Educação em Rede - Sesc
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Recordações:<br />
compl<strong>em</strong>ento<br />
para uma prática<br />
inovadora<br />
ousam externar por considerá-los inadequados, s<strong>em</strong> valor ou mesmo equivocados”<br />
(CIAVATTA, 2002, p. 126).<br />
Onde se encaixa o estudo das linguagens? A venda nos olhos não nos t<strong>em</strong> deixado<br />
enxergar a maravilha do cotidiano das linguagens de que tais sujeitos sociais<br />
educandos são portadores quando desenvolv<strong>em</strong> uma conversa entre amigos, narram<br />
uma história contada por colegas, uma notícia de jornal, rádio ou tevê, para não<br />
falar da linguag<strong>em</strong> dos gestos e da visão que têm do próprio corpo!<br />
De acordo com a proposta curricular da EJA, o estudo das linguagens do cotidiano<br />
representa um componente essencial do currículo, pois não se pode estigmatizar<br />
o jov<strong>em</strong> e o adulto <strong>em</strong> função de suas competências e habilidades adquiridas<br />
na trajetória de vida.<br />
A prática: um caminho para o ensino de qualidade<br />
Sab<strong>em</strong>os que os alunos se beneficiam com experiências de vida, <strong>em</strong> especial<br />
os alunos da EJA que consegu<strong>em</strong> desenvolver suas atividades educacionais relacionando<br />
os conteúdos programáticos com as experiências do cotidiano e enfatizando<br />
a interação com os outros, como citado anteriormente no pensamento de<br />
Hoffmann (2003).<br />
Em contrapartida, quando um aluno é excluído dessas oportunidades, aumentam<br />
as suas chances de não conseguir sucesso pessoal e profissional, como exposto<br />
na experiência citada – uma senhora rica <strong>em</strong> conhecimento, com experiência de<br />
vida incomparável, ficou reprovada! E até hoje continua com suas vendas de doces,<br />
no entanto, não continuou seus estudos. Tal recordação levou-me a trabalhar <strong>em</strong><br />
busca de nova orientação do ensino no sentido da vida cotidiana, que na época eu<br />
não sonhava <strong>em</strong> ter.<br />
Nesse sentido, entender a prática da avaliação de Jovens e Adultos predominante<br />
hoje implica repensar como essa prática foi construída ao longo do t<strong>em</strong>po,<br />
uma vez que a prática está a serviço de um modelo teórico de sociedade e de educação,<br />
modelo esse que vê a educação como um mecanismo de conservação e reprodução<br />
de sociedade: “tendo sua orig<strong>em</strong> na escola moderna sist<strong>em</strong>atizou-se a<br />
partir dos séculos xI e xII com a cristalização da burguesia como modelo de prática<br />
educativa da sociedade à qual serve.” ( HOFFMANN, 1996, p. 42).<br />
Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>