Educação em Rede - Sesc
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Colocado dessa maneira, é oportuno asseverar que tal situação perpassa o entendimento<br />
que o professor t<strong>em</strong> do mundo e do hom<strong>em</strong>. A partir daí, então, devese<br />
iniciar um processo de construção de uma avaliação mais justa e participativa.<br />
Dentro da perspectiva de educação voltada para a transformação da sociedade,<br />
a avaliação apresenta outros objetivos, tais como: servir de instrumento para que a<br />
maioria da população tenha acesso ao saber sist<strong>em</strong>atizado e, não, eliminar aqueles<br />
que apresentam maiores dificuldades para adquirir<strong>em</strong> esse saber, pois o que ainda<br />
ocorre é que a escola transmite e leva <strong>em</strong> consideração os valores de classe média<br />
ou alta para atribuir conceitos aos seus alunos.<br />
com a função classificatória, a avaliação constitui-se num instrumento estático e formador<br />
do processo de crescimento; com a função diagnóstica, ao contrário, ela constitui-se num<br />
momento dialético do processo de avançar no desenvolvimento de ação de crescimento<br />
para a autonomia, do crescimento para a competência etc., como diagnóstico, ela será um<br />
momento dialético do senso de estágio <strong>em</strong> que se está e de sua distância <strong>em</strong> relação à<br />
perspectiva que está colocada como ponto a ser atingido à frente (lUcKeSi, 2005 p. 72).<br />
Ao assumir essa posição, cabe ao professor comprometer-se com uma “instrumentalização<br />
teórica” de conscientização e organização política do educando<br />
que possibilite a reivindicação de seus direitos <strong>em</strong> nível de igualdade com a<br />
classe dominante.<br />
Funções e modalidades da avaliação<br />
Antes de falar sobre esse it<strong>em</strong>, é importante comentar alguns princípios básicos<br />
que dev<strong>em</strong> orientar o processo de avaliação. Já foi dito <strong>em</strong> tópico anterior que a<br />
avaliação só terá sentido se os objetivos tiver<strong>em</strong> sido claramente definidos; nesse<br />
caso, a avaliação é funcional, pois é feita <strong>em</strong> função de objetivos.<br />
O importante também é compreender que a avaliação deve ser um processo<br />
sist<strong>em</strong>ático, s<strong>em</strong>pre estabelecendo o critério e/ou padrão de domínio que se espera<br />
do aluno; deve ser contínua, realizada não só <strong>em</strong> final de bimestre, de s<strong>em</strong>estre<br />
ou de ano, mas ao longo de todo um processo integral, abrangendo todos os<br />
domínios do comportamento do aluno – cognitivo, afetivo e psicomotor –, seus<br />
interesses, opiniões, habilidades e competências e não apenas a quantidade de conhecimentos<br />
retidos.<br />
<strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong> Currículos <strong>em</strong> EJA: saberes e práticas de educadores<br />
169<br />
Avaliação da<br />
aprendizag<strong>em</strong><br />
escolar nos cursos<br />
da <strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos:<br />
uma discussão<br />
acerca das<br />
possibilidades<br />
de rediscuti-la<br />
nos currículos<br />
escolares.