ensino. estas afirmações acabam fazendo parte do<br />
ideário dos educadores e até mesmo do senso comum. A avaliação deve ser melhorada<br />
sim, mas dentro do conjunto das práticas educativas do qual ela se faz parte. S<strong>em</strong> isto, não<br />
t<strong>em</strong> sentido trabalhar especificamente sobre a avaliação (SAUl, bases birene.br).<br />
Partindo desse pressuposto, a escola deve vivenciar uma ação integrada envolvendo<br />
administração, supervisão, orientação educacional e educadores, a fim<br />
de atender e detectar as necessidades singulares de cada aluno, com práticas que<br />
atendam às necessidades dos mesmos, s<strong>em</strong>pre atenta à diversidade: é atribuição<br />
2. Fonte: extraído da videoconferência sobre os Avanços da Avaliação no Século XXi — ieSD.<br />
thereza penna Firme é phD, educadora e psicóloga; formação acadêmica no campo da Avaliação; mestre <strong>em</strong> psicologia<br />
educacional; mestre <strong>em</strong> educação; Doutora <strong>em</strong> psicologia da educação e do Adolescente.<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>