Educação em Rede - Sesc
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Avaliação da<br />
aprendizag<strong>em</strong><br />
escolar nos cursos<br />
da <strong>Educação</strong> de<br />
Jovens e Adultos:<br />
uma discussão<br />
acerca das<br />
possibilidades<br />
de rediscuti-la<br />
nos currículos<br />
escolares.<br />
Com essa atitude, o professor atribui conceitos aos alunos baseado <strong>em</strong> seus<br />
próprios valores e não leva <strong>em</strong> consideração a cultura dos alunos, <strong>em</strong> especial dos<br />
provenientes das camadas pobres, tendendo a reproduzir os valores da classe dominante.<br />
Assim, a avaliação torna-se instrumento para conseguir disciplina na sala<br />
de aula, confirmação do autoritarismo do professor etc., deixando, dessa forma, de<br />
ter a sua função principal que é diagnosticar a aprendizag<strong>em</strong>.<br />
Nesse sentido, a avaliação diagnóstica possibilita detectar as possíveis falhas<br />
do processo ensino-aprendizag<strong>em</strong> e, assim, retomá-la, buscando novas alternativas<br />
para melhorá-la. No entanto, o que acontece é que o professor não dá muita<br />
importância para os resultados obtidos pelos alunos, importando-se <strong>em</strong> transmitir<br />
conteúdos que posteriormente serão cobrados e aos quais serão atribuídas “notas”.<br />
Nesse caso, a avaliação apenas t<strong>em</strong> função de cumprir aspectos legais na vertente<br />
“conteana”, assim esquecendo a função pedagógica.<br />
Nesse sentido, o currículo torna-se um instrumento importante de análise, pois<br />
possibilita, como instrumento estruturante e organizacional da escola, discutir diferentes<br />
concepções, através de el<strong>em</strong>entos que identifiqu<strong>em</strong> o discurso dos docentes<br />
e suas práticas <strong>em</strong> sala de aula, muitas vezes desvelando comportamentos não condizentes<br />
com a postura de educador.<br />
quando se discute avaliação escolar, o que realmente está <strong>em</strong> jogo é a prática<br />
escolar como um todo, o constitutivo da avaliação: a tomada de posição. S<strong>em</strong> esse<br />
caráter a avaliação não t<strong>em</strong> sentido.<br />
Outro aspecto do probl<strong>em</strong>a avaliativo que ocorre na <strong>Educação</strong> de Jovens e<br />
Adultos é a inadequação da forma de avaliar para essa clientela, visto que se trata<br />
de alunos com uma tipicidade diferente do aluno regular.<br />
Nessa linha de raciocínio, é preciso considerar que o resultado final s<strong>em</strong>pre fica<br />
circunscrito à aprovação e reprovação. A partir daí, então, poder-se-ia desvelar preconceitos<br />
ou um autoritarismo que o professor exerce no ato de avaliar. É claro que<br />
o professor é apoiado socialmente nessa dominação, considerando que seu ofício<br />
t<strong>em</strong> a legitimidade do Estado <strong>em</strong> função da sua formação e dos aspectos jurídicos<br />
no ato da posse.<br />
Assim, torna-se oportuno indagar: como t<strong>em</strong> sido a prática de avaliação? Essa<br />
prática está associada à falta de definição e clareza dos professores quanto à definição<br />
de avaliação? qual sua finalidade no processo ensino-aprendizag<strong>em</strong> e na filo-<br />
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