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Educação em Rede - Sesc

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164<br />

Avaliação da<br />

aprendizag<strong>em</strong><br />

escolar nos cursos<br />

da <strong>Educação</strong> de<br />

Jovens e Adultos:<br />

uma discussão<br />

acerca das<br />

possibilidades<br />

de rediscuti-la<br />

nos currículos<br />

escolares.<br />

Com essa atitude, o professor atribui conceitos aos alunos baseado <strong>em</strong> seus<br />

próprios valores e não leva <strong>em</strong> consideração a cultura dos alunos, <strong>em</strong> especial dos<br />

provenientes das camadas pobres, tendendo a reproduzir os valores da classe dominante.<br />

Assim, a avaliação torna-se instrumento para conseguir disciplina na sala<br />

de aula, confirmação do autoritarismo do professor etc., deixando, dessa forma, de<br />

ter a sua função principal que é diagnosticar a aprendizag<strong>em</strong>.<br />

Nesse sentido, a avaliação diagnóstica possibilita detectar as possíveis falhas<br />

do processo ensino-aprendizag<strong>em</strong> e, assim, retomá-la, buscando novas alternativas<br />

para melhorá-la. No entanto, o que acontece é que o professor não dá muita<br />

importância para os resultados obtidos pelos alunos, importando-se <strong>em</strong> transmitir<br />

conteúdos que posteriormente serão cobrados e aos quais serão atribuídas “notas”.<br />

Nesse caso, a avaliação apenas t<strong>em</strong> função de cumprir aspectos legais na vertente<br />

“conteana”, assim esquecendo a função pedagógica.<br />

Nesse sentido, o currículo torna-se um instrumento importante de análise, pois<br />

possibilita, como instrumento estruturante e organizacional da escola, discutir diferentes<br />

concepções, através de el<strong>em</strong>entos que identifiqu<strong>em</strong> o discurso dos docentes<br />

e suas práticas <strong>em</strong> sala de aula, muitas vezes desvelando comportamentos não condizentes<br />

com a postura de educador.<br />

quando se discute avaliação escolar, o que realmente está <strong>em</strong> jogo é a prática<br />

escolar como um todo, o constitutivo da avaliação: a tomada de posição. S<strong>em</strong> esse<br />

caráter a avaliação não t<strong>em</strong> sentido.<br />

Outro aspecto do probl<strong>em</strong>a avaliativo que ocorre na <strong>Educação</strong> de Jovens e<br />

Adultos é a inadequação da forma de avaliar para essa clientela, visto que se trata<br />

de alunos com uma tipicidade diferente do aluno regular.<br />

Nessa linha de raciocínio, é preciso considerar que o resultado final s<strong>em</strong>pre fica<br />

circunscrito à aprovação e reprovação. A partir daí, então, poder-se-ia desvelar preconceitos<br />

ou um autoritarismo que o professor exerce no ato de avaliar. É claro que<br />

o professor é apoiado socialmente nessa dominação, considerando que seu ofício<br />

t<strong>em</strong> a legitimidade do Estado <strong>em</strong> função da sua formação e dos aspectos jurídicos<br />

no ato da posse.<br />

Assim, torna-se oportuno indagar: como t<strong>em</strong> sido a prática de avaliação? Essa<br />

prática está associada à falta de definição e clareza dos professores quanto à definição<br />

de avaliação? qual sua finalidade no processo ensino-aprendizag<strong>em</strong> e na filo-<br />

Serviço Social do Comércio <strong>Educação</strong> <strong>em</strong> <strong>Rede</strong>

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