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Educação em Rede - Sesc

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168<br />

Avaliação da<br />

aprendizag<strong>em</strong><br />

escolar nos cursos<br />

da <strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos:<br />

uma discussão<br />

acerca das<br />

possibilidades<br />

de rediscuti-la<br />

nos currículos<br />

escolares.<br />

No primeiro caso, a avaliação assume uma função classificatória, constituindose<br />

num instrumento meramente legalista que impede o processo de crescimento<br />

intelectual do aluno, na medida <strong>em</strong> que o professor t<strong>em</strong> o poder de classificar os<br />

alunos de forma definitiva por meio de conceito ou nota que atribui, baseando-se<br />

<strong>em</strong> critérios não b<strong>em</strong> definidos e claros. É o caso do educador que facilita a aprovação<br />

de aluno baixando o nível de exigência do conhecimento e habilidades, ou<br />

do professor que utiliza os testes-surpresa, com um grau de dificuldade superior ao<br />

nível da turma, com o objetivo de prejudicar os alunos indisciplinados.<br />

Já no contexto de uma pedagogia voltada para a transformação, a avaliação<br />

assume a função diagnóstica e deve ser um instrumento dialético de avanço, possibilitando<br />

aos educandos acesso ao saber e à competência, além do crescimento<br />

para a autonomia necessária à vivência de uma relação de reciprocidade e não de<br />

subordinação de uns sobre os outros – característica própria de uma pedagogia<br />

conservadora.<br />

A opção do educador por uma pedagogia que traduz o modelo de sociedade<br />

voltada para a sua transformação deve romper com uma prática avaliativa autoritária,<br />

que serve como mecanismo para reproduzir e conservar a sociedade, deixando<br />

isso claro e presente no currículo escolar.<br />

A prática da avaliação está inserida num contexto mais amplo, e está a serviço<br />

dele. Por isso, a escola deve fazer uma opção clara e objetiva sobre a filosofia<br />

norteadora da sua prática pedagógica quanto ao planejamento, a execução e a<br />

avaliação, e tais princípios deverão estar presentes no currículo escolar. É preciso ter<br />

consciência de qual o tipo de aluno que se deseja formar: críticos, criativos, capazes<br />

de analisar a realidade e buscar soluções para os probl<strong>em</strong>as dessa realidade, ou<br />

formar alunos passivos, meros repetidores de conhecimentos.<br />

É importante ressaltar que a falta de clareza e/ou definição do conceito de avaliação<br />

traz<strong>em</strong> implicações para a mesma. O que se observa na realidade é que o<br />

objetivo da avaliação na prática pedagógica da maioria dos professores da <strong>Educação</strong><br />

de Jovens e Adultos é simplesmente cumprir uma exigência legal de atribuir ao<br />

aluno, a cada bimestre, determinado conceito ou nota que definirá sua aprovação<br />

ou reprovação ao final de um ano letivo.<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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